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SERÁ NECESSÁRIO UMA FORÇA PARA QUE UM
CORPO SE MOVA?
O que se pretende
Verificar experimentalmente que para que um corpo se movimente não é
imprescindível existir uma força. Através do estudo do movimento de um corpo que
que se move em linha reta num plano horizontal, sujeito a uma resultante de forças
diferente de zero, e da observação de qual a alteração deste movimento quando a
resultante das forças passa a ser nula.
Para tal ir‐se‐á recorrer a uma montagem experimental constituída por um carrinho
que se move sobre um plano horizontal ligado por um fio a um corpo (massa) que cai
na vertical. O fio que passa na gola de uma roldana deve ter um comprimento tal que
permita a análise do movimento do carrinho na horizontal quando o fio deixa de estar
em tensão. A fim de se determinar se existem ou não alterações no movimento vão se
medir os valores de velocidade em diferentes pontos do percurso, recorrendo a um
sensor de movimento ligado a um sistema de aquisição e tratamento de dados.
Verificar significados
Forças que actuam no carrinho durante o movimento
Antes da massa M atingir o chão:
FR
T
Fg,C
T
Fg,M
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ACTIVIDADE LABORATORIAL – FÍSICA 11.º ANO – ALF 1.3
Por aplicação da 2ª Lei de Newton ao carrinho:
, ,C C
C
M C
M
C
Depois da massa M atingir o chão:
FR
Fg
A resultante das forças que actuam no carrinho:
, ,C 0
Pela Lei da Inércia o carrinho depois de a massa M atingir o chão descreve um
movimento retilíneo uniforme (movimenta‐se com uma velocidade que não varia nem
na sua magnitude nem na sua direção).
Lista de material e reagentes
Descrição Quantidade
Sensor de movimento 1
Xplorer GLX da PASCO 1
Carrinho 1
Massa de 15 g 1
Massa de 20 g 1
Roldana com suporte de fixação 1
Fio 1
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ACTIVIDADE LABORATORIAL – FÍSICA 11.º ANO – ALF 1.3
Procedimento
1. Efetuar uma montagem conforme ilustrado na figura abaixo, tendo o cuidado
de verificar que o comprimento do fio é tal que a massa atinge o chão antes do
carrinho chegar ao fim da mesa.
Xplorer
Sensor
movimento
Massa
Figura 1
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ACTIVIDADE LABORATORIAL – FÍSICA 11.º ANO – ALF 1.3
Resultados
0,7
0,6
0,5
Velocidade (m/S)
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Tempo (s)
Gráfico 1 Velocidade em função do tempo com a massa de 20 g.
0,600
0,500
Velocidade (m/s)
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
0,000 0,500 1,000 1,500 2,000
Tempo (s)
Gráfico 2 Velocidade em função do tempo com a massa de 15 g.
Conclusões
Os resultados obtidos não foram os previstos, pois era esperado que depois da massa
atingir o chão o carrinho prosseguisse o seu movimento com velocidade constante,
uma vez que nessa situação a resultante das forças que atuaria neste era nula (Lei da
Inércia). Tal não se verificou muito provavelmente devido à ação força de atrito
exercida pela superfície da mesa sobre o carrinho, resultando então, que a partir do
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ACTIVIDADE LABORATORIAL – FÍSICA 11.º ANO – ALF 1.3
instante em que o carrinho deixou de estar sujeito à ação da força de tensão o seu
movimento passou a ser retilíneo uniformemente retardado (resultante das forças
com direção oposta à do movimento).
Como melhorias a introduzir na montagem experimental, para evitar o sucedido,
refiram‐se o untar as rodas do carrinho com um óleo ou então realizar a experiência
sobre uma calha de plástico ou de metal polido.
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