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Chipre

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Coordenadas: 35° 7' N 33° 24' E

Nota: Para a província romana, veja Chipre (província romana).

República de Chipre
Κυπριακή Δημοκρατία (grego)
Kypriakí Dimokratía
Kıbrıs Cumhuriyeti (turco)

Bandeira Brasão de Armas


Hino nacional: Ὕμνος εἰς τὴν Ἐλευθερίαν (Ymnos is tin Eleftherian)
("Hino à Liberdade")

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Gentílico: Cipriota,
cíprio,[1] ciprense

Localização de Chipre (em verde)


Na União Europeia (em verde claro)
No Continente europeu (em cinza)
Capital Nicósia
35°08'N 33°28'

Cidade mais populosa Nicósia

Língua oficial Grego, turco

Governo República presidencialista


- Presidente Nicos Anastasiades
Independência do Reino Unido
- Tratado de Zurique e Londres 19 de fevereiro de 1959
- Declarada 16 de agosto de 1960

Entrada na UE 1 de maio de 2004

Área
- Total 9 251 km² (167.º)
- Água (%) desprezável
População
- Estimativa para 2013 1 141 166[2] hab. (158.º)
- Densidade 123,4[3] hab./km² (82.º)

PIB (base PPC) Estimativa de 2014


- Total US$ 27,516bilhões*[4] (125.º)
- Per capita US$ 30 882[4] (37.º)

PIB (nominal) Estimativa de 2014


- Total US$ 23,263bilhões*[4] (105.º)
- Per capita US$ 26 109[4] (31.º)

IDH (2017) 0,869 (32.º) – muito alto[5]

Gini (2011) 29,1[6]

Moeda Euro (€) ( EUR )

Fuso horário (UTC+2)


- Verão (DST) (UTC+3)
Cód. ISO CY

Cód. Internet .cy

Cód. telef. +357

Chipre[nota 1] (em grego: Κύπρος; transl.: Kýpros pronunciado: [ˈcipros];


em turco: Kıbrıs pronunciado: [ˈkɯbɾɯs]), oficialmente República de
Chipre (em grego: Κυπριακή Δημοκρατία; transl.: Kypriakí Dimokratía; em turco: Kıbrıs
Cumhuriyeti) é um país insular no leste Mar Mediterrâneo, ao largo das costas
da Síria e Turquia.[8] O Chipre é a terceira maior e mais populosa ilha no Mediterrâneo e
um Estado-membro da União Europeia desde 2004. Ele está localizado ao sul da Turquia,
a oeste da Síria e do Líbano, a noroeste de Israel, ao norte do Egito e a leste da Grécia.
A mais antiga atividade humana conhecida na ilha data do 10º milênio a.C. Vestígios
arqueológicos deste período incluem a aldeia neolítica bem preservada de Choirokoitia e o
Chipre é o lar de alguns dos poços de água mais antigos do mundo. [9]O país foi colonizado
por gregos micênicos em duas ondas no 2º milênio a.C. Como uma localização estratégica
no Oriente Médio, a ilha foi posteriormente ocupada por várias grandes potências, como os
impérios de assírios, egípcios e persas, de quem o território foi anexado em 333
a.C. por Alexandre, o Grande. O país depois foi dominado pelo Egito ptolemaico,
pelo Império Romano e pelo Império Romano do Oriente, por califados árabes por um
curto período, pela dinastia francesa Lusignan e pelos venezianos, seguido por mais de
três séculos de domínio otomano, entre 1571 e 1878 (de jure até 1914).[10]
O Chipre foi colocado sob administração britânica com base na Convenção de Chipre em
1878 e formalmente anexado pelo Império Britânico em 1914. Em 1960, Chipre, Grécia e
o Reino Unido assinam um tratado que declara a independência da ilha, ficando os
britânicos com a soberania das bases de Acrotíri e Deceleia. Makarios assume
a presidência, mas a constituição indicava que os turco-cipriotas ficariam com a vice-
presidência, com poder de veto, o que dificultou o funcionamento do governo e as relações
entre greco-cipriotas e turco-cipriotas, desembocando em explosões de violência
interétnica em 1963 e 1967. Em 15 de julho de 1974 um golpe pró-helênico depôs o
governo legítimo, o que provocou a reação de Turquia, que, utilizando-se da suposta
defesa dos interesses dos turco-cipriotas, invadiu e até hoje ocupa militarmente a parte
norte da ilha - ocupação esta que já fora declarada ilegal pelo Conselho de Segurança da
ONU, cujas resoluções ordenavam a retirada imediata das tropas turcas. Esta foi a origem
da República Turca de Chipre do Norte, um Estado de facto que só é reconhecido pela
Turquia e pela Organização para a Cooperação Islâmica.
A República do Chipre tem soberania de jure sobre toda a ilha de Chipre e suas águas
circundantes de acordo com o direito internacional, exceto pelo território ultramarino
britânico de Acrotíri e Deceleia, administrado como zonas de soberania do Reino Unido.
No entanto, a República de Chipre é dividida de facto em duas partes principais; a área
sob o controle efetivo da República, que compreende cerca de 59% da área da ilha, e o
norte,[11] administrado pela autodeclarada República Turca do Norte de Chipre, que é
reconhecida apenas pela Turquia e que cobre cerca de 36% área da ilha. A comunidade
internacional considera a parte norte da ilha como um território da República de Chipre
ocupado por forças turcas.[12][13] A ocupação é vista como ilegal sob a lei internacional,
principalmente depois que o Chipre tornou-se membro da União Europeia.[14] O país é um
importante destino turístico no Mediterrâneo.[15][16][17] Com uma economia de alta renda e
um alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito elevado,[18][19] a República de
Chipre é um membro da Commonwealth desde 1961 e foi membro fundador do Movimento
de Países Não Alinhados, até que aderiu à UE em 1 de maio de 2004. Em 1 de Janeiro de
2008, a República de Chipre entrou para a Zona Euro.[20]

