I FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO RURAL E

SUSTENTABILIDADE TERRITORIAL NO ALTO PARANÁIBA:

POLÍTICAS PÚBLICAS INSTITUIÇÕES E TERRITÓRIO

O PAPEL DO ESTADO E DAS

INSTITUIÇÕES PÚBLICAS NA
CONFIGURAÇÃO DO PADAP E O
DESENVOLVIMENTO RURAL DO ALTO
PARANAÍBA

Paulo Afonso Romano

Secretário-Adjunto de Estado de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento

Rio Paranaíba-MG
JUNHO/2010
 ÍNDICE

• CRONOLOGIA DOS FATOS

• INCENTIVOS À PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA
BRASILEIRA – EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• INCORPORAÇÃO DOS CERRADOS AO PROCESSO
PRODUTIVO – PROGRAMAS
• RESULTADOS – BRASIL
• RESULTADOS – MINAS GERAIS e ALTO
PARANAÍBA/TRIÂNGULO)
• REALIDADE ATUAL

2
 CRONOLOGIA DOS FATOS
 DÉCADAS DE 1950 E 1960
 GOVERNO JUSCELINO KUBITSCHEK: inserção da
agricultura no Plano de Metas – TRANSFORMAÇÃO:
MECANIZAÇÃO DA AGRICULTURA (inserção do
capital no processo produtivo): parte da meta do
setor automotivo;
DIFICULDADE: saturação das áreas de uso
consolidado;
PREMISSA: expansão da fronteira agrícola (aliada
à Construção de Brasília);
PROCESSO DE INTERIORIZAÇÃO DA
ECONOMIA;
PROCESSO DE MINIFUNDIZAÇÃO.

3
 INCENTIVOS À PRODUÇÃO
AGROPECUÁRIA BRASILEIRA –
EVOLUÇÃO HISTÓRICA

024
 DÉCADAS DE 1960 E 1970
 SECA NA ÍNDIA (1966): importação de alimentos;
 QUEDA DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA NA RÚSSIA E
NA CHINA.
CRISE NA OFERTA DE ALIMENTOS

x
 EXPANSÃO DA REVOLUÇÃO VERDE – Coordenada
pelos EUA;
 JAPÃO: busca de alternativas para o suprimento.
035
 DÉCADAS 1970 e 1980

 EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA: incorporação

dos cerrados ao processo produtivo

 ESTRUTURAS DE SUPORTE
 Nível Nacional: EMBRAPA (Pesquisa)
EMBRATER* (Assistência Técnica)
 Nível Estadual: PIPAEMG/EPAMIG (Pesquisa)
ACAR/EMATER (Assistência Técnica)

* Extinta em 1991, no governo de Fernando Collor de Mello

036
 INCORPORAÇÃO DOS CERRADOS AO
PROCESSO PRODUTIVO
PROGRAMA DE ASSENTAMENTO DIRIGIDO DO ALTO
PARANAÍBA (PADAP) (1972 – 1975)
 PRECURSOR DO POLOCENTRO;
 PRIMEIRO PROGRAMA DE EXPLORAÇÃO INTENSIVA
DOS CERRADOS;
 PRIMEIRO PROGRAMA SOB ORGANIZAÇÃO
COOPERATIVA;
 ÁREA: 60.000 ha (MUNICÍPIOS: São Gotardo, Rio
Paranaíba, Ibiá e Campos Altos)
 PARCEIROS:

 INICIATIVA PRIVADA: COOPERATIVA AGRÍCOLA DE COTIA

(Exploração econômica da área – produtores rurais)
047
 PROGRAMA DE ASSENTAMENTO DIRIGIDO DO
ALTO PARANAÍBA (PADAP) (1972 – 1975)
 INFRAESTRUTURA DE APOIO ÀS ATIVIDADES PRODUTIVAS:
 CONSTRUÇÃO DE 205 KM DE ESTRADAS RURAIS, SETE PONTES E
OS ACESSOS ÀS GLEBAS DOS COLONOS;
 CONSTRUÇÃO DE DOIS CAMPOS DE POUSO;
 CONSTRUÇÃO DE 125 KM DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ELÉTRICA;
 MONTAGEM DE ARMAZÉM (Casemg);
 FORMALIZAÇÃO DE CONVÊNIO COM A MINAS CAIXA PARA A
CONSTRUÇÃO DE 400 UNIDADES HABITACIONAIS RURAIS
DESTINADAS AOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA;
 FORMALIZAÇÃO DE CONVÊNIOS COM AS PREFEITURAS DE RIO
PARANAÍBA E SÃO GOTARDO PARA CONSTRUÇÃO DE POSTOS DE
SAÚDE E ESCOLAS.

