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XI CURSO DE ATUALIZAÇÃO DE CONDUTAS EM

QUADROS EMERGENCIAIS - SMCRJ

QUEIMADURAS

 Como Atender ?
 O Que Priorizar ?

 Marcos Leiros

 Hospital de Força Aérea do Galeão


 Sociedade Brasileira de Queimaduras
TRATAMENTO DO PACIENTE QUEIMADO

DECLARAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE


Resolução RDC 96/08

 Nada a declarar.

 Marcos Leiros

 Hospital de Força Aérea do Galeão


 Sociedade Brasileira de Queimaduras
M.Leiros
EPIDEMIOLOGIA

 1.000.000 queimados por ano;

 51.000 internações hospitalares;

 4ª causa de mortes por trauma;

 2.500 óbitos.

Fonte(Crisóstomo, 2004).

M.Leiros
RISCO (PROBABILIDADE) DE ÓBITOS

Quantidade de Probabilidade de
Fatores de Risco * óbitos (risco à vida)

Nenhum 0,3 %
1 3%
2 33 %
3 90 %

* Fatores de Risco - Idade superior à 60 anos ; área queimada superior a 40 % ;


lesão por inalação.
Fonte: Current Diagnosis and Treatment (2000)
M.Leiros
ESTATÍSTICA DE INTERNAÇÕES NOS
CTQ DO RJ

H O S P IT A L P E R ÍO D O In te rn a ç õ e s SCQ > 30% %

ANDARAÍ 1 9 9 6 /9 7 295 177 60

H M S A -C T Q 1 1 9 9 8 /9 9 295 42 1 4 ,2 3

H M S A -C T Q A 1 9 9 8 /9 9 342 78 2 2 ,8 0

H E P II 1 9 9 8 /9 9 330 36 1 0 ,9 1

H FAG 1 9 9 8 /9 9 77 39 5 0 ,6 5

TOTAL 1339 372 2 7 ,7 8

Fonte: SBQ-RJ
M.Leiros
OBJETIVO

DIAGNOSTICAR E PRESTAR
ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE
QUEIMADO

M.Leiros
ESTATÍSTICA DE QUEIMADURAS

M.Leiros
FUNÇÕES DA PELE
Proteção contra lesões
químicas,físicas e biológicas
Impedir a perda de água
Receptor de sensações gerais
Proteção contra radiação ultra-
violeta
Conversão de precursores da
vitamina D
Regulação térmica
Excreção de substâncias
Absorção de substâncias
M.Leiros
lipossolúveis
M.Leiros
M.Leiros
M.Leiros
M.Leiros
M.Leiros
M.Leiros
M.Leiros
M.Leiros
PEQUENAS QUEIMADURAS

AMBULATÓRIO

 Segundo grau de menos de 15%

 Terceiro grau de menos de 2%

Fonte: Artz, Pruitt and Moncrief. Queimaduras. Ed. Interamericana.


M.Leiros
QUEIMADURAS MODERADAS

HOSPITAL GERAL

 Segundo grau de 15 - 25%

 Terceiro grau de menos de 10% , exceto mãos, face, pés

Fonte: Artz, Pruitt and Moncrief. Queimaduras. Ed. Interamericana.


M.Leiros
QUEIMADURAS CRÍTICAS

CENTRO DE TRATAMENTO DE QUEIMADOS

 Queimaduras de 2º grau de mais de 25%.


 Queimaduras de 3º grau de face, mãos, pés ou mais que 10%.
 Queimaduras complicadas por :
 Lesão do trato respiratório
 Lesão extensa de partes moles
 Fraturas
 Queimaduras elétricas.
 Queimaduras químicas

Fonte: Artz, Pruitt and Moncrief. Queimaduras. Ed. Interamericana.


M.Leiros
Fonte: Clinics in Plastic Surgery : Advances in Burn Care. (1986)

M.Leiros
FISIOPATOLOGIA

Jackson (1947)
M.Leiros
HEPARINA DE ALTO PESO MOLECULAR

 Ação antiinflamatória:
Inibe TNF;
↓NO, PGE2

 Ação anticoagulante:
antitrombina III e antiproteases

M.Leiros
HEPARINA DE ALTO PESO MOLECULAR

 Ação analgésica:
inibe TNF.

 Ação angiogênica:
estimula VEGF;
modula e  FGFs;
 HGF,
estimula PAF.