Índice

 1Etimologia
 2História
o 2.1Pré-história e Antiguidade
o 2.2Idade Média
o 2.3Domínio otomano
o 2.4Domínio britânico
o 2.5Independência, guerra civil e invasão turca
 3Geografia
o 3.1Clima
 4Demografia
o 4.1Idiomas
o 4.2Composição étnica
o 4.3Religião
o 4.4Cidades mais populosas
 5Governo e política
o 5.1Símbolos nacionais
o 5.2Relações internacionais
 6Subdivisões
o 6.1Enclaves e exclaves
 7Economia
o 7.1Turismo
 8Infraestrutura
o 8.1Transportes
 9Cultura
 10Ver também
 11Notas
 12Referências
 13Ligações externas

Etimologia[editar | editar código-fonte]


O registro mais antigo do termo Chipre é do século XV a.C., do grego micênico ����, ku-
pi-ri-jo,[21] [44] que significa "cipriota", (em grego: Κύπριος), escrito no roteiro silábico linear
B.[22] A forma clássica grega do nome é Κύπρος (Kýpros).
A etimologia do nome do país ainda é desconhecida. Entre as possíveis explicações estão:
a palavra grega para a árvore de cipreste Mediterrâneo (Cupressus sempervirens),
κυπάρισσος (Kyparissos); o nome grego da planta henna (Lawsonia alba), κύπρος
(Kypros); uma palavra da língua eteocipriota para o cobre. Georges Dossin, por exemplo,
sugere que tem raízes na palavra suméria para o cobre (Zubar) ou para o bronze (Kubar),
a partir dos grandes depósitos de minério de cobre encontrados na ilha. Por conta do
comércio exterior, a ilha deu seu nome à palavra latina clássica para o cobre, através da
frase aes Cyprium, ou "metal de Chipre", mais tarde encurtado para Cuprum.[23]

História[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: História de Chipre
Pré-história e Antiguidade[editar | editar código-fonte]

