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enfermagem

em portugal

ordem dos enfermeiros


2008
Mensagem
da Presidente

Caros cidadãos,
Caros colegas,

No ano em que a Ordem dos Enfermeiros (OE) comemora o seu 10º Aniversário - o
Decreto-lei que lhe deu origem data de 21 de Abril de 1998 -, é com todo o prazer
que damos a conhecer, através desta brochura, um pouco da história da Enfermagem
portuguesa e da própria OE. Procurámos, igualmente, esclarecer os nossos leitores sobre as atribuições da Ordem dos
Enfermeiros, os seus órgãos e, deste modo, contribuir para aproximar os enfermeiros da sua Ordem, reforçar a mais-valia
dos cuidados de Enfermagem e fortalecer a proximidade entre a população, enfermeiros e a OE.

A criação da Ordem dos Enfermeiros foi uma aspiração dos vários milhares de enfermeiros que, ao longo de décadas,
foram trabalhando e unindo esforços para que esse desejo se realizasse. Tudo para que o exercício da Enfermagem fosse
devidamente regulado e que a auto-regulação seja um instrumento de desenvolvimento da profissão, mas sobretudo um
instrumento para a melhoria da qualidade dos cuidados de Enfermagem a que os cidadãos têm direito.

Foi a conjugação de esforços entre enfermeiros e as suas organizações profissionais, assim como o reconhecimento
político da importância que a profissão reveste para a sociedade portuguesa, que permitiu a verificação, à profissão, da
sua capacidade de melhor defender o interesse dos cidadãos através da devolução de poderes que só uma Associação
de Direito Público pode acolher.

Por isso, a todos - colegas, organizações profissionais e responsáveis políticos - deixo aqui uma palavra de profundo
agradecimento.

Tendo tido o privilégio de, desde o primeiro momento, ter participado na «edificação» da OE, é com bastante agrado que
constato o seguinte: nestes 10 anos de actividade, a Ordem dos Enfermeiros tem desenvolvido, tanto a nível nacional
como internacional, um permanente esforço em fortalecer o valor acrescido que os cuidados de Enfermagem significam
para o global da melhoria do estado de saúde dos cidadãos, pelo reforço da participação efectiva dos enfermeiros a todos
os níveis do sistema de saúde.

O objectivo tem sido sempre o de aperfeiçoar os «instrumentos» éticos e deontológicos de que os enfermeiros podem
dispor no seu dia-a-dia, bem como o de investir no desenvolvimento profissional dos colegas, pugnando por uma Enfer-
magem cada vez mais próxima e adequada às necessidades - complexas - da população.

Penso que a Ordem dos Enfermeiros tem cumprido esse objectivo. Enquanto Bastonária da Ordem dos Enfermeiros,
assumo o compromisso dos actuais órgãos sociais darem continuidade ao trabalho desenvolvido, consolidando-o, mas
também evoluindo com novas abordagens, perspectivas e propostas.

Contamos com os contributos de todos - colegas e cidadãos - para podermos consultar as várias etapas deste «caminho».
Tudo «Pela Qualidade da Saúde».

Maria Augusta Sousa


Bastonária da Ordem dos Enfermeiros


a saúde
em portugal

Portugal é o país mais ocidental da Eu- Como ficou patente nos parágrafos iniciais
ropa continental, confinado pelo Oceano desta brochura, o principal prestador de
Atlântico e pela fronteira com Espanha. Foi cuidados de saúde é o Estado, através das
fundado em 1143 pelo rei D. Afonso Hen- instituições públicas de saúde que com-
riques e a sua capital é Lisboa. A adesão à põem o Serviço Nacional de Saúde. Exis-
União Europeia ocorreu em 1985. tem no entanto, situações em que o SNS
Como é sabido, desde 1974 vivemos em estabelece contratos (convenções) com
democracia parlamentar. A Constituição instituições dos sectores privado e social,
da República Portuguesa que resultou do para a prestação de serviços específicos.
novo sistema político contempla a Saúde Nos últimos anos, tem-se assistido a um
como um direito social de todos os portu- acréscimo de oferta por parte do sector
gueses, sendo concretizado «através de privado, baseadas em seguros privados de
um serviço nacional de saúde universal e saúde.
geral e, tendo em conta as condições eco-
nómicas e sociais dos cidadãos, tenden- ALGUNS DADOS DEMOGRÁFICOS SOBRE

