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República de Chipre
Κυπριακή Δημοκρατία (grego)
Kypriakí Dimokratía
Kıbrıs Cumhuriyeti (turco)
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Gentílico: Cipriota,
cíprio,[1] ciprense
Área
- Total 9 251 km² (167.º)
- Água (%) desprezável
População
- Estimativa para 2013 1 141 166[2] hab. (158.º)
- Densidade 123,4[3] hab./km² (82.º)
Índice
1Etimologia
2História
o 2.1Pré-história e Antiguidade
o 2.2Idade Média
o 2.3Domínio otomano
o 2.4Domínio britânico
o 2.5Independência, guerra civil e invasão turca
3Geografia
o 3.1Clima
4Demografia
o 4.1Idiomas
o 4.2Composição étnica
o 4.3Religião
o 4.4Cidades mais populosas
5Governo e política
o 5.1Símbolos nacionais
o 5.2Relações internacionais
6Subdivisões
o 6.1Enclaves e exclaves
7Economia
o 7.1Turismo
8Infraestrutura
o 8.1Transportes
9Cultura
10Ver também
11Notas
12Referências
13Ligações externas
A mais antiga atividade humana registrada no Chipre é Aetokremnos, situada na costa sul,
indicando que os caçadores-coletores eram ativos na ilha há cerca de 10 000 a.C.,[24] com
comunidades rurais assentadas que datam de 8 200 a.C.. A chegada dos primeiros seres
humanos correlaciona-se com a extinção dos hipopótamos anões e elefantes anões.[25] Os
poços de água descobertos por arqueólogos em Chipre estão entre os mais antigos do
mundo, com cerca de 9 000 a 10 500 anos de idade.[9]
Durante o final da Idade do Bronze na ilha experimentou duas ondas de colonização
grega.[26] A primeira consistia de comerciantes gregos micênicos que começaram a visitar
o Chipre por volta de 1 400 a.C..[27][28] Acredita-se que uma grande onda de assentamento
grego tenha ocorrido após o colapso da Idade do Bronze da Grécia micênica entre 1100
e 1 050 a.C..[28][29] A ilha ocupa um papel importante na mitologia grega por ser o berço
de Afrodite e Adonis, além da casa dos reis Cíniras, Teucro e Pigmaleão.[30] No século VIII
a.C. colônias fenícias foram fundadas na costa sul do Chipre, perto das cidades atuais
de Lárnaca e Salamis.[28]
O Chipre está em uma localização estratégica no Oriente Médio.[31] Foi governado
pela Assíria em 708 a.C., antes de um breve período sob domínio egípcio e de
governo persaem 545 a.C..[28] Os cipriotas, liderados por Onesilo, rei de Salamina,
juntaram seus aliados gregos nas cidades jônicas durante a mal sucedida Revolta
Jônica em 499 a.C., contra o Império Aquemênida. A revolta foi reprimida, mas o Chipre
conseguiu manter um alto grau de autonomia e permaneceu orientado ao mundo grego. [28]
A ilha foi conquistada por Alexandre, o Grande, em 333 a.C.. Após a sua morte e a
consequente divisão de seu império depois de guerras entre seus sucessores, o Chipre
tornou-se parte do Império Helenístico do Egito ptolomaico. Foi durante este período que a
ilha foi totalmente helenizada. Em 58 a.C., o Chipre foi anexado pela República
Romana como a província de Chipre.[28]
Idade Média[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Reino do Chipre
Quando o Império Romano foi dividido em partes Oriental e Ocidental em 395, o Chipre
tornou-se parte do Oriente Romano, ou Império Bizantino, e assim permaneceria até que
as Cruzadas, cerca de 800 anos mais tarde. Sob o domínio bizantino, a orientação grega
que tinha sido proeminente desde a antiguidade desenvolveu o forte caráter helenístico-
cristão, que continua a ser uma característica da comunidade cipriota grega.[28]
A partir de 649, o Chipre passou a sofrer uma série de ataques devastadores lançados
pelos exércitos muçulmanos do Levante, que continuou pelos 300 anos seguintes. Muitos
eram rápidos ataques de pirataria, mas outros foram ataques de larga escala em que
muitos cipriotas foram mortos e grande parte da riqueza da ilha foi saqueada ou destruída.
