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FMC2, 2018.2 Prova 1.

1
(Turma T34 do Thanos) (points: 24; bonus: 0[ ; time: 40’)

Nome: Θάνος Gabarito

31/08/2018

Regras:

O
I. Não vires esta página antes do começo da prova.

II. Nenhuma consulta de qualquer forma.

IT
III. Nenhum aparelho ligado (por exemplo: celular, tablet, notebook, etc.).1

IV. Nenhuma comunicação de qualquer forma e para qualquer motivo.


Ä ä
V. ∀x Colar(x) → ¬Passar(x, FMC2) .2
R
VI. Use caneta para tuas respostas.
A
VII. Responda dentro das caixas indicadas.

VIII. Escreva teu nome em cada folha de rascunho extra antes de usá-la.
B

IX. Entregue todas as folhas de rascunho extra, juntas com tua prova.
A

X. Nenhuma prova será aceita depois do fim do tempo.

XI. Os pontos bônus são considerados apenas para quem consiga passar sem.3
G

XII. Responda em até 2 dos A, B, C, D.4

Boas provas!

1
Ou seja, desligue antes da prova.
2
Se essa regra não faz sentido, melhor desistir desde já.
3
Por exemplo, 25 pontos bonus podem aumentar uma nota de 5,2 para 7,7 ou de 9,2 para 10,0, mas de 4,9
nem para 7,4 nem para 5,0. A 4,9 ficaria 4,9 mesmo.
4
Provas com respostas em mais problemas não serão corrigidas (tirarão 0 pontos).
(6) A
Escolha exatamente uma das A1 e A2.5
Defina formalmente. . .
(3) A1. . . . o operador unário de intersecção de um conjunto.
Definição:

A ⇐⇒ x ∈ A para todo A ∈ A .
def
\
x∈

(6) A2. . . . o operador unário de produtório cartesiano de família indexada de conjuntos.


Definição:

Seja (Ai )i∈I uma família de conjuntos indexada por algum conjunto de índices I. Definimos
seu produtório pela
def
Y
i∈I
Ai = { (ai )i∈I | ai ∈ Ai para todo i ∈ I } .

(8) B
Prove ou refute: Para todos os conjuntos A, B,

A × B = B × A ⇐⇒ A = B.

Prova/Refutação.

A afirmação é falsa. Como contraexemplo tome A := ∅ e B := N (qualquer B 6= ∅ serve).


Observe que A 6= B, mas mesmo assim

A×B =B×A

pois
∅ × N = ∅ = N × ∅.

5
Se responder em ambas, tirarás 0 pontos.
(4) C
Calcule a extensão do conjunto:

{{∅}} × ℘∅ = {{∅}} × {∅} = {({∅} , ∅)}

(16) D
(16) Sejam {An }n e {Bn }n duas seqüências de conjuntos, tais que:

para todo número primo p, Ap ⊆ B2p .

Prove ou refute: \∞ [∞
A ⊆
n=0 n n=10
Bn .
Prova/Refutação.

Vou provar a afirmação.

Suponha x ∈ ∞ n=0 An . (1)


T

Preciso mostrar que x ∈ ∞ n=10 Bn , ou seja, achar um inteiro m ≥ 10 tal que x ∈ Bm .


S

Pela (1) temos x ∈ A5 ; e como 5 é primo, A5 ⊆ B10 (pela hipótese).


Logo x ∈ B10 . Então realmente x ∈ ∞ n=10 Bn .
S

Só isso mesmo.
FMC2, 2018.2 Prova 1.1
(Turma N12 do Thanos) (points: 24; bonus: 0[ ; time: 40’)

Nome: Θάνος Gabarito

31/08/2018

Regras:

O
I. Não vires esta página antes do começo da prova.

II. Nenhuma consulta de qualquer forma.

IT
III. Nenhum aparelho ligado (por exemplo: celular, tablet, notebook, etc.).1

IV. Nenhuma comunicação de qualquer forma e para qualquer motivo.


Ä ä
V. ∀x Colar(x) → ¬Passar(x, FMC2) .2
R
VI. Use caneta para tuas respostas.
A
VII. Responda dentro das caixas indicadas.

