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BOYER, Robert - Teoria Da Regulação - Os Fundamentos - Estação Liberdade PDF
BOYER, Robert - Teoria Da Regulação - Os Fundamentos - Estação Liberdade PDF
Teoria do regularão
Os (ndJitniis
Tradução
Paulo C ohen
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SUMÁRIO
7
Relação salarial e cidadania 51
O listado sujeito a lógicas contraditórias 52
&t<i<ío->u!{úo ímrndo mi mmoroiíi tnfmwnmal 52
Conclusão: Cinco formas institucionais 54
8
Caracterizar os modos de desenvolvimento 82
Acumulação extensiva com regulação
de concorrência 82
Acumulação intensiva sem consumo de massa 84
Acumulação intcnsiw mm mnsHmt» de massa 85
Acumulação extensiva com aprofundamento das
desigualdades 87
fxmualizar o fordismo para estudar sua
viabilidade e as crises 90
lincadeameutos-ehave 90
liquações de base 91
Três condiçòes de viabilidade 94
Tontos de crise 96
Modelo geral com vários regimes 98
Krtmr<>dn2 ir os fatores de concorrência 98
Multiplicidade dc regimes de produtividade e de procura 99
R etom o d periodização 101
Conclusão: o fordismo, conceito importante
mas nào exclusivo 103
9
Contornos de Mm regime de acumulação
alaiwncado pela finança
( >m regime que pode ser viável, mas, no futuro,
castigado por instabilidades
A finança, fator de propagação das crises
Incoerência do regime de acumulação, algum tempo
dissimulada pela plasticidade da finança globalizada
Conclusão: recorrência das crises, mudança
das suas formas
C onclusão
Anomalias em busca de explicações
I>o bom uso do conceito de “capitalismo”
Paradoxo da origem das instituições econômicas
Macroeconomia institucional e histórica
O economista, um Sísifo moderno
Referências bibliográficas
10
126
128
A n a l is a r a e s p e c if i c i d a d e d o s p r o b l e m a s
131
CONTEMPORÂNEOS DO BRASIL! POTENCIALIDADES
133
DA ABORDAGEM REGULACIONISTA
136 Prefácio à edição brasileira
139
139
140 A publicação n o Brasil desta o b ra, editada c m (rances e m
140 2004, vem m u ito a p ropósito c m u m c o n te x to internacional
141 novo, e m um a conjuntura intelectual sem precedentes em um
142
m o m e n to b e m p articular da história eco n ô m ica brasileira.
E fetivam ente, a fase da globalização puxada pelas finanças
acaba de registrar um a ru p tu ra b ru tal, o equivalente d e um a
crise cardíaca. O consenso c m to rn o da m etodologia e das
conclusões da teo ria-p ad rão m ostrou seus lim ites face a sua
incapacidade de antecipar a natureza e a violência da crise
financeira nascida nos Estados U n idos. Enfim , e sobretudo,
entre as econom ias ditas em ergentes neste fim de 2009, o
Brasil é visto co m o u m dos países m ais prom issores, a p o n to
de suscitar um fluxo de capitais que p o d e tan to consolidar o
novo m o d o de desenvolvim ento em erg en te q u an to deses-
tabilizá-lo se esse pais vier a ser atin g id o p o r um a fase aguda
de especulação que a q ualquer m o m e n to p ode bruscam ente
se interrom per.
Devem os considerar a presente obra com o um a macroeco
nomia institucional e histórica que insiste tan to na diversidade
dos capitalism os e dos m odos de desenvolvim ento q u an to
na sucessão de crises, sem pre renovadas, m as das quais as
form as precisas m udam n o tem po e n o espaço. Esta teoria foi
11
In t r o d u ç ã o
19
TEORIA DA REGULAÇÃO
Filiação marxista
20
INTRODUÇÃO
21
TEORIA DA REGULAÇÃO
Apresentação sintética
Esses sào, portanto, os temas que este livro aborda. Em prim eiro
lugar,apresentamos duas derivações distintas das formas institu
cionais básicas dos m odos de regulação. A prim eira inscreve-se
na linha-mestra da tradição, que parte da econom ia política para
culm inar nas teorias do equilíbrio geral. Seu intuito é tornar
claras as instituições ocultas de um a econom ia de m ercado (Ca
pítulo 1). A segunda derivação parte de uma avaliação crítica
da herança marxista em m atéria de esquema de reprodução.