cialmente gratuito». A POPULAÇÃO PORTUGUESA


Fonte: INE, 2007, Anuário Estatístico de Portugal 2006 / Revista de
Assim, em 1979 surgiu o Serviço Nacional
Estudos Demográficos nº 42
de Saúde (SNS), entidade através do qual
o Estado Português assume a responsa-
ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA À NASCENÇA:
bilidade de zelar pela protecção da saúde
Homens: 75,18
individual e colectiva. As instituições de
Mulheres: 81,75
saúde que integram o SNS dedicam-se à
Média: 78,5
prestação de Cuidados de Saúde Primários
(centros de saúde) e Secundários (hospi-
tais, institutos públicos, etc.)., sempre com
Taxa Bruta de natalidade: 10 nascimentos / 1000 habitantes
o intuito de promover a saúde, prevenir,
Taxa Bruta de mortalidade: 9,6 mortes / 1000 habitantes
tratar e vigiar a doença. A componente for-
Taxa de mortalidade infantil: 3,3 mortes / 1000 nados-vivos
mativa dos futuros e actuais profissionais
de saúde também está presente numa par- ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO RESIDENTE

te significativa das unidades do SNS. Populção 0 - 14 15 - 64 65 +


total anos anos anos
Em termos globais, podemos afirmar que o 1 637 7 132 1 828
Portugal 10 599 095
637 841 617
Sistema de Saúde Português é composto
1 546 6 797 1 766
Continente 10 110 271
por três componentes: SNS – financiado 450 676 145
2 577
pelo Orçamento Geral do Estado (impos- Norte 3 744 341 603 704 563 506
131
tos), os sub-sistemas de saúde que ainda 1 564
Centro 2 385 891 338 852 482 323
716
persistem (sistemas públicos e privados de
1 889
Lisboa 2 794 226 438 501 465 946
saúde baseados em seguros específicos 779

para determinadas profissões) e o serviços Alentejo 764 285 102 042 487 182 175 061
Algarve 421 528 63 351 278 868 79 309
prestados por seguros privados aos quais Açores 243 018 46 904 165 916 30 198
as pessoas aderem voluntariamente. Madeira 245 806 44 283 169 249 32 274


a enfermagem
em portugal

Ao longo dos últimos anos, a Enfermagem Em 1860 surgiu a Enfermagem Moderna, Os anos 40 trouxeram a criação de alguns
em Portugal conheceu uma grande evolu- com Florence Nightingale. Em Portugal, cursos de aperfeiçoamento em determi-
ção, quer quanto à formação pré-gradu- existia um grupo indiferenciado de pessoas nadas áreas da Enfermagem como activi-
ada, quer no que respeita ao aumento da que trabalhavam em hospitais e asilos, aos dades de formação contínua – Psiquiatria,
complexidade e ao reconhecimento desta quais se juntavam grupos de religiosas. Puericultura e Saúde Pública.
actividade profissional. O Decreto-lei nº 31:913 de 12 de Março de
Nas últimas duas décadas do séc. XIX sur- 1942 estabeleceu que a Enfermagem só
Existem referências à existência de enfer- giram cursos especificamente concebidos podia ser exercida por mulheres solteiras
meiros em Portugal numa data que antece- para formar enfermeiros. O primeiro foi ou viúvas sem filhos. Proibiu-se o exercício
de em 23 anos a formação do próprio país criado em 1881 nos Hospitais da Univer- público da profissão a quem não tivesse
(1143), ou seja, em 1120. Nessa altura, os sidade de Coimbra. Os cuidados de Enfer- um diploma.
relatos vindos de outras partes do mundo magem começaram a corresponder a um Em 1950 realizou-se a I Reunião Nacional
davam conta que os cuidados de Enferma- trabalho técnico assistencial. dos Profissionais de Enfermagem. O ensi-
gem eram prestados por monges e freiras. no foi alvo de nova reestruturação, com a
Na década de 30 do séc. XX, e apesar da
instituição do Estado Novo, deu-se início
ao movimento sindical com o Sindicato
Profissional dos Enfermeiros da Região Sul
e, posteriormente, com o Sindicato Profis-
sional dos Enfermeiros da Região Norte.
Uma das primeiras reivindicações sindicais
incidiu sobre os riscos corridos pelos en-
fermeiros devido à falta de protecção da
sua integridade física. Mais tarde, sugeriu-
se a elaboração de um Código Profissional aprovação do Regulamento das Escolas
de Enfermagem integrado num Código da de Enfermagem, entre outros documen-
Saúde. tos. O Curso Geral de Enfermagem passou
Por esta altura também foi instituído o re- para três anos e as escolas passaram a ter
gime das «90 velas», ou seja, um período autonomia técnica e administrativa.
trimestral de trabalho nocturno. Apesar de um número considerável de es-
colas, o número de diplomados não era ele-
vado porque ¾ dos alunos preferiam inter-
O primeiro manual de Enfermagem portu- romper a sua formação para desempenhar
guês – a Postilla Religiosa e arte de enfer- funções de auxiliares de Enfermagem.
meiros – foi descoberto há relativamente Em 1955 foi criada uma comissão de estu-
poucos anos e data de 1741. O seu autor, do para elaborar um programa de fomento
Frei Diogo de Santiago, pertenceu à con- da Enfermagem. A pouca consideração
gregação de São João de Deus e testemu- social e os baixos salários foram aponta-
nha a forte ligação entre a profissão e as dos como os principais motivos para a fal-
confissões religiosas. ta de profissionais.