VIII. Escreva teu nome em cada folha de rascunho extra antes de usá-la.
B

IX. Entregue todas as folhas de rascunho extra, juntas com tua prova.
A

X. Nenhuma prova será aceita depois do fim do tempo.

XI. Os pontos bônus são considerados apenas para quem consiga passar sem.3
G

XII. Responda em até 2 dos A, B, C, D.4

Boas provas!

1
Ou seja, desligue antes da prova.
2
Se essa regra não faz sentido, melhor desistir desde já.
3
Por exemplo, 25 pontos bonus podem aumentar uma nota de 5,2 para 7,7 ou de 9,2 para 10,0, mas de 4,9
nem para 7,4 nem para 5,0. A 4,9 ficaria 4,9 mesmo.
4
Provas com respostas em mais problemas não serão corrigidas (tirarão 0 pontos).
(6) A
Escolha exatamente uma das A1 e A2.5
Defina formalmente. . .
(3) A1. . . . o operador binário de produto cartesiano.
Definição:

def
A × B = { (x, y) | x ∈ A, y ∈ B }

(6) A2. . . . o operador unário de intersecção de família indexada.


Definição:

Seja (Ai )i∈I uma família de conjuntos indexada por um conjunto de índices I. Definimos
sua intersecção pela
def
\
x∈ i∈I
Ai ⇐⇒ para todo i ∈ I, x ∈ Ai .

(8) B
Prove ou refute: Para todo conjunto A e toda seqüência de conjuntos {Bn }n
\∞ \∞
A∪ B =
n=0 n n=0
(A ∪ Bn )

Prova/Refutação.

A afirmação é verdadeira.
“⊆”: Suponha x ∈ A ∪ ∞
T∞
n=0 Bn . Logo x ∈ A ou x ∈ n=0 Bn .
T

Caso x ∈ A. Temos que para todo n ∈ N, x ∈ A ∪ Bn (pois x ∈ A), e logo x ∈


T∞
n=0 (A ∪ Bn ).
Caso x ∈ ∞ n=0 Bn . Seja n ∈ N. Preciso mostrar que x ∈ A ∪ Bn , que é verdade pois
T

x ∈ Bn pela hipótese do caso.


“⊇”: Suponha x ∈ ∞ n=0 (A ∪ Bn ). Logo x ∈ A ∪ Bn para todo n ∈ N.
T

Caso x ∈ A, o resultado é imediato


Caso x ∈ / A. Seja m ∈ N. Vou mostrar que x ∈ Bm . Sabemos pela hipótese que
x ∈ A ∪ Bm , e como x ∈ / A, logo x ∈ Bm . Como o m foi arbitrário, concluimos que para
todo m ∈ N, x ∈ Bm , que foi exatamente o que precisamos provar.

5
Se responderes em ambas, tirarás 0 pontos.
(4) C
Calcule a extensão do conjunto:
[
{{∅}} 4 ∅= {{∅}} 4 ∅ = {{∅}}

(16) D
Sejam I, J conjuntos de índices e para cada k ∈ I ∪ J seja Ak um conjunto. A afirmação
[ [ [
k∈I∩J
Ak = A ∩
k∈I k k∈J
Ak

é verdadeira? Responda. . . (1) “sim”, e prove; (2) “não”, e refute; ou (3) “depende”, e demonstre
dois exemplos: um onde a afirmação é verdadeira, e outro onde não é.
Resposta (Sim / Não / Depende).

Depende!
Primeiramente um exemplo onde a afirmação é válida:

I = J = {1} A1 = {5}

. . . e um onde a afirmação é falsa:

I = {1} A1 = A2 = {5}
J = {2}

Realmente, verificamos calculando no primeiro exemplo:


[ [ [
k∈I∩J
Ak = A1 A ∩
k∈I k k∈J
Ak = A1 ∩ A1 = A1

. . . e no segundo:
[ [ [ [
k∈I∩J
Ak = A =∅
k∈∅ k
A ∩
k∈I k k∈J
Ak = A1 ∩ A2 = {5}

Só isso mesmo.
FMC2, 2018.1 Prova 1.1
(Turma N12 do Thanos) (points: 28/100; bonus: 0[ ; time: 50’)

Nome: Θάνος Gabarito

23/03/2018

Regras:

O
I. Não vires esta página antes do começo da prova.