22
in t r o d u ç Ao
23
r i ’ORIA DA RRCUIAÇÀO
24
INTRODUÇÃO
25
1
B a se d e u m a e c o n o m i a c a p it a l ist a :
AS FORMAS INSTITUCIONAIS
27
TEORIA DA REGULAÇÃO
28
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Por que a competição e o conflito entre os indivíduos
autónomos não levam ao caos?
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BASE DE UMA ECONOMIA CAPITALISTA
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James M . Buchanan Friedrich von Hayek Jean-Pascal Bénassy Kenneth Arrow-Frank Hahn
29
TEORIA DA RECUIAÇÀO
30
BASE DE UMA ECONOMIA CAPITALISTA
31
TKOR1A DA RlfCUI.AÇÀO
32
RASH DF. UMA l-CONOMIA CAPITALISTA
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TEORIA DA REGULAÇÃO
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BASE DE UMA ECONOMIA CAPITALISTA
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TEORIA PA REGULAÇÀO
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BASE DE UMA ECONOM IA CAPITALISTA
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TEORIA DA REGULAÇÃO
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MASti DE UMA ECONOMIA CAPITALISTA
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TEORIA DA KECUIAÇAO
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BASE Dl"; LMA ECONOMIA Í-APITAUSTA
O tr a b a lh o n ã o é u m a m e r c a d o r ia c o m o o u tr a
q u a lq u e r — D e fato, desde a origem da econom ia política, o
tratam ento dado ao trabalho distingue-se daquele que é dado às
mercadorias. Em prim eiro lugar, porque ele diz respeito à ativi
dade dc produção, portanto não sc pode tratá-lo num a economia
de pura troca, segundo afirmam autores clássicos com o Adam
Sm ith e David R icardo. Karl M arx desenvolve essa tradição c
fundam enta sua teoria do valor sobre a distinção entre trabalho
e força de trabalho: o prim eiro é m obilizado pelos capitalistas
na produção, o segundo é objeto de um a troca em seu valor de
reprodução. A mais-valia, origem do lucro, encontra sua fonte
nesse distanciamento entre o valor das mercadorias criadas pelo
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TEORIA OA RKCUIAÇÂO
42
HASE DE UMA ECONOMIA CAPITALISTA
43
TEORIA DA r l <;u i AÇÃO
44
BASE DE UMA ECONOMIA CAPITALISTA
...À b u sc a d e u m a o rg a n iz a ç ã o c o m p a tív e l c o m as
fo rm a s in stitu c io n a is v ig e n te s — Por outro lado, um a abor
dagem da empresa em term os de econom ia política |Eym ard-
- 1)uvernay, 2004] deve levar em consideração as contingências
e as oportunidades associadas às formas institucionais nas quais
a empresa opera.
A empresa, para determ inar sua estratégia, deve, em pri
m eiro lugar, levar em consideração o tipo de concorrência que
prevalece nos mercados cm que opera. Geralmente, ela dispõe de
margens de ação já q ue o setor ao qual pertence é concentrado.
D e m aneira significativa, os serviços comerciais e de marketing
visam a m elhorar a posição de concorrência da empresa, o que
não é mais um dado, mas um resultado da estratégia.
A empresa é tam bém o lugar da produção, portanto, da
gestão da relação salarial. Entretanto a relação salarial caracte
riza-se por um a grande variedade de dispositivos (sistemas de
remuneração e m odos de controle) que, por sua vez, necessitam
da especialização de um a parte dos assalariados para a gestão
de pessoal. Uma parte im portante das escolhas da empresa se
dá em reação ou em conform idade com as instituições que
determ inam a relação salarial vigente na economia em questão.