Foi igualmente na década de 50 que se Em 1973 realizou-se o I Congresso Na- Enfermagem, conduzindo à assunção dos
começou a festejar o Dia da Enfermagem cional de Enfermagem, uma iniciativa que enfermeiros aos corpos especiais da Fun-
Portuguesa, a 8 de Março, aniversário da defendeu a integração do ensino da En- ção Pública.
morte de S. João de Deus, patrono da fermagem no sistema educativo nacional Em 1988, o Decreto-lei nº 480/88 de 23
Enfermagem. e no Ensino Superior, bem como a defesa de Dezembro integrou o Ensino da Enfer-
do estatuto profissional. Debateu-se, pela magem no Sistema Educativo Nacional,
Nos anos 60 terminou a proibição do casa- primeira vez, a possibilidade de existir uma no subsistema Politécnico. Esta alteração
mento das enfermeiras e o Decreto 46:448 Ordem dos Enfermeiros. transformou o curso em bacharelato.
de 20 de Julho de 1965 instaurou uma nova Em 1974, ano da Revolução de Abril, exis-
reestruturação do ensino de Enfermagem, tiam em Portugal cerca de 3 mil enfermei-
resultante da acção desenvolvida por um ros e 15 mil auxiliares de Enfermagem, cur-
grupo de trabalho onde se incluiu Mariana so que na época exigia menos tempo de
Diniz de Sousa (que mais tarde veio a ser formação. No ano seguinte, as instituições
a primeira Bastonária da OE). O diploma de ensino deixaram de ministrar cursos
defendia, entre vários aspectos, que o en- para auxiliares de Enfermagem.
sino da Enfermagem deveria ser feito por Foi ainda criado o Curso de Promoção
enfermeiros. de Auxiliares de Enfermagem a Enfermei-
ro que permitiu que a profissão se cons-
tituísse com um único nível de formação. A década de 90 do séc. XX trouxe grandes
Actualmente existe um número bastante conquistas aos enfermeiros portugueses: o
residual desses profissionais, pessoas que regime de trabalho passou a ser de 35 ho-
optaram por não fazer a formação adicio- ras semanais, tendo como opção o regime
nal para aceder à carreira de Enfermagem de horário acrescido (42h).
e que permanecem em vagas a extinguir Por sua vez, o Decreto-lei nº 437/91 de 8
quando vagarem. de Novembro criou uma nova Carreira da
No final da década assistiu-se a uma valo- Enfermagem, definindo três áreas de ac-
rização financeira e social dos profissionais tuação: prestação de cuidados, gestão e
de Enfermagem e ao nascimento do SNS assessoria.
(1979), que consagrou o direito à saúde
como um bem universal e gratuito. Os primeiros mestrados em Ciências de
Enfermagem iniciaram-se em 1992 e pre-
Em 1981 foi publicado o Decreto-lei 305/81, sentemente existem três programas regu-
Por sua vez, o Decreto-lei 48:166 de 27 de diploma da Carreira de Enfermagem que lares de doutoramento.
Dezembro de 1967 definiu a estruturação instituiu uma carreira única para todos os Até ao final da década de 90 houve uma di-
das carreiras em Enfermagem Hospitalar, enfermeiros e definiu cinco categorias pro- minuição nos numerus clausus e no apoio
de Saúde Pública e a do Ensino. As remu- fissionais, entre as quais a de enfermeiro financeiro às escolas. Por conseguinte,
nerações e a carga horária semanal eram especialista. a formação de enfermeiros foi reduzida
diferentes nas três carreiras. Quatro anos mais tarde, o Decreto-lei nº significativamente e começou a notar-se
Em 1968 surgiu a Associação Portuguesa 178/85 de 23 de Maio veio melhorar os carência destes profissionais em alguns
de Enfermeiros. diplomas anteriores relativos à Carreira de serviços.


