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Instituições Judiciárias e Ética

Aluno - Geraldo D. Cossalter – RA B35759-2 - Direito manhã - Março/Abril 2012

-Campus Ribeirão Preto


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Trabalho ‘’Instituições Judiciárias e Ética’’, apresentado á Professora
Tríssia Maria Fortunato Paes de Barros, matéria ‘’Instituições Judiciárias
e Ética’’, Aluno Geraldo Domingos Cossalter, RA B35759-2, turno da manhã,
curso de Direito primeiro período.

Termo de responsabilidade:
Todas as opiniões aqui expressas são de minha autoria, sem plágio de qualquer
origem, objetivando alcançar um resultado positivo, que possa me acrescentar
conhecimento da matéria ‘’Instituições Judiciárias e Ética. ’’, tão importante
no curso de Direito.

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Geraldo Domingos Cossalter
Bibliografia

3 Haddad, José Ricardo, Junior Luiz Guilherme da Costa Wagner, Jacob Luiz
Guilherme de Almeida Ribeiro, Junior Roberto Mendes de Freitas, Filho
Sérgio Carvalho de Aguiar Vallin, 3 edição, São Paulo, Atlas,2009, Barros,
Tríssia Maria Fortunato Paes de, 2012.
e.referência -http://pt.wikipedia.org – acessada em 06/04/2012.

Introdução:
Após a leitura e consulta do Livro Poder Judiciário e Carreiras Jurídicas, bem
como as explanações e a matéria apresentada em lousa pela Professora Tríssia,
consegui acumular conteúdo suficiente para desenvolver este trabalho, o que
me adicionou conhecimento sobre os temas abordados.
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1 ) O que é Jurisdição? Fundamente sua resposta

Trata-se do território em que o Magistrado tem poder de decisão, e somente


neste território ele tem Jurisdição para julgar, o que não é possível em outra
Comarca ou Circuncisão. Jurisdição vem do latim ‘’júris’’ e ‘’dicere’’ que
significa ‘’dizer direito’’, é o poder atribuído ao Estado, é o poder que o Estado
tem para aplicar o Direito com a finalidade de solucionar conflitos e interesses,
e com isto garantir a ordem e a autoridade da lei. O Estado, mediante processo
regular substitui a vontade das partes, em outras palavras, o Estado tem
função Judiciária ou Jurisdicional. A Jurisdição garante a existência do Estado
de Direito Democrático e respeita a Constituição Federal, quanto aos seus
valores, princípios e vontades. Ela se faz presente mediante a provocação de
um cidadão que exerce o direito da ação em um processo regular, ela é a
atividade do Juiz quando aplica o Direito, ou seja, o ‘’poder jurisdicional’’.

2 ) Comente as características e os princípios que regem a Jurisdição.

Com diversas características, podemos enumerá-las conforme segue:


a ) substitutiva – o Estado tem o poder de substituir as partes na aplicação da
lei, onde ninguém poderá ‘’fazer justiça com as próprias mãos’’, cabendo ao
Estado a decisão sobre a lide.
b ) imutável – as decisões não podem ser modificadas, não podem ser mudadas,
quando no exercício da função jurisdicional, não podem ser alteradas ou
revistas, nem sequer por outro poder.
c ) declaratória – O Juiz declara de qual parte ou de quem é o direito, não cabe
á ele Juiz ou ao Judiciário a criação da lei, isto cabe ao Legislativo, ao Judiciário
cabe apenas a aplicação da lei.
d ) lide – A razão da existência Jurisdicional é a lide, que é o conflito de
interesses, sendo portanto o Judiciário convocado a intervir e dar a solução.