 ... “UMA SAGA DE SEGUNDA GERAÇÃO”

 Participação decisiva dos nikkeis (japoneses e seus
descendentes) que vindos do Sul do país e respaldados em sua
organização cooperativista possibilitaram o desenvolvimento da
tecnologia de produção nas áreas dos Cerrados.
048
POLOCENTRO (1975- Governo Geisel / Ministro
Alysson Paulinelli)
 UM DOS PRINCIPAIS PROGRAMAS DO II PND;
 OBJETIVO: ocupação das áreas centrais do Brasil;
 INCORPORAÇÃOS DOS CERRADOS AOS PROCESSO
PRODUTIVO:
 CERRADOS: anteparo central – freou fluxo migratório intenso em
direção à Floresta Amazônica.

 ABRANGÊNCIA: MT, MS, GO e as regiões do Triângulo

Mineiro, Alto Paranaíba, Alto e Médio São Francisco e
Noroeste de Minas;
 AUMENTO DA PRODUTIVIDADE MÉDIA DAS ÁREAS
DOS CERRADOS ACIMA DA MÉDIA NACIONAL.

059
1974/1979: PRODECER - ELABORAÇÃO, NEGOCIAÇÃO E
FORMALIZAÇÃO DE ACORDOS
1979/1980: PRODECER - EXECUÇÃO
 ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE OS GOVERNOS
BRASILEIRO E JAPONÊS;
 FINANCIAMENTO DO PROGRAMA: BR e Japão (50%
para cada parte)
 IMPLANTADO PELA COMPANHIA DE PROMOÇÃO
AGRÍCOLA (CAMPO): empresa de capital público e
Privado (BR: 51%; Japão: 49%);
 1ª ETAPA: PRODECER I (Projeto Piloto em MG)
 INCORPORAÇÃO DE 70.000 ha (cerrados de MG: Iraí de Minas
Paracatu e Coromandel);
 2ª ETAPA: PRODECER II – extensão do Programa para
os estados de GO, MT e MS;
 3ª ETAPA: PRODECER III: incorporação de MA e PI.
06
10
 ESTRATÉGIAS DE EXPLORAÇÃO
 CONCEPÇÃO DA “AGRICULTURA TROPICAL”,
ALICERÇADA SOB OS ENFOQUES:
 AVANÇO TECNOLÓGICO;
 EXPANSÃO DA FRONTEIRA – Transformação dos
cerrados em terras férteis;
 VIABILIZAÇÃO DA INCORPORAÇÃO DOS CERRADOS
AO PROCESSO PRODUTIVO;
 COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA;
 AO CONTRÁRIO DO RESTO DO MUNDO (esgotamento
de terras agricultáveis): APLICAÇÃO DE PRÁTICAS
CONSERVACIONISTAS E SUSTENTÁVEIS,
EVOLUINDO PARA O PLANTIO DIRETO E
INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA.

11
RESULTADOS - BRASIL

12
 RESULTADOS - BRASIL/CERRADOS

1975 2003
Produto CERRADO RESTO BR Part. CERRADO RESTO BR Part.
(A) DO BR (B) A/B (A) DO BR (B) A/B
(%) (%)
Milho (mil t) 3.611 12.723 16.335 22 15.219 33.108 48.327 31
Soja (mil t) 853 9.040 9.893 9 27.986 23.933 51.919 54
Arroz (mil t) 3.303 4.478 7.782 42 2.796 7.539 10.335 27
Feijão (mil t) 352 1.930 2.282 15 1.062 2.240 3.302 32
Trigo (mil t) 139 2.431 2.560 5 356 5.707 6.154 6
Subtotal (mil t) 8.249 30.613 38.852 21 47.419 72.618 120.037 40
Algodão (mil t) 362 1.386 1.748 21 1.944 258 2.202 88
Cana (mil t) 26.548 64.977 91.525 29 183.072 212.941 396.012 46
Bovino (mil 33.960 66.000 99.960 34 85.057 110.495 195.562 43
cab.)

Fonte: IBGE – PAM 1975 e 2003 13

 RESULTADOS - EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO E DA
ÁREA COLHIDA DE GRÃOS – BRASIL 146,1 147,0
134,2
124,3
134,4

Milhões de Toneladas 112,8

84,2
97,9
75,3 75,1
67,7 68,7
Milhões de Hectares
56,3
46,8 45,1 46,7 46,9 46,9
36,1 36,6 37,9 36,3 38,9
32,8 33,0

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PRODUTIVIDADE (ton/ha): 100,7%
1,6 3,1

Taxa de Crescimento Produção Área Produtividade

Média (Anual) % 4,9 1,3 3,5
Fonte: IBGE – PAM / IBGE - LSPA Abril 2010 * Estimativa 07
14
 RESULTADOS – EVOLUÇÃO DA EXPORTAÇÃO DO
AGRONEGÓCIO
1996 BRASIL 2009

Complexo Outros produtos

Soja
Complexo Grãos e cereais* Complexo
Outros produtos 3,0% Soja
Soja
Prod. Têxteis 1,9%
Grãos e cereais* Fumo e seus 9,1%
18,2% produtos 4,7%
0,6% 21,1% 26,6%

Prod. Têxteis 4,3%

Carnes
Fumo e seus 7,2% Prod. 18,2%
produtos 15,6% Prod.
Florestais 11,2%
Florestais
7,3%
Carnes 3,7% 6,6%
7,5% 10,1%
8,1% 15,0%
Frutas e
Frutas e Café e derivados derivados Café e derivados
derivados Complexo
Complexo
Sucroalcooleiro Sucroalcooleiro

US$ 21,1 BILHÕES US$ 64,8 BILHÕES

* Refere-se a outros grãos como arroz, milho e trigo cereais.

