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19-O MISTÉRIO DO TEMPO-22/Outubro/2004

Não é mistério para ninguém, que o tempo é uma criação humana usada para controlar
os ciclos da vida, bem como os movimentos da natureza. Percebemos sua trajetória
através de nosso cérebro que mede o que passou, o que se passa e o que pode acontecer
através da detecção de todas as coisas, imobilizadas, ou não, isto é, como os eventos
naturais, desde o surgimento do sol, até o seu poente. Todavia, se este tipo de noção
cessasse, o tempo deixaria de existir e o homem não sobreviveria, uma vez que seu
relógio biológico depende da orientação externa. Mas, por que então o tempo é
misterioso? Por quê essa “medida” é tão vital para nós, limitados humanos? O objetivo
deste questionamento, não é fazer as observações de sempre que todos já estão cansados
de ouvir falar ou ler. O fator tempo é, na verdade, um assunto muito mais complexo que
as infindáveis suposições e teorias sugerem. Todos têm perfeita idéia do que seja
passado, presente ou futuro. Nossa mente está acostumada a materializar o tempo desde
que nascemos. Sabemos que o tempo está diretamente relacionado com o nosso mapa
genético, que também retém as características de nossos ancestrais, renascidas em nós.
É certo, ainda, que esta impressão temporal não existe fora da Terra, porquanto é o Sol
que a rege. O tempo, portanto, é uma ilusão meramente terrena e vital para a nossa
sobrevivência. No entanto, há teorias fantásticas sobre o assunto: viagens ao passado, ao
futuro, em outras dimensões, fenômeno “deja-vu”, enfim, hipóteses das mais variadas e
para todos os gostos e princípios. A verdade, é que ainda não descobrimos a maneira de
decifrar o tempo. Afinal, se ainda somos seus escravos, como poderíamos ousar
concebê-lo? Se assim o fosse, seríamos eternos, é certo...
Para os quânticos, o tempo seria a quarta dimensão, ou seja, ele está além do nosso
mundo composto por três dimensões, que é a delimitação espacial compreendida em
altura, largura e comprimento. Conclui-se, que se há uma quarta dimensão, então
poderia haver no espaço outras dimensões. A partir desse princípio, ou suposição, surge
a idéia do Universo multidimensional. Nossa limitação torna-se, pois, evidente neste
preciso momento, porque a consciência humana ordinária somente está consciente de
três lados (pelo menos, na maioria das pessoas, ditas normais). E como poderíamos
“enxergar” essas (talvez) inexpugnáveis perspectivas? Como galgar planos e subplanos
invisíveis e não palpáveis? Primeiramente, teríamos de ter consciência do que significa
dimensão: quando colocamos nossa mão à frente da luz, vemos na parede sua projeção,
ou seja, sua sombra que, claro, tem o formato exato de nossa mão, porém lhe falta uma
dimensão. Ela está, assim, em um plano de duas dimensões. Do mesmo modo,
subtende-se que nossos corpos - e tudo o que se move nas três dimensões - seriam
sombras de dimensões superiores. Normalmente, pensamos que as sombras são
projeções reais. Na verdade, podem estar sendo projetadas a partir de dimensões
superiores. Dedução: o tempo e o espaço estão conectados entre si. Se entendermos este
conceito com mais propriedade, poderíamos, então, começar a desvendar o mistério?
Pois compliquemos ainda mais a situação: e o que dizer quando não há espaço, nem
tempo? Seria este o “nada absoluto?” E o que dizer daqueles que dizem que o nada não
existe? Há pesquisas neste sentido que, de acordo com a Física da Energia Ponto Zero,
toda matéria não é nada mais do que uma modificação do vazio, uma vez que este está
também repleto de energia. Logo, o vazio não existe, uma vez que energia é matéria em
diferente estado de manifestação. Qual conclusão poderemos tirar? Que se tempo e
espaço são o próprio vazio, nossa idéia acerca dos três é totalmente errônea.
No mais, o assunto requer laudas e laudas de estudos e conjecturas. A Física Quântica
ainda engatinha, mas muita novidade pode acontecer. No mais, quando descobrirmos o
segredo do tempo, acharemos a maneira de nos “situar” no espaço. Por certo,
preencheremos o “vazio” dentro de nós que carrega o insustentável mistério da vida.

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