Com diversos princípios, podemos enumerá-los conforme segue:


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a ) Inércia – O Judiciário é inerte, e a função Jurisdicional da mesma forma,


portanto somente terá atividade se provocado, portanto sem que um cidadão
provoque, a função Jurisdicional não tem atividade.
b ) Inevitabilidade – a vontade das partes em um processo, independem da
atividade Jurisdicional, não é possível mudar ou impedir que a jurisdição
alcance os seus objetivos.
c ) Indelegabilidade – Por determinação da CF, a Jurisdição não pode ser
exercida por outrem, somente pelo Judiciário, dentro das competências de cada
órgão.
d ) Juiz Natural – Somente é legítimo o Juiz com competência indicada pela
CF previamente. Vetado tribunais de exceção – art. quinto XXXVII.
e ) Duplo grau de Jurisdição – Toda causa que tenha ingressado no
Judiciário, poderá caso a parte que não obteve satisfação de sua pretensão em
primeiro grau, provocar um novo exame, o chamado segunda instância, por
órgão se segundo grau, diferente daquele que julgou anteriormente.
f ) Investidura – A jurisdição só poderá se exercida por quem dela se ache
investido legitimamente.
g ) Aderência ao território – O poder do Magistrado, fica limitado dentro
território em que está sediado, podendo praticar atos processuais somente
dentro de determinado limite territorial.
h ) Inafastabilidade: É a garantia de acesso á todo cidadão ao Poder
Jurisdicional, sendo que nem o Juiz poderá deixar de decidir sob qualquer
alegação.
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3 ) Trace um paralelo em S.T.F. e S.T.J.

O STF, Supremo Tribunal Federal, é a Suprema Corte ou Tribunal de


última instância é o guardião da C.F., da Constituição Federal, onde além de
guardião, aprecia casos que possam ameaçar ou lesar a C.F. Foi criado após a
proclamação da república, exerce uma série de atribuições e é a mais alta
instância do Poder Judiciário Brasileiro. É composto por 11 Ministros, que não
podem ter menos que 35 anos e mais de 65 anos de idade quando da indicação,
sendo necessário um grande conhecimento jurídico para exercer o cargo.
Representam um Tribunal de Jurisdição Nacional e por esta formação,
apreciam somente ações de interesse da nação, ou em que o interesse da nação
esteja em jogo. Processa e julga ações de seus próprios ministros, do
Presidente da República, do Vice Presidente, dos Congressistas e demais
Ministros e procuradores gerais da República. Para ser ministro do STF, é
necessário ser Brasileiro nato, ser nomeado pelo Presidente da República, ter a
aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. O mandato não é fixo e seu
limite é aos70 anos com a aposentadoria compulsória. Adiante temos a Lista
dos atuais Ministros:
Ordem de Presidente da República Data limite
Ministro
antiguidade responsável pela nomeação (aposentadoria)

1 José Sarney 2015


7

Celso de Mello

2 Fernando Collor de Mello 2016

Marco Aurélio Mello

3 Fernando Henrique Cardoso 2025

Gilmar Mendes

4 Luiz Inácio Lula da Silva 2012

Cezar Peluso
Ordem de Presidente da República Data limite
Ministro
antiguidade responsável pela nomeação (aposentadoria)

(Presidente)

8 5 Luiz Inácio Lula da Silva 2012

Carlos Ayres Britto

(Vice-presidente)

6 Luiz Inácio Lula da Silva 2024

Joaquim Barbosa

7 Luiz Inácio Lula da Silva 2018

Ricardo Lewandowski

8 Luiz Inácio Lula da Silva 2024

Carmem Lúcia
Ordem de Presidente da República Data limite
Ministro
antiguidade responsável pela nomeação (aposentadoria)