II. Nenhuma consulta de qualquer forma.

IT
III. Nenhum aparelho ligado (por exemplo: celular, tablet, notebook, etc.).1

IV. Nenhuma comunicação de qualquer forma e para qualquer motivo.


Ä ä
V. ∀x Colar(x) → ¬Passar(x, FMC2) .2
R
VI. Use caneta para tuas respostas.
A
VII. Responda dentro das caixas indicadas.

VIII. Escreva teu nome em cada folha de rascunho extra antes de usá-la.
B

IX. Entregue todas as folhas de rascunho extra, juntas com tua prova.
A

X. Nenhuma prova será aceita depois do fim do tempo.

XI. Os pontos bônus são considerados apenas para quem consiga passar sem.3
G

XII. Responda em até 2 dos A, B, C.4

Boas provas!

1
Ou seja, desligue antes da prova.
2
Se essa regra não faz sentido, melhor desistir desde já.
3
Por exemplo, 25 pontos bonus podem aumentar uma nota de 5,2 para 7,7 ou de 9,2 para 10,0, mas de 4,9
nem para 7,4 nem para 5,0. A 4,9 ficaria 4,9 mesmo.
4
Provas com respostas nos três problemas não serão corrigidas (tirarão 0 pontos).
(6) A
def def
(2) A1. Defina formalmente (usando ou “· · · ⇐⇒ · · · ” ou “· · · = · · · ”) o operador binário 4, e
o operador unário . Não assuma que o leitor sabe o significado dos \, ∪, ∩.
S

Definição de 4:

def
x ∈ A 4 B ⇐⇒ x pertence em exatamente um dos A, B.

S
Definição de :

A ⇐⇒ x ∈ A para algum A ∈ A
def
x∈
S

(4) A2. Seja A conjunto. Prove ou refute a afirmação:


[
A 6= ∅ =⇒ A 6= ∅.

Prova/Refutação.

A afirmação é verdadeira.

Suponha que A 6= ∅ e logo tome x ∈ A. Pela definição de A então existe a ∈ A


S S S

(tal que x ∈ a, mas nem importa isso aqui). Logo A 6= ∅.


(12) B
(6) B1. Sejam A, B, C conjuntos. Prove ou refute a afirmação:
A × (B ∪ C) = (A × B) ∪ (A × C).
Prova/Refutação.

A afirmação é verdadeira.

“⊆”:
Seja w ∈ A × (B ∪ C).
Logo w = ha, di para algum a ∈ A e algum d ∈ B ∪ C. (def. ×)
Logo d ∈ B ou d ∈ C. (def. ∪)
Caso d ∈ B, temos w = ha, di ∈ A × B. (def. ×)
Caso d ∈ C, temos w = ha, di ∈ A × C. (def. ×)
Nos dois casos concluimos que w ∈ (A × B) ∪ (A × C) pela definição de ∪.

“⊇”:
Seja w ∈ (A × B) ∪ (A × C).
Logo w ∈ (A × B) ou w ∈ (A × C). (def. ∪)
Caso w ∈ (A × B), temos w = ha, bi para algum a ∈ A e algum b ∈ B. (def.×)
Logo b ∈ B ∪ C (pois b ∈ B). (def. ∪)
Logo pela definição de × temos o desejado w = ha, bi ∈ A × (B ∪ C).
O caso w ∈ (A × C) é similar.

(6) B2. Sejam A , B famílias de conjuntos com A ∩ B 6= ∅. Prove ou refute a afirmação:


A ⊆ B.
\ [

Prova/Refutação.

A afirmação é verdadeira.

Suponha x ∈ A (1).
T

Para mostrar que x ∈ B, basta achar um membro da B em que o x pertence.


S

Seja W ∈ A ∩ B (sabemos que A ∩ B 6= ∅).


Logo W ∈ A (2) e W ∈ B (def. ∩).
Pelas (1),(2) temos x ∈ W , e como W ∈ B, temos o desejado x ∈ B.
S

(Obs.: demonstramos um W tal que A ⊆W ⊆ B.)


