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RESGATE EM DESABAMENTOS - 20 Págs PDF
RESGATE EM DESABAMENTOS - 20 Págs PDF
BUSCA
E
SALVAMENTO
EM
SINISTROS II
“RESGATE EM DESABAMENTOS”
RESGATE EM DESABAMENTOS
Em catástrofes naturais ou tecnológicas, as pessoas poderão ficar encarceradas nos destroços
de suas casas ou locais de trabalho. Muitos deles poderiam morrer a menos que resgatadas
rapidamente. Embora equipes especializadas com cão e equipadas com sofisticados dispositivos de
escuta, estão disponíveis para ajudar a procurar pessoas encurraladas. A maior parte do trabalho de
salvamento é feito pelos socorristas locais: bombeiros, ambulância, polícia e pessoal, que são
preparadas ou voluntárias. Mas é preciso mais do que dispostas mãos para salvar vidas.
Pessoas pouco treinadas ou inexperientes podem colocar em risco suas próprias vidas e
aqueles que estão a tentar salvar. (Em 1985 no terremoto da Cidade do México, mais de 130 pessoas
morreram durante a tentativa de salvar os outros, por serem inexperientes e não estarem preparados)
Aqueles que desejarem ajudar deverão aguardar a chegada dos socorristas/resgatistas e seguir
suas instruções. É importante notar que qualquer pessoa que entre em uma estrutura colapsada deve
perguntar-se se o dano não pode ser o resultado de um ato criminoso. Se essa possibilidade existe, é da
máxima importância que a integridade da cena do crime seja preservada para auxiliar os responsáveis
pela perícia. Se você precisa realmente entrar na estrutura, a fim de salvar alguém, circule apenas
quando absolutamente necessário, e tente mover o mínimo possível ao longo do caminho. Tome nota
das coisas que você mudou, e informe aos responsáveis.
O objetivo desta NOO é fornecer informações básicas sobre trabalhos de salvamento em
estruturas colapsadas para os indivíduos interessados no assunto. Esta NOO não constitui formação,
nem é um manual técnico completo, mas irá familiarizar você, com algumas das habilidades exigidas.
Você deverá buscar uma formação mais completa antes de tentar fazer qualquer das atividades
descritas nesta Norma. As técnicas descritas aqui podem ser aprendidas e praticadas utilizando os
materiais e o famoso “saber-fazer”.
Embora a resposta rápida é vital para a sobrevivência das sinistrados, isso não endossa a
entrada em estruturas danificadas por inexperientes ou até mesmo por especialistas. Salvamento em
desastres, pela sua própria natureza, é uma atividade de alto risco. A LifeSpan declina qualquer
responsabilidade por qualquer acidente ou danos causados pelo uso indevido ou má interpretação das
informações contidas nesta NOO – Norma de Orientação Operacional. A leitura deste livro sozinho
não pode ser considerada uma formação adequada para um resgatista. O conhecimento deve ser
vinculado com a formação, experiência prática e observância rigorosa em matéria de segurança.
A segurança deve ser primordial em sua mente. Como tal, é importante para comunicar a
localização de estruturas colapsadas ou quebradas para as autoridades, permitindo-lhes de forma eficaz
coordenar os seus esforços de salvamento. Locais de resgate são muitas vezes instáveis e podem
esconder muitos perigos: vidros quebrados, pregos salientes, escadas ou pisos enfraquecidos, fios
elétricos expostos e energizados, vazamento de gás, tubos de água e esgoto quebrado.
Estruturas que aparentam serem sólidas pode não estar. A poeira gerada por um colapso pode
conter perigos, bem como eventualmente cobrir até feridos ou vitimas mortas. A qualquer momento
pode haver explosões, inundações, e até mesmo novos desabamentos ou ainda desmoronamentos.
Evite ficar sob escombros e procure usar o vestuário de proteção descrito abaixo.
Vestuário de Proteção: Existem três níveis de vestuário de proteção que deve ser utilizado em
trabalhos de salvamento.
1. Vestimenta de Proteção Normal: Essa roupa pode ser usada dentro de uma área que não está
contaminada com gases, produtos químicos, líquidos inflamáveis, ou de qualquer material radioativo,
e incluem óculos ou proteção do rosto, macacão, luvas, joelheiras, botas, e uma máscara apropriada.
2. Vestimenta de Proteção Completa: Vestuário indicado para evitar gases / vapores, líquidos e
sólidos de entrar em contato direto com a pele e pode incluir capacete, máscara, avental e calça
(usualmente usadas pelos bombeiros), luvas, botas de borracha, fitas ou adesivos (fluorescentes,
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refletindo material) em torno de cintura, braços e pernas, bem como revestimentos para outras partes
da cabeça não protegidas pela máscara ou capacete.
3. Vestimenta de Proteção Especial: Roupas especialmente indicadas para proteger contra um
produto perigoso específico; por exemplo, ácidos fortes, materiais radioativos, gases criogênicos ou
substâncias venenosas.
