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wane reMAINA:OFINAL DOSECULOXK ~— 190%, “Racial disunce ant region in Brac: Intermarriage in Brian urban areas". Latin ‘Armen Research Revie, 28(3}:141-62. WILLIAMSON, fel (1980), New people iscegnaton and mite nthe United States, New York. WRIGHT, WiathsopR. (1993). Cat com ache: rave cast, and national mage in Venue. Austin. ‘SUMMARY Afro-Latin Asetica: the ate 19008 ‘This ety reviews thre recat sock Of an lteopology which foeus on Mack and brown, communities i presoi-day Lain Amerie: Joba Buck's analysis of popular religiosity in « working. wourb of Ri de Jeni, Loting fer God in Braat(1995); Naney Sebeper Hughes's say of povery,starviton tad fant death ia Nomtestemn Bez, Death wihou weep- ‘ing (1992); and Peter Wades laches and race mtsre: he dyes of aca deny in Coloma (1893) The cosy Fat considers the speci a= ‘muments gcsend by each ofthe de atom, su then goes onto examine their collective de: potion of Alto-Latin American fall stetae, ‘ofthe process ty which racial idetites ae 50. aly and culty consrcied, and of the racial AUpensio of mast-besed polis in the elon. RESUME Amérique afro-tatine: dla fin du XXéune sitele ‘Cet daa fir un rfsumé de tole cous 16+ cenfes daas le champ de VAntopologie, que ‘rememt pour tlm Ies communal nodes et ‘oiraues dans FAmiqu Latin costemporin: Looking for God ts Brest 1953), po fk Bute ice, que fait ue anise de Ia rig popa- Inge dane on faabourg de cla oure en in, Janeto: Death without weeping (1992) par Nancy ‘Seteper-Hughes, une Gedo var Ia peur ef ‘mine et la moralité des enfants ns le Nord-Eat Py Bréslie: et Blackness and race mixre: the dy- antics of rail identity in Colombia (1983) xt ever Wade. L'gsal consire bord le argi- ‘ment spécifgue cha une des ols ove, emit, ecamine le tbleas clef que elles erp su la tue dela famille ao-etino- ‘scan, fea pode pen Yagls es ets ‘ino soa, social etcalluénien, conta et ie dimension cheapie ema i laseion. Estos AboAsitcos, n°, dezomb de 1803 Vivendo na mais perfeita desordem: 08 libertos e o modo de vida camponés na provincia de Sé0 Paulo do século XIX* Maria Helena Pereira Toledo Machado** + Recobido par pbliasio em wero de 1993. Alaa do Progrzn de P6s-Dowtorao a FELCH-USP. Ditercitement de ota egies escra- mais fernes conti entre a eserves visa ds América onde o trabalho div escassexbores. Ct do scr pide orescerem resposta Conse através de esis di- deteminadss cifeuslocas — fomo vert, a defesa da aulonma era pO- tas tomas teres tas 2 Carlina Gin © monet tanto por mes Seon do Sul ¢ da Gebrgia Morgan, 1983) no, dativos ~ fugas, sabotagem ao trabalho, Bras, o tabuho colstivo supervisionado” progiga etc. coo ob expresar mma DESijon Se RSSOT IE crpour—erninlade lets que ting, pete ar Trucalinente, os sehores © st pepotos ene pelo esxrave’ (hatha, 1987. Como J fie em oro ctafio o Ammige do sistema de exploracio de texto, o estudo da criminalidade escrava sev tabalin, poset sempre a pari desse ny Seas cafes puisss no sécalo XIX Sotema que aida dopants worgatiza. regalion 4 ute dow aorbon pare roe vay 0 tabelho em propos fscaliados 1 vat, no tema de tababo vido, crac: Terapre ato peo takalnaor cori, [eso en rane anes, marge Pao partido al defn ones | auononia que Ties peritam aufas de te tao ede Sano, ee sera de |peiodos de tempo ire para a soncreza cxplorefo do tabaho detenfoaa, com : Sus cadbriattrnsla, as args de independents tempo ie e, or conegunts as aida. ‘Tratava-ie, Segundo o ponlo de vista des autGnorasdosescravos, Nese sentido, dof escravos, Jo defender das investi ‘ios atermaver mares deutononia seahoras,stavés do constants confon- cooravaeotveram fortneteetelsyados, to, os epagos de astonomia canqusados Tevando pen © dia-t-dia das aeons co un cada de tabilbo orgisca 2 gr Estudos Ato-Asitcos (25: 2, dazombro a 1985, 2 VVENDO WA NAS PERFEITA DESORDEM ‘PO, uma organizacéo social independente, ‘uma incipiente forma de rosas ¢ io trabalho realizado a mais ou nos dias de folga (Machado, 1988, p. 153). 