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Concreto Armado II - Punção

PUNÇÃO EM LAJES
1 - INTRODUÇÃO

O sistema estrutural conhecido como lajes lisas, no qual as lajes estão diretamente apoiadas nos pilares,
pode oferecer diversas vantagens técnicas com relação ao sistema convencional de lajes, vigas e
pilares, sendo mais econômico em muitos casos.

Uma das grandes desvantagens das lajes lisas é a possibilidade da punção da laje pelo pilar. A punção é
um tipo de ruína que pode ocorrer quando forças concentradas, ou atuando em pequenas áreas, são
aplicadas diretamente nas lajes, causando a sua perfuração. Como exemplo desta situação, tem-se a
reação do pilar quando a laje está diretamente apoiada nele. É importante destacar que, no caso de
edifícios de vários pavimentos, a ação concentrada que irá provocar a punção de uma determinada laje
está relacionada aos carregamentos aplicados nesta laje, e não com relação à força normal que atua no
pilar. A punção está associada a esforços de cisalhamento e provoca uma separação completa entre a
laje e o pilar. Como este tipo de ruína é frágil, deve-se, como diretriz de projeto, garantir que, caso a
ruína ocorra, ela não se dê por punção, mas sim por flexão.

A superfície de ruína para pilares internos, com lajes e carregamento simétricos (casos simétricos),
apresenta uma forma tronco-cônica ou tronco-piramidal, partindo do contorno da área carregada e se
estendendo até a outra face, com uma inclinação entre 30° a 35° em relação ao plano médio da laje
(figura 1).

No entanto, esta superfície pode ser alterada se houver, na laje, a presença de armaduras de combate à
punção. Neste caso existem várias possibilidades de ruína para lajes com armadura de punção. Embora
a ruptura por cisalhamento, considerando-se a laje como sendo uma viga de grande largura, também
seja possível, ela é pouco provável no caso das lajes lisas. Deste modo, desde que algumas condições
sejam respeitadas, existem basicamente três possibilidades de ruptura: na primeira, a superfície de ruína

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Versão junho/2016
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está localizada entre a face do pilar e a armadura de punção; na segunda, ela atravessa a região
transversalmente armada; e, na terceira, ela ocorre além da região transversalmente armada (figura 2).

A técnica de verificação da resistência e do dimensionamento da punção se baseia, portanto, no estudo


de seções de controle.

Primeiramente, verifica-se a ruína entre o pilar e a região da armadura de punção (figura 2a). Esta
análise consiste na avaliação da tensão na biela de concreto na superfície de contorno do pilar, ou da
área carregada, denominado Contorno C. Esta verificação é feita indiretamente através da tensão de
cisalhamento.

A segunda verificação corresponde à ruína por tração diagonal no Contorno C’ correspondente à


região transversalmente armada (figura 2b). Este contorno está localizado a uma distância de 2d do
Contorno C, onde d é a média das alturas úteis da laje, em duas direções ortogonais (figura 3). Caso
haja necessidade, o mecanismo de transferência de carga, por exemplo, da laje para um pilar, poderá
ser reforçado com armadura. Neste caso há mais uma seção crítica a ser verificada: o Contorno C’’
(figura 2c), que é definido em função da disposição da armadura a ser colocada.

dx  dy
d 
2
Figura 3 – Altura útil média da laje

Observação: Para análise e dimensionamento de pilares situados nas bordas e cantos de lajes lisas e
cogumelo consultar as prescrições da NBR 6118 bem como referências bibliográficas
listadas no final deste capítulo.

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2 - PERÍMETROS CRÍTICOS OU DE CONTROLE PARA PILARES INTERNOS

Para pilares internos, os contornos utilizados para os cálculos são sempre completos. As figuras
seguintes podem esclarecer as formas dos contornos utilizadas nas análises da punção.

Figura 4 – Contornos críticos para pilares internos

- Pilares com reentrâncias

Figura 5 – Pilares com reentrâncias

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- Pilares com capitel

No caso de pilares com capitel (engrossamento localizado da laje) devem ser feitas duas
verificações nos contornos críticos C’, que serão dois: C’1 e C’2, conforme a seção mostrada na
figura.

Figura 6 – Pilares com capitel

onde
d – altura útil da laje no Contorno C’2;
dc – altura útil da laje na face do pilar;
da – altura útil da laje no Contorno C’1;
lc – distância entre a borda do capitel e a face do pilar.

Quando:
lc  2(dc – d)  basta verificar o Contorno C’2;

2(dc – d) < lc  2 dc  basta verificar o Contorno C’1;

lc > 2 dc  é necessário verificar os Contornos C’1 e C’2.