M.Leiros
HEPARINA DE ALTO PESO MOLECULAR

 Uso sistêmico:

10.000 a 20.000 UI – 24h;


reavaliar 4h após;
02 doses a cada 8h;
TAP>30%;
5.000 UI SC a cada 12h.

M.Leiros
HEPARINA DE ALTO PESO MOLECULAR

 Uso tópico:

5.000 UI por 1% SCQ;


3-4 jatos - 10.000 UI/ml;
6-8 jatos - 5.000 UI/ml.

M.Leiros
PRÉ - HEPARINA

M.Leiros
PÓS - HEPARINA

M.Leiros
TRATAMENTO IMEDIATO

CUIDADOS PRÉ-HOSPITALARES

 Afastar a causa
 Avaliar status Cardiopulmonar
 Lavagem com água fria *
 Lavagem com água morna *
 Remover delicadamente corpos estranhos que estejam
soltos
 Proteger as lesões
 Remover a vítima
M.Leiros
TRATAMENTO EMERGENCIAL

 Manutenção de VAS

 Acesso venoso profundo

 Cateterismo vesical

 Hidratação com cristalóides

 Avaliação de lesões associadas

 Avaliação das feridas

M.Leiros
ATENDIMENTO INICIAL

A - Airway Management
• Fala
• Paciente inconsciente
Elevação do mento
Guedel
Aspiração
Entubação
ATENDIMENTO INICIAL

B - Breathing and Ventilation


• Inspeção
• Palpação
• Percussão
• Ausculta
• Flail Chest
•Oximetria de pulso
•O2
ATENDIMENTO INICIAL

C - Circulation with Hemorrhage Control


• Hemorragia
• Hipotensão
• Choque hipovolêmico
• Acesso venoso calibroso
REPOSIÇÃO VOLÊMICA

Isotônicos
Cristalóides
Hipertônicos

Colóides

M.Leiros
REPOSIÇÃO VOLÊMICA

 60 minutos

 Ringer lactato 500ml/h em


adultos

 250 ml/h em crianças de 5 anos


ou mais

M.Leiros
CÁLCULO PARA HIDRATAÇÃO

3 - 4 ml x Kg x % SCQ
( PARKLAND )

50% : 8 h 50 % : 16 h

M.Leiros
CÁLCULO PARA HIDRATAÇÃO

Solução de NaCl a 7,5%

65 ml. - S.F. a 0,9 %


35 ml. - NaCl a 20%

4ml. / kg + R.L.

M.Leiros
ATENDIMENTO INICIAL
D - Disability (Neurologic Evaluation)
• Nível de consciência
• Pupilas: tamanho e reações
• Sinais focais
• Lesão medular
• Escala de Coma de Glasgow
ESCALA DE GLASGOW
Abertura Ocular Espontânea 4
Ao comando verbal 3
À dor 2
Ausente 1
Resposta Motora Obedece comandos 6
Localização à dor 5
Flexão inespecífica (retirada) 4
Flexão hipertônica 3
Extensão hipertônica 2
Sem resposta 1
Resposta Verbal Orientado e conversando 5
Desorientado e conversando 4
Palavras inapropriadas 3
Sons incompreensíveis 2
Sem resposta 1

Traumas Graves : 3 a 8
Traumas Moderados : 9 a 12
Traumas Leves : 13 a 15. M.Leiros
ATENDIMENTO INICIAL

E - Exposure / Environmental control

• Remover toda a roupa e jóias


• Prevenir hipotermia
• Infundir líquidos aquecidos .
LESÕES ASSOCIADAS

 HPP (Diabetes Mellitus, ICC, Insuf. Hepática)


 História do acidente
 Lesões que agravam o choque
 Lesões agravadas pelo choque
 Rotina laboratorial

M.Leiros
AVALIAÇÃO INICIAL
 Avaliação e estabilização imediata
no hospital apropriado mais
próximo
 Completar as investigações
primárias e secundárias
 Avaliar as lesões associadas

 Documentar todos os procedimentos e enviar a história clínica


junto com o paciente
 Estabelecer os entendimentos para que haja acordos nas
transferências necessárias

M.Leiros
TRANSPORTE PARA O HOSPITAL
 A proposta primária de qualquer equipe de transporte não é
levar o paciente a um centro de tratamento intensivo, mas levar
este nível de atendimento ao paciente o mais breve possível.

