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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
Antônio Thomé
Vice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
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Este livro, no todo ou em parte, conforme determinação legal, não pode ser reproduzido por qualquer
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37 e por escrito do(s) autor(es). A exatidão das informações e dos
conceitos e opiniões emitidas, as imagens, as tabelas, os quadros e as figuras são de exclusiva
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Inclui bibliografia.
Modo de acesso gratuito: <www.upf.br/editora>.
ISBN 978-85-523-0055-7 (E-book)
CDU: 37
_______________________________________________________________
Bibliotecária responsável Marciéli de Oliveira - CRB 10/2113
afiliada à
Associação Brasileira
das Editoras Universitárias
Sumário
9 Apresentação
Parte 1
Ciências da natureza e suas tecnologias:
Biologia, Física e Química
Preparo de lâminas para observação de mitose
15 em célula vegetal
Ana Carolina Barzotto
Audren Piassetta
Carmen Sílvia Busin
27 descobertas científicas
Alisson Cristian Giacomelli
Afonso Werner da Rosa
42 no ensino de ciências
Juliano Cavalcanti
Marcelo da Silva
(Re)Planejando o trabalho em sala de aula:
6
Os conceitos de ciências envolvidos na produção
Parte 2
Matemática e suas tecnologias
Aprendizagem significativa de estatística:
169 interdisciplinares
Luiz Henrique Ferraz Pereira
7
Um olhar diferenciado para as questões da
180 OBMEP
Neuza Terezinha Oro
Rosa Maria Tagliari Rico
Mariane Kneipp Giareta
Parte 3
Educação e tecnologias
A metacognição como suporte ao aprender a
204 aprender
Cleci Teresinha Werner da Rosa
Caroline Maria Ghiggi
Álvaro Becker da Rosa
8
Apresentação
Quando consideramos o trabalho do professor na sala de
aula nos damos conta de que mudou pouco ao longo do
tempo. Ontem como hoje, ensinar continua sendo entrar
numa sala, dirigir a palavra aos estudantes, agir sobre e
com eles segundo uma dupla finalidade de instrução e de
educação, produzindo um resultado materialmente intan-
gível e dificilmente mensurável: sua escolarização, que é
ao mesmo tempo aquisição de
saberes, integração a uma
cultura e socialização a
normas. Concretamen-
te, isso significa que o
professor trabalha em
pessoa e face a face
com seus alunos,
sem a intervenção
de sistemas tecnoló-
gicos importantes ou
outras mediações (por
exemplo, outros traba-
lhadores, contramestres,
associações etc.). [...] o tra-
balho em sala se parece ainda
hoje com um tipo de artesanato
ou, como dizem os próprios pro-
fessores, com uma arte, isto é, um
conjunto de atividades baseadas na
experiência, mas também na perso-
nalidade dos professores, em sua voca-
ção e em seu amor pela profissão, assim
como em seus conhecimentos e em suas
capacidades de improvisar e de se adaptar ao
contexto relativamente fluido e inconstante das
interações com os alunos.1
1
TARDIF, Maurice. A profissão docente face à redução da educação à econo-
mia. 2007. p. 19. Disponível em: <http://intranet.ufsj.edu.br/rep_sysweb/ File/
vertentes/Vertentes_29/maurice_tardif.pdf>. Acesso em: 14 set. 2017.
Criatividade no ensinar e no aprender
10
Aline Locatelli, Luiz Henrique Ferraz Pereira, Luiz Marcelo Darroz
(Org.)
11
Criatividade no ensinar e no aprender
12
Aline Locatelli, Luiz Henrique Ferraz Pereira, Luiz Marcelo Darroz
(Org.)
Comissão organizadora
Profa. Dra. Aline Locatelli
Prof. Dr. Luiz Henrique Ferraz Pereira
Prof. Dr. Luiz Marcelo Darroz
13
Parte 1
Ciências da natureza
e suas tecnologias:
Biologia, Física e
Química
Preparo de lâminas para observação de
mitose em célula vegetal
Ana Carolina Barzotto
Audren Piassetta
Carmen Sílvia Busin
Introdução
Células surgem de ou-
tras células vivas pelo pro-
cesso de divisão celular.
Nos organismos unicelu-
lares, a divisão das células
é responsável pelo aumen-
to do número de indivíduos,
sendo crucial para a continui-
dade das espécies. Nos organis-
mos multicelulares, o zigoto, por
meio de sucessivas divisões celula-
res, dá origem a milhões de células,
formando o indivíduo. De um modo ge-
ral, podemos identificar, nos organismos
multicelulares, dois tipos de células: as
somáticas (soma = corpo) e as gaméticas ou
reprodutoras. As células somáticas se dividem
por meio do processo chamado mitose, no qual a
célula-mãe dá origem a novas duas células com igual
Preparo de lâminas para observação de mitose em célula vegetal
Referencial teórico
O ciclo celular é uma série ordenada de eventos que
levam à divisão celular e à produção de duas células-fi-
lhas geneticamente idênticas entre si e com a célula-mãe
(CHANDAR; VISELLI, 2011). Todos os organismos vivos
são produtos de ciclos repetidos de divisão das células,
desde uma bactéria unicelular até um mamífero multice-
lular (ALBERTS et al., 2006).
O ciclo de vida da maioria das células eucariotas pas-
sa por uma sequência de eventos altamente organizados:
(1) crescimento celular; (2) replicação do material gené-
tico (DNA); (3) distribuição do material genético para as
células-filhas (cromossomos); e (4) divisão do citoplasma
(citocinese). Esse ciclo de vida é agrupado em duas etapas
distintas: a intérfase e a mitose. Tanto a intérfase quanto
a mitose também são divididas em fases. As fases da in-
térfase são: G1 (Gap = intervalo, falha), S (síntese) e G2.
Já as fases da mitose são: prófase, metáfase, anáfase, te-
lófase e citocinese (GUERRA, 2011). Durante a intérfase,
a célula aumenta seu volume em G1, replica o DNA em S,
verifica se todo o DNA foi replicado e continua crescendo
em G2. Por essa razão, ao microscópio, o fenômeno parece
ilusoriamente um intervalo sem ocorrências (Figura 1), já
que a célula simplesmente aumenta de tamanho (RECCO-
-PIMENTEL; VEIGA-MENONCELLO; JUNIOR, 2013).
16
Ana Carolina Barzotto, Audren Piassetta, Carmen Sílvia Busin
As fases da mitose
A mitose, que envolve especificamente a divisão do
material genético, é a fase mais fascinante do processo da
divisão celular e também a mais curta. Podemos visuali-
zar as suas fases com o auxílio de corantes, sob microsco-
pia de luz comum. A seguir, são apresentadas as princi-
pais características de cada uma das suas fases.
Prófase é primeira fase da mitose (Figura 2). Nela, o
envelope nuclear se desorganiza, as fitas de DNA, já repli-
cadas e ligadas a proteínas formando a cromatina, espira-
lizam-se para formar os cromossomos. Cada cromossomo
é composto de duas moléculas de DNA exatamente iguais
entre si e é resultado da replicação do DNA na fase S.
Cada uma das fitas de DNA espiralizadas forma uma cro-
mátide do cromossomo, chamadas cromátides-irmãs, uni-
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Preparo de lâminas para observação de mitose em célula vegetal
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Ana Carolina Barzotto, Audren Piassetta, Carmen Sílvia Busin
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Preparo de lâminas para observação de mitose em célula vegetal
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Ana Carolina Barzotto, Audren Piassetta, Carmen Sílvia Busin
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Preparo de lâminas para observação de mitose em célula vegetal
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Ana Carolina Barzotto, Audren Piassetta, Carmen Sílvia Busin
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Preparo de lâminas para observação de mitose em célula vegetal
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Ana Carolina Barzotto, Audren Piassetta, Carmen Sílvia Busin
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Preparo de lâminas para observação de mitose em célula vegetal
Considerações finais
A divisão de células somáticas é um processo impor-
tante de ser compreendido, pois possibilita que o estudan-
te entenda como ocorrem o crescimento de um organismo
multicelular, a reposição celular e o reparo de tecidos da-
nificados ou injuriados. No entanto, é um processo que, se
não for visualizado, será trabalhado somente com o ima-
ginário do estudante. Aliar o conhecimento teórico à aula
prática, no laboratório de microscopia, onde o aluno conse-
gue visualizar o processo, auxilia na melhor compreensão
do conteúdo.
Referências
ALBERTS, B. et al. Divisão celular. In: ______. Fundamentos da
biologia celular. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 638-655.
CHANDAR, N.; VISELLI, S. Regulação do crescimento e da mor-
te celular. In: ______. Biologia celular e molecular ilustrada. Porto
Alegre: Artmed, 2011. p. 188-195.
GUERRA, R. A. T. et al. Caderno de Ciências Biológicas. João Pes-
soa: Universitária, 2011.
LODISH, H. et al. Regulação do ciclo celular dos eucariotos. In:
______. Biologia celular e molecular. 5. ed. Porto Alegre: Artmed,
2005. p. 849-888.
RECCO-PIMENTEL, S. M.; VEIGA-MENONCELLO, A. C. P.; JU-
NIOR, O. A. Mitose. In: CARVALHO, H. F.; RECCO-PIMENTEL, S.
M. A célula. 3. ed. Barueri: Manole, 2013. p. 501-518.
26
Astronomia: da antiguidade às recentes
descobertas científicas
Alisson Cristian Giacomelli
Afonso Werner da Rosa
Introdução
O Universo, sua forma,
seu tamanho, seus compo-
nentes, sua origem e sua
evolução são temas inti-
mamente ligados ao ima-
ginário do ser humano
desde os primórdios de
nossa civilização. Em seu
surgimento, a astronomia se
encontrava mais intimamente
ligada à necessidade de sobrevi-
vência dos povos primitivos. Para
Oliveira Filho (2000, p. 1): “As espe-
culações sobre a natureza do Universo
devem remontar aos tempos pré-históri-
cos, por isso a astronomia é frequentemen-
te considerada a mais antiga das ciências”.
