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Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7

Cadernos PDE

II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Título: Caderno de história e prática musical da Flauta Doce

Autor: Regina Célia Pfutzenreuter Direne

Disciplina/Área: Arte
2014-2015

Escola de Implementação do Colégio Estadual Professor Elias Abrahão


Projeto e sua localização: Av. Souza Naves 1221 – Cristo Rei

Município da escola: Curitiba

Núcleo Regional de Educação: Curitiba

Professor Orientador: Profª. Dra. Ana Paula Peters

Instituição de Ensino Superior: Unespar – Campus I - Embap

Relação Interdisciplinar: Português

Resumo: Esta unidade didática tem a finalidade de


facilitar a prática da flauta doce na sala de aula.
Destina-se, prioritariamente, a professores que
irão conduzir atividades do ensino de flauta
doce. Espera-se que seja útil e de fácil
compreensão para alunos também. A maioria
dos métodos tradicionais de ensino de música
nas escolas ignoram os aspectos práticos, eles
se concentram em conceitos do formalismo
musical com partituras que raramente são
executadas pelos alunos com algum tipo de
instrumento musical. Serão trabalhados
também os conteúdos estruturantes da música
de acordo com as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica de Arte/2008. Dessa forma,
são contemplados na metodologia do ensino da
música, três passos da organização
pedagógica: Teorizar; Sentir e Perceber;
Trabalho Artístico. Teorizar é a parte que estuda
o conhecimento historicamente produzido sobre
a música. Sentir e Perceber constitui a fase de
aprendizagem dos conteúdos básicos da
música tais como o som, o ritmo, a harmonia e
a melodia. O Trabalho Artístico compreende o
momento em que o aluno realiza a atividade
criadora.
Palavras-chave: Música; Flauta Doce; Ensino; Aprendizagem

Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico


Público: Professores e alunos do 6º ano do Ensino
Fundamental do Colégio Estadual Professor
Elias Abrahão.
Apresentação

Esta unidade didática tem a finalidade de facilitar a prática da flauta doce


na sala de aula. Ela se destina, prioritariamente, a professores que irão conduzir
atividades do ensino de flauta doce. Espera-se que também seja um instrumento
útil e de fácil compreensão para alunos. Seu conteúdo é aprofundado para cobrir
aspectos das diretrizes curriculares estaduais para a educação básica e, assim,
atingir os requisitos de aprendizagem direcionada principalmente para o sexto ano
do ensino fundamental.
A importância da música fazendo parte do currículo escolar justifica-se por
várias razões. Ao entrar em contato com a música, a criança e o adolescente
desenvolvem habilidades psicocinestésicas, espaciais, lógico-matemáticas e
verbais. A música faz bem à autoestima do estudante, já que alimenta a criação e
o exercício daquilo que é produzido. Por exemplo, do ponto de vista lógico-
matemático, a música exige organização formal de partituras e notas
cuidadosamente calculadas e grafadas com divisão por figuras de ritmo, clave e
linhas da pauta. Do ponto de vista sentimental, vários autores ressaltam a
influência da música sobre o desenvolvimento comportamental positivo da criança
e do adolescente que chegam a influenciar inclusive a formação do caráter e
outros valores que a educação escolar deve ajudar a desenvolver (WEIGEL,
1988).
Reafirmamos este aspecto pois, em 18 de agosto de 2008, foi sancionada
pelo então presidente Lula, a lei nº 11.769 de inclusão do ensino da música em
todas as escolas públicas e privadas de educação básica no Brasil. Sabe-se que
o objetivo não é formar músicos, mas desenvolver a criatividade, a sensibilidade e
a integração dos alunos. Isso permitirá a realização do principal papel que a
disciplina de Arte tem na escola: fazer com que os alunos atinjam a compreensão,
leitura e criação artística. Esse objetivo embora apresente diversas barreiras é
indispensável como parâmetro de sucesso na avaliação artística da educação
básica.
Ensinar música na escola básica não significa necessariamente ensinar um
instrumento musical, mas também pode ser. O aprendizado de um instrumento
por parte da criança é algo estimulante e que traz diversos benefícios já relatados
na literatura. Um exemplo de tais benefícios é o desenvolvimento de capacidades
psicomotoras. Além deste, do ponto de vista musical, novos horizontes podem se
abrir até mesmo no campo profissional.
A partir disso, entende-se que se um professor tiver interesse e disposição,
um instrumento de fácil aprendizado tanto por parte do professor como por parte
do aluno seria um candidato natural para cobrir essa lacuna prática. Sabe-se que
a flauta doce é de fácil manuseio, com dedilhado de fácil compreensão. Por isso
que existem várias formas e métodos de aprendizado de flauta doce. A diferença
que proponho na escrita deste material está justamente na ênfase da prática.