Espaços confinados: Entrada em espaços confinados é um dos mais perigosas tarefas enfrentadas
pelo pessoal de salvamento.
Um espaço confinado:
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Resgatar uma pessoa muito raramente é um esforço. Uma equipe com certeza aumenta as
capacidades de encontrar e salvar uma vitima soterrada, mais do que você trabalhar sozinho, que como
já comentado, procure evitar. Cada indivíduo em uma equipe tem experiência ou competências que
podem ser úteis. Situações de desastres trarão pessoas nunca conhecidas antes e vai uni-los na busca
de um objetivo comum, salvar vidas. Tomar alguns minutos para descobrir sobre as competências e a
experiência de cada membro da equipe, é um primeiro passo importante. A força de uma equipe está
na versatilidade dos seus componentes e a sua capacidade de tirar proveito disso, com conhecimento e
experiência.
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Nas equipes de resgate, devem ter pessoas com conhecimento em cordas, nós, amarração e
ancoragem. Devem saber como usar macacos e alavancas, guinchos e escadas de armar. Eles devem
aprender sobre escoramento de edifícios com materiais encontrados no local. Eles devem saber como
lidar com acidentes; um curso de primeiros socorros é obrigatório. Devem aprender como continuar
vivo enquanto resgatam os outros, com procedimentos de segurança em edifícios colapsados, entulho
e detritos.
A maioria dos edifícios está vulnerável aos efeitos das catástrofes naturais e tecnológicas, tais
como tornados, terremotos, inundações ou explosões. Mas a extensão do dano depende do tipo de
desastre e a construção do edifício. Modernas fábricas e edifícios para escritórios, por exemplo, são
estruturadas em aço ou concretos prontos e pré-moldados e são mais resistentes a demonstrar violência
do colapso do que as empresas de vizinhança com construções simples tais como as casas.
Cuidado com aço emoldurado dos edifícios que foram recentemente afetados por um incêndio
e que são mais propensos a soltar. No entanto, em um desastre tal como um grande terremoto, quase
todos os tipos da estrutura será afetada - alguns edifícios serão colapsados e outros serão deixados com
pisos e paredes enfraquecidas. Lembre-se que não importa a amplitude dos danos, as técnicas que você
usa para salvar as pessoas continuam a ser as mesmas. Procure compreender os padrões em que
determinados tipos de edifícios poderiam ficar em casos de colapso, tanto para sua própria segurança e
a de outros. Mantenha as pessoas sem conhecimento (curiosos) longe do local, se ficarem cutucando
em torno dos escombros e destroços, pode causar novos colapsos e prejudicar ainda mais
sobreviventes encarcerados.
A maioria dos edifícios colapsados fica em mais ou menos previsíveis padrões. Muitas vezes,
a forma da estrutura em colapso é chamada de vazio ou vão, onde as pessoas podem viver durante
algum tempo. Equipes de resgate devem saber como localizar e pesquisar esses vazios.
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Nó Lais de Guia – Nó usado para transporte que forma uma alça fácil de
desmanchar, não aperta e não corre. Útil para amarrações em geral.
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ESCORAMENTO
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ESCADAS
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Certifique-se que a escada esteja bem ancorada e amarrada a fim de trabalhar com segurança
evitando escorregar durante os procedimentos de resgate. Quando no alto, fique com uma das pernas
trança da no degrau, isso ajuda no equilíbrio e na segurança.
AUTO-SEGURANÇA
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ESCORAMENTO DE SUSTENTAÇÃO
Uma vez que você limpou detritos caídos ou se, uma estrutura é passível de colapso mais uma
vez, você deve providenciar um sistema de escoras com madeiras. Escora de suporte é o mesmo
processo aplicado a portas e janelas. Existem três tipos principais de escoramento:
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Emergência de vítimas
Nunca mova a vítima que possa sair imobilizada. Avalie o local e determine rapidamente as
vias de evacuação o melhor método para transportar o acidentado. Se você está sozinho e tem de
mover a vítima rapidamente, tente um dos seguintes tipos de transporte.
Muleta Humana
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Um método alternativo
para transportar, geralmente usado
em vítimas de maior peso.
Descida de Escadas
Rastejo de Bombeiro
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Isto também é uma boa para transportar uma vítima consciente Quem pode usar as mãos e os
braços de apoio.
Se houver mais do que dois de vocês para fazer o trabalho, há um número de diferentes
métodos que pode ser utilizada para transportar vítimas.
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Não use este método quando houver suspeita de lesão na coluna ou cabeça.
MACAS IMPROVISADAS
Se uma maca não está disponível no momento do resgate pode-se improvisar uma usando uma
tabua, escada curta, porta ou duas varas de madeira ou barras de ferro rígidas e um cobertor, ou
vestuário. Não use macas improvisadas para vítimas com suspeita de lesões na cabeça e coluna
vertebral, salvo não haver alternativa e a vitima e equipe correrem risco se permanecerem no local.