9 Luiz Inácio Lula da Silva 2037

Dias Toffoli

10 Dilma Rousseff 2023

Luiz Fux

2018
11 Dilma Rousseff

Rosa Maria Weber

O S.T.J., Superior Tribunal de Justiça, é composto por 33 ministros, e tem


como função zelar pela uniformização da interpretação das leis no território
nacional. Se houver uma discrepância entre decisões de juízes de estados
diferentes, por exemplo, o STJ uniformiza a decisão para torná-la igual sem
que ajam diferenças em todo território Nacional. Por ser um dos órgãos
máximos do poder Judiciário Brasileiro, julga em última instância todas as
matérias infraconstitucionais não especializadas, que não façam parte das
Justiças Especializadas, no caso a Trabalhista, A Eleitoral e Militar, e é
conhecido como o ‘’Tribunal da Cidadania’’. Desde 2008, o STJ, também tem
como atribuição a publicação eletrônica do Diário da Justiça. Ele também
resolve conflitos que possa haver entre juízes de diferentes tribunais, e entre os
tribunais, além de homologar sentenças estrangeiras para cumprimento no
território Brasileiro. Processa e julga originalmente crimes comuns de
Governantes dos Estados Brasileiros e dos respectivos Desembargadores. É
dividido em 03 seções, cada uma delas por 02 turmas, sendo que acima dela
está a Corte Especial, órgão máximo do Tribunal. Sua composição é dividida
10 em um terço de Juízes dos Tribunais Regionais Federais, um terço de
Desembargadores dos Tribunais de Justiça, e alternadamente, um terço de
Advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do DF e
Territórios. A escolha dos Juízes e Desembargadores é feita pelo plenário do
STJ, entre os candidatos aos cargos, onde é redigida uma listra tripla que é
apreciada pela Presidência da República onde é indicado um nome. No caso dos
advogados e membros do MP, o plenário recebe uma lista com seis nomes,
formada por entidades representativas de classe, que seleciona três nomes e
que também é apreciada pela Presidência da República, para indicação de um
nome. Feito isto, o candidato é sabatinado pela Comissão de Cidadania
Constituição e Justiça do Senado Federal, havendo então uma votação secreta,
o eleito é nomeado pela Presidência da República e finalmente toma posse.

Ministros em Atividade

 Ministros ativos em ordem de antiguidade


 Magistrados convocados

UF
Nome
Naturalidade

Ari Pargendler - Presidente RS

Francisco Cesar Asfor Rocha - Diretor-Geral da


CE
ENFAM

Felix Fischer - Vice-Presidente Naturalizado


Gilson Langaro Dipp RS

Eliana Calmon Alves BA

Francisco Cândido de Melo Falcão Neto PE

Fátima Nancy Andrighi RS

11 Laurita Hilário Vaz GO

João Otávio de Noronha - Corregedor-Geral da


MG
Justiça Federal

Teori Albino Zavascki SC

José de Castro Meira BA

Arnaldo Esteves Lima MG

Massami Uyeda SP

Humberto Eustáquio Soares Martins AL

Maria Thereza Rocha de Assis Moura SP

Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin PB

Napoleão Nunes Maia Filho CE

Sidnei Agostinho Beneti SP

Jorge Mussi SC

Geraldo Og Nicéas Marques Fernandes PE

Luis Felipe Salomão BA


Mauro Luiz Campbell Marques AM

Benedito Gonçalves RJ

Raul Araújo Filho CE

Paulo de Tarso Vieira Sanseverino RS


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Maria Isabel Diniz Gallotti Rodrigues RJ

Antonio Carlos Ferreira SP

Ricardo Villas Bôas Cueva SP

Sebastião Alves dos Reis Júnior MG

Marco Aurélio Gastaldi Buzzi SC

Marco Aurélio Bellizze Oliveira


RJ

Magistrados Convocados

Nome Tribunal de Origem

Desembargador Vasco Della Giustina TJ/RS

Desembargador Adilson Vieira Macabu TJ/RJ


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4 ) Discorra sobre os poderes atribuídos ao C.N.J. Conselho Nacional de


Justiça. Conselho Nacional de Justiça.