T S
(16) C
(8) C1. Sejam {An }n e {Bn }n duas seqüências de conjuntos, tais que:
para todo número par m, Am ⊆ Bm/2 .
Prove que: \∞ \∞
A ⊆
n=0 n n=0
Bn .
Prova.

Suponha x ∈ ∞ n=0 An .
T

Preciso mostrar que x ∈ ∞ Bn , ou seja, provar que x ∈ Bk para todo k ∈ N.


T
T n=0
Seja k ∈ N. Como x ∈ ∞ n=0 n , temos x ∈ A2k . Mas A2k ⊆ Bk , logo x ∈ Bk .
A

(8) C2. Sejam {An }n e {Bn }n duas seqüências de conjuntos de números naturais, tais que:
para todo n ∈ N, An ( Bn .
Mostre que em geral não podemos concluir que
\∞ \∞
A (
n=0 n n=0
Bn .
Demonstração.

Vamos construir um contraexemplo.


Considere as seqüências de conjuntos seguintes: para todo n ∈ N defina

An := {k ∈ N | k > n} Bn := {k ∈ N | k ≥ n}

Observe que, realmente, para todo n ∈ N temos An ( Bn . Mesmo assim,


\∞ \∞
A =∅=
n=0 n n=0
Bn .

Só isso mesmo.
FMC2, 2017.2 Prova 1.1
(Turma N12 do Thanos) (points: 28/100; bonus: 9[ ; time: 50’)

Nome: Θάνος Gabarito

18/08/2017

Regras:

O
I. Não vires esta página antes do começo da prova.

II. Nenhuma consulta de qualquer forma.

IT
III. Nenhum aparelho ligado (por exemplo: celular, tablet, notebook, etc.).1

IV. Nenhuma comunicação de qualquer forma e para qualquer motivo.


Ä ä
V. ∀x Colar(x) → ¬Passar(x, FMC2) .2
R
VI. Use caneta para tuas respostas.
A
VII. Responda dentro das caixas indicadas.

VIII. Escreva teu nome em cada folha de rascunho extra, antes de usá-la.
B

IX. Entregue todas as folhas de rascunho extra, juntas com tua prova.
A

X. Nenhuma prova será aceita depois do fim do tempo.

XI. Os pontos bônus são considerados apenas para quem consiga passar sem.3
G

XII. Reponde em no máximo um dos problemas {B, C}.4

Boas provas!

1
Ou seja, desligue antes da prova.
2
Se essa regra não faz sentido, melhor desistir desde já.
3
Por exemplo, 25 pontos bonus podem aumentar uma nota de 5,2 para 7,7 ou de 9,2 para 10,0, mas de 4,9
nem para 7,4 nem para 5,0. A 4,9 ficaria 4,9 mesmo.
4
Provas com respostas nos dois problemas não serão corrigidas (tirarão 0 pontos).
(12) A
def def
(4) A1. Defina formalmente (usando ou “· · · ⇐⇒ . . . ” ou “· · · = . . . ”) o operador unário ea
T

relação binária ⊆.
T
Definição de :

A ⇐⇒ para todo A ∈ A , x ∈ A
def
x∈
T

Definição de ⊆:
Å ã
def
A ⊆ B ⇐⇒ (∀x ∈ A) [ x ∈ B ] ⇐⇒ ∀x (x ∈ A → x ∈ B)

(6) A2. Sejam os conjuntos:

A = {0, 1, 2} ; B = {1, 2, 3} ; C = {n − 1 | n é primo} ;

e para todo real  > 0 e todo n ∈ N, sejam os intervalos de reais

I = [0, 1 + )
Un = [n, +∞).

Calcule os conjuntos:

A\B = {0}

A4∅= A

(A 4 B) × {0} = {h0, 0i, h3, 0i}

(A ∪ B) \ C = {0, 3}

℘∅ = {∅}
[
℘ {∅} = {∅}
\
{I |  > 0} = [0, 1]
\∞
n=2
Un = ∅

(2) A3. Ache conjunto finito e não vazio A tal que |A| < | A| < | A| .
T S

Resposta.
Å ã
A := {{1, 2, 3, 4} , {2, 3, 4, 5}} 2<3<5
(12) B
B1. Prove ou refuta a afirmação:

para todos os conjuntos A, B, C, se A ⊆ B e A ⊆ C, então A ⊆ B ∩ C.