Por fim, o acesso ao crédito é determ inante para as es
colhas em m atéria de produção c de investim ento da empresa.
D e fato, se pretende sobreviver e prosperar, um a empresa deve
investir e desenvolver novos produtos e procedim entos. O p e
rações em que o regime monetário tem papel preponderante, à
m edida que interage, de um lado, com a política de oferta de
crédito via bancos e, de outro, com a evolução da valorização
em bolsa. Chega-se assim à questão das relações entre regimes
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TEORIA DA REGULAÇÃO
46
BASE DE UMA ECONOMIA CAPITALISTA
Q u a d r o 5. t e o r i a i n s t i t u c i o n a u s t a d a e m p r e s a
47
TEORIA DA RECiULAÇÂO
Relações Estado/economia
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BASE DE UMA ECONOMIA OAPITAUSTA
49
TEORIA DA REGULAÇÃO
C v a lh a i
poiitkas a
rtform as
constitucionais
em resposta a
conflitos entre
princípios
contraditórios
©
Redeflnt(Jo
das ragras d *
tffreito soO
pressflodos
grupos da
interessa
©
Inovaçfles a
reastruturafóes
natorganU atfe s
50
BASE DE UMA ECONOMIA CAPITALISTA
51
TEORIA da regulação
52
BASi: DG UMA ECONOM IA CAPITALISTA
t a r e ia 1. In s t i t u i ç õ e s o c u l t a s d e u m a e c o n o m i a c a p i t a l i s t a : d a
t t O R IA O O £ Q U IL Í 8 R I 0 G E R A I (TEG) ÀT E O R IA D A R E G U L A Ç Ã O
H ip ó te se s d a T E G C o e rê n c ia e P a p e l d a s fo rm a s
p e rtin ê n c ia dessas In stitu c io n a is
h ip ó te se s
34
2
D a s leis d e f e r r o d o c a p i t a l i s m o à
VARIEDADE D O S M O D O S DE REGULAÇÃO
55
TLORIA DA REGULAÇÀO
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|»A% ms DE IERRO IM) CAPITALISMO A VARIEDADE IK>S M O D O S...
57
TliOKIA DA RtiGULAÇÂO
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IMS l l-IS DE l-KRRO D O CAPITALISMO A VARIEDADE DOS M O D O S...
d*|urM
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TfcORIA DA RfcOU I.AÇÂO
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MAS IM S DE FI:RR() |M> (AF1TALISMO A VARII-PADE DOS MOIM>S...
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TfcORIA DA REGULAÇÀO
Q uadro 6. As c i n c o f o r m a s i n s t i t u c i o n a i s : o e f i n i ç Õ es
62
I)A?» I.KIS D t ItiRRO IX ) CAPITALISMO k VARIEDADE DOS M O DOS...
63
TEORIA DA REGLLAÇÂO
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DAS IM S DE FERRO DO CAPIIALISMO A VARIEDADE DOS M O D O S...
65
F ig u ro 5. O m étodo da teoria da regulação
Ti;<)RIA DA RtXíULAÇAO
DAS I bIS DE rFR RO IX ) CAPITALISMO A VARIEDADE DOS M O D O S...
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TEORIA DA R ECW A ÇX O
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|>AS 1F.IS i)h l-F.RRO DO CAPITALISMO À VARIF.DADt DOS MODOS. .
P ro c e s s o e v o lu c io n is ta — U m terceiro m ecanism o
Uiva mão (ia eoavutiação das formas institucionais entre si e em
lunção da m udança técnica. Em cada período, podem -se c o n -
Inmtar ou podem coexistir diversas estratégias de recomposição
das formas institucionais, mas é a partir dc sua adequação m útua
que vai resultar a arquitetura que, p o r sua vez, levará ao m odo
de regulação, que, de resto, sò será interpretado com o tal tarde
demais. Esse mecanismo, com o o anterior, nao tem relação direta
com a eficiência. Tal característica tem impactos im portantes
sobre a persistente diversidade dos m odos de regulação.