- Pilares próximos a abertura na laje

Figura 7 – Aberturas próximas aos pilares

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3 - CÁLCULO DAS TENSÕES SOLICITANTES NAS SUPERFÍCIES CRÍTICAS PARA


PILARES INTERNOS

No caso de existirem momentos em duas direções ortogonais, as tensões solicitantes nas superfícies
críticas são avaliadas por meio de expressões semelhantes à seguinte:
Fsd M sd1 M
 sd   k1  k 2 sd 2
u.d w p1  d w p 2 d
onde
Fsd – força ou reação concentrada de cálculo;
u – valor numérico perímetro do contorno considerado (u0 para C e u para C’).
d - altura útil da laje na seção de verificação;
Msd – momento fletor solicitante de cálculo para cada direção ortorgonal (vide figura 8 abaixo);
k – coeficiente que mede a parcela de cada momento Msd transmitida da laje ao pilar por
cisalhamento;
wp – módulo de resistência plástica, para cada direção, do perímetro crítico em questão.

Para as seções retangulares os valores de k podem ser avaliados em função da relação entre os
comprimentos dos lados da seção C1/C2.
Valores de k
C1/C2 0,5 1,0 2,0 3,0
k 0,45 0,60 0,70 0,80
C1 – dimensão do pilar paralela à excentricidade da força;
C2 – dimensão do pilar perpendicular à excentricidade da força.

Para pilares circulares internos toma-se o valor de k = 0,6.

A figura seguinte esclarece as associações dos momentos com os lados da seção.


1

Figura 8 – Associação dos momentos aplicados com os lados C1 e C2 da seção

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Os módulos de resistências plásticas podem ser avaliados pela expressão seguinte:

u
w p   e  dl
0
onde
dl – comprimento infinitesimal no perímetro u considerado; e
e – distância de dl ao eixo que passa pelo centro do pilar, e em torno do qual atua o momento
em questão.

4 - EXPRESSÕES PRÁTICAS PARA OS PERÍMETROS E OS MÓDULOS DE RESISTÊNCIA


PLÁSTICA DAS SUPERFÍCIES CRÍTICAS PARA PILARES INTERNOS

A seguir serão mostrados os contornos críticos para as situações mais comuns. Além disso, serão
indicadas também as expressões dos parâmetros utilizados na verificação da punção.

Pilares circulares internos

p = distância da face do pilar até a última linha de conectores, ou haste da armadura de punção.
Figura 9 – Contornos críticos para um pilar circular interno

Contorno C
u D
w p  D2
Contorno C’
u    D  4d
w p  D  4d 
2

Contorno C’’
u   D  2p  4d

w p  D  2p  4d 
2

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Pilares retangulares internos

Figura 10 – Contornos críticos para um pilar retangular interno

Contorno C
u  2  C1  C2 
C12
w p1   C1 C 2
2
C 22
w p2   C 2 C1
2
Contorno C’
u  2  C1  C 2   4 d
C12
w p1   C1C 2  4C 2 d  16d 2  2 dC1
2
C 22
w p2   C 2 C1  4C1d  16d 2  2 dC 2
2
Contorno C”
u  2  C1  C 2   4 d  2 p
C12
w p1   C1C 2  4C 2 d  16d 2  2 dC1  2C 2 p  16dp  4p 2   C1p
2
C 22
w p2   C 2 C1  4C1d  16d 2  2 dC 2  2C1 p  16dp  4p 2   C 2 p
2

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5 - TENSÕES RESISTENTES NAS SUPERFÍCIES CRÍTICAS PARA PILARES INTERNOS

Tensão resistente na superfície critica C (perímetro da área carregada)

A tensão resistente da compressão na diagonal do concreto é verificada indiretamente na superfície


crítica C. A tensão atuante sd deverá ser menor que a tensão limite Rd2 dada pela expressão:

 sd   Rd 2  0,27 v f cd

onde
 v  1  f ck / 250 , com fck em MPa;

O valor de Rd2 poderá ser ampliado de 20 %, quando os vãos, que chegam no pilar em questão, não
diferem entre si de mais de 50 %, e se não existirem aberturas junto ao pilar. Este acréscimo é função
do estado múltiplo de tensões junto ao pilar interno. Neste caso:

 Rd 2  0,324 v f cd

Tensão resistente na superfície critica C’

A verificação junto à superfície crítica C’ é dada por:

 sd   Rd 1  0 ,13  kappa  100   f ck 1 / 3 , com fck e o resultado da expressão em MPa.

onde

kappa  1  20 / d   2
   x   y  0 ,02
 
d  d x  d y / 2 - altura útil da laje em centímetro
 - taxa geométrica de armadura de flexão aderente. x e y são taxas de armadura em duas
direções ortogonais entre si. Essas taxas são medidas na largura igual à dimensão da área
carregada do pilar, acrescida de 3d para cada lado do pilar. Quando há proximidade da
borda da laje, prevalece a distância até à borda, quando ela for menor que 3d.