Transporte rápido e desordenado não é a prioridade.

 Terrestre ou aéreo?

As idades extremas toleram menos lesões por queimadura.


M.Leiros
TEMPO X RESPOSTA

Até 100km

100 A 400KM
300 a 1.500 km + de 1.500 km
MLeiros
ESTABILIZAÇÃO: PREPARO PARA TRANSPORTE

Altitude (metros) Pressão Saturação Pressão parcial


parcial de de oxigênio dióxido carbônico
oxigênio
Nível do mar 90-95 96 40

1.524 75-81 95 32-33

2.286 69-74 92-93 31-33

4.572 48-53 86 25

6.096 37-45 76 20

7.620 32-39 68 13

8.848 26-33 58 9,5-13,8

Lei de Dalton
Lei de Boyle-Mariotte
M.Leiros
PACIENTE X MEIO

Pneumotórax a 1.000 ft Pneumotórax a 10.000 ft


M.Leiros
ESTABILIZAÇÃO: PREPARO PARA TRANSPORTE

Estabilização Respiratória

 Avaliar uma possível obstrução das vias aéreas superiores


 Avaliar as vias aéreas inferiores
 Máscara de O2 a 100% ou entubação se for indicado

M.Leiros
ESTABILIZAÇÃO: PREPARO PARA TRANSPORTE

Estabilização Circulatória
 Colocar acesso IV de grosso calibre, num local sem
queimadura (se for possível)
 Iniciar infusão de líquidos seguindo a fórmula
 Instalar cateter urinário
 Medir diurese horária
○ Adultos: 30 – 50 ml/h
○ Crianças com peso < 30kg : 1ml/kg/hora
 Em caso de lesão elétrica: manter uma diurese de 75 – 100
ml/h

M.Leiros
ESTABILIZAÇÃO: PREPARO PARA TRANSPORTE

Gastrointestinal

 Não administrar nada por via oral antes do transporte

 Sonda nasogástrica, se necessário, para os pacientes


com queimadura > 20% de SCT ou entubado

M.Leiros
ESTABILIZAÇÃO: PREPARO PARA TRANSPORTE

Cuidados com a ferida


 Cubra com lençóis limpos e secos
 Proteja para evitar a perda de calor
 Use mantas térmicas isoladas
 Não use lençóis ou bandagens molhadas

 Não atrase a transferência para fazer desbridamentos ou


curativos oclusivos
 Não aplicar compressas frias em queimaduras de grande
extensão

M.Leiros
ESTABILIZAÇÃO: PREPARO PARA TRANSPORTE

Tratamento da dor

 Pequenas doses de narcóticos IV

 Dose influenciada por lesão coexistente, enfermidade prévia


ou condição médica atual

 Controle respiratório

M.Leiros
ESTABILIZAÇÃO: PREPARO PARA TRANSPORTE

Documentação

 Circunstâncias da lesão

 História clínica e resultados do exame físico

 Relatório de medidas de reanimação

 Tratamento e medicações administradas

M.Leiros
ESTABILIZAÇÃO: PREPARO PARA TRANSPORTE
FICHA DE TRANSFERÊNCIA

Data ___/___/___ Hora: ___:___

Médico Responsável: ___________________ Telefone: ______________ ___


Nome do Paciente: _____________________________________________ __
Idade: _________ Sexo: ________ Altura: ___________ Peso: __________
Data e Hora do Acidente: _____________________ Etiologia: ___________ __
% SCQ: ____________________
Áreas comprometidas: __________________________________________ ___
Lesões concomitantes: _____________________________________________
Alergias: ___________________ Medicação: ___________________________
Medicação prévia ao acidente: ____________________________________ ___
Antecedentes patológicos: __________________________________________
Analgésicos: ______________________________________(via/dose/hora)
Lesão Inalatória: Sim ( ) Não ( ) Entubação: Sim ( ) Não ( ) O 2_________
Lesão Circunferencial: Sim ( ) Não ( ) Local___Pulso Distal: Sim ( ) Não ( )
Escarectomias: Sim ( ) Não ( ) Local________ Pulso Distal: Sim ( ) Não ( )
Reposição Volêmica:_________________Total Infundido:_____ml desde a lesão
Diurese: Cateterismo Vesical: Sim ( ) Não ( ) Total _____ml desde a lesão
Rx de Tórax:_______________________________________________________
Outros Rx: ________________________________________________________
Exames Laboratoriais: _______________________________________________
_________________________________________________________________
Sinais Vitais: Pulso ____________F.Resp.:___________PA: _________Hora:___
Pulso ____________F.Resp.:___________PA: _________Hora:___
Pulso ____________F.Resp.:___________PA: _________Hora:___
Meio de Remoção: Terrestre:_____Amb. UTI Sim ( ) Não ( )
Aérea: Tipo Anv: _____________________________

