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JOSÉ CASADO

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Por trás da crise, a disputa pelo controle do PSL


O clã prevê concentrar interesses no Rio e mais 30 dos maiores colégios eleitorais

19/02/2019 - 00:00 / Atualizado em 19/02/2019 - 06:51

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A crise tem nome, Jair. Bolsonaro é o sobrenome do clã político que molda
um projeto de poder desde a chegada do patriarca à Presidência. Um dos
objetivos é a preparação do terreno para a próxima temporada eleitoral.
Dentro de 20 meses acontecem eleições em 5,6 mil municípios e, desta vez,
sem coligação partidária. O clã prevê concentrar interesses no Rio e mais
30 dos maiores colégios eleitorais.

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Requisito elementar é controlar o partido, decidir a partilha dos fundos


públicos e as alianças regionais.

O PSL tinha um par de votos na Câmara. Agora possui a segunda maior


bancada, com 52 deputados. O “efeito Bolsonaro” se refletiu no caixa: o PSL
terá 18 vezes mais dinheiro do Tesouro Nacional. Era empresa com
faturamento anual de R$ 6 milhões, alcançando R$ 15 milhões nas safras
eleitorais. Se tornou um negócio de R$ 110 milhões por ano, com chance de
chegar a R$ 200 milhões.

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Há um ano, o clã abandonou subitamente o Patriota/PEN, ligado à


Assembleia de Deus, e migrou para o PSL, do advogado Luciano Bivar,
autor de “Psicoses socialistas”.
Numa “convergência de pensamentos”, como definiu Bivar, a família de
políticos obteve “garantias reais”— na definição do vereador Bolsonaro —
sobre controle do caixa e dos diretórios em 23 estados.

Bivar se contentou com a presidência do partido e domínio de 15% do


fundo eleitoral. Seu vice no PSL é Gustavo Bebianno, ex-coordenador da
campanha presidencial. Ontem Bebianno foi demitido, num confronto
público com o patriarca e seus filhos, que permeia o controle do partido e o
projeto de poder do clã. Todos, com certeza, têm razão.

A curadoria militar do governo Bolsonaro se completa com o substituto de


Bebianno, o sexto general a comandar mesa no Planalto. Na ilha civil resta
o deputado Onyx Lorenzoni.

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Porém, essa crise envolve manipulação de fundos na campanha eleitoral. E


ninguém, ainda, esclareceu as obscuras transações com o dinheiro público.
Entre elas, o custo de R$ 33 mil por voto no PSL, agora um milionário
objeto de desejos.

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