1. Colocar o cobertor no solo em local plano e dobre um terço do seu tamanho sobre a vara de madeira
ou barra de ferro.
2. Coloque a segunda barra sobre a parte dobrada com cerca de uns 20 cm para dentro e dobre esse
espaço (20cm) de volta por cima da segunda barra colocada (conforme o desenho)
3. Dobra o restante do cobertor sobre as varas ou barras. O peso da vítima sobre o cobertor detém as
pontas no lugar evitando que escorreguem.
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NOTA: Teste sempre uma maca improvisada com alguém igual ou mais pesado do que a vítima a fim
de garantir que fique segura. Verifique o alargamento e estrutura de uma maca improvisada para
garantir que ela passe através de corredores, portas e escadas sem prejuízo para o transporte.
“COSTURA” DA VÍTIMA – Quando as vitimas devem ser transportadas por locais e terrenos
acidentados com o risco de cair (escorregar) da maca. Podemos usar o que chamamos de “costura”
para assegurar que permaneça firme sobre a maca e evitar novas quedas. A amarração deve iniciar em
uma das pontas e ir costurando a vitima ao longo do corpo, procurando firmar a região do tórax,
pelves, pernas (abaixo dos joelhos) e os dois pés.
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Uma maca deve ser transportada por pelo menos quatro pessoas, normalmente, direcionando
os pés ao local do acidente e a cabeça em direção à ambulância ou local de socorros. Deverão manter a
cabeça sempre para cima, e quando transportado em uma ambulância ou a uma cama. Lembre que
alguém deve manter contato com a vitima, enquanto estão transportando.
Em um terreno irregular, deverão cuidar para que a maca fique nivelada, evitando que a
cabeça fique mais baixa que o restante do corpo.
São etapas que resumem os procedimentos a serem seguidos antes e durante os procedimentos
de busca e resgate de vitimas.
Etapa 1 – Faça um reconhecimento do local e examine o ambiente no qual você vai lidar com vitimas.
Reúna toda a informação possível sobre outros ocupantes da edificação.
Etapa 2 – Localize e procure remover vitimas levemente encurralada. Procurar imediatamente acesso
para áreas baixas para que possa resgatar pessoas com o mínimo esforço. Manter contato com as
vitimas que podem ser vistas no interior ou ouvi-las, mas que não podem ser removidas
imediatamente.
Nota: A utilização de cães treinados em buscas de vitimas pode aumentar a probabilidade de encontrar
pessoas presas e inconscientes. Cães usados nesta modalidade não devem usar coleiras, pois podem
ficar presos em “armadilhas” através de detritos. As patas devem ser verificadas regularmente para
evitar lesões.
Etapa 3 – Faça exploração verbal esporadicamente, buscando ouvir chamados de socorros ou até
mesmo sussurros ou gemidos de sobrevida. Procure não esquecer esse procedimentos mesmo durante
um resgate.
Etapa 4 – Explore e remova escombros em ruínas onde há chances de pessoas permanecerem vivas.
Faça esforço de remoção de escombros apenas onde tem sinal de vitimas, por isso obter informação
sobre outros ocupantes da edificação (Etapa 1).
Etapa 5 - Levantamento sistemático das áreas selecionadas de escombros até que todos as supostas
vítimas sejam contabilizadas. Isto inclui a remoção dos mortos e/ou partes do corpo. Identificar
edifícios que já foram pesquisados, utilizando tintas spray ou de sinais. Esse procedimento vai evitar
que equipes façam buscas repetidas em locais já vistoriados, causando um desgaste desnecessário.
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FAÇA
Para ser um bom resgatista, você deve dominar todas as técnicas já descritas nessa NOO. Você
deve ser capaz de fazê-los na escuridão. Pratique atar nós com os olhos vendados. Em locais que se
pode efetuar uma simulação, pratique. Tire partido dos seus conhecimentos.
O QUE FAZER:
NÃO FAÇA
• Não mova uma vitima com traumas sem antes imobilizá-la adequadamente, a menos que a vítima
esteja em perigo eminente.
• Não fume ou aceda isqueiros em locais onde existe um possível vazamento de gás.
• Não rasteje sobre restos ou partes de escombros da estrutura danificada a menos que você seja
obrigado por circunstâncias.
• Não retire a madeira dos destroços indiscriminadamente ou você pode causar mais colapso.
• Não entre em locais ou espaços fechados sem informar os outros membros da sua equipe, ou se
possível, sem um companheiro para ajudar em caso de acidente.
• Não toque em fiação elétrica solta.
• Não jogue detritos sem rumo - você pode ter que movê-los novamente.
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BIBLIOGRAFIA
LifeSpan Treinamentos
Norma de Orientação Operacional – 2009
NOO nº 002 – Resgate em Desabamentos
www.lifespan.com.br
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