Figura 11 – Seção para o cálculo de

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Se sd  Rd1, haverá necessidade de armadura. Neste caso, a tensão resistente na superfície C’ é dada
por:
d Asw  f ywd  sen
 sd   Rd 3  0,10  kappa 100   f ck 1 / 3  1,5 
sr ud

onde
sr – espaçamento radial entre linhas de armadura transversal, não maior que 0,75d
(sr ≤ 0,75d);
Asw – armadura transversal num contorno completo paralelo a C’;
u – valor numérico do perímetro de contorno considerado;
 – ângulo de inclinação entre o eixo da armadura de punção e o plano da laje;
fywd – resistência de cálculo da armadura de punção, não maior que 300 MPa para conectores,
ou 250 MPa para estribos (CA 50 ou CA 60). Para lajes com espessura maior que 15 cm
esses valores podem ser majorados como:
fywd = 250 MPa, para h ≤ 15 cm
fywd = 250 + 185(h-15)/20 MPa, para 15 < h ≤ 35 cm
fywd = 435 MPa, para h > 35 cm

A armadura de punção (Asw) deverá ser constituída, preferencialmente, por três, ou mais, linhas de
conectores ou pinos (figura 12a), com suas extremidades ancoradas fora do plano da armadura de
flexão (figura 12b). Essa armadura poderá ser constituída também por estribos bem ancorados.

a - Distribuição da armadura de punção b – Posição da armadura de flexão

Figura 12 – Detalhe da armadura de punção

Esta armadura devera ser estendida em contornos paralelos a C’ até que, num contorno C” afastado 2d
do último contorno de armadura, não seja mais necessária armadura, isto é, sd  Rd1.

Portanto, neste caso três verificações devem ser feitas:


- tensão resistente de compressão do concreto no contorno C correspondente á área carregada;
- tensão resistente à punção no contorno C’, considerando a armadura;
- tensão resistente à punção no contorno C”, sem armadura de punção.

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Quando a estabilidade global da estrutura depender da resistência da laje à punção, como é o caso usual
das lajes lisas (ou cogumelo), a NBR 6118 exige uma armadura de punção obrigatória. A área desta
armadura deverá ser capaz de equilibrar, no mínimo, 50 % da força Fsd. Neste caso esta armadura
deverá ser colocada, mesmo que sd seja menor que Rd1.

6 - DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS PARA PILARES INTERNOS

As armaduras de combate à punção devem ser dispostas convenientemente no entorno da região sujeita
à punção, como indicado nas figuras seguintes.

Figura 13 – Distribuição da armadura de punção

A NBR 6118 exige que o diâmetro da armadura de estribos não deve ser superior a h/20, e que esses
estribos tenham contato mecânico com as barras longitudinais.

A eficiência da armadura de punção só será garantida se os espaçamentos entre as barras, ou


conectores, colocados atenderem a espaçamentos máximos entre eles. A figura seguinte mostra, em
corte, os limites dos espaçamentos da armadura de punção. Assim:
s0  0,5d
sr  0,75d
s e  2d
onde
s0 – espaçamento entre a face do pilar e a primeira linha de conectores, ou estribos;
sr – espaçamento radial entre duas linhas de conectores, ou estribos;
se – distância entre si dos conectores, ou estribos, mais afastados do pilar.

Figura 14 – Espaçamento da armadura de punção


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Se, na distribuição da armadura, o limite se não puder ser atendido, parte do Contorno C’’ deverá ser
desprezada na verificação da tensão.

Figura 15 – Redução no cômputo do Contorno C”

A colocação da armadura de punção deverá ser de tal forma que proteja uma área mínima em planta.
Este contorno mínimo dista 2d a partir da face do pilar, conforme a figura seguinte.

Figura 16 – Área mínima de colocação da armadura de punção em torno de um pilar interno

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A NBR 6118 exige que se coloque uma armadura para garantir a ductilidade local, a qual protege
contra o colapso progressivo. Para tal a armadura de flexão inferior, que atravessa o Contorno C, deve
estar ancorada além do Contorno C’ ou C”. E esta armadura deve ser calculada pela expressão
indicada adiante, onde a força Fsd poderá ser majorada considerando f = 1,2.
1 ,5 Fsd
As ,ccp 
f yd
Onde
As,ccp – somatória de todas as áreas das barras que cruzam todas as faces do pilar.
fyd – valor de cálculo da tensão de escoamento do aço

ou C”

Figura 17 – Armadura contra colapso progressivo

A figura abaixo ilustra detalhes dos conectores a serem utilizados como armadura de punção.