História da Flauta Doce

A flauta doce surgiu na pré-história não como instrumento musical mas


como um sinalizador de sopro tal como um apito. Ela possuía poucas variações
de sons. A Figura 1 mostra uma flauta com apenas dois furos para gerar a
variação de sons. Estima-se que esse esquema de flauta tenha trinta mil anos. No
início eram feitas de variados materiais, como bambu, e até argila.

Figura 1: Foto de uma flauta rudimentar da era pré-histórica.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Flauta

A flauta doce foi um dos instrumentos musicais mais populares na Idade


Média e no Renascimento, sendo construídas de madeira. No período barroco,
grandes músicos compuseram obras para serem executadas pela flauta doce,
entre eles Handel, Vivaldi e Bach. Como todo instrumento musical primitivo, a
flauta teve um papel mágico. Ela era usada para acompanhar os rituais religiosos.
Algumas culturas proibiram o uso das flautas pelas crianças e as mulheres sob
pena de morte. Ainda hoje temos exemplo disso, como no Xingu brasileiro.
De acordo com a história da música foi no século XV que a flauta doce se
desenvolveu, passou a ser chamada como a “flauta da renascença” e alcançou
seu apogeu em meados do século XVI. Durante o século XVII foi mais usada
como instrumento solo. Antes, seu corpo era composto de uma ou duas partes,
depois passou a ter o seu corpo dividido em três partes, possibilitando produzir
som com mais intensidade e com mais possibilidade de expressão.
Muitas dessas formas ainda existem nos dias de hoje em condições de uso
ou em museus. A flauta foi usada no século XVIII como instrumento profissional e,
posteriormente quase que substituída pela flauta transversal porque, com o
surgimento da orquestra clássica, os compositores procuram instrumentos com
maiores recursos dinâmicos. Assim começa o declínio da flauta doce que, por
volta de 1750 praticamente ela desaparece do repertório de qualquer compositor.
Somente no final do século XIX é que alguns músicos começaram a ter
contato com este instrumento novamente por meio de pesquisa de músicas
antigas, de literaturas musicais existentes nos museus como, por exemplo,
Cristopher Welch (1832-1915) e Canon Francis Galpin. Galpin, além de estudar
este instrumento, ensinou sua família a tocá-lo. Atualmente as flautas doces
fabricadas possuem um som mais suave do que as flautas do século XVIII, nas
quais são baseadas. Ela produz um som melodioso e extremamente confortante.
Há a produção em série de flautas de plástico a partir de cópias de originais
como, por exemplo, as japonesas Yamaha, que são instrumentos mais acessíveis
financeiramente e são bastante utilizadas como instrumento musicalizador. No
ensino, pode-se encontrar flautas doces sopranino, soprano, contralto, tenor,
baixo. A extensão sonora de cada uma depende do seu tamanho e espessura. A
Figura 2 mostra flautas de diferentes tamanhos. Então, quanto maior a flauta mais
grave será sua produção sonora e, quanto menor, mais agudo será seu som.
Figura 2: Tipos diferentes de flauta doce.
http://cantarolar.blogspot.com.br/2011/08/catalogo-oficial-de-flautas-doces-da.html

Estrutura da Flauta Doce

É um instrumento musical de sopro direto, com um tubo cilíndrico aberto


contendo dez furos, que são fechados com os dedos da mão do instrumentista ou
deixados abertos, no qual o som é produzido pela vibração do ar no tubo oco. A
Figura 3 mostra um esquema com a anatomia da flauta doce. Para que ocorra a
vibração do ar é necessário soprar no bocal que contem um apito dirigido a uma
aresta que, ao passar o ar, este vibra e produz o som. Para se alcançar as
diversas alturas do som é necessário abrir ou fechar os orifícios existentes no
corpo da flauta doce.
Figura 3: Anatomia da flauta doce com os nomes das partes.
http://isaqueciprano.blogspot.com.br/2009/08/curso-de-flauta-doce-1-partes-da-
flauta.html

Aspectos da postura no uso da Flauta Doce

A flauta doce é um instrumento de sopro. Para tocá-la sopramos na


Boquilha. O que sopramos passa pela abertura dos orifícios e produz o som.
Para segurá-la fique com as costas retas e com os braços afastados do
corpo. Aspire o ar pelo nariz e solte-o pela boca suavemente.
A boquilha da flauta doce deve ficar apoiada sobre o lábio inferior. Não é
preciso enfiá-lo dentro da boca. Feche bem os lábios em torno da boquilha, como
se fosse mandar um beijinho, para que o ar não escape pelos lados.
Atenção!!!
Os dentes não encostam na flauta.
Não morda a flauta.
Não deixe a flauta cair.