_________________________________________________________________
Médico Responsável pelo Transporte
M.Leiros
PROCESSO DE TRANSPORTE

 Contato de médico a médico

 O médico que vai transferir fornece informação, história, e os


resultados dos exames primário e secundário

 A decisão da transferência é uma colaboração entre os


médicos que estão atendendo o paciente e a equipe médica
do Centro de Queimados

M.Leiros
PACIENTE X MEIO

 Estabilização
 Acesso Venoso
 Sondas, catéteres, balonete, drenos
 Proteção térmica
 Consumo de Oxigênio

M.Leiros
PACIENTE X MEIO

 Posicionamento da Cabeceira

 Altitude x Pressão da Cabine

 Glascow < 8 – Intubação

 AVC – Teto de Até 4.000 pés (Ideal)

M.Leiros
PROFILAXIA ANTITETÂNICA

 ATT
 Gamaglobulina

M.Leiros
M.Leiros
NUTRIÇÃO

 Cálculo Calórico
25 cal x peso + 40 cal x % SCQ

 Relação Calórica /Nitrogênio


100 : 1

M.Leiros
TRATAMENTO CIRÚRGICO

 Avaliação
 Extensão e profundidade
 Manutenção da respiração
 Manutenção da circulação

 Controle da infecção
 Cobertura
 Prevenção das seqüelas

M.Leiros
ATENDIMENTO INICIAL

Normatizações do atendimento

•ATLS
ABCDE

•CNNAQ

M.Leiros
TRATAMENTO EMERGENCIAL

Via Aérea Definitiva

 Intubação oro-traqueal

 Cricotireoideostomia

 Traqueostomia

M.Leiros
M.Leiros
TRATAMENTO EMERGENCIAL

Boa respiração
Escarotomia nas queimaduras circulares de tórax

M.Leiros
M.Leiros
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TRATAMENTO EMERGENCIAL

Circulação:

Acesso venoso
 punção periférica

 dissecção venosa •safena


•basílica
•axilar

 punção venosa profunda


•jugular
•subclávia
•femoral
punção intra-óssea

M.Leiros
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TRATAMENTO EMERGENCIAL
Boa circulação:
• Escarotomias nas queimaduras circulares dos membros
• Fasciotomias em queimaduras elétricas

M.Leiros
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TRATAMENTO EMERGENCIAL
Boa circulação:

Extremidade inferior
Podem ser afetados os 4 compartimentos

M.Leiros
TERAPIA TÓPICA

PACIENTES AMBULATORIAIS:

 Degermação com clorexidine a 2%


 Antimicrobiano tópico
 Curativo não aderente

M.Leiros
QUEIMADURAS SUPERFICIAIS NÃO
SECRETANTES (1º grau)

 Limpeza com clorexidine a 2%


 Curativo exposto com vaselina estéril

M.Leiros
QUEIMADURAS DE 2º GRAU
SUPERFICIAL

LIMITADAS

 FLICTENA ÍNTEGRA

 limpeza com clorexidine a 2%


 drenar
 curativo oclusivo não aderente - vaselina
 estéril
 troca a cada 72h

M.Leiros
QUEIMADURAS DE 2º GRAU
SUPERFICIAL

LIMITADAS

 FLICTENA RÔTA

 limpeza com clorexidine a 2%


 desbridar
 curativo oclusivo não aderente - neomicina pomada
 membrana de poliuretano sem adesivo
 Curativo não aderente com prata nanocristalina
 reavaliar a cada 72h

M.Leiros
2º grau superficial:filmes, hidrocolóides,
Hidrogéis.