Prova/refutação.

Vou provar a afirmação.


Suponha que A ⊆ B e A ⊆ C. Tome um a ∈ A. Precisamos mostrar que a ∈ B ∩ C.
Como a ∈ A e A ⊆ B, temos a ∈ B; e como a ∈ A e A ⊆ C, temos a ∈ C. Logo a ∈ B ∩C,
pela definição de B ∩ C.

B2. Prove ou refuta a afirmação:

para todos os conjuntos A, B, C, se A ( B e A ( C, então A ( B ∩ C.

Prova/Refutação.

Vou refutar a afirmação com um contraexemplo.


Tome

A := {2}
B := {1, 2}
C := {2, 3} .

Realmente A ( B e A ( C, mas mesmo assim A = B ∩ C.


(16) C
Sejam {An }n e {Bn }n duas seqüências de conjuntos, tais que para todo n ∈ N, An ( Bn+1 .

(8) C1. Prove que:


[∞ [∞
A ⊆
n=0 n n=0
Bn .
Prova.

Suponha x ∈ ∞ ∞
n=0 An . Preciso mostrar que x ∈ n=0 Bn , ou seja, achar um k ∈ N tal que
S S

x ∈ Bk . Seja m ∈ N tal que x ∈ Am (pela definição de ∞ An ). Pela hipótese, x ∈ Bm+1 .


S
S∞ n=0
Tome k := m + 1 então, algo que mostra que x ∈ n=0 Bn .

(8) C2. Mostre que, em geral, não podemos concluir que


[∞ [∞
A (
n=0 n n=0
Bn .

Demonstração.

Vamos construir um contraexemplo.


Considere as seqüências de conjuntos seguintes: para todo n ∈ N define

B0 := ∅
An := (−n, n)
Bn+1 := [−n, n].

Observe que, realmente, para todo n ∈ N temos An ( Bn+1 :

An = (−n, n) ( [−n, n] = Bn+1 .

Mesmo assim, [∞ [∞
n=0
An = R = n=0
Bn .
(9[ ) D
Considere as linguagens N e F geradas pelas gramáticas
F ::= A | ¬F | (F ∧ F ) | (F ∨ F )
N ::= 0 | SN e
A ::= p0 | p1 | p2 | · · ·
Defina recursivamente e elementariamente 5 as funções
min : N2 → N max : N2 → N height : F → N
onde as min e max retornam o mínimo e o máximo das suas entradas respectivamente, e a
height retorna a altura da árvore sintáctica da sua entrada, considerando o “primeiro piso”
como 0. Por exemplo:
min(SSS0, S0) = S0 height(¬¬p7 ) = SS0
max(SSS0, S0) = SSS0 height((¬p2 ∨ ¬(p4 ∧ ¬p4 ))) = SSSS0
min(SS0, SS0) = SS0 height(p42 ) = 0
max(SS0, SS0) = SS0 height((p1 ∧ p2 )) = S0
Definições.

min : N2 → N max : N2 → N
min(0, n) = 0 max(0, n) = n
min(m, 0) = 0 max(m, 0) = m
min(Sm, Sn) = S min(m, n) max(Sm, Sn) = S max(m, n)

height : F → N
height(p) = 0 para p ∈ {p0 , p1 , p2 , . . . }
height(¬F ) = S height(F ) para F ∈F
height((F ∧ G)) = S max (height(F ), height(G)) para F, G ∈ F
height((F ∨ G)) = S max (height(F ), height(G)) para F, G ∈ F

Só isso mesmo.
5
sem depender em outras funções/relações não-definidas aqui
FMC2, 2017.1 Prova 1.1
(Turma T56 do Thanos) (points: 28/100; bonus: 6[ ; time: 90’)

Nome: Θάνος Gabarito

22/03/2017

Regras:

O
I. Não vires esta página antes do começo da prova.