A flauta tem dez orifícios (pois os furos perto dos pés da flauta são duplos).
Os dedos tomam conta desses orifícios. Cada dedo cuida de um orifício. Os
dedos da mão esquerda posicionam-se nos três primeiros orifícios, na parte
superior da flauta, perto da cabeça da flauta, e os dedos da mão direita nos
orifícios seguintes (abaixo). O dedo polegar da mão esquerda vai posicionar-se no
orifício de trás (ver Figura 4).

Figura 4: Posição correta para segurar uma flauta doce.


http://flautadocebr.quintaessentia.com.br/

Quando começar a tocar, sempre faça a articulação “tu”, como se fosse


falar esta sílaba. A sua língua vai ficar na posição correta para assoprar. Lembre-
se de assoprar suavemente.

CUIDADOS COM O INSTRUMENTO: Para manter a flauta doce sempre


em bom estado, é conveniente que ao terminar de tocar, se deve secar a
umidade. Com tal objetivo deve-se separar as partes e limpar por dentro com um
pano suave, tendo sempre o cuidade de não danificar a embocadura. Nunca
mascar chiclete ou chupar bala enquanto estiver manipulando ou usando a flauta.

Atividades

Atividade 1: Você conhece a história do Flautista de Hamelin? Esse conto foi


escrito pelos irmãos Grimm, que relata um fato ocorrido na cidade de Hamelin na
Alemanha em 26 de junho de 1284. Esse conto faz uma alusão ao efeito do som
da flauta sobre nos ratos e nas crianças da cidade de Hamelin. Leia com atencão
este conto!
Em uma cidade chamada Hamelin, ocorreu numa época uma infestação de
ratos. O prefeito e os moradores da cidade estavam desesperados com o
acontecimento, então resolveram buscar soluções para resolver o problema
dos ratos. Surgiu um homem com uma flauta e disse que acabaria com os
ratos se fosse pago pelo serviço. O trato foi feito.
No dia seguinte, quando amanheceu, começou a andar pelas ruas e,
enquanto passeava, tocava com sua flauta uma melodia maravilhosa, que
encantava aos ratos, que iam saindo de seus esconderijos e seguiam
hipnotizados os passos do flautista que tocava incessantemente. Com isso,
o flautista levou os ratos a um lugar muito distante. Tão distante que nem
sequer se podia ver as muralhas da cidade. Por aquele lugar passava um rio
e os ratos, ao tentarem acompanhar o flautista na travessia do rio, morreram
afogados. E para a surpresa da população, os ratos sumiram da cidade.
Com isso a vida da cidade voltou ao normal.

Figura 5
http://www.colorirgratis.com/desenhos-de-o-flautista-de-hamelin-para-colorir.html
No outro dia, o flautista retornou a cidade de Hamelin para receber o seu
pagamento e qual foi a sua surpresa? O prefeito e seus subordinados não
quiseram pagar o flautista, expulsando-o e dando-lhes as costas. O flautista
revoltado por ter sido enganado pelos moradores da cidade, no dia seguinte
tocou uma doce melodia, várias vezes, insistentemente, mas, só que dessa
vez não eram os ratos que o seguiam, e sim as crianças da cidade que,
arrebatadas por aquele som maravilhoso, não escutavam as vozes dos pais
suplicando para que voltassem para casa. Iam atrás dos passos do estranho
músico que os levou para longe, muito longe, tão longe que ninguém
poderia supor onde. Assim, as crianças, como os ratos, nunca mais
voltaram. A cidade ficou triste e, por mais que se procurasse não se
encontravam nem um rato e nem uma criança. Nessa história, a melodia
produzida pela flauta foi utilizada para encantar tanto os ratos como as
crianças.