36 tornado o pir sobre o qual se assentou a exploraséo do trabalho escrave en larga escala, 0 sistema de cits sobrevi- ‘eu, prticamente intocado, até o timo dia de vigtoca da escravidfo. Portanto, a ex- ansio cafecira, sobretudo a oeste © no- roeste da provincia de Séo Paul, a partic 4a segunda metade do séulo XIX, contra: Fiat a as poses pes, fe ‘planta nfo apenas sobre as mesmas bas, eomo através do enrjecimentn do sistema jd exploragéo do trabalho escrave. Assi, Abe co dpi wy! J, Plants Em contrapartid, porém, 08 ru Jf pos de escravos pessaram a reivindicar, AY) mals © mai aberanente,o cumprinento 74¥ daquio qus ea pereebido como obrigagées Rips seboriais. A necesidade de wa ritmo de ‘trabalho proprio 20 grupo; a jnjustica dos ©, 20 més tempo, garantir que 00 pro- subsisténcia na cesso de transi ficasse igualmente asso- gerade a manutenpdo dagullo que os esra- Yr cotendiam como diric, tis como alimentagdo, moradia ¢ rogas de subsistén- © trabalho intensivo rata em gru- Po, & consecugio das tarefas ausiinres em corm, o comer e o domircoletivamente, ‘da sob a fiscalizagio de um feitor, ram elementos dfiuioces do stoma dsc- plinar das fazendas,especakmente das c2- feces do século XIX, Erun, en sums, © arcabouco disciplinr que desde sempre ha- via conotado as relaydes eatre fazendeiros ¢ trablhadores com as marcas indelveis da excravidéo, mas que no decors da dé- cada de 1880 parece ter ganbo mse ais ps0 no cémputo geral das diferentes es- trafgas de controle social da. mio-de- bra. Ao mesmo temo, erstagfodepro- jelos © concepgdes a epaito da ibertaie easg0s: 0s direitos & folga semana, &ali- powers Som cmd <1 mentagio © a0 vestuiro; 0 recebimento de" $2 SS2 XD ‘estipéndios pelo trabalho realizado a mai (Ora, seri a partir da consideragéo des- 'a manutengéo de uma economia indepen- sas questes que deveria so basear qualquet dente na forma de rogas e de pequeno co-’ busca de compreensfo dos caminhos em- mércio foram, muitas vezet, 08 argumentos _preendidos no procesto de desintogrago da “ue em seu conjunto jusificavam os at ‘es vileatos dos plants contra os oe- horese seus fetores (Machado, 1967). 7 Segando 06 escraves, importava, en Primero Inger, essegurar 0 cumprimento de cortas prerrogativas consideradas leg ‘eseravidio por essa massa sem rosto e sem ‘entidade ~ como até agora tem sido con Siderada a presenga do bert na vida socal + exnosimica do Sudeste modernizado. E essa presenga 56 poterd ser encoatrada 0 Se considerar a interagéo entre os desios de liberdade © 2s conjunturas histéricas lobsais © regionais, pois os escravos, se de fato desejavam a iberdade,proencheram o] Estos AroAsiicos, 125, dezonbro do 1953 e “A < mente possiveis. Eee 6 0 quadro que condur &refexso seore 88 condigheshiséricas nas quis 0s ‘grupos de tcravoseacontraram condigdes favoriveis para desenvolver um prieia ‘alternative _proletarizagfo tangencial ¢ & Baxginalizagio de que foram visimas den {29 do proses do eae te ‘ido Eo aue parce, esse proto ast- tivo estava fortemente.baseado no de- ae signicados storie © es eee ae tos do conjunto da simsgfo agréria das proviacias cafeeiras do Sudeste, de tesen- {amentos independents de roceros libertos 6 um fato que tanto supe 0 desenvolvi- mento de um projet alternative de absor- fo © afastamento da sociedade dominante, quanto af esté a pedir uma andlise compre ensiva, que é 0 que intentaremos desenvol- vera seguir. 