Tentando responder a uma lacuna legisla- e disciplina da prática dos enfermeiros, em graduada em Enfermagem passasse a ser
G1
tiva - visto que o exercício profissional da termos de assegurar o cumprimento das assegurada pelo Curso de Licenciatura em
60000
Enfermagem não dispunha ainda de um normas deontológicas que devem orientar Enfermagem (quatro anos), com um acrés-
54220

instrumento jurídico contendo a sua ade- a profissão, garantindo a prossecução do cimo


50000
significativo de competências ao nível
quada regulamentação - o Governo do inerente interesse público e a dignidade do da gestão44037
de serviços de saúde, formação
Eng. António Guterres aprovou, em 1996, o exercício da Enfermagem». O mesmo di- e40000
investigação em Enfermagem.
Regulamento do Exercício Profissional dos ploma contemplou, em anexo, o Estatuto Actualmente, o Curso de Licenciatura em
30000
Enfermeiros. O Decreto-lei nº 161/96 de 4 da OE, documento que integra o Código Enfermagem é ministrado em Escolas Su-
de Setembro veio regulamentar a profissão, Deontológico do Enfermeiro. periores
20000 de Enfermagem e Escolas Supe-
clarificando conceitos, intervenções e fun- riores de Saúde, públicas
10183 ou privadas, num
10000
ções, bem como os aspectos básicos dos Este novo enquadramento da profissão total de 42 estabelecimentos. O desenvol-
direitos e deveres dos enfermeiros. permitiu, que em 1999 a formação pré- vimento
0
científico e técnico das ciências
Feminino Masculino Total

G2
Em 1998, o momento ambicionado por vá- G1 Caracterização dos enfermeiros inscritos
na ordem dos Enfermeiros a60000
31 de dezembro de
G22007
rias gerações de enfermeiros tornou-se
60000 uma
G3
54228

G1 54220
realidade. A 21 de Abril foi publicado em Diá­ Distribuição por género 50000
enfermeiros60000 46443
nacionais e estrangeiros
60000 60000 54228
50000
rio da República o Decreto-lei nº 104/98, di-44037 54220 40000
50000
54220
46443
52085
ploma que permitiu a criação da Ordem
40000 dos 50000 50000
30000
44037 40000
Enfermeiros. Surgiu, assim, a «associação 20000
40000 40000 30000
profissional de direito público que,30000
em Por- 10000 7785
20000
tugal», é responsável pela «regulamentação
20000 30000 30000
1233 1196 1898 1275 1247 936
0
10000 7785

Enfermagem de
Reabilitação

Enfermagem de Saúde
Infantil de Pediátrica

Enfermagem de Obstetrícia e
Saúde Materna

Enfermagem
Médico-Cirúrgica

Enfermagem
Comunitária
Pediátrica Mental e
Psiquiátrica

Subtotal

Enfermeiros de
Cuidados Gerais

Total
10183 1233 1196 1898 1275 1247 936
10000 20000 20000
0

Enfermagem
de
Reabilitação

Enfermagem de Saúde

Enfermagem de Obstetrícia e
Saúde Materna

Enfermagem
Médico-Cirúrgica

Enfermagem
Comunitária

Enfermagem Mental e
Psiquiátrica

Subtotal

Enfermeiros de
Cuidados Gerais

Total
Enfermagem
10183
0 10000 10000
Feminino Masculino Total

Infantil de
2135

0 0
Feminino Masculino Total
Portugueses Estrangeiros Total

G3 G2
G1 Títulos G4
Distribuição por nacionalidades
As 14 mais representadas
60000
60000 54228
60000 G3 2500 G5
54220 54220 G4
50000 46443 60000 2135
52085 54220
50000 60000 2000 2500
50000
40000 54220 50000
44037 2135
52085 1362
40000 50000 1500
40000 2000
40000 30000 34245

30000 1362
20000 1000 1500
30000 40000
30000 20000
10000 7785
500 7578 1000 7915
1233 1196 1898 1275 1247 936 10000
20000 30000 197
20000
0 73
391016 708 58 2445
71 16 38 313
40 26 14 27 38 16
Enfermagem de
Reabilitação

Enfermagem de Saúde
Infantil de Pediátrica

Enfermagem de Obstetrícia e
Saúde Materna

Enfermagem
Médico-Cirúrgica

Enfermagem
Comunitária

Enfermagem Mental e
Psiquiátrica

Subtotal

Enfermeiros de
Cuidados Gerais

Total

00 500
GUINEENSE
APOSENTADOS

DE
SAÚDE

DE ENSINO
DE ENFERMAGEM

ESTABELECIMENTOS
PRIVADOS DE SAÚDE

EXERCÍCIO
LIBERAL

FRANCESAHOSPITAIS

NÃO
DECLARADA

Total
Total
SÃO TOMENSE
ALEMÃ

ANGOLANA

BRASILEIRA

ESPANHOLA
ESTAB. FRANCESA

HOLANDESA

INGLESA

MOLDAVA

PERUANA

RUSSA

UCRANIANA

VENEZUELANA
10183 197
10000 20000
CENTROS

10000 39 73 71 58 16 38 40 26 14 27 38 16
2135 0 ACTIVIDADE
GUINEENSE

Total
SÃO TOMENSE
ALEMÃ

ANGOLANA

BRASILEIRA

ESPANHOLA

HOLANDESA

INGLESA

MOLDAVA

PERUANA

RUSSA

UCRANIANA

VENEZUELANA
0 10000
0
Feminino Masculino Total Portugueses Estrangeiros Total2135