H ie ra r q u ia d a s f o rm a s in s titu c io n a is — O m odo de
regulação pode tam bém resultar do papel determ inante de uma
forma institucional em relação às outras. De fato, a história mos
tra a existência de um a hierarquia entre as formas institucionais,
um a assimetria correspondente que decorre quase sempre de
compromissos políticos particulares. Pode-se detectar tal confi
guração a partir da observação que de um a m udança estrutural
na form a institucional dom inante tem o efeito de preparar um a
evolução em m eio a um a ou mais formas institucionais. Se, por
exemplo, o regim e m onetário e a política d o banco central
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T130R1A P A M G U IA Ç Â O
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HAS I LIS DE FHRRO DO CAPITA1ISMO A VARIEDADE DOS M O D O S...
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Tt-.ORIA DA REGULAÇÃO
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DAS IF.IS m FKRRO DO CAPITALISMO À VARIF.DADF DOS M O DOS...
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[KOHIA DA RKOOLAÇAO
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DAS LEIS DE FERRO D O CAPITALISMO A VARIEDADE DOS M O D O S...
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TEORIA DA REGULAÇÃO
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DAS LEIS DE FERRO 1 )0 CAPITALISMO k VARIEDADE DOS M O D O S...
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3
R e g im e s d e a c u m u l a ç ã o e
D IN Â M IC A HISTÓRICA
79
TEORIA DA REGULAÇÃO
Origem e significação
80
RF.CIMES DE A< UMI'1A< ÀO E DINÂMICA HISTÓRICA
M o d o d e regulação
81
IfcOHIA DA RECUUÇÂO
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MEGIMES DE ACUMULAÇÃO E DINÂMICA HISTÓRICA
N a tu re z a «la C o m d o m in a n te
' '- 'v a c u m u la ç S o
N atu reza d o n . E x ten siv a In ten siv a
ro n a u m o \
lW » o integrada ao Economia Economia
•apitalismo inglesa dos norte-am ericana do
séculos XVII1-X1X século X IX
$
Muito integrada ao Economia norte- Economias «la O C D E
«apitalittiK» americana Após 1945
Ú ltim o terço do ®
século XX
83
TfcORIA DA RfcC.ULÀÇÀO
84
RHOIMKS DE ACLM U IA Ç Â O E DINÂM ICA HISTÓRICA
85
ThORIA DA REGULAÇÃO
86
REGIMES DE ACUMULAÇÃO li DINÂMICA HISTÓRICA
O fg a n itftflo G ra n d e T a y io fo m o , e m M o b ih u f io L tg u U tn c o to
4 « |w n d i i ( l o m a n u fa tu ra s e p a id ic a d m •Jot re n d i- d o t gm ho* de
d e m o n ta g e m m e n to » de p ro d u tiv id a d e e
w e il» U K c iric a ç ã o
M a la ç lo C o tn p e tk m S e iu p ic c o a n - C o d if i c a d o D n m n litH io .
m Iw UI p c tib v a i p e u r d o c o m p a r- in d tv k lu a h ia ç lu e
d o C itK ilu e m o tilh im e n to en fiM p iecim en co
d o u lá u o d m ganho* d e da» o rg a n u a ç d e s
jM o d u tiv td ad e cnbw n
d e tp e u n a w a liru d o » a u a b ria d o r « b m rm k p d t
púN ka» ãx c n m p c tfc m u n
87
TEORIA. DA RttCUIAÇ&O
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RliCIMKS Dli ACUMULAÇÃO E DINÂMICA HISTÓRICA
riuiw .......