Figura 18 – Detalhes dos conectores

Referências bibliográficas:

1 – Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Projeto de Estruturas de Concreto –


Procedimento (NBR 6118:2014). Rio de Janeiro, 2014, 238p.

2 – IBRACON, “ABNT NBR 6118:2014 Comentários e Exemplos de Aplicação”, Outubro, 2015.

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Exemplo 1

Dimensionar à punção os pilares internos do pavimento mostrado na figura abaixo. A carga total
aplicada na laje é igual a 10 kN/m2. Para o cálculo dos esforços foi utilizado o processo dos pórticos
equivalentes. Devido à dupla simetria, foram definidas apenas duas faixas de projeto. As reações nos
pilares são apresentadas na tabela.

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O dimensionamento da laje foi feito de acordo com as recomendações da nova NBR 6118. Adotou-se:

Os detalhamentos das armaduras positivas e negativas na direção X estão indicados nas figuras a
seguir, lembrando que foi utilizada a dupla simetria do pavimento.

De posse desses detalhamentos, e com os esforços nos pilares, pode-se iniciar a verificação da punção.

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Solução:

Em função da dupla simetria pode-se ver que os esforços solicitantes nos pilares internos são iguais.
Por isso basta verificar apenas um deles.

Pilar P6 (40x40)
1) Carregamento de cálculo
FSd  1,4 x 252 ,74  353 ,84 kN
M Sd 1  M Sd 2  1,4 x 42 ,38  59 ,33 kNm  5933 kN .cm

2) Verificação do contorno da área carregada - contorno C

▪ Tensão resistente  Rd 2

 f ck  f ck  30  30
 Rd 2  0 ,27 .  v 2 . f cd  0 ,27 x  1    0 ,27  1    5 ,09 MPa
 250  1 ,4  250  1 ,4
▪ Tensão atuante  Sd
Geometria : d  15 cm

c1  c 2  40 cm  k1  k 2  0 ,60
u  4 x 40  160 cm

40 2
w p1  w p 2   40 x 40  2400 cm 2
2
F M Sd 1 M Sd 2 F M Sd 1
 Sd  Sd  k 1  k2  Sd  2 k 1
u .d w p1 . d w p2 . d u .d w p1 . d
353 ,84 5933
 Sd   2 x 0 ,6  0 ,147  0 ,198  0 ,345 kN / cm 2
160 . 15 2400 . 15
 Sd  3 ,45 MPa   Rd 2  5 ,09 MPa OK! ! !

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3) Verificação do contorno C’ (distante 2d da área carregada)

▪ Tensão resistente  Rd 1

 20   20 
kappa   1    1   2,154  2  kappa  2
 d   15 
14 x 0 ,8
x  y     0 ,0057
15 x 40  2 x 3 x 15 
 Rd 1  0 ,13 x kappa x 100 .  . f ck 
1
3 
 Rd 1   0 ,13 x 2 x 100 . 0 ,0057 . 30 
1
3  0 ,67 MPa
▪ Tensão atuante  Sd

Geometria:
u  4 x 40   2 x 30  348 ,5 cm
40 2
w p1   40 x 40  4 x 40 x 15  16 x 15 2  2 x 40 x 15  12170 cm 2
2
353 ,84 5933
 Sd   2 x 0 ,6  0 ,068  0 ,035  0 ,107 kN / cm 2
348 ,5 . 15 12170 . 15
  Sd  1,07 MPa   Rd 1  0,67 MPa  armar a punção !!!

 20  d Asw . f ywd . sen 


 Sd  0 ,10 x  1  x 100 .  . f  1
3  1 ,5 x
d 
ck
 Sr u .d

0 ,10 d Asw . f ywd . sen 


1 ,07 MPa  0 ,67 x  1 ,5 .
0 ,13 sr u .d
1,07  0 ,515 . sr . u . d 1,07  0 ,515 . sr . u
Asw  
1,5 . d . f ywd . sen  1,5 . f ywd . sen 

sr  0 ,75 d  11,25 cm  sr  10 cm

  90   sen   1
 3 
Armadura CA 60  f ywd  250  185 .    277 ,75 MPa
 20 
1,07  0 ,515  . 10 . 348 ,5
Asw   4 ,64 cm 2  16  6 ,3 mm
1,5 . 277 ,75