Criado em 2004 pela emenda constitucional número 45, o CNJ é um órgão que
tem como objetivo garantir a transparência do Judiciário, exercendo
fiscalização adminstrativa, financeira e processual, bem como os deveres dos
juízes e o desenvolvimento do Judiciário. Sua sede fica em Brasília-DF e tem
atuação em todo o território nacional, acolhendo reclamações, petições ou
representações contra membros ou órgãos do Judiciário, sendo que qualquer
cidadão brasileiro pode exercer este direito. Para manter o bom funcionamento
do Judiciário Brasileiro, o CNJ promove parcerias e esclarecimentos públicos
com o intuito de instruir o cidadão Brasileiro quanto aos seus direitos perante
a justiça, fazendo com que os juízes cumpram com os seus deveres e o cidadão
brasileiro também possa fiscalizar os órgãos e seus membros. Definida pela
CF, o CNJ é formado por 15 membros, com mandato de 02 anos, com direito á
mais um mandato apenas e tem como missão aprimorar o serviço prestado pelo
Judiciário, por isto cria programas e campanhas sociais e ações internas que
resultem na melhoria dos serviços prestados.

Estrutura:

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que preside também o


Conselho (EC 61/2009).
Um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicado pelo respectivo
tribunal e que atua como Corregedor Nacional de Justiça.

Um ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), indicado pelo


respectivo tribunal.

Um desembargador de Tribunal de Justiça (TJ), indicado pelo Supremo


Tribunal Federal.

14 Um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal.

Um juiz de Tribunal Regional Federal (TRF), indicado pelo Superior


Tribunal de Justiça.

Um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça.

Um juiz de Tribunal Regional do Trabalho (TRT), indicado pelo Tribunal


Superior do Trabalho.

Um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho.

Um membro do Ministério Público da União (MPU), indicado pelo


procurador-geral da República.

Um membro do Ministério Público estadual (MP), escolhido pelo


procurador-geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão
competente de cada instituição estadual.

Dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados


do Brasil (OAB).

Dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um


pela Câmara dos Deputados e outro pelo.

Composição atual

A composição atual para o biênio 2011/2013, na ordem da composição


institucional:
Cezar Peluso, presidente do STF e presidente do CNJ.

Eliana Calmon, ministra do STJ, Corregedora Nacional de Justiça.

Carlos Alberto Reis de Paula, ministro do TST.

José Roberto Neves Amorim, desembargador do TJ/SP.

Fernando da Costa Tourino Neto, desembargador do TRF/1ª região.


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Ney José de Freitas, desembargador do TRT/9ª região.

José Guilherme Vasi Werner, juiz de direito do TJ/RJ.

Sílvio Luís Ferreira da Rocha, juiz federal do TRF/3ª região.

José Lúcio Munhoz, juiz do trabalho do TRT/12ª região.

Wellington Cabral Saraiva, procurador regional da República da 5ª região


(membro do MPU).

Gilberto Valente Martins Promotor de Justiça do Estado do Pará, membro do


MP/PA.

Jefferson Kravchychyn e Jorge Hélio, advogados.

Marcelo Nobre (Câmara dos Deputados) e Bruno Dantas (Senado Federal)


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5 ) Com relação as justiças especializadas relacione os órgãos que


compõe a estrutura da Justiça Trabalhista com ênfase a sua competência
em razão da matéria.

