Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Custos Do Biodiesel No Brasil PDF
Custos Do Biodiesel No Brasil PDF
.............................................................................................................................................................................................................................................................................
Os custos, na
ponta do lápis
Estudo pioneiro realizado pelo Cepea/USP e
pelo Pólo Nacional de Biocombustíveis,
a pedido da Dedini S/A Indústrias de Base,
expõe cálculos de referência para o setor
da Redação
Em meados de 2005, quando nistração e Sociologia da ESALQ/ matérias-primas agrícolas para gera-
o biodiesel vivia ainda momen- USP, também coordenador científi- ção de óleo. Para tanto, fez-se um
tos de indefinição no País, uma co do Cepea; Ernesto Del Vecchio, exame detalhado dos calendários agrí-
das empresas líderes em monta- assessor da Diretoria da Dedini e os colas das cinco regiões, bem como
gens industriais no Brasil solici- pesquisadores Ana Paula Silva, Le- das produções médias nas safras de
tou um estudo detalhado à uni- andro Augusto Ponchio, Lucílio Ro- 1999/00 a 2003/04 (dados da safra
versidade para compreender gério Aparecido Alves, Mauro Osaki 2004/2005 não consolidados para to-
e Mariano Cenamo. Ponto para a par- das as culturas em junho 2005).
mais profundamente a viabilida-
ceria entre a iniciativa privada e a O passo seguinte foi o cálculo
de deste biocombustível, seus cus-
universidade pública, que geraram detalhado dos custos de produção de
tos em cada região do país, com
conhecimento relevante para a ca- cada matéria-prima agrícola—custo
diferentes matérias-primas e do produto in natura ao chegar na
deia produtiva do biodiesel.
suas reais necessidades unidade de extração do óleo. Parale-
logísticas. Um trabalho ambicio- lamente, foram levantados os preços
so e também fundamental para Estrutura Geral de mercado dos mesmos produtos
sustentar a viabilidade econômi-
ca deste biocom-bustível que já
do Trabalho para análises comparativas dos cus-
tos finais do biodiesel, quando for-
passava a ser incluído nos pla- Para cada região foi considerado mados a partir de uma ou outra for-
nos da agricultura, da indústria o uso de matérias-primas compatí- ma de aquisição—ou seja, se via cus-
e do setor energético brasileiro. veis com suas respectivas vocações to de produção ou preço de merca-
agrícolas (ilustração nas próximas do.
O estudo foi realizado e os obje- páginas). Em cada região, os cálcu- Posteriormente à análise do seg-
tivos, cumpridos. E hoje serve de re- los foram feitos para plantas indus- mento agrícola, foram agregados os
ferência para novos projetos Brasil triais de biodiesel de três escalas de centros de custos industriais, subdi-
afora, pelo detalhamento que apre- produção: 10 mil toneladas por ano, vididos nas etapas de esmagamento
senta e pela precisão das informa- 40 mil toneladas por ano e 100 tone- e de processamento do biodiesel, pro-
ções. Crédito da iniciativa: equipe do ladas por ano. Independentemente da priamente dito. Todos os custos e
Cepea (Centro de Estudos Avança- escala, adota-se para o estudo uni- receitas dos “subprodutos”, tanto do
dos em Economia Aplicada-ESALQ/ dades industriais integradas, ou seja, processo de extração do óleo, quan-
USP) e do Pólo Nacional de que realizam a extração do óleo e, to de elaboração do biodiesel foram
Biocombustíveis, e Dedini S/A Indús- também, o processamento do computados na análise.
trias de Base. Estão entre os autores biodiesel. Em relação à área de matérias-pri-
do documento Geraldo Sant’Ana de O local de instalação da indústria mas, a definição dos custos agríco-
Camargo Barros, professor titular do foi definido como base, principal- las envolveu todos os insumos de
departamento de Economia, Admi- mente, na maior disponibilidade de produção, incluindo o custo de arren-
Guia de Referência do Biodiesel
Negócios
.............................................................................................................................................................................................................................................................................