0
Portugueses Estrangeiros Total

G3 G5 G6
G4 G7
60000
54220
60000

60000
60000 2500 G5 G6
54079

54220 50000 2000 2007


54220
60000 2135
52085 54220 50000
50000
40000 60000
50000 2000 34245
487

50000
39 73 71 58 16 38 40 26 14 27 38 16

En

En
Enferma
40000
0

GUINEENSE

Total
SÃO TOMENSE
ALEMÃ

ANGOLANA

BRASILEIRA

ESPANHOLA

FRANCESA

HOLANDESA

INGLESA

MOLDAVA

PERUANA

RUSSA

UCRANIANA

VENEZUELANA
10000
30000
G3 G4
2135
20000
0
60000 G4 2500 A ORDEM DOS
Portugueses Estrangeiros 54220
Total
10000
2500
50000
52085
1233 1196 1898 1275 1247 936
7785

2000
ENFERMEIROS 2135

2135
0
2000

Enfermagem de
Reabilitação

Enfermagem de Saúde
Infantil de Pediátrica

Enfermagem de Obstetrícia e
Saúde Materna

Enfermagem
Médico-Cirúrgica

Enfermagem
Comunitária

Enfermagem Mental e
Psiquiátrica

Subtotal

Enfermeiros de
Cuidados Gerais

Total
1362
G5por Sector de Actividade G6
Distribuição
40000
1362
de Enfermagem 1500
é da responsabilidade ex- Em 21 de Abril de 1998, o Estado Portu-
60000
1500 54220
clusiva dos enfermeiros.
60000
1000
guês criou a Ordem dos Enfermeiros (OE).
50000
30000
1000 Portugal integrou
50000
o conjunto de 27 países Ao 54220
fazê-lo, o Governo que tinha como
40000 500
20000
34245
que assinaram a Declaração
197 de Bolonha, Ministra da Saúde a Dr.ª Maria de Belém
500 40000 39 73 71 58 16 38 40 26 14 27 38 16
30000 36692
197 que se encontra em
0 fase avançada de im- Roseira reconheceu que, entre outros, os
39 73 71 58 16

GUINEENSE
38 40 26 14 16

Total
27 38

SÃO TOMENSE
ALEMÃ

ANGOLANA

BRASILEIRA

ESPANHOLA

FRANCESA

HOLANDESA

INGLESA

MOLDAVA

PERUANA

RUSSA

UCRANIANA

VENEZUELANA
20000 30000
10000
0 G4 plementação. Nesse sentido, grande parte «enfermeiros constituem, actualmente,
GUINEENSE

7915

Total
SÃO TOMENSE
ALEMÃ

ANGOLANA

BRASILEIRA

ESPANHOLA

DE ENFERMAGEMFRANCESA

HOLANDESA

EXERCÍCIO INGLESA
MOLDAVA

PERUANA

RUSSA

UCRANIANA

VENEZUELANA
7578
10000 2135
25000 1016 708 2445
313 das escolas já iniciaram a adequação do
20000 uma comunidade profissional e científica
0
Portugueses Estrangeiros Total 2135 curso ao Processo de 7560
Bolonha, com 240 da
7871 maior relevância no funcionamento do
APOSENTADOS

CENTROS DE
SAÚDE

ESTAB. DE ENSINO

ESTABELECIMENTOS
PRIVADOS DE SAÚDE

LIBERAL

HOSPITAIS

ACTIVIDADE NÃO
DECLARADA

Total
10000
2000
créditos (ou seja,0 com quatro
717 anos
16 de
11 du-
781 572 sistema de saúde e na garantia do aces-
1362

ASSESSORIA-
-CONSULTADORIA
PRESTAÇÃO

APOSENTADOS
DE CUIDADOS

NÃO DECLARADA
INVESTIGAÇÃO
EDUCAÇÃO-
-FORMAÇÃO

OUTRA
GESTÃO
ração). As implicações deste processo de so da população a cuidados de saúde de