O TST, Tribunal Superior do Trabalho, que é a última instância ou instância


máxima da Justiça Federal do Trabalho é ligado ao TRT, Tribunal Regional
do Trabalho que usualmente é a segunda instância e por isto coordena a
primeira instância que são as Varas do Trabalho. O TST é um dos
componentes que junto com o STF,STM,TSE E STJ, formam os Tribunais
Superiores Brasileiros. Os TRT tem competência ordinária para julgar
dissídios coletivos, ações rescisórias e mandatos de segurança, dentro do
ambiente trabalhista. Atualmente são 24 TRTs distribuídos pelo Brasil. Em
quase todos os estados Brasileiros temos um, menos no Acre, Amapá, Roraima
e Tocantins e o único a ter mais de um TRT, é o Estado de São Paulo que tem
dois, um sediado em São Paulo capital e outro em Campinas interior do estado.
O juiz do Trabalho é quem tem competência para julgar os processos que
tramitam na Justiça Trabalhista. A Emenda Constitucional número 45, de
dezembro de 2004, alterou substancialmente a competência da Justiça do
Trabalho determinando que toda matéria trabalhista, envolvendo qualquer
tipo de trabalhador é de sua competência. A competência em razão da matéria é
aquela que diz respeito aos tipos de ações que poderiam ser suscitadas na
matéria trabalhista. A emenda 45, portanto, assim estabeleceu.

Compete á Justiça do Trabalho:


As ações da relação de trabalho, independentemente do tipo de trabalhador,
ações que envolvam o direito de greve, as ações entre sindicatos, trabalhadores
e empregadores, mandatos de segurança, e habeas corpus dentro da sua
jurisdição, ações de dano moral ou patrimonial dentro do ambiente trabalhista,
ações de penalização aos empregadores quando fiscalizados por órgãos
competentes, das contribuições sociais, seus acréscimos legais decorrentes de
sentenças, dentre outras sempre dentro do ambiente trabalhista. Por tratar-se
de Justiça Especializada, somente podem ser tramitadas causas trabalhistas,
sem a intervenção de qualquer outro órgão ou tribunal, pois o TST, TRT e as
17 Varas Trabalhistas são especializadas em assuntos inerentes ao Trabalho, sua
essência está concretizada em fazer justiça dentro do ambiente trabalhista.

6 ) No que tange a Magistratura, responda o que se pede:

I ) Como se dá acesso á carreira?

Por intermédio de concurso público, tem se acesso á carreira de Magistrado em


nosso país, em que o candidato passa por diversas fases até atingir a aprovação.
Primeiramente é exigida uma prova escrita, posteriormente uma prova
dissertativa e uma redação jurídica, após isto um exame psicotécnico,
finalizando assim a fase eliminatória e assim iniciando a fase classificatória,
onde o candidato realiza uma prova oral e entrevistas com os membros da
banca e finalmente a apresentação de títulos. É necessário ter nacionalidade
brasileira, ser bacharel em Direito com 03 anos de atividades na área jurídica,
ter regularidade com o serviço militar e pleno gozo dos seus direitos políticos,
ter integridade física e mental e boa conduta social. O aprovado assume como
Juiz Substituto (art. 93, CF). As promoções ocorrem por antiguidade ou por
merecimento, chegando ao pico da carreira com a promoção ao segundo grau
de jurisdição.

II ) Quais as garantias e vedações constitucionais? Fundamente.