Agora escreva nas linhas abaixo o que você mais gostou da história.
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E você, já se sentiu encantado com o som da flauta doce? Conte suas


experiências com este instrumento musical e se ainda não teve, vamos dar
algumas sugestões para procurar no Youtube!
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Sugestões de música com flauta doce no You Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=dyVsTcb91i4
http://www.youtube.com/watch?v=KYfJxDkPXj4

Atividade 2: Para tocar flauta doce, é preciso que você respire sem mexer os
ombros!
Exercícios de respiração com flor e uma vela.
Inspirar como se estivesse cheirando uma flor e soltar o ar como se estivesse
soprando uma vela, mas sem apagar a vela.

Atividade 3: Para tocar flauta doce é preciso articular cada nota!


Você consegue fazer a sílaba TU? Ela deve ser feita com a língua entre os dentes
e o céu da boca. Para tocar cada nota na flauta você precisa falar a sílaba TU.
Vamos experimentar? Ele pode ser som curto ou longo:

TUUUUUUU TU TUUUUUU TU TUUUUUUU TU TUUUUUUU TU

TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU TU

TUUU TU TU TUUU TU TU TUUU TU TU TUUU TU TU TUUU TU TU

Atividade 4: Os nomes das sete notas musicais são: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si.
Elas foram criadas por um monge italiano chamado Guido D’Arezzo no século XI.
Pesquise como este monge chegou a conclusão do nome das notas qual foi a sua
inspiração, descobrindo como elas surgiram.

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Atividade 5: As sete notas musicais na pauta e suas posições na Flauta


Doce.
Vamos conhecer cada uma das sete notas na pauta, assim como as posições
correspondentes dos dedos na flauta doce.

Os círculos pretos representam os orifícios a serem tapados, enquanto os


brancos representam os orifícios que devem permanecer abertos. O círculo ao
lado direito da figura da flauta representa o orifício de trás da flauta. Ou seja, as
notas dó médio ate dó agudo são tocadas com o orifício da parte de trás da flauta
tapado. O ré agudo é tocado com esse orifício aberto, e as notas mi agudo até o
dó são tocadas com o orifício de trás semi-aberto.
Vamos experimentar tocar a Escala de Dó Maior?
Lembre-se de respirar e fazer a articulação TU.
Figura 6: Notas musicais na flauta
http://macumbaviking.blogspot.com.br/2012/04/flauta-doce.html

Atividade 6: Compasso binário e as notas musicais SOL, LÁ e SI


No compasso binário contamos 2 tempos para cada compasso. No exemplo
abaixo você pode lembrar da articulação (TU) e fazer da seguinte forma :
TUTUTUTU TUUU TUUU TUTUTUTU TUUU TUUU .Sendo que o "TU" tem
uma duração curta de som e o "TUUU" tem uma duração longa de som .
Neste exemplo vamos tocar colcheias e semínimas. Precisamos de duas
colcheias para completar um tempo neste exemplo! Já a semínima dura um
tempo!
Atividade 7:
No exercício abaixo vamos utilizar o compasso de três tempos (ternário) e as
notas Dó, Re, Mi e Fá. O que foi dito na atividade anterior sobre colcheias e
semínimas também vale aqui !
Atividade 8:
Agora que você conhece a escala de Dó Maior, pode tocar uma música muito
bonita, que faz parte do espetáculo Os Saltimbancos. Ela foi escrita em 1977 por
Chico Buarque de Holanda e influenciou várias gerações infantis até os dias
atuais.
Nesta história: “quatro bichos abandonam seus donos por causa dos maus tratos,
o jumento que não aguenta mais carregar tanto peso sem recompensa alguma,
um cachorro que está muito velho para guardar a casa, uma galinha que não
consegue mais botar ovos e uma gata que está cansada de servir como
companhia de luxo de sua patroa. Eles se juntam e partem para a cidade em
busca do sonho de se tornarem artistas. Na verdade, deixam pra trás a opressão
que sofrem de seus “patrões” e vão em busca da liberdade”. O link com a história
e mais informações pode ser acessado em:
http://mrzieg.com/blog/2013/05/especial-chico-buarque-os-saltimbancos/
Veja na Figura7 a partitura de Minha Canção. Vamos tocar essa música com as

notas da escala de Dó.

Figura 7: Partitura de música “Minha Canção”.


http://cidadeeducativa.blogspot.com.br
Atividade 9: Música Asa Branca
Luiz Gonzaga do Nascimento (1912-1989) nasceu no sertão de pernambuco. Ele
foi compositor e cantor. Recebeu o título de "Rei do Baião" por ter valorizado
vários estilos musicais nordestinos, principalmente o Baião. Seu instrumento
principal foi a sanfona.