O domínio bizantino foi restaurado em 965, quando o imperador Nicéforo II Focas teve
vitórias decisivas em terra e mar.[28]
Em 1191, durante a Terceira Cruzada, Ricardo I de Inglaterra conquistou a ilha a partir do
domínio de Isaac Comneno do Chipre.[32]Ricardo usou a ilha como uma grande base de
fornecimento que era relativamente segura contra os sarracenos. Um ano mais tarde,
Ricardo vendeu a ilha aos Cavaleiros Templários, que, após uma sangrenta revolta,
venderam-na para Guido de Lusignan. Seu irmão e sucessor, Amalrico II, foi reconhecido
como rei do Chipre por Henrique VI da Germânia.[28]
Após a morte em 1473 de Jaime II, o último rei lusignano, a República de Veneza assumiu
o controle da ilha, enquanto a viúva veneziana do falecido rei, a rainha Catarina Cornaro,
governou a região. Veneza anexou formalmente o Reino de Chipre em 1489, após a
abdicação de Catarina.[28] Os venezianos fortificaram Nicósia através da construção
das muralhas e usaram a cidade como um importante centro comercial. Durante todo o
domínio veneziano, o Império Otomano invadiu o Chipre com frequência. Em 1539, os
otomanos destruíram Limassol e, temendo o pior, os venezianos também
fortificaram Famagusta e Cirênia.[28]
Durante os quase quatro séculos de domínio latino, existiram duas sociedades no Chipre.
A primeira consistia de nobres francos e sua comitiva, assim como mercadores italianose
suas famílias. A segunda, a maioria da população, consistia de cipriotas gregos, servos e
trabalhadores. Apesar do esforço para suplantar as tradições e a cultura nativas, a
tentativa não teve sucesso.[28]
Domínio otomano[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Chipre otomano
Em 1570, um ataque Otomano em larga escala, com 60 mil soldados, tornou a ilha uma
possessão otomana, apesar de forte resistência por parte dos habitantes
de Nicósia e Famagusta. As forças otomanas capturaram Chipre e massacraram muitos
gregos e habitantes cristãos armênios.[33] A elite latina anterior foi destruída e a primeira
mudança demográfica significativa desde a antiguidade ocorreu com a formação de uma
comunidade muçulmana.[34]
Os otomanos aboliram o sistema feudal anteriormente em vigor e aplicaram o sistema
de millets ao Chipre, em que povos não-muçulmanos eram governados pelas suas
próprias autoridades religiosas.[35] O domínio otomano de Chipre era às vezes indiferente,
às vezes opressivo, dependendo dos temperamentos dos sultões e das autoridades locais,
e a ilha entrou em 250 anos de declínio econômico.[36]
Assim que a Guerra da Independência Grega eclodiu em 1821, vários cipriotas
gregos foram para a Grécia para se juntar às forças gregas. Em resposta, o governador
otomano do Chipre prendeu e executou 486 cipriotas gregos proeminentes, incluindo o
Arcebispo do Chipre, Kyprianos e outros quatro bispos.[37] Em 1828, o primeiro presidente
da Grécia moderna, Ioannis Kapodistrias, clamou pela união do Chipre com a Grécia, e
várias pequenas revoltas ocorreram.[38] A reação ao desgoverno otomano levou a levantes
de cipriotas gregos e turcos, embora nenhum tenha sido bem sucedido. Depois de séculos
de negligência por parte dos turcos, a pobreza implacável da maioria do povo e os sempre
presentes cobradores de impostos alimentaram o nacionalismo grego e no início do século
XX o conceito de enosis, ou a união com a Grécia recém-independente, foi firmemente
enraizado entre cipriotas gregos.[36]
Domínio britânico[editar | editar código-fonte]
Manifestações de cipriotas gregospela enosis (união com a Grécia) em 1930