Supwtor
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TEORIA DA RUCULAÇÀO
Encâdeamentos'châve
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RFCIMRS DE ACUMULAÇA o B DINÂMICA HISTÓRICA
M m W * E tu W W d e d e fraca
p t« v n U * A «M m
pfodiitM did* u p ttl/tra M to M am ario n al
/ quações d e base
91
TEORIA l>À REGULAÇÃO
Q u ad r o 8 .0 m o d e lo oe crescim ento f o r d ia n o
Equações
(I) PR »e*b .({/Q )*d .Q PR: Produtividade; Q: Produção
\2) (I / Q ) • f * v . ê l: Volume do Investimento; C: Consumo
Representação gráfica
O modelo anterior é interpretado facilmente como resultado de um duplo
processo:
1. Garantido o ritmo de crescimento dos mercados, quais são as tendências
da produtividade (relação (I))?
2. Para uma determinada evoluçSo da produtividade, qual é a distribuiçSo
das rendas entre salário e lucro, crescimento do consumo e do investimento
e, por fim, da procura global (relaçáo (II)]?
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REGIMES DE ACUMULAÇÃO E DINÂM ICA HISTÓRICA
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fcORIA DA REGULAÇÃO
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REGIMES DE ACUMULAÇÃO E DINÂM ICA HISTÓRICA
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ItO R IA DA fttt.U L A Ç À O
Fontes de crise
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REGIMES Dfc ACUMULAÇÃO t DINÂMICA HISTÓRICA
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Tt-.ORIA DA REGULARÃO
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REGIMES DE At U M UIAÇÀO E DINÂM ICA HISTÓRICA
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TEORIA DA REGULAÇÃO
Q u a d r o 10. R e g im e s o c a c u m u l a ç ã o : m o d e l o o e r a l
Para tratar dos modos de regulação de concorrência, como a influência das estratégias
liberais sobre a transformação do regime de acumulação fordista, é importante gene
ralizar o modelo de crescimento apresentado anteríormente [ c f. Quadro 4 , p á g . 4 2 ).
Fundamentalmente, o encadeamento clássico está exposto abaixo. Salários competi
tivos possibilitam altos lucros, que alimentam o investimento e, consequentemente, a
produtividade. O restabelecimento do crescimento — puxado pelo investimento e, em
economia aberta, pelas exportações — acarreta, enfim, um dinamismo do emprego. De
forma ideal, o circufo virtuoso clissko apresenta-se da seguinte forma:
PrOducSo
^ —- ----- tfflprepo
Após a simplificação e linearização, a solução tem a mesma forma geral que a anterior
(cf. formulas (I) a (III) do Quadro 8, pág. 92), com as novas expressões, que são as seguintes:
A a acbfcvg»b(vc-u).h b |w U ♦ t) - 1| ♦ d
1 - b (vc - u ) . Ik - 1 - Q 1 - b (vc - u ) . (k - 1 - < )
g a 0 - a j f ♦ Ich ♦ |) | a * (1 ~ <4 . v|- h O - O 0u
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M.CIMES DF ACUMUI.AÇÀO E DINÂMICA HISTÓRICA
Hvtorno à periodização
101
IKORfA DA RKCUIAÇÀO
102
REGIMES DE ACUMULAÇÃO E DINÂMICA HISTÓRICA
103
TKÜfUA OA RIIGULAÇÂO
104
4
T e o r ia d a s c r is e s
Dialética crescimento/crise
105
TEORIA DA RECUIAÇAO
Concepção geral
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TEORIA DAS CRISES
107
TEORIA DA REGULAÇÃO
108
TEORIA DAS CRISES
109
TliORIA DA REGULAÇÃO
Stop-and-go> e x p re ssã o d a re g u la ç ã o d o fo rd ts m o —
Na falta desses choques “vindos de fora**, a acumulação é um
fator da dinâm ica econôm ica que faz co m que se alternem
expansão e recessão no próprio cerne do m odo de regulação.
O período dos trinta anos gloriosos não ficou de fora desse
m ovim ento, que, na verdade, teve consequências sobre a con
dução da política econôm ica, tradicionalincm e marcada pela
sucessão de fases de retom ada e cm seguida de estabilização,
o stop-and-go. As pulsações da acumulação assumem, portanto,
uma form a diferente da que tinham na regulação concorrencial
sob a form a d o ciclo dos negócios. Em ambos os casos, trata-se
<le um a crise na regulação, isto é, que pode ser solucionada sem
alteraçao^das formas institucionais e sem intervenção política
excepcional.