Agora que você sabe um pouco sobre a vida do autor, tente executar a música
Asa Branca de acordo com a partitura.
Atividade 10: Vamos inventar uma música?

Na pauta abaixo compor uma pequena melodia utilizando as notas SOL, LÁ e SI.

Encaminhamento Metodológico

Atividade 1.
Primeiramente aponte um aluno para ler em voz alta a história do Flautista de
Hamelin. Em seguida, abra um debate sobre as questões de ficção por trás da
história. E o que você pode apontar nesta história, para facilitar o trabalho do
professor que for trabalhar com seu material? Se você professor tiver a
oportunidade de apresentar os dois vídeos dos links num laboratório ou num
equipamento de projeção, é interessante fazê-lo. Finalmente, peça aos alunos
para completar as linhas do exercício.

Atividade 2.
Nesse exercício de simulação da prática da flauta doce, os alunos ainda não
usarão o instrumento. Eles deverão fazer o procedimento de inspirar como se
estivessem cheirando uma flor, alternadamente soltar o ar pela boca como se
estivessem apagando uma vela, sem apagá-la.

Atividade 3.
Pela primeira vez nesse exercício cada aluno deverá utilizar uma flauta doce.
Orientar o grupo para que soprem pronunciando a sílaba TU. Comece colocando
poucos alunos fazendo o exercício, de forma que os outros possam observar.
Soprar e pronunciar a sílaba TU ao mesmo tempo produzindo um som composto
pela voz e o instrumento.
Atividade 4.
Essa será uma atividade de pesquisa e assim seria interessante ser realizada
num laboratório de informática. Os alunos deverão iniciar buscando os nomes
originais das sete notas musicais e de que maneira elas surgiram.

Atividade 5.
Inicie aos poucos tomando primeiro a nota Dó como foco da atividade. Mostre a
sua posição na pauta e o dedilhado na flauta. Repita o procedimento para as
demais notas. Em seguida toque duas notas consecutivas começando por dó e
ré. Depois de muito exercitar, continue com o mesmo procedimento para mi e fá e
assim até concluir a escala.
Observação: Não esquecer de controlar a respiração e da execução do sopro por
meio da sílaba TU.

Atividade 6.
Primeiramente, aponte a representação do compasso binário na pauta para que
os alunos entendam o conceito. Em seguida faça um solfejo com os alunos
usando a partitura. Por último introduza a flauta doce para executar a pauta.
Nessa atividade somente serão utilizadas as notas Sol, La e Si.

Atividade 7
Esse exercício é idêntico ao anterior exceto pelo compasso e as notas musicais
diferentes. O compasso agora será ternário e as notas musicais serão Dó, Re, Mi
e Fá.

Atividade 8.
Inicie pedindo a um aluno que leia a história dos Saltimbancos. Antes mesmo de
usar a flauta solfeje as notas musicais da pauta para que os alunos ouçam a
melodia. Depois instrua os alunos a também solfejarem juntos. Finalmente use a
flauta para iniciar aos poucos de três em três notas a execução da pauta.
Atividade 9.
Primeiramente aponte um aluno para ler a história do compositor Luiz Gonzaga.
Em seguida faça uma abordagem do ritmo ternário da música Asa Branca. Depois
disso, faça o solfejo da música com os alunos. Finalmente execute com os alunos
a melodia da música utilizando a flauta doce.

Atividade 10.
Nessa última atividade o objetivo maior das Diretrizes Curriculares Estaduais de
2008 é cumprido por meio da expressão criadora do aluno. Ele deverá criar a sua
própria música contendo apenas algumas poucas unidades de notas musicais.
Inicie com uma melodia de no mínimo 8 notas musicais. Finalmente peça ao
aluno que execute a sua composição.

Referências Bibliográficas

DAMACENO, Ana Maria N. Gorski.A Música e Seus Efeitos no Indivíduo


http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/musica_efeitos_gorski.htm
(consultada em 2014)
JEANDOT, N. Explorando o Universo da Música. Editora Scipione, São
Paulo, segunda edição, 1993.
ROSA, N. Flauta Doce. Método de ensino para crianças. Editora Scipione,
São Paulo, 1993.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Departamento de
Educação Básica. Governo do Estado do Paraná, 2008.
SILVEIRA, A., BARBOSA, C. Música a aprendizado na oficina: parceria que
encanta e fascina. Revista Enciclopédia – FACOS.CNEC, Osório, vol.10, 2013.
WEIGEL, A., Brincando de Música. Editora Kuarup, primeira edição, Porto
Alegre RS, 1988.

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