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ÓXIDO DE ZINCO VIA INTRA-MUSCULAR NO TRATAMENTO DE DERMATITE SOLAR EM

BOVINOS
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Pedro R. A. C. Marchan ; Luiz Rômulo Alberton .

Área de Concentração: Ciências Agrárias

INTRODUÇÃO: A dermatite solar (eritema solar) é o processo inflamatório da derme e epiderme,


devido a ação intensa dos raios solares nas áreas despigmentadas ou pouco pigmentadas da pele. A
ação dos raios solares infravermelhos sobre a pele anteriormente descrita, pode resultar em uma
reação inflamatória, que pode evoluir para necrose tecidual. A dermatite solar é bastante comum em
bovinos (MARQUES 2003). Segundo Marques (2003), a primeira medida que deve ser realizada é
evitar que o animal receba raios solares, feito isso a ferida deve ser limpa com água e sabão e por fim
deve-se aplicar pomadas a base de óxido de zinco e vitamina A. O zinco é um mineral, relacionado
com uma certa variedade de funções celulares, participando na síntese de proteínas, no metabolismo
do ácido nucléico e dos carboidratos. Tem ação na ceratogênese, no crescimento, no apetite, na
reprodução, no desenvolvimento do tecido ósseo e no cérebro, ao fazer parte de vários processos
enzimáticos – carboxipeptidase, fosfatase alcalina, desidrogenase alcoólica, lática, málica e
glutâmica, anidrase carbonica, diaforase e outros (MARQUES 2003). As funções primárias do zinco
parecem estar no processo fundamental de replicação celular e expressão gênica e no ácido nucléico
e metabolismo de aminoácido (SWENSOM & REECE 1996)
OBJETIVO: Verificar a eficácia do uso de óxido de zinco IM no tratamento da dermatite solar,
facilitando e diminuindo o manejo dos animais, pois, no tratamento até então previsto, os autores
preconizam o uso tópico de pomadas compostas por OZ e associações.
MATERIAL E MÉTODOS:. Foram utilizadas duas vacas da raça holandesa com peso médio de 500
kg. Os animais foram provenientes do atendimento clínico do HV-UNIPAR. A solução de óxido de
zinco a 5 % foi formulada no laboratório de análises clínicas do HV-UNIPAR. Cada animal recebeu 1
mg - kg da solução, por via IM nos dias 1, 7, 14 e 21, e os resultados foram analisados em três
etapas, no 14, 21, e 28 dia e anotados em fichas individuais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A evolução do tratamento dos dois animais mostrou-se de maneira
semelhante, no dia 1, as lesões eram eritematosas, com aspécto circular, pigmentadas, crostosas e
alopécicas. Na primeira análise (14 dia) as lesões estavam com pouco eritema, poucas crostas,
levemente pigmentadas e já se observava que alguns pelos haviam nascido, na segunda verificação
(21 dia) observou-se que não havia mais eritema e crostas, a pigmentação era minima e
aproximadamente 60% de cada lesão estava preenchida por pelos, durante a ultima avaliação (28
dia) as lesões haviam regredido completamente em ambos animais. A partir dos dados obtidos com
esses dois espécimes observou-se que o uso do OZ IM na dose de 1 mg-kg aplicado nos dias 1, 7,
14, e 21 pode ser satisfatório na obtenção da cura da dermatite solar. Estudos com um número
maior de animais devem ser realizados para a comprovação desses resultados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. SWENSON, M. J.; REECE, W. O. Dukes Fisiologia dos Animais Domésticos, 11 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara koogan,1996, 856 pg.
2. MARQUES, D. C. Criação de Bovinos, 7 ed. Belo Horizonte: CPV, 2003, 586 pg.

1
Médico Veterinário, Mestrando. Programa de Mestrado em Ciência Animal. Grupo de Estudo em Oftalmologia
Veterinária – GEOV. Universidade Paranaense – UNIPAR.
2
Médico Veterinário, Mestre, Doutor. Professor Titular, Curso de Medicina Veterinária Universidade
Paranaense - UNIPAR.

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