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Detalhamento

4) Verificação do contorno C’’ (distante 2d da última linha de armadura)

▪ Tensão resistente  Rd 1

 Rd 1   0 ,13 x 2 x 100 . 0 ,0057 . 30 


1
3  0 ,67 MPa
▪ Tensão atuante  Sd

Geometria:
u  2 x 4 x 40   2 . 37  30   580 ,97 cm
40 2
w p1   1600  4 x 40 x 15  16 x 15 2  2 x 40 x 15  2 x 40 x 37 
2
16 x 15 x 37  4 x 37 2   x 40 x 37  34055 ,47 cm 2
353 ,84 5933
 Sd   2 x 0 ,6  0 ,041  0 ,014  0 ,055 kN / cm 2
580 ,97 . 15 34055 ,47 . 15

  Sd  0 ,55 MPa   Rd 1  0 ,67 MPa OK ! ! !

5) Verificação do Colapso Progressivo


As ,ccp . f yd  1,5 FSd
1 ,5 F Sd 1 ,5 x ( 1 ,2 x 252 ,74 )
 As ,ccp    10 ,46 cm 2
f yd 43 ,5

Devem ser colocadas 2 x 4  10 mm (16 seções ao todo) sobre o pilar, na face inferior da laje, e
ancoradas além de C’’
.

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Exemplo 2

A laje lisa, mostrada na figura, não contém armadura de punção. Determinar qual o máximo valor
da carga vertical de serviço que a laje pode descarregar sobre o pilar para que com os momentos
fletores de serviço indicados não ocorra ruptura da mesma em torno do pilar.
Linha de
centro

22 kN.m
Dados: Espessura da laje h = 25 cm
40 kN.m Altura útil média da laje d = 21 cm
25 Linha de centro
x = y = 0,015
Concreto fck = 30 MPa
25 25

Planta – (medidas em cm)

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Solução:

1) Verificação do contorno da área carregada - contorno C

▪ Tensão resistente  Rd 2

 f ck  f ck  30  30
 Rd 2  0 ,27 .  v 2 . f cd  0 ,27 .  1    0 ,27  1    5 ,09 MPa
 250  1 ,4  250  1 ,4

▪ Tensão atuante  Sd
M Sd 1  1,4 x 40  56 kNm  5600 kN .cm
M Sd 2  1,4 x 22  30 ,8 kNm  3080 kN .cm

Geometria : d  21 cm

c1  50 cm
c 2  25 cm
c1
 2 ,0  k 1  0 ,7
c2
c2
 0 ,5  k 2  0 ,45
c1
u  2 x 25  50   150 cm

50 2
w p1   25 x 50  2500 cm 2
2
25 2
w p2   25 x 50  1562 cm 2
2
F Sd M Sd 1 M Sd 2
 Sd   k1  k2   Rd 2
u .d w p1 . d w p2 . d

F Sd 5600 3080
 Sd   0 ,7  0 ,45  0 ,509 kN / cm 2
150 . 21 2500 . 21 1562 . 21

 F Sd  1234 ,8 kN  F  1234 ,8  882 kN


1 ,4

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2) Verificação do contorno C’ (distante 2d da área carregada)

▪ Tensão resistente  Rd 1

 20   20 
kappa   1   1  1 ,976  2  kappa  1 ,976
 d   21 
 Rd 1  0 ,13 x kappa x 100 .  . f ck 
1
3 
 Rd 1   0 ,13 x 1 ,976 x 100 . 0 ,015 . 30 
1
3  0 ,914 MPa
▪ Tensão atuante  Sd

M Sd 1  1,4 x 40  56 kNm  5600 kN .cm


M Sd 2  1,4 x 22  30 ,8 kNm  3080 kN .cm

Geometria:
u  2 x25  50   4 x 21  413 ,9 cm
50 2
w p1   25 x 50  4 x 25 x 21  16 x 21 2  2 x 21 x 50  18253 cm 2
2
25 2
w p2   25 x 50  4 x 50 x 21  16 x 21 2  2 x 21 x 25  16117 cm 2
2

F Sd M Sd 1 M Sd 2
 Sd   k1  k2   Rd 1
u .d w p1 . d w p2 . d

F Sd 5600 3080
 Sd   0 ,7  0 ,45  0 ,0914 kN / cm 2
413 ,9 . 21 18253 . 21 16117 . 21

 F Sd  670 ,15 kN  F  670 ,15  478 ,7 kN


1 ,4

Máximo valor da carga vertical de serviço = 478,7 kN

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