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Em nosso país, o Magistrado tem garantias para poder exercer o cargo com
tranquilidade, pois sua responsabilidade é muito grande e por esta razão, é
necessário que tenham certas garantias que possibilitem o exercício da função
de forma plena e correta. A Vitaliciedade é alcançada após 02 anos de
efetivado, não havendo exoneração á partir daí, podendo apenas ocorrer isto se
por processo judicial específico, sendo-lhe assegurado o direito de ampla
defesa. Durante os 02 primeiros anos, o Magistrado deverá encaminhar á
Corregedoria Geral da Justiça, relatórios periódicos de prestação de contas de
suas atividades, além de participar de um curso de especialização e de
aperfeiçoamento dos Magistrados. A Inamovibilidade, válida para
Magistrados já fora do período de 02 anos, portanto não vale para Juízes
Substitutos, é a garantia de que o Magistrado não pode ser movido de seu
cargo, nem mesmo com promoções compulsórias para outro cargo superior,
cabendo exclusivamente á ele a decisão de se mover ou se promover, em
síntese, cabe á ele qualquer das decisões. Ela assegura ao Magistrado a sua
independência, para que ele não sofra pressões políticas ou não políticas de
seus julgamentos. A Irredutibilidade de Subsídios é prevista no inciso III do
art. 95 da CF, ela protege o valor nominal dos subsídios e não garante a
reposição das perdas inflacionárias, além de não impedir o desconto
previdenciário, garantindo, portanto o valor nominal dos subsídios e não mais
dos vencimentos como era antes. Além das garantias os Magistrados
sofrem vedações de acordo com o parágrafo único do art. 95 da CF, como
exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exercer advocacia,
exercer atividade político-partidária ou qualquer outro tipo de função pública
ou privada, ainda que se encontre em disponibilidade, salvo a do magistério.
Para salvaguardar a dedicação exclusiva do Magistrado ao cargo a que lhe foi
conferido pela CF O Magistrado não pode exercer nenhum tipo de função
pública ou privada, exceto a de professor em entidades públicas ou privadas,
entretanto para exercer o magistério ele deverá compatibilizar os horários,
ficando vedado durante o horário de expediente forense. É também vedado ao
Magistrado o recebimento de títulos ou honorários, auxílios ou contribuições
de pessoas jurídicas ou físicas. Por fim a quarentena, impede que o Magistrado
exerça a função de advogado no tribunal em que foi Juiz ou Desembargador,
independentemente de ter sido exonerado ou ter aposentado-se, isto para
garantir a imparcialidade nos julgamentos.

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III ) Quais são órgãos responsáveis pelo controle externo e interno do


Poder Judiciário?

Atualmente a Administração pública é controlada internamente pelo próprio


poder com a finalidade de impedir que seus objetivos não atendam os
interesses públicos. Trata-se do controle do próprio Poder, realizado pelo
Magistrado, auxiliado pelos seus comandados. Tal controle é feito pelo próprio
Poder, internamente. O controle externo é realizado pelo CNJ Conselho
Nacional de Justiça, que é o órgão criado pela Emenda Constitucional número
45 de 2004, com a finalidade de estabelecer uma transparência absoluta.
Resumindo, internamente o próprio Poder tem a responsabilidade de
controlar-se ou realizar o seu autocontrole e o CNJ é o órgão responsável pelo
controle externo.

IV ) Quem são os auxiliares da Justiça?

Com o comando do Magistrado e em conjunto com ele, os auxiliares são


responsáveis pelos atos necessários ao desfecho da causa, que não sejam de
responsabilidade exclusiva do Juiz. Os auxiliares permanentes são os
escreventes ou escrivães, os Oficiais de Justiça, Oficiais de Gabinete e
auxiliares do Magistrado, todos estes da Justiça Estadual. Na Justiça Federal,
temos o Analista e Técnico Judiciário e os Oficiais de Justiça e finalmente os
auxiliares eventuais que são os Peritos, os Intérpretes, os Administradores e os
Depositários.

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07 ) Quanto ao tema segurança pública:

A ) Diferencie e dê exemplos de Polícia Judiciária e Polícia


Administrativa.

A prevenção, a repressão á prática de crimes, e a imposição ao respeito ás leis e


regras da sociedade para garantir a segurança pública e a ordem, é encargo da
Polícia. No território Brasileiro, temos 02 tipos, a Polícia Judiciária, que é
formada pelas Polícias Civis dos Estados e do DF que tem como missão,
inquirir e investigar as infrações penais e a autoria, para servir como prova,
como base em uma futura punição, além de auxiliar o Ministério Público,
realizando prisões, cumprimento de mandatos e apreensões, bem como
perícias. A Polícia Federal Rodoviária, Ferroviária e Policias Civil, são
exemplos de Polícia Judiciária. Por sua vez, A Polícia Administrativa, é
formada pelas Polícias Militares dos Estados e do DF e tem como missão a
defesa civil e o trabalho de Polícia ostensiva, garantindo a ordem pública. As
Polícias Militares e os Bombeiros Militares são exemplos de Polícia
Administrativa. Em resumo, a Polícia Administrativa, aparece antes dos
eventos e a Polícia Judiciária, após os eventos.
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B ) Como se dá o acesso à carreira de Delegado de Polícia Civil e Polícia


Federal?