Antigo teatro romano em Cúrio

A mais antiga atividade humana registrada no Chipre é Aetokremnos, situada na costa sul,
indicando que os caçadores-coletores eram ativos na ilha há cerca de 10 000 a.C.,[24] com
comunidades rurais assentadas que datam de 8 200 a.C.. A chegada dos primeiros seres
humanos correlaciona-se com a extinção dos hipopótamos anões e elefantes anões.[25] Os
poços de água descobertos por arqueólogos em Chipre estão entre os mais antigos do
mundo, com cerca de 9 000 a 10 500 anos de idade.[9]
Durante o final da Idade do Bronze na ilha experimentou duas ondas de colonização
grega.[26] A primeira consistia de comerciantes gregos micênicos que começaram a visitar
o Chipre por volta de 1 400 a.C..[27][28] Acredita-se que uma grande onda de assentamento
grego tenha ocorrido após o colapso da Idade do Bronze da Grécia micênica entre 1100
e 1 050 a.C..[28][29] A ilha ocupa um papel importante na mitologia grega por ser o berço
de Afrodite e Adonis, além da casa dos reis Cíniras, Teucro e Pigmaleão.[30] No século VIII
a.C. colônias fenícias foram fundadas na costa sul do Chipre, perto das cidades atuais
de Lárnaca e Salamis.[28]
O Chipre está em uma localização estratégica no Oriente Médio.[31] Foi governado
pela Assíria em 708 a.C., antes de um breve período sob domínio egípcio e de
governo persaem 545 a.C..[28] Os cipriotas, liderados por Onesilo, rei de Salamina,
juntaram seus aliados gregos nas cidades jônicas durante a mal sucedida Revolta
Jônica em 499 a.C., contra o Império Aquemênida. A revolta foi reprimida, mas o Chipre
conseguiu manter um alto grau de autonomia e permaneceu orientado ao mundo grego. [28]
A ilha foi conquistada por Alexandre, o Grande, em 333 a.C.. Após a sua morte e a
consequente divisão de seu império depois de guerras entre seus sucessores, o Chipre
tornou-se parte do Império Helenístico do Egito ptolomaico. Foi durante este período que a
ilha foi totalmente helenizada. Em 58 a.C., o Chipre foi anexado pela República
Romana como a província de Chipre.[28]
Idade Média[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Reino do Chipre

As muralhas venezianas de Nicósiaforam construídas para defender a cidade de ataques do Império


Otomano

Quando o Império Romano foi dividido em partes Oriental e Ocidental em 395, o Chipre
tornou-se parte do Oriente Romano, ou Império Bizantino, e assim permaneceria até que
as Cruzadas, cerca de 800 anos mais tarde. Sob o domínio bizantino, a orientação grega
que tinha sido proeminente desde a antiguidade desenvolveu o forte caráter helenístico-
cristão, que continua a ser uma característica da comunidade cipriota grega.[28]
A partir de 649, o Chipre passou a sofrer uma série de ataques devastadores lançados
pelos exércitos muçulmanos do Levante, que continuou pelos 300 anos seguintes. Muitos
eram rápidos ataques de pirataria, mas outros foram ataques de larga escala em que
muitos cipriotas foram mortos e grande parte da riqueza da ilha foi saqueada ou destruída.
O domínio bizantino foi restaurado em 965, quando o imperador Nicéforo II Focas teve
vitórias decisivas em terra e mar.[28]
Em 1191, durante a Terceira Cruzada, Ricardo I de Inglaterra conquistou a ilha a partir do
domínio de Isaac Comneno do Chipre.[32]Ricardo usou a ilha como uma grande base de
fornecimento que era relativamente segura contra os sarracenos. Um ano mais tarde,
Ricardo vendeu a ilha aos Cavaleiros Templários, que, após uma sangrenta revolta,
venderam-na para Guido de Lusignan. Seu irmão e sucessor, Amalrico II, foi reconhecido
como rei do Chipre por Henrique VI da Germânia.[28]
Após a morte em 1473 de Jaime II, o último rei lusignano, a República de Veneza assumiu
o controle da ilha, enquanto a viúva veneziana do falecido rei, a rainha Catarina Cornaro,
governou a região. Veneza anexou formalmente o Reino de Chipre em 1489, após a
abdicação de Catarina.[28] Os venezianos fortificaram Nicósia através da construção
das muralhas e usaram a cidade como um importante centro comercial. Durante todo o
domínio veneziano, o Império Otomano invadiu o Chipre com frequência. Em 1539, os
otomanos destruíram Limassol e, temendo o pior, os venezianos também
fortificaram Famagusta e Cirênia.[28]
Durante os quase quatro séculos de domínio latino, existiram duas sociedades no Chipre.
A primeira consistia de nobres francos e sua comitiva, assim como mercadores italianose
suas famílias. A segunda, a maioria da população, consistia de cipriotas gregos, servos e
trabalhadores. Apesar do esforço para suplantar as tradições e a cultura nativas, a
tentativa não teve sucesso.[28]
Domínio otomano[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Chipre otomano