Na atualidade, a astronomia se revela um campo
de intensas descobertas e que reúne astrônomos de
diferentes países, explorando juntos o espaço. Tal em-
Astronomia: da antiguidade às recentes descobertas científicas
28
Alisson Cristian Giacomelli, Afonso Werner da Rosa
Atividades desenvolvidas
Iniciou-se o minicurso com discussões sobre alguns
aspectos históricos referentes aos primeiros avanços da
astronomia. Como o mapeamento do céu e a identificação
das constelações. Para o estudo das constelações, foi apre-
sentada uma projeção do céu noturno aos participantes,
por intermédio de um equipamento multimídia e do soft-
ware Stellarium, de livre acesso.1 Esse software mostra
imagens gráficas de como seria o céu visto a olho nu, com
uso de um binóculo ou telescópio. Por meio dessa simula-
ção, enfatiza-se, também, o fato de que cada estrela que
aparece no céu faz parte de um agrupamento aparente de
estrelas, que é denominado constelação, e que tal agru-
pamento é aparente, pois as estrelas não estão realmente
próximas umas das outras, apenas aparecem na mesma
região da esfera celeste. Na sequência, foram projetadas e
identificadas as constelações do zodíaco.
Após essa atividade, foram realizadas discussões
sobre a ocorrência sucessiva dos dias e das noites, assim
1
Disponível em: <http://www.stellarium.org/>. Acesso em: 25 abr. 2017.
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Astronomia: da antiguidade às recentes descobertas científicas
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Alisson Cristian Giacomelli, Afonso Werner da Rosa
31
Astronomia: da antiguidade às recentes descobertas científicas
32
Alisson Cristian Giacomelli, Afonso Werner da Rosa
33
Astronomia: da antiguidade às recentes descobertas científicas
Figura 4 – Cama elástica com massa m Figura 5 – Cama elástica com massa M
Fonte: arquivo dos autores, 2017. Fonte: arquivo dos autores, 2017.
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Alisson Cristian Giacomelli, Afonso Werner da Rosa
Fonte: arquivo dos autores, 2017. Fonte: arquivo dos autores, 2017.
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Astronomia: da antiguidade às recentes descobertas científicas
Fonte: arquivo dos autores, 2017. Fonte: arquivo dos autores, 2017.
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Alisson Cristian Giacomelli, Afonso Werner da Rosa
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Astronomia: da antiguidade às recentes descobertas científicas
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Alisson Cristian Giacomelli, Afonso Werner da Rosa
39
Astronomia: da antiguidade às recentes descobertas científicas
Considerações finais
As atividades propostas neste trabalho apresentam
significativo potencial no que diz respeito ao objetivo de
se alcançar os estudantes do ensino médio, possibilitando
que esses desenvolvam um olhar crítico perante as teorias
40
Alisson Cristian Giacomelli, Afonso Werner da Rosa
Referências
DARROZ, L. M.; HEINECK, R.; PÉREZ, C. A. S. Conceitos básicos
de astronomia: uma proposta metodológica. Revista Latino-Ameri-
cana de Educação em Astronomia, São Carlos, n. 12, p. 57-69, 2011.
HAWKING, S. W. Uma nova história do tempo. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2005.
OLIVEIRA FILHO, K. de S. Astronomia e astrofísica. Porto Alegre:
Ufrgs, 2000. Disponível em: <http://astro.if.ufrgs.br/>. Acesso em:
25 abr. 2017.
41
Unidade de ensino potencialmente
significativa no ensino de ciências
Juliano Cavalcanti
Marcelo da Silva
Introdução
As ações educativas que
contribuem para o desenvolvi-
mento de uma sociedade crí-
tica e autônoma, a constru-
ção de conhecimentos por
meio da contextualização e
das trocas de experiências
e a formação continuada não
garantem o alcance dos objeti-
vos a que se propõem as institui-
ções de ensino, especialmente no
âmbito do ensino de ciências.
Na prática, observamos profes-
sores e alunos desmotivados, devido a
diferentes fatores impostos pela dinâmica
e complexa sociedade. Professores apresen-
tam salários parcelados, profissão desvalori-
zada, alguns casos de sobrecarga de trabalho com
três turnos seguidos, infraestrutura de sala de aula
precária e constante pressão por melhores resultados
Juliano Cavalcanti, Marcelo da Silva
43
Unidade de ensino potencialmente significativa no ensino de ciências
44
Juliano Cavalcanti, Marcelo da Silva
45
Unidade de ensino potencialmente significativa no ensino de ciências
Atividade proposta
O minicurso “Unidade de ensino potencialmente sig-
nificativa no ensino de ciências” foi dividido em etapas.
No primeiro momento, foram levantadas as ações diferen-
ciadas, os eventos culturais, os recursos, a infraestrutura
de laboratório, as metodologias e os referencias teóricos
que cada professor utiliza em sua sala de aula. Posterior-
mente, foram definidos os contextos em que os professores
46
Juliano Cavalcanti, Marcelo da Silva
47
Unidade de ensino potencialmente significativa no ensino de ciências
48
Juliano Cavalcanti, Marcelo da Silva
Considerações finais
Para a mudança do cenário atual, torna-se funda-
mental propor alternativas metodológicas que contri-
buam para a compreensão de ciência por parte de alunos
e professores, que forneçam melhores condições para o en-
tendimento do mundo e para a formação de cidadãos com
senso crítico e atuantes na sociedade.
O Semape, por meio dos minicursos, oportuniza es-
paços importantes de discussão das propostas e fornece
subsídios metodológicos a todos os envolvidos. Quem de-
senvolve os minicursos conhece cada vez mais a realidade
dos professores, seus anseios e suas dúvidas.
A utilização da Ueps para o ensino de ciências deve
ser amplamente desenvolvida e disseminada, pois pro-
49
Unidade de ensino potencialmente significativa no ensino de ciências
Referências
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996. Dis-
ponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>.
Acesso em: 30 mar. 2015.
CAVALCANTI, Juliano. Unidade de ensino potencialmente signi-
ficativa para o estudo do Sistema Respiratório Humano. Revista
Brasileira de Ensino de Ciências e Tecnologia, Porto Alegre, v. 9,
n. 3, maio/ago. 2016.
GOULART, G. S.; SPORH, C. B. Análise de uma Ueps no ensino
de mecânica nos anos finais do ensino fundamental. In: SALÃO
INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, 7.
Anais... Bagé: Universidade Federal do Pampa, 2015. Salão de En-
sino - Oral. Disponível em: <http://seer.unipampa.edu.br/index.php/
siepe/article/viewFile/14753/4540>. Acesso em: 30 ago. 2017.
MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de aprendizagem. São Paulo:
Editora Pedagógica Universitária, 1999.
50
Juliano Cavalcanti, Marcelo da Silva
51
(Re)Planejando o trabalho em sala
de aula: uma etapa fundamental na
constituição de um professor-pesquisador
Guilherme Róbson Müller
José Augusto Stefini
Alana Neto Zoch
Introdução
Entre as virtudes do
professor, a reflexão sobre
si mesmo e sobre o meio faz
parte de sua práxis diária.
Esse direito à reflexão é tam-
bém precursor da definição de
competência humana, o que, na
figura docente, concerne ao seu fa-
zer pedagógico, “[...] estreitando cada
vez mais a margem em que a competên-
cia profissional faz diferença” (PERRE-
NOUD, 2002, p. 58).
Para o professor, o principal lugar de
ação é a sala de aula (entendida como qualquer
ambiente pedagógico), o que, segundo Schnetzler
e Aragão (1995), pode ser um espaço de investigação,
uma vez que possibilita contínuas reflexão e revisão do
Guilherme Róbson Müller, José Augusto Stefini, Alana Neto Zoch
1
Estas relações estão sustentadas em teorias de aprendizagem, neste caso, espe-
cificamente, a teoria de aprendizagem significativa, de Ausubel e Novak, e a teoria
de educação, de Novak (MOREIRA, 1999).
53
(Re)Planejando o trabalho em sala de aula: uma etapa fundamental na constituição...
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Guilherme Róbson Müller, José Augusto Stefini, Alana Neto Zoch
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(Re)Planejando o trabalho em sala de aula: uma etapa fundamental na constituição...
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Guilherme Róbson Müller, José Augusto Stefini, Alana Neto Zoch
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(Re)Planejando o trabalho em sala de aula: uma etapa fundamental na constituição...
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Guilherme Róbson Müller, José Augusto Stefini, Alana Neto Zoch
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(Re)Planejando o trabalho em sala de aula: uma etapa fundamental na constituição...
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Guilherme Róbson Müller, José Augusto Stefini, Alana Neto Zoch
Considerações finais
Entendemos a prática docente como um movimento
mutável e complexo, um estado inacabado, assim como o
próprio ser humano, rompendo paradigmas com novas in-
vestigações que podem levar a interpretações distintas do
sentido de ensinar. Oriundo de questionamentos que es-
tavam absortos em diálogos informais, tornou-se provei-
toso o espaço do 9º Seminário de Atualização Pedagógica
para Professores da Educação Básica para compartilhar
significados e sentimentos sobre o ensino e a aprendiza-
gem de ciências e química.
As atividades experimentais apresentam diferentes
e importantes maneiras de observar os conhecimentos
científicos, não estando restritas a somente uma maneira
ou um método absoluto. Cada ensaio pode ser realizado
em tempos diferentes, com variados graus de complexi-
dade, de acordo com o intento do professor e o nível de
interação cognitiva que se deseja do aprendente. Ainda,
revisitar determinados conceitos abstratos de ciência e
química mostra-se como poderosa ferramenta na reten-
ção e relação não arbitrária do conhecimento, premissa
discutida amplamente no cognitivismo, subjacente ao hu-
manismo.
63
(Re)Planejando o trabalho em sala de aula: uma etapa fundamental na constituição...
Referências
ASTOLFI, Jean-Pierre; DEVELAY, Michel. A didática das ciências.
Campinas: Papirus, 2014.
BROWN, Theodore L. Química: a ciência central. 13. ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2016.
MOREIRA, Marco Antonio. Organizadores prévios e aprendizagem
significativa. Revista Chilena de Educación Científica, Santiago, v.
7, n. 2, p. 23-30, 2008. Revisado em 2012.
______. Teorias de aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
PERRENOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício de professor:
profissionalização e razão pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002.
POZO, Juan Ignacio; CRESPO, Miguel Ángel Gómez. A aprendiza-
gem e o ensino de ciências: do conhecimento cotidiano ao conheci-
mento científico. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
SÁ, Gilberto Fernandes; FERREIRA, Ricardo. In memoriam. Quí-
mica Nova, São Paulo, v. 16, n. 5, 1993. Disponível em: <http://
quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/Vol16No5_500_v16_
n5_%2819%29.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2017.