II. Nenhuma consulta de qualquer forma.

IT
III. Nenhum aparelho ligado (por exemplo: celular, tablet, notebook, etc.).1

IV. Nenhuma comunicação de qualquer forma e para qualquer motivo.


R
Ä ä
V. ∀x Colar(x) → ¬Passar(x, FMC2) .2

VI. Use caneta para tuas respostas.


A
VII. Responda dentro das caixas indicadas.
B

VIII. Escreva teu nome em cada folha de rascunho extra, antes de usá-la.

IX. Entregue todas as folhas de rascunho extra, juntas com tua prova.
A

X. Nenhuma prova será aceita depois do fim do tempo.

XI. Os pontos bônus são considerados apenas para quem consiga passar sem.3
G

Boas provas!

1
Ou seja, desligue antes da prova.
2
Se essa regra não faz sentido, melhor desistir desde já.
3
Por exemplo, 25 pontos bonus podem aumentar uma nota de 5,2 para 7,7 ou de 9,2 para 10,0, mas de 4,9
nem para 7,4 nem para 5,0. A 4,9 ficaria 4,9 mesmo.
(9) A
def def
(4) A1. Defina formalmente (usando ou “. . . ⇐⇒ . . . ” ou “. . . = . . . ”) os operadores P e :
S

Definição de P.

def
PA = {a | a ⊆ A}

S
Definição de .

A ⇐⇒ ∃A x ∈ A ∧ A ∈ A
def
Ä ä
x∈
S

(5) A2. Prove a igualdade


C \ (A ∪ B) = (C \ A) ∩ (C \ B).
Proof.

x ∈ C \ (A ∪ B) ⇐⇒ x ∈ C ∧ ¬(x ∈ A ∪ B) (def. \)
⇐⇒ x ∈ C ∧ ¬(x ∈ A ∨ x ∈ B) (def. ∪)
⇐⇒ x ∈ C ∧ (x ∈
/ A∧x∈ / B) (De Morgan)
⇐⇒ (x ∈ C ∧ x ∈
/ A) ∧ (x ∈ C ∧ x ∈
/ B) (lógica)
⇐⇒ (x ∈ C \ A) ∧ (x ∈ C \ B) (def. \)
⇐⇒ x ∈ (C \ A) ∩ (C \ B) (def. ∩)
(9) B
Sejam f : A → B e g : B → C funções. Prove que:

(5) B1. Se f e g são injetoras, g ◦ f também é.


Prova.

Verificamos que se x, y ∈ A, então:

x 6= y =⇒ f (x) 6= f (y) (f injetora)


Ä ä Ä ä
=⇒ g f (x) 6= g f (y) (g injetora)
=⇒ (g ◦ f )(x) 6= (g ◦ f )(y) (def. de ◦)

(4) B2. Se f e g são sobrejetoras, g ◦ f também é.


Prova.

Seja c ∈ C.
Seja b ∈ B tal que g(b) = c. (Existe tal b porque g é sobrejetora e c ∈ cod(g).)
Seja a ∈ A tal que f (a) = b. (Existe tal a porque f é sobrejetora e b ∈ cod(f ).)
Calculamos:
Ä ä
(g ◦ f )(a) = g f (a) (def. de ◦)
= g(b) (def. de a)
=c (def. de b)
(10 + 6[ ) C
(10) C1. Para todo conjunto C e cada família de conjuntos {An | n ∈ N},
[∞ \∞
C\ A =
n=0 n n=0
(C \ An ).
Prova.

[∞ Ä [∞ ä
x∈C\ A ⇐⇒ x ∈ C ∧ ¬ x ∈
n=0 n
A
n=0 n
(def. \)
[∞
⇐⇒ x ∈ C ∧ ¬(∃n ∈ N)[x ∈ An ] (def. n=0
)
⇐⇒ x ∈ C ∧ (∀n ∈ N)[x ∈
/ An ] (De Morgan)
⇐⇒ (∀n ∈ N)[x ∈ C ∧ x ∈
/ An ] (lógica)
⇐⇒ (∀n ∈ N)[x ∈ C \ An ] (def. \)
\∞ \∞
⇐⇒ x ∈ n=0
(C \ An ) (def. n=0
)

(Observe a semelhança entre essa prova e a de A2: até nas justificativas de cada passo!)