O acesso á carreira de Delegado de Polícia Civil se da por meio de concurso


público com provas escritas, exame de aptidão física e psicotécnico. O
pretendente deve ser Bacharel em Direito, sem a necessidade da OAB ou três
anos de atividade Jurídica e ao ser aprovado, o Delegado de Polícia Civil, passa
por um treinamento na Academia de Polícia Civil do estado á que pertence.
São atribuições do delegado de polícia entre outras previstas em Lei, presidir
inquéritos, realizar despachos e relatórios finais, autos de prisão em flagrante,
apreender objetos provenientes de delito, requisitar perícias, cumprir e fazer
cumprir mandados de prisão, dirigir e orientar investigações da delegacia em
que é responsável, verificar atos ilícitos que tenham chegado ao seu
conhecimento tomando providências jurídicas, proceder sindicâncias, expedir e
fiscalizar a emissão e emitir documentos públicos de sua competência e
finalmente gerenciar o órgão em que estiver lotado.

Para o cargo de Delegado de Polícia Federal, o candidato deve ser Bacharel em


Direito, sem a necessidade da OAB ou três anos de atividade jurídica, deve
prestar concurso por meio de provas escritas, exames de aptidão física e
psicotécnica, passando posteriormente por um treinamento na Academia da
Polícia Federal.
Têm com atribuições as atividades de nível superior, de direção, supervisão e
da coordenação, planejamento e orientação e de execução e controle da
administração policial federal, bem com as investigações e operações, além de
instaurar e presidir procedimentos policiais. Toda investigação de nível
superior é competência da Polícia Federal, tais como lavagem de dinheiro,
contrabando, desvios internos, crimes praticados contra o erário, crimes
praticados contra a República, dentre outros.

22 Reflexão Final:

De uma estrutura complexa e ao mesmo tempo abrangente, o Judiciário


Brasileiro tenta desempenhar a sua missão da forma como deveria ser, porém
na prática, muito trabalho ainda tem que ser realizado, pois o número de
processos é muito grande e a quantidade de processos por Magistrado chega a
ser incomensurável, pois, ao que parece nos tornamos um país de processos,
muitos legítimos sem dúvida, porém muitos sem qualquer tipo de Ética, talvez
pela falta de profissionalismo de pseudo-advogados. Por outro lado, o CNJ,
tem realizado um trabalho de extrema importância para todos os cidadãos
brasileiros, sempre buscando a transparência. Da mesma forma, as Polícias
Brasileiras, enfrentam problemas operacionais de significativa importância, a
começar pelo soldo das camadas inferiores destas corporações, que ainda
enfrentam problemas pelas condições de trabalho, com a falta de material
humano e bélico, além de viaturas e instalações em mau estado. O Brasil está
no caminho da grande reforma, e não poderá ser diferente com o Poder
Público, que tem realizado ações positivas, tais como uma aproximação com a
população, por exemplo, e as forças Policiais que também tem dado a sua
contribuição, pois diariamente podemos ver na mídia, as ações que tem sido
realizadas por estas Polícias. Apesar do crescimento vertiginoso do nosso país,
nunca pudemos ver tantas ações cooperadas das Polícias, tantas prisões e
apreensões. É claro que entre as Polícias existe uma distância que precisa ser
encurtada, mas já temos um começo. Longe de afirmar que tudo o que está
ocorrendo é o ideal, porém pode-se afirmar que já temos um início, que existe
uma nova geração de Magistrados e de Policiais com uma vontade e coerência
nunca vistas antes, e isto já é um bom indício, pois o ‘’ser humano’’ o cidadão, é
a razão da existência dos nossos Poderes. Geraldo Domingos Cossalter – abril/2012.

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