SCHNETZLER, Roseli Pacheco; ARAGÃO, Rosália Maria Ribeiro.
Importância, sentido e contribuições de pesquisas para o ensino de
Química. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 1, p. 27-31, 1995.
64
Guilherme Róbson Müller, José Augusto Stefini, Alana Neto Zoch
Anexo A
Materiais utilizados nas propostas de atividades experimentais
Materiais utilizados:
Materiais utilizados:
Béqueres ou copos Pedaços de zinco metálico
Espátulas ou colheres Sulfato de zinco (ZnSO4(s))
Água destilada Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O(s))
Pedaços de cobre metálico e fio de cobre Nitrato de prata (AgNO3(s))
Materiais utilizados:
Martelo Vela
Cano de cobre ou lata de alumínio Sal de cozinha (principal componente NaCl(s))
Vídeo de apoio – Vídeo educativo “Química: Metais e Ligações Metálicas”, produzido
por alunos da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), disponibilizado no canal
Socrática Português. Disponível em: goo.gl/L7HQVu. Acesso em: 31 agosto 2017.
Materiais utilizados:
Pen drive com o Linux Educacional 5.0 – Por se tratar de um projeto do Governo Federal, o
LE foi desenvolvido sob a filosofia do software livre, e seu download pode ser realizado no
endereço https://linuxeducacional.c3sl.ufpr.br/LE5/.
Computador ou notebook.
65
O tema da campanha da fraternidade:
contextualização e criatividade nas aulas
de Biologia e Química
Aline Locatelli
Carine Leal Klein
Eva Rita Machado Ferreira Crestani
Introdução
Este capítulo discorre
a respeito da experiência
realizada pelas autoras em
prover um minicurso sobre
os três momentos pedagógi-
cos (3MPs), envolvendo como
temática principal a Campa-
nha da Fraternidade, visando
propor dinâmicas que envolvam os
participantes na elaboração de aulas
contextualizadas e criativas, que tra-
tem de temas cotidianos como o da Cam-
panha da Fraternidade de 2017: “Frater-
nidade: biomas brasileiros e defesa da vida”.
Atualmente, as descobertas científicas
estão em constante crescimento, isso leva à neces-
sidade de democratizar os conhecimentos científicos
e tecnológicos, para propiciar aos cidadãos uma melhor
Aline Locatelli, Carine Leal Klein, Eva Rita Machado Ferreira Crestani
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O tema da campanha da fraternidade: contextualização e criatividade nas aulas...
68
Aline Locatelli, Carine Leal Klein, Eva Rita Machado Ferreira Crestani
69
O tema da campanha da fraternidade: contextualização e criatividade nas aulas...
Os 3MPs
Na tentativa de ser fiel à dialogicidade proposta por
Freire, um grupo de pesquisadores desenvolveu uma me-
todologia ou estratégia didática que ficou conhecida como
3MPs (DELIZOICOV; ANGOTTI, 1991, 2000). As etapas
dos 3MPs são:
a) problematização inicial ou PI, em que se apresen-
tam questionamentos e/ou situações-problema,
partindo-se de situações reais do cotidiano do es-
tudante e que estejam relacionadas com os temas
de ensino propostos; em um primeiro momento,
caracterizado pela compreensão e pela apreensão
da posição dos estudantes diante do assunto, é de-
sejável que a postura do educador se volte mais
para questionar e lançar dúvidas;
70
Aline Locatelli, Carine Leal Klein, Eva Rita Machado Ferreira Crestani
71
O tema da campanha da fraternidade: contextualização e criatividade nas aulas...
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Aline Locatelli, Carine Leal Klein, Eva Rita Machado Ferreira Crestani
73
O tema da campanha da fraternidade: contextualização e criatividade nas aulas...
Nº de
3MPs Atividades
aulas
Leitura e discussão da reportagem: Empresa é inter-
ditada por vender água mineral contaminada no RS
Problematização
(disponível em: <http://g1.globo.com/bom-diabrasil/ 1
inicial
noticia/2016/06/empresa-e-interditada-por-vendera-
gua-mineral-contaminada-no-rs.html>).
Discussão sobre molécula de água, conceitos e sua
Organização do organização nos diferentes estados físicos.
2
conhecimento Exposição dialogada do conteúdo sobre geometria
molecular.
Atividade prática de “representação” de moléculas
com balinhas de goma.
Uso do simulador Construção de Moléculas (dispo-
Aplicação do
nível em: <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simula- 4
conhecimento
tion/legacy/builda-molecule>).
Atividades de aprendizagem sobre o conteúdo.
Pesquisa sobre a água potável da cidade.
Fonte: Crestani, Klein e Locatelli (2016).
74
Aline Locatelli, Carine Leal Klein, Eva Rita Machado Ferreira Crestani
Resultados e discussões
O minicurso apresentou-se de forma positiva em
relação à participação dos inscritos. Os participantes de-
monstraram interesse pelo assunto e desenvolveram bem
as atividades propostas como desafio. No Quadro 3, apre-
sentamos uma sequência didática elaborada pelos parti-
cipantes.
75
O tema da campanha da fraternidade: contextualização e criatividade nas aulas...
Considerações finais
Faz-se a defesa do uso da dinâmica dos 3MPs, pois
se acredita que o professor, ao trabalhar com temas que
envolvem a realidade dos estudantes, desperta maior in-
teresse para as suas aulas, possibilitando, assim, a par-
ticipação ativa dos alunos no desenvolvimento das ativi-
dades.
Ao se trabalhar com temas que provoquem a refle-
xão do aluno acerca da realidade, o estudante é convida-
do a se posicionar criticamente, desenvolvendo o senso de
responsabilidade e o senso crítico como um cidadão ante
a realidade do mundo. Além disso, ao se trabalhar com
temas do cotidiano, os 3MPs possibilitam o uso de temas
relacionados com ciência, tecnologia, sociedade, cidada-
nia, etc., promovendo a alfabetização científica. A dinâmi-
ca dos 3MPs está aberta para trabalhar de forma lúdica,
76
Aline Locatelli, Carine Leal Klein, Eva Rita Machado Ferreira Crestani
Referências
AULER, D.; DELIZOICOV, D. Alfabetização científico-tecnológica
para quê? Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, v. 3, n. 1,
p. 1-13, 2001. Disponível em: <http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/
index.php/ensaio/article/viewFile/44/203>. Acesso em: 20 jul. 2016.
CHASSOT, A. I. Alfabetização científica: uma possibilidade para a
inclusão social. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, v. 23, n.
22, p. 89-100, 2003.
CRESTANI, E. R. M. F.; KLEIN, C.; LOCATELLI, A. Representa-
ção de moléculas com balinhas de goma e o ensino de geometria
molecular. In: MOSTRA GAÚCHA DE VALIDAÇÃO DE PRODU-
TOS EDUCACIONAIS, 2; ENCONTRO PIBID FÍSICA RS, 1, 2016,
Passo Fundo. Anais... Passo Fundo: UPF Editora, 2016. p. 1-8.
DELIZOICOV, D. Conhecimento, tensões e transições. Tese (Douto-
rado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São
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DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino
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______. Ensino de ciências: fundamentos e métodos. 4. ed. São Pau-
lo: Cortez, 2011.
77
O tema da campanha da fraternidade: contextualização e criatividade nas aulas...
78
Das especiarias à petroquímica:
diferentes maneiras de contextualizar o
ensino de química orgânica
Ana Paula Härter Vaniel
Micheli Aguirres
Milene Fracasso Galvagni
Introdução
Desenvolver os con-
teúdos por meio de situa-
ções de estudo (SE) requer
planejamento, para que as
atividades propostas opor-
tunizem aos estudantes:
[...] a significação dos
conceitos que se dá pela
interação e interlocução en-
tre os sujeitos participantes do
processo de ensino e aprendiza-
gem. Nesse contexto, destaca-se o
papel do professor com [...], a fun-
ção de mediar o aluno no processo de
compreensão dos conceitos científicos
(MALDANER et al., 2013, p. 44-45).
80
Ana Paula Härter Vaniel, Micheli Aguirres, Milene Fracasso Galvagni
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Das especiarias à petroquímica: diferentes maneiras de contextualizar o ensino...
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Ana Paula Härter Vaniel, Micheli Aguirres, Milene Fracasso Galvagni
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Fonte: autoras.
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Ana Paula Härter Vaniel, Micheli Aguirres, Milene Fracasso Galvagni
Fonte: autoras.
89
Das especiarias à petroquímica: diferentes maneiras de contextualizar o ensino...
Considerações finais
Durante a realização do minicurso “Das especiarias
à petroquímica: diferentes formas de contextualizar o en-
sino de química orgânica” no 9º Semape, pôde-se perce-
ber como o Pibid, com suas ações, consegue aprimorar os
conhecimentos científicos de bolsistas e professores que
participam do projeto, além de oportunizar aos estudan-
tes das escolas uma aprendizagem com maior significado
e sentido para os conhecimentos científicos.
Nesse contexto, é preciso compreender a necessida-
de do surgimento de novas metodologias de ensino, pois
a escola já não comporta mais um modelo tradicional, já
que o professor não é o único detentor do saber e a ciência
não é finita e acabada, concepções que muitos professores
e estudantes carregam consigo durante a sua trajetória de
ensino e aprendizagem.
Desenvolver os conteúdos por meio de SE faz com que
o docente aprimore sua prática e, aos poucos, constitua-se
como professor pesquisador, ficando atento às relações so-
ciais para além da sala de aula, para que possa aproximar
90
Ana Paula Härter Vaniel, Micheli Aguirres, Milene Fracasso Galvagni
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
Coleção explorando o ensino: Química. Brasília, DF: SEB, 2006.
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MALDANER, O. A. et al. Pressupostos epistemológicos que balizam
a situação de estudo: algumas implicações ao processo de ensino e
aprendizagem e à formação docente. Ciência & Educação, Bauru,
v. 19, n. 1, 2013.