(6[ ) C2. O que precisamos observar para ganhar o A2 como um corolário do C1?
Prova.

Dados conjuntos A, B, C, precisamos mostrar que: C \ (A ∪ B) = (C \ A) ∩ (C \ B).


Seja {An }n a seqüência A, B, B, B, · · · , (ou seja, a seqüência definida pelas: A0 = A, e
Ai = B para i > 0). Pela C2 temos:
[∞ \∞
C\ n=0
An = (C \ An ) .
| {z } | n=0 {z }
A∪B (C\A)∩(C\B)

Só isso mesmo.
FMC2, 2017.1 Prova 1.1
(Turma N12 do Thanos) (points: 28/100; bonus: 6[ ; time: 90’)

Nome: Θάνος Gabarito

22/03/2017

Regras:

O
I. Não vires esta página antes do começo da prova.

II. Nenhuma consulta de qualquer forma.

IT
III. Nenhum aparelho ligado (por exemplo: celular, tablet, notebook, etc.).1

IV. Nenhuma comunicação de qualquer forma e para qualquer motivo.


R
V. ∀x Colar(x) → ¬Passar(x, FMC2) .2
Ä ä

VI. Use caneta para tuas respostas.


A
VII. Responda dentro das caixas indicadas.
B

VIII. Escreva teu nome em cada folha de rascunho extra, antes de usá-la.

IX. Entregue todas as folhas de rascunho extra, juntas com tua prova.
A

X. Nenhuma prova será aceita depois do fim do tempo.

XI. Os pontos bônus são considerados apenas para quem consiga passar sem.3
G

Boas provas!

1
Ou seja, desligue antes da prova.
2
Se essa regra não faz sentido, melhor desistir desde já.
3
Por exemplo, 25 pontos bonus podem aumentar uma nota de 5,2 para 7,7 ou de 9,2 para 10,0, mas de 4,9
nem para 7,4 nem para 5,0. A 4,9 ficaria 4,9 mesmo.
(9) A
(3) A1. Sejam f : A → B e g : C → D funções. Defina formalmente o que significa que as
funções f e g são diferentes (f 6= g). (Não suponha que teu leitor sabe o que significa f = g.)
Definição.
Å ã
def
f 6= g ⇐⇒ A 6= C ∨ (∃x ∈ A)[f (x) 6= g(x)] ⇐⇒ (∃x ∈ A ∪ C)[f (x) 6= g(x)]

(3) A2. Sejam A, B conjuntos diferentes, e f : A → B. Para cada uma das igualdades em
baixo, decida se ela é válida ou não, justificando tua resposta.
4

(1) f = f ◦ idA (2) f = f ◦ idB (3) f = idA ◦ f (4) f = idB ◦ f.


Resposta.

(1) Válida: a composição é definida, e se a ∈ A então:

(f ◦ idA )(a) = f (idA (a)) (def. ◦)


= f (a) (def. idA )

(2) e (3): as composições não são definidas


(4) Similar com (1): a composição é definida e se a ∈ A então:

(idB ◦ f )(a) = idB (f (a)) (def. ◦)


= f (a) (def. idB )

(3) A3. Verdade ou falso? (Prove tua resposta.)


Se (g ◦ f ) é constante, então pelo menos uma das f , g também é.
Prova.

Falso. Um contraexemplo é o seguinte:


A B g C
f

• •

• •

• • •

4
Para todo conjunto C, denotamos com idC : C → C a sua identidade (tambem denotada por 1C ).
(9 + 2[ ) B
(3) B1. Sejam A 6= ∅ um conjunto e f : A → PA definida pela equação
f (a) = {a} .
(1) f é injetora? (2) f é sobrejetora?
Provas.

(1) Sim: se x, y ∈ A, então

x 6= y =⇒ {x} =
6 {y} =⇒ f (x) 6= f (y).

(2) Não: para todo a ∈ A temos f (a) = {a} =


6 ∅ ∈ PA.