Mapa histórico do Chipre feito pelo otomano Piri Reis

Em 1570, um ataque Otomano em larga escala, com 60 mil soldados, tornou a ilha uma
possessão otomana, apesar de forte resistência por parte dos habitantes
de Nicósia e Famagusta. As forças otomanas capturaram Chipre e massacraram muitos
gregos e habitantes cristãos armênios.[33] A elite latina anterior foi destruída e a primeira
mudança demográfica significativa desde a antiguidade ocorreu com a formação de uma
comunidade muçulmana.[34]
Os otomanos aboliram o sistema feudal anteriormente em vigor e aplicaram o sistema
de millets ao Chipre, em que povos não-muçulmanos eram governados pelas suas
próprias autoridades religiosas.[35] O domínio otomano de Chipre era às vezes indiferente,
às vezes opressivo, dependendo dos temperamentos dos sultões e das autoridades locais,
e a ilha entrou em 250 anos de declínio econômico.[36]
Assim que a Guerra da Independência Grega eclodiu em 1821, vários cipriotas
gregos foram para a Grécia para se juntar às forças gregas. Em resposta, o governador
otomano do Chipre prendeu e executou 486 cipriotas gregos proeminentes, incluindo o
Arcebispo do Chipre, Kyprianos e outros quatro bispos.[37] Em 1828, o primeiro presidente
da Grécia moderna, Ioannis Kapodistrias, clamou pela união do Chipre com a Grécia, e
várias pequenas revoltas ocorreram.[38] A reação ao desgoverno otomano levou a levantes
de cipriotas gregos e turcos, embora nenhum tenha sido bem sucedido. Depois de séculos
de negligência por parte dos turcos, a pobreza implacável da maioria do povo e os sempre
presentes cobradores de impostos alimentaram o nacionalismo grego e no início do século
XX o conceito de enosis, ou a união com a Grécia recém-independente, foi firmemente
enraizado entre cipriotas gregos.[36]
Domínio britânico[editar | editar código-fonte]
Manifestações de cipriotas gregospela enosis (união com a Grécia) em 1930

Militante do EOKA lutando contra soldados britânicos em 1956.

Ver artigo principal: Convenção de Chipre


Após a Guerra Russo-Turca (1877-1878) e o Congresso de Berlim, o Chipre foi arrendado
ao Império Britânico, que assumiu a sua administração de facto em 1878 (embora, em
termos de soberania, o Chipre tenha continuado a ser um território otomano de jure até 5
de novembro de 1914, juntamente com o Egito e o Sudão)[10] em troca de garantias de que
o Reino Unido iria usar a ilha como uma base para proteger o Império Otomano contra
uma possível agressão russa.[28]
A ilha serviria como uma base militar chave para as rotas coloniais do Reino Unido. Por
volta de 1906, quando o porto de Famagusta foi concluído, Chipre era um posto naval
estratégico com acesso ao Canal de Suez, a principal via para a Índia, que era então a
mais importante colônia do Reino Unido. Após a eclosão da Primeira Guerra Mundial e a
decisão do Império Otomano de se juntar à guerra ao lado das Potências Centrais, em 5
de Novembro 1914, o Império Britânico anexou formalmente o Chipre e declarou os
territórios otomanos do Egito e do Sudão protetorados.[10][28]
Em 1930 começam as primeiras revoltas a favor da enosis (união de Chipre com a Grécia)
e, nos fins da Segunda Guerra Mundial, os greco-cipriotas aumentam a pressão para o fim
do domínio britânico. O arcebispo Macário lidera a campanha pela enosis e é deportado
para as Seicheles em 1956 depois duma série de atentados na ilha.
Independência, guerra civil e invasão turca [editar | editar código-fonte]
Ver artigos principais: Acordos de Londres e Zurique, Guerra Civil no Chipre, Golpe de
Estado no Chipre em 1974, Invasão turca de Chipre e Conflito no Chipre
Ver também: República Turca do Norte do Chipre, Plano Annan para Chipre, Linha Verde
(Chipre) e Força das Nações Unidas para Manutenção da Paz no Chipre
Makarios III, o primeiro presidente do Chipre