2º grau profundo:alginato, colágeno+alginato,


Hidrofibra+Ag

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TERAPIA TÓPICA

PACIENTES INTERNADOS:

 Balneoterapia diária com clorexidine a 2%


 Antimicrobiano tópico
 Exposição - 12 - 24h

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ANTIMICROBIANOS TÓPICOS

 Creme de sulfadiazina de prata a 1% + nitrato de cério 0,5%


2º grau > 20%
3º grau > 10%
 Exposição - 12h até escarectomia
 Curativo não aderente com prata nanocristalina

M.Leiros
QUEIMADURAS DE 2º GRAU
SUPERFICIAL

EXTENSAS

 Balneoterapia diária com clorexidine


 a 2%
 Creme de sulfadiazina de prata a 1%
 Exposição - 24h
 Curativo não aderente com prata nanocristalina
 Membrana amniótica fresca

M.Leiros
QUEIMADURAS DE 2º GRAU PROFUNDO

PRÉ EXCISÃO TANGENCIAL

 Balneoterapia diária com clorexidine a 2%


 Curativo não aderente com prata nanocristalina
 Creme de sulfadiazina de prata a 1%
 Creme de sulfadiazina de prata a 1% + nitrato de
cério 0,5%
 Exposição – 12 - 24h

M.Leiros
QUEIMADURAS DE 3º GRAU

PRÉ EXCISÃO TANGENCIAL

 Balneoterapia diária com clorexidine a 2%


 Curativo não aderente com prata nanocristalina
 Creme de sulfadiazina de prata a 1%
 Creme de sulfadiazina de prata a 1% + nitrato de
cério 0,5%
 Exposição – 12 - 24h

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Grão de café Café em pó
Pouca reação Rápida reação
com água. com água.

Prata normal Prata Nanocristalina

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QUEIMADURAS ELÉTRICAS

 Fórmula de Joule

 Calor = 0,24 Ampere2 x Resistência x


Tempo
 Lei de OHM
 Amperagem = Voltagem : Resistência

 Eletroporação

 Lesão vascular

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ELETROPORAÇÃO

MODIFICADO DE GUYTON, AC-TRAT. DE FISIOL. MED. 7ª ed - 1989


TRATAMENTO EMERGENCIAL

•ECG de 12 derivações
•Monitorar arritmias ou ectopias

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CÁLCULO PARA HIDRATAÇÃO

O risco de rabdomiólise com insuficiência renal por


mioglobinúria ou hemoglobinúria requer ressuscitação
com grandes volumes de solução salina, manitol e
alcalinização da urina, buscando manter débito urinário em
torno de 2mlxkg/h.

M.Leiros
CÁLCULO PARA HIDRATAÇÃO

CK< 1000

Manitol 25g / l►12,5g / l

2ml. / kg ►100-300ml / h.

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CÁLCULO PARA HIDRATAÇÃO

Solução de NaCl a 0,45%


Bicarbonato de sódio - 40 mEq (02 amp.)
10g / l manitol

pH >6,5
M.Leiros
CÁLCULO PARA HIDRATAÇÃO

CK< 1000

Manitol 25g / l►12,5g / l

2ml. / kg ►100-300ml / h.

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M.Leiros
 O risco é de 1 em 280.000

 Mata de 20 a 30 pessoas por ano em nosso país

 Mortalidade mundial: 0,2-1,7/milhão

 Os 70% dos sobreviventes enfrentam complicações sérias

 Corrente direta

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Características
 Não estão associados com queimaduras profundas
 Dano cardíaco e neurológico
 O quadro clínico varia amplamente

A lesão resulta:
 Queda direta
 “Blast” trauma Lichtenberg
 As centelhas laterais são as mais comuns
 A corrente se descarrega através do ar, do objeto
até a vítima
 Despolarização miocárdica imediata
 Paralisia respiratória
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QUEIMADURAS QUÍMICAS

Lesões da pele, olhos, trato digestivo ou


respiratório causados por álcalis, ácidos
ou compostos orgânicos.

M.Leiros
AGENTES QUÍMICOS
~60.000.000 moléculas existentes - cas

~200.000 são descobertas a cada ano

~226.000 são usadas no cotidiano

~25 000 agressivas

~5.000 estima-se que circulem diariamente no


Brasil em quantidades maiores que 1tonelada

Fundacentro
A probabilidade de exposição a uma substancia químico está em todo
lugar

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Jacek yerka
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FISIOPATOLOGIA

O dano tecidual resultante da exposição a qualquer


agente químico depende:
 da força ou concentração do agente

 da quantidade do agente
 da via de penetração e duração do contato com os
tecidos
 da extensão de penetração no tecido
 do mecanismo de ação e interação com outras
substâncias químicas
 da forma de apresentação do agente