C ic lo s n ã o “ r e p r o d u t iv o s ” e n q u a n t o c ris e s d o
m o d o d e re g u la ç ã o — N o entanto há situações históricas
durante as quais a dinâmica d o m odo de regulação é incapaz
de criar, de m aneira endógena, um a m udança da recessão para
a retomada.Trata-se, por exemplo, da interpretação que os eco
nomistas da Social Structure qf Accumulation fazem da depressão
110
TEORIA DAS CRISES
111
TKORIA DA R E C IU Ç A O
Crise do fordismo
112
THORIA DAS CRISES
113
TF.OR1A IM REGULAÇÃO
114
TEORIA DAS CRISES
III At A p r o d u tiv id a d e * u m a f u n ç J o k * f s tK a
v a lo r pi««
115
TEORIA DA RECULAÇÀO
P a ra a lé m d o p a p e l d o s c h o q u e s — A peculiaridade
d o m odelo reside tam bém em sugerir uma irretvrsibilidade na
passagem de um forte crescim ento para um crescim ento fraco.
Supondo-se que, sob o efeito da crise e da desaceleração da
renda, a diferenciação regrida, e a econom ia não reencontrará
seu ritm o de crescim ento elevado. Em term os qualitativos, as
características do m odelo correspondem à observação da viru
lência das mudanças advindas da crise do fordismo. São mudanças
associadas à intensidade do aum ento do preço do petróleo, e esse
fator, evidentem ente, desem penhou um papel preponderante.
O interesse do m odelo é m ostrar que, m esm o diante da falta
de qualquer choque externo, as tendências de desaceleração da
produtividade teriam sido suficientes para criar uma crise pura
m ente endógena desse m odo de desenvolvimento. Essa análise
não pretende abarcar a realidade dos encadeamentos da crise
do fordismo, mas tornar clara um a propriedade bastante geral: o
próprio sucesso de um m odo de desenvolvimento suscita uma
série de transformações estruturais que o acaba desestabilizanda
Propriedade geral
116
1fc'ORIA DAS CRISES
O m o d e lo ja p o n ê s : v ítim a d o p r ó p r i o su c e sso —
A evolução da economia japonesa a partir dos anos 1970 é outro
exemplo do advento da crise de um m odo de desenvolvimento
cm razão do seu próprio sucesso: um m odo de regulação m e-
MKorporatista tinha garantido o surgim ento de um m odelo de
desenvolvimento caracterizado pela sincronização da produção
c do consum o de massa [Boyer e Yamada, 2000}.
N o contexto internacional dos anos 1980, essa confi
guração tinha dado notáveis resultados m acroeconôm icos, a
ponto de alim entar a crença de que o m odelo seria o sucessor
do fordismo cm crise. Efetivamente, as formas institucionais
do Japão são singulares. A relação salarial contpanyista pressupõe
uma estabilidade na relação dc emprego, com pensada p o r uma
flexibilidade dos horários e da rem uneração. Conglom erados
diversificadíssimos, os fcríreWMS entregam -se a um a concorrên
cia oligopoltstica, ao mesmo tem po que coordenam em parte
suas estratégias de m édio c longo prazo. Mais do que intervir
dirctaniente na produção o u na redistribuição da renda, o
listado sincroniza as previsões dos agentes econôm icos. Eis as
características que alimentaram o crescim ento e fortaleceram
o quase pleno emprego. Porém , à m edida que se prolonga a
fase de expansão, surgem grandes tensões na relação salarial,
em d ecorrência do aum ento da duração do trabalho e da
intensidade do esforço exigido dos assalariados. Dessa Forma,
uma das vantagem competitivas d o Japão corrom pe-se com o
passar do tem po.
Esse mecanismo equivale ao que foi anteriorm ente m en
cionado a respeito da crise do m odelo produtivo característico
do fordismo. O utra analogia está ligada ao fato de esse não scr o
fator imediato que desencadeou a crise japonesa: a crise deve-sc.