91
Trabalhando com corantes em uma
proposta de abordagem CTSA
(Ciência, Tecnologia, Sociedade e Arte) –
relações entre ciência, arte e educação:
relevância e inovação
Clóvia Marozzin Mistura
Yasmin Vieira
Valéria Favero Marini
Mariane Loch Sbeghen
Introdução
Este capítulo apresenta
uma oficina temática para au-
las de Artes e Ciências Naturais
no ensino fundamental e de Química
no ensino médio, com uma abordagem
de Ciência, Tecnologia, Sociedade e Arte
(CTSA), por meio de corantes naturais e ar-
tificiais para discutir conhecimentos científi-
cos. Oficinas temáticas possibilitam a inserção do
contexto do estudante em sala de aula, promoven-
do a aprendizagem e desenvolvendo uma visão crítica
para tomar decisões em seu meio (MARCONDES, 2008,
Clóvia Marozzin Mistura et al.
93
Trabalhando com corantes em uma proposta de abordagem CTSA (Ciência...
Cor: o que é?
A cor é uma propriedade de uma radiação eletromag-
nética, com comprimento de onda pertencente ao espectro
visível, capaz de produzir no olho uma sensação caracte-
rística (HIGSON, 2009). Para entender as cores, é preciso,
antes, falar de luz. A luz branca (praticamente a totali-
dade da luz proveniente do Sol) é composta de radiações
de diversos comprimentos de onda. Cada comprimento de
onda corresponde a uma cor (Quadro 1) – ou seja, ao ser
captado individualmente por nossos olhos, ele é conver-
tido em impulsos elétricos que fazem o cérebro perceber
94
Clóvia Marozzin Mistura et al.
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Trabalhando com corantes em uma proposta de abordagem CTSA (Ciência...
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Clóvia Marozzin Mistura et al.
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Clóvia Marozzin Mistura et al.
Espectrofotometria
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Clóvia Marozzin Mistura et al.
101
Trabalhando com corantes em uma proposta de abordagem CTSA (Ciência...
102
Clóvia Marozzin Mistura et al.
Considerações finais
De acordo com Jorge (2014), um cientista, como um
pintor, um poeta ou compositor, é um realizador e desco-
bridor de padrões. Os padrões do cientista, como os do
pintor, do poeta ou do compositor, devem ser belos; suas
ideias, como as cores, as palavras ou notas, devem ficar
juntas de modo harmônico. A beleza é o primeiro teste nas
ciências e nas artes: não há lugar permanente para a ciên-
cia feia ou não inspirada. O futuro de nossa nação está
associado à ideia principal de que é necessário avançar
no sentido de transferir conhecimento para mais pessoas,
deslocá-lo para mais instituições e empresas, deslocá-lo
para todas as regiões do país, inundando toda a sociedade.
Os resultados confirmaram a importância das ativi-
dades multidisciplinares e contextualizadas para facilitar
a compreensão dos estudantes sobre o tema em estudo.
Além disso, percebeu-se que muitos dos participantes en-
tenderam que diferentes temas e áreas podem levar a di-
ferentes atividades de construção de conhecimento. Essa
proposta de oficina temática pôde abrir perspectivas para
que outros professores a utilizem em contextos semelhan-
tes. Quando a perspectiva de CTSA é incluída nos currícu-
los escolares, ela sugere inovar nas ações formativas dos
professores de ciências, interligando-as com outras áreas.
Nesse sentido, é importante a busca por fortalecer políti-
cas institucionais para a reestruturação de programas de
formação de professores, contemplando tanto a formação
inicial como a continuada, com enfoque na educação em
CTSA, possibilitando uma prática pedagógica no ensino
de ciências e visando à discussão da ciência e da tecnolo-
103
Trabalhando com corantes em uma proposta de abordagem CTSA (Ciência...
Agradecimentos
As autoras agradecem a Universidade de Passo Fun-
do (UPF) pelo espaço para a realização da oficina e as ofi-
cineiras que ajudaram a pensar, preparar e tornar possí-
vel esta proposta de CTSA, a professora Alana Neto Zoch
(Mestrado em Ensino de Ciências) e as acadêmicas de Ar-
tes Visuais, Alessandra Rizzi e Luana Araújo. Um agra-
decimento especial, também, à pioneira destas discussões
na UPF, a professora Maria Lucina Busato Bueno, autora
do livro Tintas naturais, uma alternativa à pintura artís-
tica (1998).
Referências
BAZZO, W. A. Ciência, tecnologia e sociedade: o contexto da educa-
ção tecnológica. Florianópolis: Editora UFSC, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Na-
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CONSTANT, P. B. L.; STRINGHETA, P. C.; SANDI, D. Corantes
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Alimentos, Curitiba, PR, v. 20, n. 2, p. 203-220, 2002. Disponível em:
<https://revistas.ufpr.br/alimentos/article/viewFile/1248/1048>.
Acesso em: 22 ago. 2017.
104
Clóvia Marozzin Mistura et al.
105
Trabalhando com corantes em uma proposta de abordagem CTSA (Ciência...
106
Os conceitos de ciências envolvidos na
produção de cerveja artesanal
Ademar Antonio Lauxen
Jucelino Cortez
Lairton Tres
Introdução
A formação docente,
como define Nóvoa (1995,
p. 18), é “[...] mais do que
um lugar de aquisição de
técnicas e de conhecimen-
tos, a formação de profes-
sores é o momento-chave
da socialização e da confi-
guração profissional”. Nesse
sentido, pensar a formação dos
educadores é configurar processos
que possam constituir um profissio-
nal com capacidade de propor práticas
pedagógicas que envolvam questões de
caráter social, econômico, político e cul-
tural, ligadas às atividades e aos problemas
humanos e sociais. Com o surgimento da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996)
e dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino
Os conceitos de ciências envolvidos na produção de cerveja artesanal
108
Ademar Antonio Lauxen, Jucelino Cortez, Lairton Tres
109
Os conceitos de ciências envolvidos na produção de cerveja artesanal
Contextualização e interdisciplinaridade:
construção de significados
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)
para o Ensino Médio (BRASIL, 1999), a contextualiza-
ção é sugerida por meio do uso de temas que estabeleçam
inter-relação com os diversos campos da ciência, relacio-
nando a informação científica com o contexto social. Essa
relação deve estar pautada em situações reais para o edu-
cando, fazendo com que o aluno passe a ter interesse em
encontrar a compreensão e a solução dos eventos.
Tratados dessa forma, os conteúdos ganham flexibilida-
de e interatividade, deslocando-se do tratamento usual
que procura esgotar um a um os diversos “tópicos” da
Química, para o tratamento de uma situação-problema,
em que os aspectos pertinentes do conhecimento quími-
co, necessários para a compreensão e a tentativa de so-
lução, são evidenciados (BRASIL, 1999, p. 34).
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Ademar Antonio Lauxen, Jucelino Cortez, Lairton Tres
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Os conceitos de ciências envolvidos na produção de cerveja artesanal
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Ademar Antonio Lauxen, Jucelino Cortez, Lairton Tres
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Os conceitos de ciências envolvidos na produção de cerveja artesanal
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Ademar Antonio Lauxen, Jucelino Cortez, Lairton Tres
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Os conceitos de ciências envolvidos na produção de cerveja artesanal
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Ademar Antonio Lauxen, Jucelino Cortez, Lairton Tres
Fonte: autores.
117
Os conceitos de ciências envolvidos na produção de cerveja artesanal
Fonte: autores.
Considerações finais
A crítica que ainda persiste ao ensino de Ciências
Naturais é sobre a forma como esse vem sendo trabalhado
nas escolas. Em boa parte, a ciência é apresentada de for-
ma descontextualizada, fragmentada e dogmática. Nesse
tipo de ensino, como afirma Santos (2007, p. 4):
118
Ademar Antonio Lauxen, Jucelino Cortez, Lairton Tres
Referências
BOTTEGA, R. M. D. Formação de professores em serviço: aspectos
para discussão. Revista Trama, Cascavel, PR, v. 3, n. 5, p. 171-179,
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______. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Bra-
sília, DF: MEC; SEMTEC, 1999.
119
Os conceitos de ciências envolvidos na produção de cerveja artesanal
120
Ademar Antonio Lauxen, Jucelino Cortez, Lairton Tres
121
Interdisciplinaridade no ensino de
Ciências e Química: a utilização de
temas e atividades experimentais para a
efetivação de propostas na escola
Introdução
A sociedade atinge,
nos tempos atuais, elevado
estado de desenvolvimento
científico e tecnológico, desenvol-
vimento que não se encontra ape-
nas em laboratórios ou instituições
de pesquisa, mas também aplicado no
dia a dia das pessoas. Paralelamente a
essa percepção do conhecimento no cotidia-
no das pessoas, também se torna facilmente
visível a facilidade no acesso a ele.
No entanto, por mais que consideremos que
o acesso ao conhecimento está mais próximo e mais
acessível, isso não tem se efetivado em uma melhor com-
preensão pelos estudantes dos conceitos de ciências
Janaína Chaves Ortiz, Sthefen Andrade Da Ronch Yara Patrícia da Silva
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Interdisciplinaridade no ensino de Ciências e Química: a utilização de temas e...
124
Janaína Chaves Ortiz, Sthefen Andrade Da Ronch Yara Patrícia da Silva
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Interdisciplinaridade no ensino de Ciências e Química: a utilização de temas e...
Proposta da oficina
A oficina “Interdisciplinaridade no ensino de Ciências
e Química: a utilização de temas e atividades experimen-
tais para a efetivação de propostas na escola” teve como
principal objetivo apresentar aos participantes a impor-
tância de não se trabalhar a construção do conhecimento
com os estudantes de maneira fragmentada. O tema gera-
dor da proposta foi “água”. A partir disso, os organizadores
126
Janaína Chaves Ortiz, Sthefen Andrade Da Ronch Yara Patrícia da Silva
127
Interdisciplinaridade no ensino de Ciências e Química: a utilização de temas e...
cont.
Ensino médio
Tema Conceitos
Cinética das reações
Densidade
Transformações químicas no
Viscosidade
cotidiano
Solubilidade
Precipitação
Termoquímica
Energia e transformação química
Reações químicas
Aspectos dinâmicos das transfor- Reações químicas
mações químicas Equilíbrio químico e pH
Gases
Química e atmosfera Pressão
Energia cinética
Solubilidade
Temperatura de fusão
Temperatura de ebulição
Separação de sistemas homogêneos e
Química e hidrosfera
heterogêneos
pH
Agentes causadores de poluição
Agentes patogênicos
Tipos de solo
Acidez
Alcalinidade
Química e litosfera
Permeabilidade
Fertilidade no solo
Fotossíntese
Fonte: elaboração das autoras.