Total
1500
G5 G6
60000 G6 54220
adequação são um importante desafio à qualidade, em especial em cuidados de
1000 60000
50000
Distribuição por área de exercício consecução de um Plano Estratégico para Enfermagem». Assim, pela necessidade de
60000 54220
500
40000 o Ensino da Enfermagem
50000
em Portugal, se proceder à regulamentação e controlo
197 G7 34245 54220
50000 39 73 71 58 16 38 40 26 14 27 38 16
consentâneo com G8
40000 o desenvolvimento da do exercício profissional dos enfermeiros,
300000
60000 36692
GUINEENSE

54079

Total

profissão em Portugal. foi criada a OE, entidade que representa os


SÃO TOMENSE
ALEMÃ

ANGOLANA

BRASILEIRA

ESPANHOLA

FRANCESA

HOLANDESA

INGLESA

MOLDAVA

PERUANA

RUSSA

UCRANIANA

VENEZUELANA

40000 2000 2007


20000 36692 60000
30000
50000
30000
7578 7915
50000 diplomados
54220
em Enfermagem que exercem
37487

10000
2445 20000
40000 1016 708 313
Ainda no âmbito dos pressupostos do Pro-
40000 a sua profissão em Portugal.
20000 0 7560 7871
DE CUIDADOSAPOSENTADOS

8388 CENTROS DE
SAÚDE

ESTAB. DE ENSINO
DE ENFERMAGEM

ESTABELECIMENTOS
PRIVADOS DE SAÚDE

EXERCÍCIO
LIBERAL

HOSPITAIS

ACTIVIDADE NÃO
DECLARADA

Total

10000
30000 cesso de Bolonha
30000 (valorização da forma-
22327

7560 7871 717 3002816 781 572


10000 11
ção ao longo da vida),
0 a formação especia- O desígnio fundamental da Ordem dos
15393
16459

20000 20000

ASSESSORIA-
-CONSULTADORIA
PRESTAÇÃO

APOSENTADOS
DE CUIDADOS

NÃO DECLARADA
INVESTIGAÇÃO
EDUCAÇÃO-
-FORMAÇÃO

OUTRA
GESTÃO
781

Total
G6717 16 11 572 15973
11326

11894

0
lizada que, actualmente apenas pode ser
8219 Enfermeiros consiste em «promover a
SulASSESSORIA-
-CONSULTADORIA
PRESTAÇÃO

APOSENTADOS

NÃO DECLARADA
INVESTIGAÇÃO
EDUCAÇÃO-
-FORMAÇÃO

OUTRA
GESTÃO

Total

10000
10000
60000 realizada ao nível de pós-graduação em defesa da qualidade dos cuidados de En-
1821
1578

1329
1051

0
54220 Bacharelato Licenciatura Outro Total
0
50000 estabelecimentos de ensino, poderá vir a fermagem prestados à população, bem
Madeira
Centro

Açores
Norte

Total

Região
G7 ser adquirida pela certificação de compe- como o desenvolvimento, a regulamen-
Evolução
40000
36692 do nº de enfermeiros registados G8
60000
G8 tências práticas e teóricas adquiridas pelo tação e o controlo do exercício da profis-
54079

30000 2000 2007


60000
50000 Enfermeiro no seu percurso profissional. são de enfermeiro, assegurando a obser-
54220
60000 50000
20000
A regulação profissional, pelos poderes vância das regras de ética e deontologia
37487

40000 54220
50000
10000
7560 7871
que, com a criação
40000
da Ordem, foram devol- profissional».
30000
40000 781
717 572
vidos à profissão,
30000
constitui-se 30028
como pilar
22327

16 11
0
ASSESSORIA-
-CONSULTADORIA
PRESTAÇÃO

APOSENTADOS
DE CUIDADOS

NÃO DECLARADA
INVESTIGAÇÃO
EDUCAÇÃO-
-FORMAÇÃO

OUTRA
GESTÃO

Total
15393
16459

30000
20000 30028 do desenvolvimento
20000
da Enfermagem e ins-
15973 A OE tem uma sede nacional em Lisboa e é
11326

11894
8388

20000 8219
10000
15973 trumento de promoção
10000 da qualidade dos constituída por cinco secções regionais:
1821
1578

1329

8219
1051

10000
0
cuidados. Nela destaca-se
0
Bacharelato
aLicenciatura
perspectiva
Outro
• Secção
Total
Regional do Norte, com sede no
0
de um novo Modelo de Desenvolvimento Porto;
Madeira
Centro