117
Tt-.ORIA DA REGULAÇÃO
118
TüOfUA DAS OUSES
119
TEORIA DA REGULAÇÃO
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TfcORIA DAS CRISt-.S
On'
121
TEORIA DA REGULAÇÃO
122
TEORIA DAS CRISES
123
lliO R IA DA RKCULAÇÂO
124
TIIORIA DAS CRISES
(tses choques, em si, não bastam para explicar uma crise de tal gravidade.
( preciso levar em conta as características d o modo de reguloçõo. resultado
da transformação das formas institucionais engendrada pela escolha de uma
(onversibilidade completa, e considerada irreversível, do peso com relação
ao dólar. A abertura brusca ao comércio e i s finanças internacionais dá inicio
a uma-fase de expansão alimentada pela abundância de crédito, associada i
entrada substancial de capitais.
Quando, de maneira endógeno, a conjuntura económica Inverte o rumo, a eco
nomia argentina não dispõe mais da autonomia de sua politica monetária nem
de sua politica de câmbio para reabsorver os desequilíbrios anteriores. Ainda
ma isque, em decorrência do endividamento do governo, a politica orçamentária
é obrigada a se tornar prodclica. A despeito da defasagem completa do salário
real com relação à produtividade, não é possível reabsorver os desequilíbrios
acumulados no período de expansão. Inicia-se a partir de 1998 uma recessão
que se prolongará até 2001, sinal de uma crise do modo de reguloçtío.
Mas trata-se tam bém de uma crise do regime de ocumuloçOo. Oe fato, a moder
nização do setor exportador, ligado, sobretudo, aos produtos agrícolas, não foi
suficiente para restaurar um excedente da balança comercial que permitisse
reembolsar o endividamento em dólares dos agentes privados e do próprio go
verno. O investimento direto dirigiu-se príncipalmente para o setor resguardado,
no caso, os serviços públicos que foram privadizados. Essa alocação do capital
hipoteca a estratégia desesperadamente perseguida desde o golpe de Estado de
1976, visando a instaurar um regime de crescimento puxado pelas exportações.
A conjunção desses fatores de crise designa uma grande crise ou uma crise s/sté-
mico e explica a simultaneidade de uma crisefinanceiro (incapacidade do governo
em honrar sua divida externa), bancária (fechamento dos bancos), cambial (fim
repentino da conversibilidade) e social (disparada do desemprego, acentuação
da pobreza e verdadeira cólera da classe média, cuja poupança foi bloqueada).
A crise manifesta-se então violentamente na esfera politica pela instabilidade
governamental, pela perda de legitimidade das instituições, pela multiplicação dos
movimentos populares e até por um conflito com algumas províncias, obrigadas
* a emitir sua própria moeda para evitar uma convulsão social.
125
TEORIA DA REGULAÇÃO
126
TfeORIA DAS CRISES
M M A Ç XO O A
OEMANOA
(í) O tnvesOmento forma-se em função da
> 6 .|0 - 0 ,h l, diferença da rentabilidade com relação á
norma financeira e um termo da aceleração
da procura.
OfERTA/PROCURA
Indice de obsolecência e do nwesttmento.
IMTERACAO
(S) Q ■ v . ff A capacidade de produção deteriora-se em
função do estoque de capital.
<61 Q - inf ( á O) O nfvel da produção é determinado pelo
lado curto, seja a capacidade, seja a
procura efetiva.
OISTftieUlÇAO
cedente bruto trazido para o estoque de
RA RENDA
capital.
Q -M S f t A riqueza é avaliada a partir dos lucros,
m iv»<r- tendo em consideração a taxa de juro e o q
/
de Tobin.
VM lAVttS (N D Ô õO iA S (ilf:
D, C K t. M$A, W , K, Q , 0 , i, f *
VARtÁVm exÔ G fN AÍ (2):
M
todo* os parâmetros, a, b, «, P, v. 6 , t, e, f , são positivos ou nulos.
