Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ementa/Objetivos: O curso apresentará e debaterá parcela do conhecimento e da empreitada antropológicos sobre arte,
discutindo criticamente o rendimento das categorias “arte” e “estética” na antropologia, em concomitância com manifestações
empírico-etnográficas. O enquadramento do curso basear-se-á no tratamento dado à produção de imagens, narrativas e objetos
por coletivos cuja produção não está relacionada, de modo direto, ao “campo da arte ocidental”. A partir deste pano de fundo,
traçar-se-á comparativos com a produção artística ocidental, visando descentrar a estética e a história da arte por meio da
antropologia, de acordo com o norte fornecido pelas quatro unidades constituintes da disciplina.
Programa:
Unidade 1: Objetos e Agências. Unidade 2: Imagens e Afetos
Unidade 3: Fotografia, Cinematografia, Performance. Unidade 4: Poéticas, Escrituras e Oralidades
Modo de Avaliação: 100 pontos totais (convertidos em 10 pontos finais, pelo sistema de pontuação da UFC)
1º Trabalho: Debate-Seminário.
Esta atividade será realizada por coletivos de alunos, que serão responsáveis por sustentar um debate, a partir
de bibliografia especificada. Após a exibição de um longa, seguir-se-á um debate voltado a questões que
perpassam os filmes e os temas/objetos da disciplina. (40 pontos).
2º Trabalho: Trabalho Final.
Um ensaio de tema livre, porém que estabeleça um claro diálogo com autores e discussões que compõem a
disciplina. (50 pontos).
10 pontos finais referentes à participação.
Apresentação do curso.
Exibição do filme:
“Mãe e Filho” (Mat i syn).
Direção de Aleksandr Sokurov. Roteiro de Yuriy Arabov.
Rússia, 1997. Duração: 73 minutos.
MAUSS, Marcel. “Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a de ‘eu’”. In, Antropologia e Sociologia. São Paulo:
CosacNaify, 2003.
SEEGER, A, DaMATTA, R & VIVEIROS de CASTRO, E. “A construção da pessoa nas sociedades indígenas brasileiras”.
Boletim do Museu Nacional, Série Antropologia, n. 32, p. 2-19, 1979.
BOURDIEU, Pierre. “Para uma crítica vulgar das críticas puras”. In, A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: EdUsp,
2007.
EAGLETON, Terry. “Particulares livres” & “O imaginário kantiano”. In, A Ideologia da Estética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1993.
/*/
INGOLD, T. “Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais”. In, Horizonte Antropologicos.
V18, n37, 2012.
LAGROU, E. “Antropologia e Arte: uma relação de amor e ódio”. In, Revista Ilha. V5, n2, 2003.
Para um contraponto:
MORPHY, H. “Arte como um modo de ação: alguns problemas com Art and Agency de Gell”. In, Proa, V01, n3.
ARNAUT, K. A Pragmatic impulse in the anthropology of art? Alfred Gell and the semiotics of social objects. Journal
des Africanistes, v. 71, n. 2, pp. 191-208, 2001.
LAYTON, R. Art and Agency: a reassessment. The Journal of the Royal Anthropological Institute, v. 9, n. 3, pp. 447-64,
2003.
WINTER, I. Agency Marked, agency ascribed: the affective object in Ancient Mesopotamia. In: Osborne, R.; Tanner, J.
(Eds.). Art’s agency and art history. Oxford: Blackwell, 2007. pp. 42-69.
Adendos etnográficos:
STRATHERN, M. O Gênero da Dádiva. Campinas: EdUnicamp, 2006. cap 7.
MÜLLER, Regina Polo. “Tayngava, a noção de representação na arte gráfica Asuriní do Xingu”, in Grafismo indígena:
231-248, 1992.
Exibição do filme:
“Imagens do Velho Mundo” (Obrazy starého sveta).
Direção e Roteiro: Dusan Hanák
Checoslováquia, 1972. Duração: 70 minutos.