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Janaína Chaves Ortiz, Sthefen Andrade Da Ronch Yara Patrícia da Silva
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Interdisciplinaridade no ensino de Ciências e Química: a utilização de temas e...
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Janaína Chaves Ortiz, Sthefen Andrade Da Ronch Yara Patrícia da Silva
131
Interdisciplinaridade no ensino de Ciências e Química: a utilização de temas e...
Atividades desenvolvidas
Os participantes da oficina relatada neste texto
eram professores de Ciências do ensino fundamental, mas
nenhum tinha formação em Química, havia apenas uma
acadêmica do curso de licenciatura em Química da Uni-
versidade de Passo Fundo. No início das atividades, foram
apresentados dois artigos que poderiam ser trabalhados
como forma de introduzir o tema: “A água como tema ge-
rador do conhecimento químico”, de Quadros (2004), e
“Água – uma visão integrada”, de Duarte (2014). Poste-
riormente, a maquete que havia sido desenvolvida pelos
palestrantes foi apresentada pelos professores. Devido ao
tempo para realização do minicurso, a maquete já havia
sido construída para ser utilizada como modelo. Em fun-
ção de a maquete apresentar uma representação das ge-
leiras, foi iniciado o debate sobre os estados de agregação
da matéria e a energia envolvida para as mudanças de
estados. Sendo assim, foi realizado um procedimento ex-
perimental que consistiu em fusão, vaporização e conden-
sação da água, seguido da construção de um gráfico para
representar as alterações do sistema e permitir o trabalho
com os conceitos de energia cinética e potencial envolvidos
nos processos. Além disso, ao se tratar do ciclo da água,
a condensação foi utilizada como exemplo para explicar a
formação da precipitação pluviométrica (chuva).
Foi apresentada aos participantes, com o auxílio da
maquete, a simulação de água superficial, para debater
os temas referentes a áreas de preservação permanente,
contemplando a importância da mata ciliar em torno dos
rios para sua preservação. Ao relacionar o assoreamento
dos rios em função da erosão, foi apresentado o procedi-
132
Janaína Chaves Ortiz, Sthefen Andrade Da Ronch Yara Patrícia da Silva
133
Interdisciplinaridade no ensino de Ciências e Química: a utilização de temas e...
Considerações finais
A elaboração da presente proposta evidenciou a rele-
vância de abordar os conceitos partindo de temas específi-
cos, neste caso, a água, como forma de se possibilitar uma
abordagem interdisciplinar. A utilização do tema permitiu
a articulação entre os conceitos disciplinares, tornando-se
factível a abordagem dos conceitos mediante a discussão
de fenômenos naturais e situações do dia a dia dos estu-
dantes, levando a uma compreensão sob uma ótica inter-
disciplinar e não fragmentada, tanto para o ensino funda-
mental quanto para o ensino médio.
O desenvolvimento de uma proposta interdisciplinar
demanda um trabalho colaborativo, no planejamento, na
execução e na avaliação da aprendizagem dos conceitos
propostos pelos estudantes. Assim, é relevante a sensibi-
lização dos agentes públicos, ou seja, das secretarias de
educação dos municípios e dos estados, de modo a oferecer
aos professores momentos, dentro de suas cargas horá-
rias, em que possam conversar e planejar suas ações.
Nessa perspectiva de trabalho, destaca-se o papel
mediador do professor, pois, ao partir de temas e situa-
ções da vivência dos estudantes, os alunos assumem pa-
pel ativo no processo de ensino-aprendizagem, por isso a
134
Janaína Chaves Ortiz, Sthefen Andrade Da Ronch Yara Patrícia da Silva
Referências
BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Ciências
da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília, DF: Minis-
tério da Educação, 2006.
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DUARTE, H. A. Água – uma visão integrada. Cadernos Temáticos
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135
Interdisciplinaridade no ensino de Ciências e Química: a utilização de temas e...
136
Parte 2
Matemática e suas
tecnologias
Aprendizagem significativa de
estatística: aplicações no ensino
médio por meio do Excel
Rejane Padilha Quedi
Luiz Marcelo Darroz
Introdução
A estatística tem se mos-
trado como uma importante
área para a leitura e a in-
terpretação da realidade
existente. Diariamente, as
pessoas deparam-se com in-
formações em forma de gráfi-
cos e tabelas, no entanto, mui-
tas têm dificuldade em entender
essas informações porque não sabem
interpretar de forma correta o que está
descrito. Nesse sentido, o entendimento
dessa área de conhecimento apresenta-se
como de extrema importância, por ser utili-
zada em todas as disciplinas escolares e por
se aplicar a diversas áreas de trabalho, como: em-
presarial, bancária, econômica, agrícola e esportiva,
por exemplo. Nesse contexto, percebe-se a importância
da estatística na sociedade contemporânea e o quanto
Rejane Padilha Quedi, Luiz Marcelo Darroz
139
Aprendizagem significativa de estatística: aplicações no ensino médio por meio do Excel
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Rejane Padilha Quedi, Luiz Marcelo Darroz
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Aprendizagem significativa de estatística: aplicações no ensino médio por meio do Excel
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Rejane Padilha Quedi, Luiz Marcelo Darroz
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Aprendizagem significativa de estatística: aplicações no ensino médio por meio do Excel
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Rejane Padilha Quedi, Luiz Marcelo Darroz
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Aprendizagem significativa de estatística: aplicações no ensino médio por meio do Excel
146
Rejane Padilha Quedi, Luiz Marcelo Darroz
Oficina
A oficina “Aprendizagem significativa de estatística:
aplicações no ensino médio através do Excel” foi desenvol-
vida no âmbito do 9º Seminário de Atualização Pedagógi-
ca para Professores da Educação Básica e teve duração
de quatro horas. A atividade envolveu dois professores
da Universidade de Passo Fundo e doze professores de
Matemática do ensino médio do sistema público estadual
do Rio Grande do Sul. Com os objetivos de coletar e re-
unir dados sobre a prática pedagógica dos professores e
de identificar os subsunçores presentes em suas estrutu-
147
Aprendizagem significativa de estatística: aplicações no ensino médio por meio do Excel
148
Rejane Padilha Quedi, Luiz Marcelo Darroz
149
Aprendizagem significativa de estatística: aplicações no ensino médio por meio do Excel
Fonte: autores.
150
Rejane Padilha Quedi, Luiz Marcelo Darroz
Considerações finais
Os resultados da experiência descrita dão forças à
hipótese de que uma metodologia com enfoque em um
conteúdo significativo é fundamental para despertar, no
aprendiz, o prazer pela construção de significado e a valo-
rização do que está sendo aprendido. Quando a metodolo-
gia é desenvolvida para um grupo de professores que per-
cebe ligação direta entre os conteúdos a serem discutidos
e os que já conhecem, interpretando-os como importantes
para suas vidas, desenvolve-se um potencial maior para a
aprendizagem, afinal, esses novos conhecimentos passam
a fazer sentido. Dessa forma, a ideia de desenvolver uma
oficina de formação continuada para professores sobre
conceitos básicos de estatística, fundamentada na Teoria
da Aprendizagem Significativa, pode ser considerada uma
experiência bem-sucedida.
Por fim, cabe destacar que, embora a oficina tenha
sido realizada com professores de nível médio, a experiên-
cia pode ser repetida com professores de nível fundamen-
tal, assim como o rol de conteúdos também pode ser al-
terado. No entanto, ressalta-se que o material utilizado
como organizador prévio e as atividades realizadas no de-
correr da oficina devem ser selecionados a partir de uma
concepção que favoreça a diferenciação progressiva e a in-
tegração reconciliadora dos assuntos abordados e permita
uma aprendizagem verdadeiramente significativa.
151
Aprendizagem significativa de estatística: aplicações no ensino médio por meio do Excel
Referências
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Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio).
Brasília, DF: Ministério da Educação, 2000.
______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e
Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais + (PCN+) – Ciên-
cias da Natureza e suas Tecnologias. Brasília, DF: Ministério da
Educação, 2002.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curri-
culares Nacionais: Matemática (1º e 2º ciclos do Ensino Fundamen-
tal). Brasília: MEC/SEF, 1997.
152
Rejane Padilha Quedi, Luiz Marcelo Darroz
153
O pensamento lógico-matemático por
meio de tecnologias digitais
Alessandra Cristina Rüedell
Marco Antônio Sandini Trentin
Introdução
Este capítulo relata um
minicurso de programação de
computadores para professo-
res dos ensinos fundamen-
tal e médio, realizado no 9º
Seminário de Atualização
Pedagógica para Professo-
res da Educação Básica (Se-
mape), organizado pela Vice-
-Reitoria de Graduação da Uni-
versidade de Passo Fundo (UPF)
e oferecido a professores da região
de abrangência do município de Passo
Fundo, RS, bem como aos egressos e aca-
dêmicos da instituição, em especial aque-
les dos cursos de licenciatura.
O evento, realizado no ano de 2017,
apresentou o tema “Criatividade no ensinar e no
aprender” e teve como um de seus maiores propósi-
tos o incentivo à educação continuada dos professores da
Alessandra Cristina Rüedell, Marco Antônio Sandini Trentin
155
O pensamento lógico-matemático por meio de tecnologias digitais
1
Disponível em: <http://code.org>. Acesso em: 05 ago. 2017.
156
Alessandra Cristina Rüedell, Marco Antônio Sandini Trentin
Pensamento computacional
Para Andrade et al. (2013), o pensamento compu-
tacional pode ser comparado a ler, falar, escrever e fazer
operações aritméticas, habilidades intelectuais básicas do
ser humano, sendo assim considerado mais uma lingua-
gem utilizada para descrever e interagir com o Universo e
seus processos complexos.
Barcelos e Silveira (2012) apresentam algumas ca-
racterísticas que definem o pensamento computacional,
dentre elas, destaca-se o pensamento abstrato utilizado
para simplificar e resolver problemas complexos, concei-
tuando e não apenas aplicando a programação, pois induz
que as pessoas reflitam a respeito do problema em questão
em busca de um meio que o computador possa resolvê-lo.
O pensamento computacional tem se tornado algo
fundamental na sociedade, e, uma vez que que vivemos
em um mundo cada vez mais tecnológico, a utilização do
computador para resolução de problemas diversos deveria
ser estimulada e desenvolvida, principalmente, nas insti-
tuições de ensino e com todos os estudantes. Ao estimular
o estudo da Matemática e o raciocínio lógico, também traz
contribuições para todas as pessoas, de todas as áreas e
em diversas aplicações.
