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Insuficiência Respiratória

Aguda

Lucas Medeiros

Abril de 2010
Ar... para os pulmões

Eduardo Camões
Introdução
Emergência
(Insuficiência respiratória aguda)

 Resolutividade (situação crítica) – PCR

 Conduta IMEDIATA – troca gasosa


(diagnóstico diferencial estreito)

 Ação – tratamento!
Habeas corpus
 Não emergência – parcimônia (etiologias com
investigação acurada)

 Emergência – culpa avaliada posteriormente


(situação limite)

Troca gasosa
O paciente
 Quem é o paciente com Insuficiência
respiratória aguda?
Por definição: Incapacidade do sistema respiratório em realizar a sua função:

troca gasosa

http://catalog.nucleusinc.com/
Quanto ao diagnóstico

 How do you decide when a medical condition rises to the level of a medical
"emergency?" The American College of Emergency Physicians (ACEP) offers a list
of warning signs that indicate a medical emergency.
 Difficulty breathing, shortness of breath
 Chest or upper abdominal pain or pressure
 Fainting, sudden dizziness, weakness
 Changes in vision
 Confusion or changes in mental status
 Any sudden or severe pain
 Uncontrolled bleeding
 Severe or persistent vomiting or diarrhea
 Coughing or vomiting blood
 Suicidal feelings
 Difficulty speaking ACEP

 Shortness of breath
 Unusual abdominal pain
Exame clínico - diagnóstico
 Dispnéia
 Taquipnéia
 Bradipnéia
 Alteração do nível de consciência (O2 / CO2)
 Cianose
 Respiração paradoxal
 Batimento de asa de nariz
 Uso de musculatura acessória
- tiragem intercostal e supra clavicular
- intercostais, ECM
- músculo trapézio
 Respiração oral, extensão cabeça
 Fala fragmentada, frases curtas
 Desconforto supino
Obs: gasometria arterial

 Adaptado da American Heart Association em uptodate.com


Incapacidade da troca gasosa

 Critério gasométrico
- Pa O2 menor que 60mmHg (ar ambiente e nível
do mar)

- Pa CO2 maior que 45mmHg (exceto retentores


crônicos)

Classificação insuficiente e arbitrária...


Oximetria de pulso
www.cardiodigital.com/

 Quinto sinal vital


 Diagnóstico inicial e acompanhamento
 Estimativa – cálculos a partir de absorção de
luz pela Hb
 Erros de leitura
 Limitação: lesão digital, efeito chão (PaO2
maior que 60/70), retardo de segundos na
transmissão do resultado (IOT)
Avaliação - associação

 Exame clínico

Bates

 Exame complementar

www.buzzle.com
Epidemiologia

Eduardo Camões
Epidemiologia

incidência mortalidade

comorbidades
VM, VAS

idade 50 60 70 80 90 2000

DPOC, asma, ICC, TEP, PNM... IRp irreversível - homecare


Fisiologia

Eduardo Camões
Divisão conceitual de função
 Ventilação .Sistema nervoso – controle

.Músculos “pump”

.Vias aéreas
content.answers.com

 Unidade alvéolo-capilar

http://catalog.nucleusinc.com
Unidade alvéolo-capilar
 Troca gasosa
 Captação O2
 Eliminação CO2
 Área de mais de 100m 2
 Distúrbio alveolar
 Distúrbio vascular
Diagnóstico diferencial - DISPNÉIA
 Ventilação .Sistema nervoso – controle

. Vias aéreas

. Músculos “pump”
content.answers.com

 Unidade alvéolo-capilar

http://catalog.nucleusinc.com
Diagnóstico diferencial
IRpA – na emergência...
DISPNÉIA
Principais causas – dispnéia na emergência

 ICC descompensada
 Pneumonia
 DPOC
 TEP
 Asma brônquica

Department of Emergency Medicine and Surgery, Centre Hospitalo-Universitaire Pitie-Salpetriere.


2006
Via aérea superior
 Corpo estranho traqueal
- comida, moeda, comprimidos
Via aérea superior
 Angioedema
- Clínica
- Alérgico, AINES, IECA
Via aérea superior
 Anafilaxia
- pele, mucosas
- Sibilo, estridor, hipóxia
- Hemodinâmica
- Náuseas, vômitos
Via aérea superior
 Infecções da faringe e pescoço
 Trauma de via aérea superior
Pulmonares – VA inferior
 Embolia pulmonar
- Fatores de risco...

http://www.drpereira.com.br/fotos/embolia.jpg
Pulmonares – VA inferior
 DPOC exacerbada
Pulmonares – VA inferior
 Asma brônquica

http://topnews.in/healthcare/sites/default/files/asthma101.jpg
Pulmonares – VA inferior
 Pneumotórax
- trauma, acidente punção, espontâneo

http://www.itim.nsw.gov.a u/images/Right_Pneumothorax_Xray.jpg
Pulmonares – VA inferior
 Infecção pulmonar

http://www.fogmastersonline.com/site/images/pneumonia2.jpg
Pulmonares – VA inferior
 Síndrome do desconforto respiratório do adulto
- SARA (edema pulmonar não cardiogênico)
- Sepse, broncoaspiração, pneumonia, choque, trauma
grave, intoxicação, Tx

www.cesil.com/.../rossi_ing/articolo1.htm
Pulmonares – VA inferior
 Injúria direta (contusão, laceração)
 Hemorragia pulmonar (CA, BK)

upload.wikimedia.org/.../Pulmonary_contusion.jp
g
Cardíacas
 SCA
- Equivalente anginoso
Cardíacas
 ICC descompensada
- Sobrecarga de volume, disfunção sistólica ou
diastólica, pós-carga (crise HAS), IAM, arritmia
cardíaca
- Crepitação, B3, TJP, edema MMII, >65 anos
Cardíacas
 Arritmias cardíacas
 Doenças valvares
Cardíacas
 Tamponamento cardíaco
- trauma, malignidade, infecção, uremia

http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-content/uploads/2008/10/tamponamento.jpg
Neurológicas
 AVE