Açores
Norte

Total
Sul

Região Bacharelato Licenciatura Outro Total


G8
Profissional ancorado na certificação de • Secção Regional do Centro, com sede
Graus académicos dos enf. inscritos
60000 competências. em Coimbra;
54220
50000 • Secção Regional do Sul, com sede em
40000 Lisboa;
30000
30028
• Secção Regional da Região Autónoma da
20000 15973
Madeira, com sede no Funchal;
10000 8219 • Secção Regional da Região Autónoma dos
0 Açores, com sede em Ponta Delgada.
Bacharelato Licenciatura Outro Total


Títulos profissionais
A Ordem dos Enfermeiros emite dois títu-
los profissionais diferentes, o de enfermei-
ro e o de enfermeiro especialista.
O título de enfermeiro reconhece compe-
tência científica, técnica e humana para
prestar cuidados de Enfermagem gerais a
indivíduos, família e comunidade, aos três
níveis de prevenção e é atribuído aos pro-
fissionais que tenham a habilitação reco-
nhecida para tal.
O título de enfermeiro especialista reco-
nhece a competência científica, técnica
e humana para prestar, além de cuidados
gerais, também cuidados especializados
numa dada área clínica (Enfermagem de
Saúde Materna e Obstétrica, Enfermagem
de Saúde Infantil e Pediátrica, Enfermagem
de Saúde Mental e Psiquiátrica, Enferma-
gem Comunitária, Enfermagem de Reabi-
litação, Enfermagem Médico-Cirúrgica) e
é atribuído aos profissionais que já têm o
título de enfermeiro e que concluíram um
curso de especialização (pós-graduação).

Áreas de intervenção estratégica


da Ordem dos Enfermeiros
• Definição de padrões de qualidade dos
cuidados de Enfermagem;
• Definição e promoção dos aspectos éti-
cos do exercício profissional;
• Promoção do desenvolvimento profissio-
nal dos enfermeiros;
• Envolvimento da Enfermagem na elabo-
ração das políticas de saúde.

secção regional do norte secção regional do centro secção regional do sul secção regional da madeira secção regional dos açores


Alguns deveres da OE Os órgãos da OE são eleitos, cada 4 anos, Ética e Deontologia
• Definir o nível da qualificação profissional directamente por todos os enfermeiros O Código Deontológico do Enfermeiro en-
dos enfermeiros; inscritos. contra-se consagrado no Estatuto da OE e
• Manter o registo de todos os enfermeiros Anualmente, em Assembleia Geral, os estabelece que «as intervenções de Enfer-
a exercer no país e regular o exercício da membros decidem sobre as actividades magem são realizadas com a preocupação
profissão; que os órgãos sociais devem desenvolver, da defesa da liberdade e da dignidade da
• Atribuir os títulos profissionais de enfer- votando o plano de actividades e o orça- pessoa humana e do enfermeiro».
meiro e de enfermeiro especialista; mento. Este é totalmente suportado pela
• Defender a qualificação e a profissão de quotização dos membros. No seu exercício profissional, o enfermeiro
enfermeiro; deve observar princípios como «a igualda-
• Pronunciar-se sobre os modelos de for- Órgãos Regionais da Ordem dos Enfer- de, a liberdade responsável, com a capaci-
mação e sobre a estrutura geral dos cur- meiros (existentes em cada uma das cinco dade de escolha, tendo em atenção o bem
ricula de Enfermagem. Secções Regionais) comum, a verdade e a justiça, o altruísmo
e a solidariedade, a competência e o aper-
Órgãos Nacionais da Ordem dos • Assembleia Regional feiçoamento profissional».
Enfermeiros • Conselho Directivo Regional
A OE é constituída pelos seguintes órgãos • Conselho Jurisdicional Regional Ainda de acordo com o Código Deontoló-
nacionais: • Conselho Fiscal Regional gico, são princípios orientadores da activi-
• Assembleia Geral • Conselho de Enfermagem Regional dade dos enfermeiros:
• Bastonário, que é, por inerência, presi- • a responsabilidade inerente ao papel as-
dente do Conselho Directivo sumido perante a sociedade;
• Conselho Directivo • o respeito pelos direitos humanos na re-
• Conselho Jurisdicional lação com os clientes;
• Conselho Fiscal • a excelência do exercício na profissão em
• Conselho de Enfermagem geral e na relação com outros profissionais.


Algumas datas importantes da história da Ordem dos Enfermeiros

21 de Abril de 1998 10 de Dezembro de 2003 do Conselho Internacional de Enfermeiros,


Foi publicado o Decreto-lei nº 104/98, di- Segundo acto eleitoral. A Enf.ª Maria Au- que a OE se filiou no ICN. Para além da
ploma que criou a Ordem dos Enfermeiros. gusta Sousa foi eleita, transformando-se na Ordem, outras 11 organizações de enfer-
segunda Bastonária da Ordem dos Enfer- meiros encontram-se representadas no
21 de Abril de 1999 meiros. FNOPE, incluindo dois sindicatos.
A Comissão Instaladora promoveu as pri-
meiras eleições. A Enf.ª Mariana Diniz de
Sousa foi eleita como primeira Bastonária
da Ordem dos Enfermeiros.