O pensamento computacional é fundamentado por
três pilares básicos, sendo eles:
[…] abstração, automação e análise. A abstração
é a capacidade de extrair apenas as características im-
portantes de um problema para chegar a sua solução,
levando em consideração que as demais já foram solu-
cionadas. Problemas com grau de complexidade grande
tornam-se difíceis de serem resolvidos, caso não haja
uma abstração adequada. A automação e a utiliza-
157
O pensamento lógico-matemático por meio de tecnologias digitais
158
Alessandra Cristina Rüedell, Marco Antônio Sandini Trentin
159
O pensamento lógico-matemático por meio de tecnologias digitais
160
Alessandra Cristina Rüedell, Marco Antônio Sandini Trentin
161
O pensamento lógico-matemático por meio de tecnologias digitais
O minicurso
Inicialmente, no site do Code.org, para a ambienta-
ção com a metodologia proposta, orientou-se os partici-
pantes a acessar o item Write your first computer program
(Angry Birds and Plants vs. Zombies) (Figura 1),2 no qual
deveriam resolver os problemas propostos, estimulando
o raciocínio lógico matemático e os sensos de distância e
direção.
2
Disponível em: <https://studio.code.org/hoc/1>. Acesso em: 08 ago. 2017.
162
Alessandra Cristina Rüedell, Marco Antônio Sandini Trentin
Fonte: autores.
Fonte: autores.
3
Disponível em: <https://studio.code.org/s/frozen/stage/1/puzzle/1>. Acesso em:
08 ago. 2017.
163
O pensamento lógico-matemático por meio de tecnologias digitais
Fonte: autores.
4
Disponível em: <https://studio.code.org/s/artist/stage/1/puzzle/1>. Acesso em: 08
ago. 2017.
5
Disponível em: <https://www.allcancode.com/web/hourofcode>. Acesso em: 08
ago. 2017.
164
Alessandra Cristina Rüedell, Marco Antônio Sandini Trentin
6
Disponível em: <http://roboblockly.ucdavis.edu/>. Acesso em: 08 ago. 2017.
165
O pensamento lógico-matemático por meio de tecnologias digitais
Fonte: autores.
Considerações finais
Manter-se atualizado e desenvolver maneiras diver-
sas de se trabalhar em sala de aula talvez sejam o gran-
de desafio dos professores da atualidade, mas participar
de eventos como o Semape e conhecer atividades como as
apresentadas no site Code.org podem auxiliar na melhoria
da educação das nossas escolas.
Cativar os estudantes pela tecnologia é uma alterna-
tiva cada vez mais viável, pois muitos consideram a escola
166
Alessandra Cristina Rüedell, Marco Antônio Sandini Trentin
Referências
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-aprendizagem. Revista Vértices, Campos dos Goytacazes: Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, v. 10, n. 1,
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ALVES, Hamilton Oliveira; DA LUZ, Araci Asinelli. Aspectos cog-
nitivos, metacognitivos e afetivos envolvidos na resolução de pro-
blemas matemáticos. Revista Contemporânea de Educação, Rio de
Janeiro, v. 2, n. 3, dez. 2007. Disponível em: <https://revistas.ufrj.
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ANDRADE, Daiane et al. Proposta de atividades para o desen-
volvimento do pensamento computacional no ensino fundamen-
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BAIRRAL, Marcelo Almeida; ASSIS, Alexandre Rodrigues de; SIL-
VA, Bárbara C. C. da. Uma matemática na ponta dos dedos com
dispositivos touchscreen. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e
Tecnologia, Curitiba, v. 8, n. 4, 2015. Disponível em: <https://perio-
dicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/1754/2519>. Acesso em: 22 jul.
2017.
167
O pensamento lógico-matemático por meio de tecnologias digitais
168
História da matemática e suas
potencialidades interdisciplinares
Luiz Henrique Ferraz Pereira
Introdução
A realidade a nossa volta não
cabe em um olhar. Tomemos,
por exemplo, uma folha, por
menor que seja, um mate-
mático poderá medir suas
dimensões, descrevê-las
em unidades, tendo como
referência o sistema de me-
didas de área; um biólogo
poderá, ante a mesma folha,
classificá-la quanto à sua famí-
lia e à sua espécie; podemos, ain-
da, com a ajuda de um conhecedor
da língua portuguesa compreender o
porquê do nome “folha” e mesmo como
esse é escrito; associando a essas informa-
ções todas, poderíamos ainda colocar essa
minúscula folha em um microscópio e des-
vendar toda sua estrutura interna, saber de sua
constituição mais íntima. Embora possamos saber
muito sobre a pequena folha e esmiuçar sua existên-
cia, talvez não consigamos dizer exatamente o que ela
História da matemática e suas potencialidades interdisciplinares
170
Luiz Henrique Ferraz Pereira
1
Avaliação internacional que mede o nível educacional de jovens de 15 anos por
meio de provas de leitura, matemática e ciências, realizadas a cada três anos
pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, com o ob-
jetivo principal de produzir indicadores que contribuam, dentro e fora dos países
participantes, para a discussão da qualidade da educação básica e que possam
subsidiar políticas nacionais de melhoria da educação.
171
História da matemática e suas potencialidades interdisciplinares
172
Luiz Henrique Ferraz Pereira
173
História da matemática e suas potencialidades interdisciplinares
174
Luiz Henrique Ferraz Pereira
175
História da matemática e suas potencialidades interdisciplinares
176
Luiz Henrique Ferraz Pereira
Considerações finais
Ao findar este texto, tendo a prerrogativa de que os
elementos interdisciplinaridade, matemática e sua histó-
ria são referenciais possíveis de suscitar muitos elemen-
tos a uma maior discussão sobre suas vinculações, possi-
bilidades de abordagem e aprofundamentos, o tema conti-
nua latente nas possibilidades de outros trabalhos sobre
o assunto.
Após a execução do minicurso que serviu como re-
ferência para a escrita deste texto, foi possível intuir o
quanto os professores de Matemática estão ávidos por
desvelar possibilidades que vão ao encontro dos inúmeros
problemas que se fazem presentes no cotidiano da sala de
aula. Nossos professores estão, de forma geral, abandona-
dos em suas dificuldades e submetidos a um universo de
proposições pedagógicas sem um devido tempo de refle-
xão. É necessário um período para que possam se imbuir
de seus pressupostos, discutir com seus pares, experien-
177
História da matemática e suas potencialidades interdisciplinares
178
Luiz Henrique Ferraz Pereira
Referências
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ensinar ao resgate da educação. Petrópolis: Vozes, 2014.
MACHADO, Nílson José. Interdisciplinaridade e contextuação. In:
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Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Exame Nacional do Ensino
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Inep/MEC, 1999. p. 89-92.
MELLO, Guiomar Namo. Educação escolar brasileira. O que trou-
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NOVE em 10 alunos não aprendem matemática. Zero Hora, Porto
Alegre, 22 de jun. 2017, p. 28-29.
179
Um olhar diferenciado para as questões
da OBMEP
Neuza Terezinha Oro
Rosa Maria Tagliari Rico
Mariane Kneipp Giareta
Introdução
Na atualidade, é emer-
gente a discussão de ativi-
dades de sala de aula envol-
vendo o aluno de forma par-
ticipativa. Nessa perspecti-
va, o tema do 9º Seminário
de Atualização Pedagógica
para Professores da Educação
Básica (Semape), “Criatividade
no ensinar e no aprender”, corres-
ponde às necessidades da educação
no contexto atual. Com a intenção de
contribuir com a valorização e a formação
continuada dos professores da educação
básica, a equipe executora do projeto “Inte-
ração das Olimpíadas Brasileiras de Matemá-
tica das Escolas Públicas com o Ensino de Mate-
Neuza Terezinha Oro, Rosa Maria Tagliari Rico, Mariane Kneipp Giareta
181
Um olhar diferenciado para as questões da OBMEP
182
Neuza Terezinha Oro, Rosa Maria Tagliari Rico, Mariane Kneipp Giareta
Metodologia
O minicurso foi elaborado para professores da educa-
ção básica, licenciandos de Matemática e demais interes-
sados no tema. A atividade foi organizada em dois momen-
tos. No primeiro momento, os participantes, reunidos em
grupos, receberam o material impresso com as atividades
para discussão e resolução. Nessa etapa, os grupos fize-
ram a leitura de cada questão e, ao elaborar a estratégia
de resolução, registraram, por escrito, os procedimentos
utilizados bem como as dificuldades encontradas na lei-
tura e na resolução. Em seguida, os grupos foram convi-
dados a compartilhar as suas resoluções e as dificuldades
encontradas durante o processo de execução da atividade.
Já, no segundo momento, cada grupo recebeu uma ativi-
dade para confeccionar material manipulável como auxí-
lio na compreensão no processo de resolução da questão.
Para tanto, foram disponibilizados: folha sulfite colorida,
lápis e tesoura. Após a confecção, os grupos socializaram
os materiais elaborados.
Nesse contexto, a metodologia foi realizada de forma
prática e interativa entre os participantes, proporcionan-
do um espaço de discussão e resolução de problemas, con-
tribuindo com melhorias na leitura e escrita matemática
na prática docente.
183
Um olhar diferenciado para as questões da OBMEP
Atividades
Para o minicurso, as atividades foram selecionadas
do material didático da OBMEP, disponível no seu site,1 e
estão apresentadas a seguir.
1
Disponível em: <http://www.obmep.org.br/>. Acesso em: 08 mar. 2017.
184
Neuza Terezinha Oro, Rosa Maria Tagliari Rico, Mariane Kneipp Giareta
185
Um olhar diferenciado para as questões da OBMEP
186
Neuza Terezinha Oro, Rosa Maria Tagliari Rico, Mariane Kneipp Giareta
187
Um olhar diferenciado para as questões da OBMEP
Considerações finais
As atividades desenvolvidas propiciaram discussão
e ampliação na forma de interpretar as questões da OB-
MEP e também na diversidade dos modos de resolução.
E isso é constatado pelo feedback dado pelos professores
188
Neuza Terezinha Oro, Rosa Maria Tagliari Rico, Mariane Kneipp Giareta
189
Um olhar diferenciado para as questões da OBMEP
Referências
BELTRÁN, Johel et al. Banco de questões 2013. Rio de Janeiro:
IMPA, 2013. v. 184.