 Doenças neuromusculares
- Síndrome de Guillain-Barré, EM, ELA,
miastenia gravis
Tóxicas e metabólicas
 Organosfosforados
 AAS
 CO
 Cetoacidose diabética
 Anemia
Miscelânea
 CA pulmão
- Osbtrução lúmen, atelectasia, pneumonite, linfangite, DP, PTX
 Efusão plural
NORTES para a abordagem da dispnéia
Dicas – história clínica geral
 Paciente dispnéico, família, paramédicos
 Triggers:
- não adesão medicamentos, dieta: ICC
- frio, alergênos: asma
- Cirurgia recente, imobilização: TEP
- Trauma: PTX
- Tosse produtiva recente: pneumonia
Dicas – história clínica HPP
 Novo ou recorrente
 HPP: asma, DPOC, DAC
 Internações anteriores
 Revisão de prescrição médica
Dicas – história clínica
 Entubação traqueal anterior
- Asma grave: ataques mais graves
Dicas – história clínica
 Dor torácica
- SCA, TEP, PTX
 raro TEP, SCA apenas dispnéia
Dicas – história clínica
 Trauma tórax
 Febre
 Dispnéia paroxística noturna
 Hemoptise
 Tosse e escarro
 Tabagismo (DPOC, CA), drogas (crack,
cocaína, AAS)
Dicas – exame físico
 Dispnéia
 Taquipnéia
 Bradipnéia
 Alteração do nível de consciência (O2 / CO2)
 Cianose
 Respiração paradoxal
 Batimento de asa de nariz
 Uso de musculatura acessória
- tiragem intercostal e supra clavicular
- intercostais, ECM
- músculo trapézio
 Respiração oral, extensão cabeça
 Fala fragmentada, frases curtas
 Desconforto supino
 Diaforese
Dicas – exame físico
 Sinais de falência respiratória
(iminência de PR)

- Depressão do nível de consciência


- Cianose
- Inabilidade de manter o esforço respiratório
Dicas – exame físico
 Achados:
- Hipotensão (combinação ominosa)
- Estridor laríngeo
- Sibilância
- Crepitação
- Ritmo cardíaco (taquicardia TEP, FA ICC)
- Sopros cardíacos
- B3, B4
- Abafamento de bulhas cardíacas, TJP, pulso paradoxal
- Pele: hematomas, urticária
- Extremidades: edema MMII, baqueteamento digital
Armadilhas no manejo da dispnéia na
emergência
 Falha em garantir via aérea na hora certa.
 Falha em reconhecer e agir deterioração de sinais vitais e sinais
de falência respiratória (monitorização, disney)
 Sobrevalorização de um sinal ou método diagnóstico no
estabelecimento da causa da dispnéia (EAP por PTX)
 Falha na monitorização clínica no curso da internação
 Falha em considerar TEP
 Insistir na abordagem geral sem tratar a causa particular da
dispnéia (cetacidose metabólica, herniação no tronco cerebral)
 Falha em permitir paciente instável estar em radiologia
 Falha de orientação e follow-up na alta hospitalar
Tratamento

Eduardo Camões
Medidas gerais e emergenciais
 Monitorização cardíaca
 Oximetria de pulso
 Suplemento de O2 (SO2 90 e 95%)
 GSA
 ABCD
 Ventilação mecânica não invasiva ou
invasiva (pressão positiva nas vias
aéreas)
Suplemento de O2
Suporte ventilatório
 Ventilação mecânica invasiva
 Ventilação não-invasiva (VNI)
VNI (consagrado)
 DPOC descompensado
 EAP
 Imunossuprimido com infiltrado pulmonar
 Caso a caso
Contra-indicação absolutas VNI
 PR franca ou iminente
 Instabilidade hemodinâmica
 Rebaixamento nível de consciência
 Não colaboração do paciente
 Obstrução fixa de vias aéreas
 Desproteção à via aérea (tosse e
deglutição comprometidos)
 Trauma, queimadura ou cirurgia em face
Gripe Influenza A H1N1
 Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço,
preferencialmente descartável.
• Evitar locais com aglomeração de pessoas.
• Evitar o contato direto com pessoas doentes.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso
pessoal.
• Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão,
especialmente depois de tossir ou espirrar.
• Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar
história de contato com doentes
e roteiro de viagens recentes às áreas afetadas.
• Não usar medicamentos sem orientação médica.
Ar...para os pulmões

Eduardo Camões
Ar...para os pulmões

Bom dia e obrigado!


lucasmed@ig.com.br

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