Maria Augusta Sousa

1 de Janeiro de 2004 a 31 de Dezembro de 2007 28 de Maio de 2007

Duração do 2º Mandato dos Órgãos So- A Ordem dos Enfermeiros integrou o Con-
ciais eleitos a 10 de Dezembro de 2003. selho Nacional das Ordens Profissionais
Mariana Diniz de Sousa
(CNOP).
1 de Junho de 1999 a 31 de Dezembro de 2003 1 de Abril de 2004

Duração do 1º Mandato dos Órgãos Sociais A Ordem dos Enfermeiros tornou-se, nesta 13 de Dezembro de 2007

da OE eleitos em 21 de Abril de 1999. data, membro do Conselho Internacional Novo acto eleitoral, que reelegeu a Enf.ª
de Enfermeiros (International Council of Maria Augusta Sousa como Bastonária da
Nurses - ICN). OE.

Depois de um longo processo negocial que 1 de Janeiro de 2008 a 31 de Dezembro de 2011


envolveu diversas organizações profissio- Duração do 3º Mandato dos Órgãos So-
nais de enfermeiros, foi criado o FNOPE ciais eleitos a 13 de Dezembro.
- Fórum Nacional das Organizações Profis-
sionais de Enfermeiros - onde a OE se in- 21 de Abril de 2008
tegra. Foi através do FNOPE, que constitui A Ordem dos Enfermeiros assinala o seu
um novo modelo de colaboração no seio 10º aniversário.

10
Actividades recentes da OE Em termos sociais e de bem-estar econó-
mico, a Ordem dos Enfermeiros criou um
A Ordem dos Enfermeiros tem organizado fundo de solidariedade que pode ser uti-
e participado em numerosas actividades, lizado pelos membros que enfrentam difi-
entre as quais podemos destacar: culdades financeiras. Além disso, no mo-
mento da inscrição, a OE oferece a todos
• Congressos da Ordem dos Enfermeiros os membros um seguro de responsabilida-
(realizados de quatro em quatro); de profissional.

• Implementação em Portugal do Progra-


Dando cumprimento a uma das suas atri-
ma Liderança para a Mudança (início em
buições, a OE tem reunido com o Governo
2007);
e com órgãos de soberania sempre que
• Comemoração de várias efemérides no
necessário e sempre que a sua opinião é
âmbito da Saúde, com destaque para o
solicitada.
Dia Internacional do Enfermeiro - 12 de
Maio.

Ao longo dos vários anos foram desenvol-


vidas actividades regionais, assim como
visitas institucionais aos locais de trabalho
dos enfermeiros.
• Seminários de Ética - realização anual;
• Participação em fóruns e outros debates
sobre políticas de saúde;
• Participação nas Assembleias da Organi-
zação Mundial da Saúde e conferências
internacionais do ICN e outras entidades
de âmbito internacional;
• Organização de vários encontros, work-
shop, conferências e simpósios destina-
dos aos membros da OE:
• Cerimónias de Vinculação à Profissão,
onde se faz atribuição das cédulas aos
recém-licenciados - realização anual;
Anualmente, a OE publica várias edições
• criação do Observatório para os Cuida-
da Revista da Ordem dos Enfermeiros, a
dos de Saúde Primários e colaboração,
qual é distribuída gratuitamente a todos os
com a Missão para os Cuidados de Saú-
membros. Adicionalmente, a OE possui um
de Primários, no debate da reforma dos
site na Internet, uma newsletter electrónica
centros de saúde;
e um boletim informativo denominado Ex-
pressOE.

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A Ordem dos Enfermeiros agradece a cedência de algumas imagens
utili­zadas na elaboração desta brochura, bem como a todos aqueles
que colaboraram na sua elaboração. Os dados relativos à história da
Enfermagem portuguesa foram baseados em informação constante no
livro «Um olhar sobre o ombro. Enfermagem em Portugal (1881-1998)», Av. Almirante Gago Coutinho, 75
publicado pela Lusociência e da autoria da Enf.ª Lucília Nunes. A res- 1700-028 LISBOA
tante informação foi adaptada da brochura OE «Nursing in Portugal» PORTUGAL
Tel.: +351 218 455 230 Fax: +351 218 455 259
www.ordemenfermeiros.pt
ordem dos Enfermeiros

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