DANTE, Luiz Roberto. Formulação e resolução de problemas de ma-
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DANYLUK, Ocsana. Alfabetização matemática: o cotidiano da vida
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OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS
PÚBLICAS. Banco de Questões 2012. Rio de Janeiro: IMPA, 2012.
OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS
PÚBLICAS. Provas e Soluções. Disponível em: <http://www.obmep.
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PASSOS, Carmen Lúcia Brancaglion. Materiais manipuláveis como
recurso didático na formação de professores de Matemática. In: LO-
RENZATO, Sergio (Org.). O laboratório de ensino de matemática
na formação de professores. Campinas: Autores Associados, 2012.
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SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez. Ler, escrever e resolver
problemas: habilidades básicas para aprender Matemática. Porto
Alegre: Artmed, 2001.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petró-
polis: Vozes, 2002.
190
Recursos didáticos para trabalhar
matemática com alunos incluídos
Mariane Kneipp Giareta
Introdução
O Seminário de Atualização
Pedagógica para Professores
da Educação Básica, promo-
vido pela Universidade de
Passo Fundo tem se cons-
tituído em um espaço de
aproximação da universi-
dade com a comunidade,
por intermédio dos profes-
sores da educação básica e
dos acadêmicos dos cursos de
licenciaturas, com o objetivo de
contribuir com o aprimoramento e
a qualificação de professores das es-
colas públicas, buscando valorizar e
acolher esses profissionais, fortalecendo
os vínculos com suas instituições e com os
próprios profissionais. Durante os nove anos
de existência, esse evento tem promovido forma-
ção continuada por meio de palestras, minicursos
e discussões sobre temas educacionais e de formação
Recursos didáticos para trabalhar matemática com alunos incluídos
192
Mariane Kneipp Giareta
193
Recursos didáticos para trabalhar matemática com alunos incluídos
Metodologia
O minicurso procurou apresentar alguns recursos
pedagógicos trabalhados no projeto de extensão citado
que fossem simples, de fácil reprodução e com material
reciclável, para que, se os professores desejassem, pudes-
194
Mariane Kneipp Giareta
195
Recursos didáticos para trabalhar matemática com alunos incluídos
196
Mariane Kneipp Giareta
Fonte: autores.
1
Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=IgMW-jVb1kw>. Acesso em: 1 jun.
2018.
197
Recursos didáticos para trabalhar matemática com alunos incluídos
198
Mariane Kneipp Giareta
Fonte: autores.
Vamos ao supermercado?
Esta proposta foi adaptada do jogo “Vamos às com-
pras?”. Quando encontramos na escola um encarte de su-
permercado, com os nomes de produtos e hortaliças, pen-
samos em montar um jogo com esse material. Listamos
todos os produtos do encarte divididos em cinco listas de
compras, cada lista contempla quatro produtos diferentes.
Não há nenhum produto repetido nas listas. Colocamos
preços similares ao real.
a) Materiais
- Recortes de produtos de encartes de supermer-
cados, farmácias, lojas, etc.;
- listas de compras (5 produtos);
- carrinho de mercado (EVA);
- dinheiro de brinquedo (cédulas e moedas).
199
Recursos didáticos para trabalhar matemática com alunos incluídos
b) Metodologia
Em um grupo de seis participantes, um será o cai-
xa e os demais, consumidores. Cada consumidor
receberá um valor em dinheiro, uma lista de com-
pras e um carrinho, que serão colocados em cima
da mesa. O caixa deverá ler em voz alta o nome
de cada produto e o preço. O consumidor que tiver
o produto na sua lista de compras, deverá pagar
por ele. Ganha quem preencher seu carrinho de
supermercado primeiro.
Este jogo poderá ter versões semelhantes, com
produtos de lojas de eletrodomésticos, por exem-
plo, para trabalhar com valores maiores.
Fonte: autores.
200
Mariane Kneipp Giareta
Considerações finais
A avaliação do minicurso pelos professores sinalizou
que encontros de trocas de experiências e desabafos sobre
as incertezas que permeiam a sala de aula são importan-
tes para que se possam fazer reflexões sobre a prática do-
cente, possibilitando a socialização de experiências, a fim
de buscar alternativas para as dificuldades que possam
201
Recursos didáticos para trabalhar matemática com alunos incluídos
Referências
OLIVEIRA, Elizângela de Souza et al. Inclusão social: professores
preparados ou não? Polêm!ca, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 314-323,
maio 2012. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.
php/polemica/article/view/3103/2224>. Acesso em: 10 set. 2018.
PAIS, Luis Carlos. Didática da Matemática: uma análise da influ-
ência francesa. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 3. ed.
Petrópolis: Vozes, 2003.
202
Parte 3
Educação e
tecnologias
A metacognição como suporte ao
aprender a aprender
Cleci Teresinha Werner da Rosa
Caroline Maria Ghiggi
Álvaro Becker da Rosa
Introdução
A necessidade de sermos
criativos e inovadores, soma-
da aos avanços científicos e
tecnológicos presentes na
sociedade contemporânea,
remete à exigência de estar-
mos aprendendo sempre ao
longo de toda a vida. Portan-
to, muito mais do que acumular
conhecimentos, necessitamos fo-
mentar habilidades de pensamento
que nos permitam aprender. E essa
necessidade de aprender sempre está as-
sociada ao desenvolvimento da capacidade
de aprender, ou seja, ao “aprender a apren-
der”. Esse entendimento pressupõe saber como
aprendemos, que mecanismos colocamos em mar-
cha para isso e de que forma podemos controlar e ge-
renciar esses processos. Logo, o aprender a aprender
Cleci Teresinha Werner da Rosa, Caroline Maria Ghiggi, Álvaro Becker da Rosa
205
A metacognição como suporte ao aprender a aprender
206
Cleci Teresinha Werner da Rosa, Caroline Maria Ghiggi, Álvaro Becker da Rosa
Entendimento de metacognição
Para compreender o significado de metacognição, po-
de-se começar pelo prefixo meta, de origem grega. Entre
os vários significados, estão “o que acompanha”, “o que
vem após” e “o que está além de”. Portanto, metacognição
refere-se ao que acompanha, é posterior ou está além da
cognição (GONZÁLEZ, 1996). Contudo, o termo metacog-
nição é polissêmico e tem sofrido, desde sua utilização por
John Hurley Flavell (1971), várias interpretações. Rosa
(2011) lembra que, embora haja essas variações, fruto das
diferentes áreas que agregaram esse construto aos seus
estudos, um núcleo coeso se mantém firme e tem embasa-
do pesquisas no campo da Educação em Ciências e Mate-
mática.
O núcleo mencionado é entendido conforme as pri-
meiras definições sobre o termo dadas por Flavell. Para
Flavell (1976), a metacognição foi entendida como o co-
nhecimento sobre o próprio conhecimento, ou seja, a to-
mada de consciência sobre a própria cognição. Mais tarde
e em colaboração com outros pesquisadores, Flavell reto-
ma o conceito e amplia a sua definição inicial, declarando
207
A metacognição como suporte ao aprender a aprender
208
Cleci Teresinha Werner da Rosa, Caroline Maria Ghiggi, Álvaro Becker da Rosa
209
A metacognição como suporte ao aprender a aprender
210
Cleci Teresinha Werner da Rosa, Caroline Maria Ghiggi, Álvaro Becker da Rosa
Ferramentas didáticas
A partir do entendimento de metacognição e apoian-
do-se na perspectiva de ativar mecanismos que favoreçam
o aprender a aprender, foram selecionadas três estraté-
gias ou ferramentas didáticas, estruturadas de modo a
favorecer o uso do pensamento metacognitivo. As possi-
bilidades discutidas na sequência tomam por referência
estudos na área e foram selecionadas para integrar este
texto a partir da identificação de resultados promissores
em processo de intervenção didática.
211
A metacognição como suporte ao aprender a aprender
212
Cleci Teresinha Werner da Rosa, Caroline Maria Ghiggi, Álvaro Becker da Rosa
Resolução de problemas
No ensino de Ciências e Matemática, a resolução de
problema ocupa papel central em termos de ação didática.
A ênfase dada a ela decorre da concepção que a maioria dos
professores tem de que, para aprender/ensinar Matemá-
tica, Física ou Química, é necessário resolver problemas.
Para associar essa estratégia a momentos de evocação do
pensamento metacognitivo, a literatura tem apresentado
algumas alternativas, entre as quais estão as seguintes.
1) Reelaboração da situação-problema
Esta estratégia foi desenvolvida por Rosa e Ghiggi
(2017a) e infere a necessidade de que o aluno, ao ler um
problema e antes de iniciar a sua resolução, recrie o enun-
ciado a partir de situações vivenciadas. Na sequência,
deve ser feita uma representação na forma de desenho
da situação descrita no problema e, a seguir, expressar e
indicar os valores das grandezas apresentadas. Somente
213
A metacognição como suporte ao aprender a aprender
Atividades experimentais
214
Cleci Teresinha Werner da Rosa, Caroline Maria Ghiggi, Álvaro Becker da Rosa
215
A metacognição como suporte ao aprender a aprender
Considerações finais
Este trabalho buscou descrever o contexto teórico
que pautou a ação desenvolvida no minicurso intitulado
“A metacognição como suporte ao aprender a aprender”,
desenvolvido no VII Seminário de Atualização Pedagógi-
ca para Professores da Educação Básica, que ocorreu na
Universidade de Passo Fundo. Tais aspectos nortearam as
discussões, construídas em um processo de dialogicidade,
com exemplos e situações práticas trazidos pelos partici-
pantes e discutidos no minicurso.
O minicurso contou com a presença de quatorze pro-
fessores de diversas área do conhecimentos, que busca-
ram realizar adaptações no que estava sendo apresentado
para as situações vivenciadas em suas disciplinas curricu-
lares. Os exemplos traduzidos, a reflexão proporcionada e
a importância dada pelos participantes frente à necessi-
dade de ampliar o alcance de apropriação do conteúdo tra-
dicionalmente presente na escola podem ser considerados
como os resultados deste minicurso.