11 SANTANA DO PARNAIBA E GUAREL: NEGROS NA RETAGUARDA Santana do Parafba comportou, a0 lon- 0 do século XIX e meados do XX, pelo ‘menos trés comunidades rurais negras. Zo- na parcamenteintegrada 8 dindaica comer cia, a esravidéo af havia respondido 20 ‘impuso inicial de capitalizagéo quando da rmontagem de pequenos engenhos at: reiros nas dtimas décadas do século XVI. J nas primeiras décadas do XIX, ports, 8 ‘ecadéncia da economia agucareirs nesse ‘munifpio provocara tanto a fragmentago ‘06 residuos da antiga economia comercial ‘A esparsa penetraglo da cafeicultara (Pe- trone, 1968, p. 53; Miliet, 1982). Eidos Abo-sites, 1825, darembrode 199 MAFIA HELENA PEREIRA TOLEDO MACHADO Da mesma forma, « invisbilizagio da atividade agucareira eo decréscimo da pro- ugio de café, corridos entre 1830. 1880 em nivel local (Miliet, 1982, quadro da p, Seria no coatesto de generalizagdo do equeno produtor ede uma ampla miscige- ragho que em meados do século XIX te- riam surgido, através de eo terms, bertog- O mis conte rmemra dos habitants lcais,jé bo conta ‘com fontes documenais que permitas & reconsituigio histirica do process do formagio, expansio © desagregai$o do srupoinical de Iibertos,legntitios 0 ter- ‘sno bairro de Coruruquara. Desoendentes ex-moradores do mt cso, ao desereverem & origem da coxini- dade, reportaram-se & dougio em algun momento da segunda metade do.séeulo ‘XIX ée uma gleba de terra onde trés lias de libertos ¢ seus dexcendentes habitado até pelo menos a abertura 6a dovia Castelo Branco. Baseata na agricul tra de subsisténcia, na produgfo da api dara ¢ no pequeno comércio ocasional, @ ‘comuniade de Coruruqusra havia perma- necido unida até o momento em que a lorizagéo das terras da regio, dando ori- gem a uma série de conftos entre pretea~ 508 propriattis legais, gilts © mora ores, teria provocads, por volta dos anos de 1960, o abandono das terras por seus habitantes origina? Segnindo tendésca semelhants, no Re- ‘gstro Paroguial de Terras de Santana do Paraiba encontre-se meng a pelo menct mais dua éreas ocupadas por libertos,ax- ‘bas provenients. de doagbes de senhores & a ermeus PERPRITA DESOROEM LMABUA HELENA PEREIRA TOLEDO MACH. seus escravos. Ccasionada pel lei de terras ide 1850, repulassestada em 1854, 0 cadas- to paroquil das terrasvisava regu- ‘santo 28 propriedaes goanto 25 ativas. Dessa forma, 0 and do ¢a- ‘astramento no conesponie ts datas de aquisigfo ou reocbimento das propricdades, ‘que se mantém obscurss. ‘Assim, por exemplo, no local denomina- 60 Sitio 40 Morro, 0 capitio Manoel José Mores, a0 estabelecer os timites de suas terras, declarava que tina “(..) camo viei- ‘hos 0s pretos forros doados por D. Anna Francisca Franco”? Um pono mais adiagte, Ricarda Franca e seus flbos afi rmavam que dividiam “(..) algumes terras ‘6-indivisss com outros legatérios de ‘nossa finada senbora D. Anna Dionisia Franca” Da mesma forma, Marciana de- larava que dividia suas terras com outros 12 legatéries de D. Anos Dion‘sia Franca.t ‘Embora permanegamn escassos os dados ‘oferecidos pelo registro sucinto das terras, ‘nexistindo informagées sobre a data e forma Juridica da doagéo, a extensio das ‘terras ccupadas ¢ 0 tempo de permantncia os tibertos nels, 0 grupo iio havia, 20 ‘menos até © momento em que registrou a ‘ropriedade das terras (1854-1856), recor rido & partilha delas, mantendo-as ind ‘05 utlizando-as coledivamente, (© mesmo caso parece ser 0 da commni- dade de libertos que ocupava uma gleba de terra na repifo da Capela Velha (Vutuni- a), tambén em Santana do Parnatba, 60 cadastrar sis terras— 0 