127
TEORIA DA REGULAÇÃO
DfeUadtt « M fe fW O W
nem« fe tM M M lM I i
128
TEORIA DAS CRISt.S
129
TEORIA 1>A RtCULAÇÂO
A tra je tó ria s u rp re e n d e n te d a b o lh a d a in te rn e t —
Por fim, o fato de a crise da bolha da internet não resultar em
um a depressão equivalente á depressão dos 1930 nem repetir
a década perdida japonesa deve-se em parte à resiliência do
sistema financeiro. Tal resiliência é consequência do progresso
130
TEORIA DAS CRISES
*
de supervisão bancária e de algumas inovações, com o a titri-
raçâo. 1)esigna-se assim o agrupam ento de créditos dc mesma
natureza e sua conversão em obrigações e produtos derivados
aplicados em m ercados financeiros. O risco de crédito é assim
u.tnsferido aos portadores desses ativos financeiros, o que au
menta a resiliência dos bancos, podendo acarretar futuram ente
uma crise financeira m aior. N a realidade, participantes em
pequeno núm ero (seguradoras, empresas não financeiras, etc.)
podem concentrar a m aior parte do risco, ainda que não estejam
cobertos p o r procedim entos prudenciais ou regulamentares,
podendo, portanto, colocar cm perigo o sistema financeiro
quando ocorrer um a queda brusca do m ercado, secando sua
liquidez (B oyer,l)ehove e Flihon.2004). Em consequência, as
crises das bolsas se sucedem e não se parecem, pois acontecem
em m odos dc regulação e regimes de acumulação distintos.
E x ig ê n c ia d e r e n d im e n to ex cessiv o — A observação
de rendim entos elevados, em virtude de taxas de ju ro m uito
baixas, pode incitar os agentes económ icos a sc endividarem
mais do que o razoável para se beneficiar da defasagem entre
a rentabilidade dos seus capitais e a taxa de juros, dc acordo
com um efeito de alavanca bastante presente nos anos 1990
|P U hon,2002|. E possível assim que se generalize uma norm a
de rendim ento sem relação com a capacidade de gênese dos
131
TEORIA DA REGULAÇÃO
132
TEORIA DAS CRISES
133
TLORIA DA REGULAÇÃO
D is to r ç õ e s a s s o c ia d a s a o s flu x o s d e c a p ita is —
Em comparação, os investimentos diretos impulsionam,a longo
prazo, apenas a capacidade exportadora, acarretando, a curto e
m édio prazos, a importação de máquinas e bens de equipam en
tos e de produtos interm ediários. Se acrescentarmos o fato de
que a abertura à concorrência internacional teve com o efeito,
à prim eira vista, ocasionar a falência de empresas nacionais que
deixaram de ser competitivas, veremos que o déficit comercial
continuará a deteriorar-se. Bastará que o interesse dos merca
dos financeiros se retraia para que o fluxo de capital se inverta
bruscamente e apareça uma crise financeira atingindo ao mesmo
tem po os bancos e o câmbio.
Mas a origem dessa crise nâo está necessariamente rela
cionada a um a má gestão bancária ou a um a política m one
tária e orçam entária laxista: na realidade, é a incapacidade de
fecham ento do ciclo do regim e dé acumulação puxado pelas
exportações e sujeito à globalização financeira que explica a
gravidade da crise. Ela aparece com o sistêmica, pois se com
binam colapso do câm bio, falência e fecham ento d o sistema
bancário e, às vezes, crise da dívida pública.
134
fig u r o 13. liberalização financeira d o s p a í s e s d e p e n d e n te s : desestabilizaçâo da maioria
do s regim es d e crescim ento
TfcORIA DAS
CttlShS
135
TEOBIA I>A HFGULAÇÃO
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TEORIA DAS CRISES
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TEORIA DA REGULAÇÃO
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C o n c lu são
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TEORIA DA REGULAÇÃO
140
CONCLUSÃO
141
TKOR1A DA REGULAÇAO
142
CONCLUSÃO
143
TEORIA DA REGULAÇÃO
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