Esses resultados são reveladores do desejo que mui-
tos professores têm de repensar sua prática e de buscar
alternativas para qualificá-la. Além disso, essas alternati-
vas ultrapassam o âmbito das inovações em metodologias
de ensino, situando-se no desejo de qualificar a formação
216
Cleci Teresinha Werner da Rosa, Caroline Maria Ghiggi, Álvaro Becker da Rosa
Referências
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and other more mysterious mechanisms. In: WEINERT, Franz E.;
KLUWE, Rainer H. (Ed.). Metacognition, motivation and under-
standing. Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates,
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DUNLOSKY, John et al. Improving students’ learning with effec-
tive learning techniques: promising directions from Cognitive and
educational psychology. Psychological Science in the Public Interest,
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memory development the development of? Human Development,
Berkeley, USA, n. 14, p. 272-278, 1971.
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Lauren B. (Ed.). The nature of intelligence. Hillsdale, New Jersey:
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GONZÁLEZ, Fredy E. Acerca de la metacognición. Revista Para-
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JACOBOWITZ, T. AIM: a metacognitive strategy for constructing
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LAFORTUNE, Louise; SAINT-PIERRE, Lise. A afectividade e a
metacognição na sala de aula. Tradução de Joana Chaves. Lisboa:
Instituto Piaget, 1996.
217
A metacognição como suporte ao aprender a aprender
218
A criatividade de ensinar com recursos da
computação em nuvem
Eder Pazinatto
Leonardo Costella
Introdução
A tecnologia está cada dia
mais presente no cotidiano
das pessoas, especialmen-
te entre jovens e crianças.
As inovações tecnológicas
têm atingido a sociedade,
tornando-se fundamentais
para os meios econômico,
educacional e cultural, fazen-
do parte da vida das pessoas.
As relações pessoais sofreram
grandes impactos com o advento do
computador e de tantas outras tec-
nologias, como tablets, smartphones,
iPods, iPads. Assim, palavras como inter-
net, Twitter, WhatsApp, Facebook, Insta-
gram, entre outras, são termos que incorpo-
ramos ao nosso vocabulário do dia a dia.
Com o avanço da tecnologia nas últimas déca-
das, discute-se cada vez mais a utilização de recursos
A criatividade de ensinar com recursos da computação em nuvem
220
Eder Pazinatto, Leonardo Costella
A tecnologia na educação
Desde a década de 1980, quando Seymour Papert vis-
lumbrou a atração que o computador poderia proporcionar
às crianças, facilitando o seu processo de aprendizagem,
o uso do computador na escola como recurso tecnológico
para o ensino é tema de discussão entre pesquisadores de
todo o mundo. Com o advento da internet, o computador
tornou-se um objeto sociocultural presente no cotidiano
das pessoas, e esse tema ganhou ainda mais debates.
221
A criatividade de ensinar com recursos da computação em nuvem
222
Eder Pazinatto, Leonardo Costella
223
A criatividade de ensinar com recursos da computação em nuvem
1
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o_em_
nuvem>. Acesso em: 21 maio 2017.
224
Eder Pazinatto, Leonardo Costella
225
A criatividade de ensinar com recursos da computação em nuvem
226
Eder Pazinatto, Leonardo Costella
Metodologia
Apresentam-se, na sequência, os detalhes do mini-
curso “A Criatividade de Ensinar com Recursos da Com-
putação em Nuvens”, que foi oferecido no 9º Seminário
de Atualização Pedagógica para Professores de Educação
Básica. A atividade, que teve duração de 3 horas, foi des-
tinada a professores da educação básica. Inicialmente,
foi realizada uma breve introdução sobre conceitos de in-
formática e internet. Durante essa atividade, fez-se uma
explanação sobre internet, conexões, links (velocidade de
banda) e sobre o uso de programas na internet.
Conforme as classificações dos recursos da compu-
tação em nuvem, mencionadas na secção anterior, no mi-
nicurso, foi utilizado o SaaS, que permite aos usuários se
conectar e usar aplicativos baseados em nuvem pela inter-
net. Além das ferramentas estudadas no minicurso, Pan-
227
A criatividade de ensinar com recursos da computação em nuvem
228
Eder Pazinatto, Leonardo Costella
229
A criatividade de ensinar com recursos da computação em nuvem
Considerações finais
O uso da internet tem se difundido entre a sociedade
de maneira abrangente, porém, na educação, as evoluções
na aplicação da internet como uma ferramenta pedagógi-
ca têm ocorrido lentamente, mesmo a maioria das escolas
tendo laboratórios equipados e com conexão à rede mun-
dial de computadores. Diante dos benefícios da internet
e com as atividades que se podem obter na sua aplicação
na educação, é esperado que a escola desperte para esse
uso e faça das tecnologias que estão disponíveis mais uma
ferramenta de aprendizado e inclusão de alunos no meio
tecnológico, com promoção da autonomia, da criatividade
e da inovação do professor em sala de aula.
No minicurso, foi possível perceber que a utilização
de recursos da computação em nuvem, além de ajudar
professores na organização, no planejamento e na elabo-
ração de diversas atividades com os alunos, pode apoiar
estudantes durante o desenvolvimento de suas atividades
dentro e fora da sala de aula. Os aplicativos de edição de
textos, de planilhas e de apresentações em nuvem permi-
tem que as atividades sejam desenvolvidas em qualquer
local, desde que haja conexão à internet e um equipamen-
to básico, computador, smartphone ou tablet, para estabe-
lecer conexão. Além disso, esses mesmos aplicativos ofe-
recem a possibilidade de compartilhamento de conteúdo
com maior agilidade, o que possibilita que os trabalhos em
grupo sejam feitos sem que os estudantes saiam de suas
casas, já que todos podem ver simultaneamente o que está
sendo alterado no documento na nuvem.
230
Eder Pazinatto, Leonardo Costella
Referências
ARMBRUST, M. et al. Above the clouds: a Berkeley view of cloud
computing. Berkeley: Technical report, EECS Department, Univer-
sity of California, 2009.
BENNERTZ, R. 5 respostas para você começar a usar a computação
em nuvem. 2012. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteu-
do/1346/5-respostas-para-voce-comecar-a-usar-a-computacao-em-
-nuvem>. Acesso em: 05 jul. 2017.
BHARDWAJ, S.; JAIN, L.; JAIN, S. Cloud computing: a study of
infrastructure as a service (IAAS). International Journal of En-
gineering and Information Technology, Ambala, India, v. 2, n. 1,
p. 60-63, 2010.
PEDROSA, P. H. C.; NOGUEIRA, T. Computação em nuvem. 2011.
Disponível em: <http://www.ic.unicamp.br/~ducatte/mo401/1s2011/
T2/Artigos/G04-095352-120531-t2.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2017.
VALENTE, J. A. Informática na educação no Brasil: análise e con-
textualização histórica. In: ______. (Org.). O computador na socieda-
de do conhecimento. Campinas, SP: Unicamp/Nied, 1999. p. 11-28.
______. Por que o computador na educação? In: ______. (Org.). Com-
putadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas: Grá-
fica da Unicamp, 1993. p. 29-53.
231
Construção de aplicativos educacionais
para dispositivos móveis no ensino de
Ciências e Matemática
Necleto Pansera Junior
Juliano Tonezer da Silva
Introdução
Este capítulo busca in-
troduzir o professor da edu-
cação básica no universo da
construção de aplicativos
educacionais para dispo-
sitivos móveis nas áreas de
Ciências e Matemática. Além
do referencial teórico relaciona-
do às tecnologias de informação
e comunicação (TICs) no ambiente
escolar e ao construcionismo, apresen-
ta-se um passo a passo para a criação
de um aplicativo por meio do ambiente de
autoria App Inventor, originalmente criado
pela empresa Google e atualmente mantido
pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT)
(DUDA et al., 2015; GÓMEZ, 2014). O exemplo apre-
sentado pode ser utilizado nas práticas pedagógicas de
sala de aula ou em novas possibilidades de projetos, pois
Necleto Pansera Junior, Juliano Tonezer da Silva
1
Disponível em: <http://ai2.appinventor.mit.edu>.
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Fonte: autores.
2
Caso não tenha uma conta Google, ela pode ser criada por meio da URL: <https://
accounts.google.com/SignUp?hl=pt-BR>.
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Fonte: autores.
Fonte: autores.
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Fonte: autores.
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Fonte: autores.
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Fonte: autores.
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Fonte: autores.
Fonte: autores.
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Fonte: autores.
3
Disponível em: <http://usuarios.upf.br/~tonezer/semape/imc.aia>.
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Construção de aplicativos educacionais para dispositivos móveis no ensino de...
Considerações finais
Dispositivos móveis, como celulares e tablets, podem
e devem, sempre que possível, ser utilizados em sala de
aula, para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem,
pois, além de práticos e operacionais, são também lúdicos
e atraentes, principalmente para os jovens. A tecnologia
não pode ficar afastada da sala de aula, pois ela está pre-
sente no cotidiano dos alunos. Portanto, devemos utilizá-
-la sem receio, sempre tendo em vista como o dispositivo
pode colaborar com o processo de ensino-aprendizagem do
discente.
Construir aplicações, de forma conjunta ou indivi-
dualizada, faz com que os alunos percebam que o universo
da programação e da informática, no contexto educacio-
nal, não é somente para desenvolvedores especializados.
Além disso, contribui para a difusão do conhecimento,
pois os aplicativos desenvolvidos podem ser disponibiliza-
dos a outros estudantes e possibilitar uma aproximação
entre aluno e ciência.
Referências
DUDA, R. et al. Elaboração de aplicativos para Android com uso
do App Inventor: uma experiência no Instituto Federal do Paraná
– Câmpus Irati. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecno-
logia, Paraná, v. 8, n. 2, p. 115-128, 2015. Disponível em: <https://
periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/2982/2062>. Acesso em:
10 ago. 2017.
GÓMEZ, L. A. Criando aplicativos Android no Mit App Inventor.
Florianópolis: Visual Books, 2014.
PAPERT, S. A máquina das crianças: repensando a escola na era da
informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
244
Necleto Pansera Junior, Juliano Tonezer da Silva
245
O presente livro é uma cole-
tânea que compreende os
artigos das áreas Ciências da
Natureza (Biologia, Física e
Química), Matemática e Tec-
nologias, sendo que cada
artigo é um texto com estru-
tura independente. Cada um
dos autores, na maioria
docentes e discentes do Insti-
tuto de Ciências Exatas e
Geociências (Iceg) da UPF,
procurou contribuir com
qualidade e criatividade,
baseando-se nas mais diver-
sas teorias de ensino-apren-
dizagem, compartilhando um
pouco das suas experiências,
visando potencializar o
trabalho desenvolvido no 9º
Semape.