sitio Itsim-Guagu ~ declarav. Masel Toaguisn dos Santos ‘que elas fariam “(.)divisa com as terras doe Wbertos deiradas, por D. Senhora, ‘Antonia da Silva” Movimento de ceria eavergadura, 0 surgimento de comunidades de libertos era terra j6 oeapadas on de ceria forma imte- ‘grades a algum cireuito econdmico espelb, ‘nessa Tegiio, o desbaratamento das tentai- ~ “conheciam: certog dineitas dos escrayos 20, ‘as de montagem de uma economia escra- vista comercial, bem como 0 processo de Iiberagéo e acomodagdo das camadas ndo- [Proprietrias, antes dependentes da pro- priedade eseravista, através de uma Sia @ fragmentagéo das terras dispontveis, 2 emergtncia de Iatga camada de peat de suas terfas a seus escravos, $¢ por fo, assim. aE sem dilvida, em oom. visa | _Paternilist, por outro lado, no entanto,re= ras cava Pat de ut ctinoao mat expo que rovaelnealeeevala ores te or Toe aa ocpagho pts © ceaonal do | trea loca pont a comuhaice tegreaeugian va de donten dor. sas parecor tr ido a8 ict das gus ae va. dos Heros dese naeat Kea a eis ete documets, as eas do a slo de um modo de Vida independents nos ‘molds do pequeno propretéie nfo foram ME 0 momento comideradas 108 debates relatives & superagéo da escrvidto, s0- * ‘oreméo no fitbito de Séo Paulo. Hotre- ‘tanto, em meio a pujangae a constant ex- pansto da agricultura cafeira capitalizada, Estudos Ato-siducos, 1728, dexetoro do 1000 boom das regides menos integradas ao circuito Jesvorador quanto des des marzins 8 [grandes fazendas. ‘Além disso, © movimento de ocupagio das terras Sok sempre ocasional e precésio, ependendo no mais das vezes das doapées e gicbas de terras pelos seuhores a seus escravos, diferentemente, por exemplo, do carfter ofganizado ax forsacio das vias Jamaloanas que emergiram apés a Emanci- ‘paglo (Mintz, 1984), Nesse caso, 20 1300 das ocupagies das terras devolutas e da compra individual de totes, - ascistidos por missionstios batitas © meto- distas © com o beneplécito dos senhores arruinados ~ adguiriram coletivamente fa- Biisameote., Em Séo Paulo, a ocupasto da tera pelas cammdas despocnuldas enfroaton, desde os primérdios, a constante expansio das ‘rosteiras agricola, aelerada no corres do séeilo XIX e regularsentada mais restriti- 1 partir de 1850. © estabeleci- mento e principalmente a estabilizagio de iberios no campo como pequents propris- sobretudo nas dreas mais valoriza- Jas, dependeram do veneplicito dos xe- [nhores, da disponibile de terras marzi- ais ts Tazendas ¢ de contratos pateralstas 0s € patronos (Franco, 1965), Além do © problema da conformacio de um ‘campesinato peculiar ganhatia seu sentido hist6rico na entre aproduséo de suteisténcia ¢ 0 comercio de géneros nas Estidos Aros, 125, dezombrode 1989 No eto bai, o stor de st sent sui fees priaesdoa F tte dese carter sti org | Tiago, poo fn cooler 0 sor dt terrae comoréich eat merdres, tspedre stores mi bres 70. asda as ri sis, nglotaram tat o® ev gusto ot Erancos pores, Braces pobre, xp popes de gubo eae ree eon Constiian estas ener sends do Seton evi so detearam 4 prod oe tatlees eZ am Seep daca pen roars cstn et Petco nap seca ueneeepes Mates atte coum “Tenant anate Seyret | ‘sociedade brasileira. Em primeiro lugar, ns 8 partir do ponte de vista SorScron ge tscomhs SS Suns sngnn mr vine cndeaesccnatin ns cuomespe cin crusan nmin direitos padrées de vida que subjaziam as | lege exam fe Sle nae monte peso Sec as cm eet on — Sie necs os rine nimain | stot com oie Sect ten Someone noes | il lar ngum route dono eneacsiisutecom ocean | <= ames o pio Se dr de ripe. tempo, consubrciancose tons tpt es pron, Tao pepe oes

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