15
15
Fonte: MDIC/SECEX
RESULTADOS – MINAS GERAIS

16
 RESULTADOS - EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO E DA
ÁREA COLHIDA DE GRÃOS – MG
10,4 10,3 10,2
9,5 10,5
8,8

Milhões de Toneladas
6,5
7,7
6,1 5,9
5,8
5,0
Milhões de Hectares
4,0
3,1 3,1
3,1 3,1 2,8 2,8 2,8
2,6 2,5 2,8
2,5 2,5

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PRODUTIVIDADE (ton/ha): 178,4%
1,3 3,7

Taxa de Crescimento Anual Produção Área Produtividade

(Média) 4,8 -0,5 5,3
Fonte: IBGE – PAM / IBGE - LSPA Abril 2010 * Estimativa 08
17
 RESULTADOS – EVOLUÇÃO DA EXPORTAÇÃO DO
AGRONEGÓCIO
MINAS GERAIS
1996 2009
Complexo Complexo Prod. Hortícolas
Sucroalcooleiro 0,6% 0,1%Prod. Hortícolas
Soja 1,2%
Carnes 0,7%
Prod. Outros produtos Outros produtos
2,4% 4,6%
Têxteis 5,2%
Couros e Peleteria3,4% Complexo
Sucroalcooleiro
Complexo Soja 12,2%
6,0%
Café e derivados
Carnes
Prod. 12,1%
Florestais 14,6% Café e derivados 51,6%

67,0% Prod. Têxteis 1,4%

Couros e 8,7%
0,8% 7,3%
Peleteria
Complexo Soja

Prod.
Florestais

US$ 1,4 BILHÕES US$ 5,6 BILHÕES

18
18
Fonte: MDIC/SECEX
 RESULTADOS – ALTO PARANAÍBA / TRIÂNGULO
4,6
4,4
4,2 4,3
4,4
3,7

Milhões de Toneladas
2,7 3,3
2,4
2,2
2,1
1,9
Milhões de Hectares
1,4 1,3
1,2 1,1 1,1 1,1
0,8 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9
0,7

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PRODUTIVIDADE (ton/ha): 147,2%
1,7 4,1

Taxa de Crescimento Anual Produção Área Produtividade

(Média) % 5,9 1,2 4,6
Fonte: IBGE – PAM / IBGE - LSPA Abril 2010 * Estimativa 08
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 RESULTADOS – PRODUÇÃO AGRÍCOLA
ALTO PARANAÍBA TRIÂNGULO
POSIÇÃO PRODUTO / PRODUÇÃO Part. POSIÇÃO PRODUTO / Part.
MG PRODUÇÃO MG
(%) (%)
Alho (18,1 mil t) 80,1 Amendoim (8,6 mil t) 91,1
1º 1º
Cebola (78,8 mil t) 65,8 Abacaxi (229,2 milhões 93,9
de frutos)
Trigo (58,6 mil t) 59,3
Cana-de-açúcar 63,6
2º Algodão em caroço 19,3
(38.860,1 mil t)
(10,7 mil t)
Laranja (606,9 mil t) 81,4
Batata (462,3 mil t) 42,2
Feijão (83,1 mil t) 14,6 Soja (1.125,5 mil t) 37,3

Milho (1.253,5 mil t) 20,9 Sorgo (147,0 mil t) 50,4

Soja (1.102,1 mil t) 36,5 2º Tomate de mesa 19,9

(79,7 mil t)
3º Café (247,8 mil t) 17,3
3º Algodão em caroço 11,2
Sorgo (19,1 mil t) 6,5 (10,7 mil t)
Milho (937 mil t) 15,7
Trigo (9,4 mil t) 9,6

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Fonte: IBGE - LSPA Abril 2010
 REALIDADE ATUAL
 1º MOMENTO: Organização, diversificação e
expansão das cadeias produtivas;
 2º MOMENTO: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta;
 OCUPAÇÃO ORDENADA DO ESPAÇO TERRITORIAL;
 DESENVOLVIMENTO E MODERNIZAÇÃO DOS
CENTROS URBANOS – Aumento das funções urbanas;
 DIVERSIFICAÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA;
 CRIAÇÃO DE CAPACIDADE ENDÓGENA DE SE
DESENVOLVER;
 EFEITO MULTIPLICADOR: geração de emprego e renda
também para a população pré-existente;
 INTEGRAÇÃO COMUNITÁRIA E CULTURAL.

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SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA,
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Rua Cláudio Manoel, 1205, Belo Horizonte – MG

CEP: 30140 -100

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