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CLASSIFICAÇÃO

 Oxidantes

 Corrosivos

 Agentes desnaturantes

 Agentes desidratantes

 Vesicantes

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Quais são as reações possíveis
ácido doa H+

base doa OH-

oxidante doa e-

redutor remove e-

quelante Ca+2, Mg+2 modifica Ca, Mg

solvente dissolve certos componentes

PREVOR
EQUIPAMENTO DE
CONTATO SEGURANÇA & ROUPA
DE PROTEÇÃO

PENETRAÇÃO
PRIMEIROS
SOCORROS
EMERGENCIAIS
REAÇÃO

DESCONTAMINAÇÃO

PREVOR
QUEIMADURAS QUÍMICAS
A aparência inicial pode enganar

Nunca subestime o aspecto da lesão


em uma abordagem inicial

Jacek yerka
CONSIDERAÇÕES TERAPÊUTICAS
Utilizarequipamentos de proteção individual no manuseio inicial de todas
as lesões.
Exame inicial pode não evidenciar extensão correta da lesão

Avaliar extensão e profundidade das lesões a intervalos freqüentes

Tratamento deve incluir considerações tanto de cuidados locais quanto


sistêmicos
Primeiro atendimento preferencialmente no local do acidente

Remoção das vestes e diluição com volumes maciços de água corrente.


(químico em pó deve ser removido antes da irrigação). Observar exceções
Atenção à manutenção das vias aéreas e equilíbrio hemodinâmico

Transferir se possível para centro de referência na primeira hora.

Queimaduras oculares: irrigação copiosa com solução anfotérica.

M.Leiros
QUEIMADURAS QUÍMICAS

Irrigação contínua desde o cenário pré


hospitalar até a avaliação na sala de
emergência

Irrigação continua até que diminua a dor

M.Leiros
HIPERTONICIDADE

A solução hipertônica
tem uma pressão osmótica
maior que o corpo e facilita a
migração do agente químico
para o exterior.

PREVOR
Descontaminantes Quelantes-Anfóteros
CAPACIDADE DE ABSORÇÃO

A efetividade na
prevenção de
queimaduras se dá porque
a energia de ligação do
anfótero a corrosivos e
irritantes é maior do que
a energia destes
agressivos para com os
compostos biológicos dos
tecidos da pele e dos
olhos.

PREVOR
LIMPE O PÓ COM ESCOVA OU TECIDO
ANTES DE IRRIGAR
M.Leiros
M.Leiros
LESÃO INALATÓRIA DAS VIAS AÉREAS

CONCEITO
 Lesão Térmica e /ou Tóxica
 Envenenamento por CO
 Lesão acima da glote - ar quente
 Lesão abaixo da glote - vapor

M.Leiros
QUEIMADURAS DO TRATO RESPIRATÓRIO

 Remoção da vítima para local ventilado.


 Administração de O2 úmido a 100%, broncodilatadores e
corticoterapia.
 Broncoscopia precoce - Assistência ventilatória com PEEP.
 Alterações tardias da função pulmonar

M.Leiros
M.Leiros
QUEIMADURAS OCULARES

Quadro clínico e tratamento


Reim preconiza :
 1-Irrigação com solução anfotérica por cinco minutos, seguida de
irrigação copiosa por solução salina balanceada (BSS, Alcon) ou
Ringer-lactato por quinze a trinta minutos.
 2-Remoção mecânica de partículas remanescentes.

 3-Manter irrigação com Ringer-lactato ou solução salina balanceada a

cada trinta minutos nas primeiras quatro horas e a cada hora nas vinte
e quatro horas subsequentes.

M.Leiros
SCR – Síndrome Cutânea da Radiação
LESÕES NA PELE:
4
“QUEIMADURAS RADIOINDUZIDAS:”
5
GRAVIDADE DOSE DEPENDENTE

• 1 - ERITEMA (> 3 Gy)


• 2 - EPIDERME SECA (> 5 Gy)
• 3 - EPIDERME EXUDATIVA (> 20 Gy)
• 4 - EPILAÇÃO (> 4 Gy)
• 5 – NECROSE (> 50 Gy)

1, 3 3,5 2

M.Leiros
Obrigado!

Muito obrigado!
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE SAÚDE

ctq@hfag.aer.mil.br
9986 6894
leiros@uol.com.br

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