Ministros das Relações Exteriores dos Estados-membros da União Europeia reunidos


em Limassol em 2012

Apesar de os cipriotas turcos representarem apenas 18% da população, a partição do


Chipre e a criação de um Estado turco no norte tornou-se uma política de líderes cipriotas
turcos e da Turquia na década de 1950. Os líderes turcos defendiam a anexação do
Chipre à Turquia, visto que a ilha era considerada uma "extensão da Anatólia" por eles;
enquanto que desde o século XIX,[39][40] a maioria da população cipriota grega e sua igreja
ortodoxa tentava estabelecer uma união com a Grécia, que se tornou uma política nacional
grega na década de 1950.[41]
Após a violência nacionalista na década de 1950, a independência política foi concedida
ao Chipre em 1960.[42] Em 1963, um conflito de 11 anos entre as comunidades de cipriotas
gregos e de cipriotas turcos deslocou mais de 25 mil cipriotas turcos[43][44] e trouxe o fim da
representação cipriota turca nas instituições da república. Em 15 de julho de 1974,
um golpe de Estado foi encenado por nacionalistas cipriotas gregos [45][46] e membros da
junta militar grega[47] em uma tentativa de enosis, a incorporação de Chipre à Grécia.
O golpe acabou por precipitar a invasão turca de Chipre,[48] o que levou à captura do
território atual do Chipre do Norte no mês seguinte, depois de um cessar-fogo fracassar e
de mais de 150 mil cipriotas gregos[49][50] e 50 mil cipriotas turcos terem sido deslocados de
suas casas.[51] Um Estado cipriota turco separado no norte foi criado em 1983. Esses
eventos e a situação política resultante são questões de uma disputa ainda vigente.
A invasão turca, seguida da ocupação e da declaração de independência da República
Turca do Norte do Chipre, foi condenada por resoluções das Nações Unidas, que foram
reafirmadas anualmente pelo Conselho de Segurança.[52] O último grande esforço para
resolver a disputa de Chipre foi o Plano Annan, em 2004, elaborado pelo então secretário-
geral da ONU, Kofi Annan. O plano foi submetido a um referendo, onde 65% dos cipriotas
turcos votaram a favor do plano e 74% cipriotas gregos votaram contra o plano, alegando
que o projeto favorecia desproporcionalmente o lado turco.[53] No total, 66,7% dos eleitores
rejeitaram plano. Em 1 de maio 2004, o Chipre aderiu à União Europeia, juntamente com
outros nove países.[54] O país foi aceito na UE como um todo, embora a legislação da
comunidade europeia não seja válida para o território ocupado pela Turquia no norte, até
que uma solução definitiva seja alcançada para o problema da divisão do Chipre. Em julho
de 2006, a ilha serviu como um refúgio para pessoas que fugiam do Líbano, devido ao
conflito entre Israel e o Hezbollah (também chamado de "Guerra de Julho").[55]
Têm sido feitos esforços para melhorar a liberdade de circulação entre os dois lados. Em
abril de 2003, a República Turca do Chipre unilateralmente aliviou as restrições na
fronteira, permitindo que os cipriotas atravessassem entre os dois lados pela primeira vez
em 30 anos.[56] Em março de 2008, um muro que tinha estado por décadas na fronteira
entre a República de Chipre e a zona tampão das Nações Unidas foi demolido.[57] A
parede atravessava a rua Ledra, no coração de Nicósiae era visto como um forte símbolo
da divisão de 32 anos da ilha. Em 3 de abril de 2008, a rua Ledra foi reaberta na presença
de autoridades cipriotas turcas .[58] O Norte e o Sul relançaram as negociações de
reunificação em 15 de maio de 2015.[59]

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