(3) B2. Sejam n ∈ N, e I = {i ∈ N | i < n}. Considere a função π : I × An → A definida por


π(i, α) = o i-ésimo elemento da tupla α = αi
(1) π é injetora? (2) π é sobrejetora?
Provas.

(1) Se A 6= ∅ e n > 1, não é: pois tomando a ∈ A,

π(0, ha, . . . , ai) = a = π(1, ha, . . . , ai).

. . . e se não?
(2) Se A 6= ∅ e n > 1, é: pois para qualquer a ∈ A, π(0, ha, . . . , ai) = a. . . . e se não?

(3) B3. Se f é injetora e g sobrejetora, a g ◦ f é necessariamente bijetora?


Prova.

Falso: A B C
f g
• •

• • •

(2[ ) B4. Podemos trocar o I por N no dom(π) do B2?


Resposta.

Não, pois a π vai ser mal-definida.


(10 + 4[ ) C
(10) C1. Sejam n ∈ N com n ≥ 2 e n conjuntos A1 , A2 , . . . , An . Seja
A := A1 4 A2 4 · · · 4 An .
Observe que como a operação 4 é (i) associativa e (ii) comutativa, o A é bem definido.
Prove que:
A = {a | a pertence numa quantidade ímpar de Ai ’s} .
Dica: Indução.
Prova.

Provamos por indução que para todo inteiro n ≥ 2,

A1 4 A2 4 · · · 4 An = {a | a pertence numa quantidade ímpar de Ai ’s} .

Base (n = 2): x ∈ A1 4 A2 ⇐⇒ x pertence numa quantidade ímpar dos A1 , A2 (óbvio).


Seja k ∈ N tal que

A1 4 A2 4 · · · 4 Ak = {a | a pertence numa quantidade ímpar de Ai ’s} . (H.I.)

(“⊆”): Suponha que x ∈ A1 4A2 4· · ·4Ak+1 , ou seja, x ∈ (A1 4A2 4· · ·4Ak )4Ak+1 .
Pela definição de 4, temos dois casos:
Caso 1: x ∈ A1 4 A2 4 · · · 4 Ak e x ∈ / Ak+1 .
Pela H.I., x pertence numa quantidade ímpar dos A1 , . . . , Ak , e não no Ak+1 , então numa
quantidade ímpar dos A1 , . . . , Ak+1 .
Caso 2: x ∈ / A1 4 A2 4 · · · 4 Ak e x ∈ Ak+1 .
Pela H.I., x pertence numa quantidade par dos A1 , . . . , Ak e no Ak+1 , então numa quanti-
dade ímpar dos A1 , . . . , Ak+1 .

(“⊇”): Suponha que x pertence numa quantidade ímpar dos A1 , . . . , Ak+1 .


Separamos dois casos:
Caso 1: x ∈ Ak+1 . Logo x pertence numa quantidade par dos A1 , . . . , Ak e pela H.I. con-
cluimos que x ∈/ A1 4 · · · 4 Ak . Ou seja, x ∈ (A1 4 A2 4 · · · 4 Ak ) 4 Ak+1 .
Caso 2: x ∈ / Ak+1 . Nesse caso x pertence numa quantidade ímpar dos A1 , . . . , Ak e pela
H.I. temos que x ∈ A1 4 · · · 4 Ak . De novo, x ∈ (A1 4 A2 4 · · · 4 Ak ) 4 Ak+1 .

(4[ ) C2. O que devemos mudar (e como) no C1 e sua resposta, se apagar o “n ≥ 2”?
Resposta.

Precisamos verificar que a expressão A1 4 · · · 4 An faz sentido no caso que n = 0, ou


seja, definir razoavelmente a diferença simétrica de uma seqüência vazia de conjuntos.
Formalmente verificamos que ∅ 4 C = C = C 4 ∅ para qualquer conjunto C: ∅ é o
elemento neutro da operação 4, e logo o valor próprio da expressão em cima.
Na prova, a base muda para n = 0, onde devemos apenas provar que nenhum a
pertence numa quantidade ímpar dos (zero) Ai ’s, que é óbvio.

Só isso mesmo.

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