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Home > Ciências > Ciências Agrárias > Projetos mostram caminhos para aumentar eficiência da irrigação

Ciências Agrárias - 16/10/2018

Projetos mostram caminhos para aumentar


eficiência da irrigação
Estações meteorológicas em rede, revisão de protocolos e aspersor ajustável podem reduzir
desperdício de água
Por Júlio Bernardes - Editorias: Ciências Agrárias, Tecnologia - URL Curta: jornal.usp.br/?p=201180

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Pesquisadores desenvolveram estações meteorológicas em rede, para controle a distância da demanda por água, um aspersor com direitos da criança e do adolescente
orifício ajustável e propõem revisão de protocolos internacionais de irrigação para que considerem condições atmosféricas locais –
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Novos caminhos para aumentar a eficiência dos sistemas de irrigação agrícola são apresentados em
três pesquisas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. Os » Todos os eventos

estudos desenvolveram estações meteorológicas em rede, para controle a distância da demanda por
água nos cultivos e propõem a revisão de protocolos internacionais de irrigação, de modo que
considerem as condições atmosféricas locais. Os pesquisadores também criaram um aspersor com
orifício ajustável para controlar a vazão de água, evitando o desperdício.
Artigos

No Departamento de Engenharia de Biossistemas da Esalq, o engenheiro mecatrônico Thiago Alberto Ciclone Idai no sul da
Cabral da Cruz testou uma rede de estações meteorológicas sem fio para determinar as variáveis que
África: tragédia é pior do
que se imaginava
influem na evapotranspiração da cultura e do conteúdo de água no solo, para o eficiente manejo de
25/03/2019
irrigação. A rede de sensores da estação meteorológica foi montada nas estufas do Instituto Nacional de Laura Moutinho é livre-docente pela
Ciência e Tecnologia – Engenharia da Irrigação (INCT-EI), coordenado pela Esalq, em São Carlos, linha de pesquisa Populações Africanas

localizada a 100 quilômetros de Piracicaba. A pesquisa é descrita em tese de doutorado orientada pela
professora Patricia Angélica Alves Marques. Políticas públicas
referentes ao HIV e Aids:
onde estamos e para
onde iremos?
22/03/2019
Carla Andreotti Damante é professora
associada de Periodontia da Faculdade

Ideologia na ciência no
Brasil
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Emérito da Universidade de …

Estações meteorológicas sem fio para determinam variáveis que influem na evapotranspiração da
cultura e do conteúdo de água no solo, de modo a tornar mais eficiente o manejo de irrigação –
Foto: Thiago Alberto Cabral da Cruz

“Entre janeiro e julho deste ano, foi manejada a irrigação da cultura do pimentão vermelho, mapeada a
partir de um sistema tecnologicamente eficiente, baseado na redução de custo e na facilidade de
instalação e manutenção”, explica o engenheiro. A rede de sensores foi implantada por meio de módulos
que possuem microcontroladores de baixo consumo energético. “O módulo dos sensores também
possui elementos para aferir a temperatura e a umidade do ambiente, a radiação solar, a temperatura e
o conteúdo de água no solo”, explica o pesquisador. Com base nesses dados, redes neurais artificiais
calculam a evapotranspiração de referência, essencial para regular o sistema de irrigação.

Clima
Um estudo realizado pelo Grupo de Experimentação e Pesquisa em Modelagem Agrícola (Gepema) da
Esalq propõe a revisão dos protocolos internacionais para o manejo da irrigação. “O consumo hídrico é
estimado por meio de uma correção feita para a evapotranspiração computada para uma cultura de Parcerias
referência, sendo um indicativo da demanda evapotranspirativa de um local em um determinado
período. Esta correção é chamada coeficiente de cultura”, explica o engenheiro agrônomo Luiz Ricardo
Sobenko, que participou do trabalho. O Gepema é coordenado pelo professor Fabio Ricardo Marin.

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Thiago Alberto Cabral da Cruz estudou Luiz Ricardo Sobenko desenvolveu


rede de estações meteorológicas sem aspersor com orifício ajustável – Foto:
fio – Foto: Gerhard Waller/Esalq Gerhard Waller/Esalq

A correção é feita a partir de valores de coeficiente de cultura únicos para cada período (fase fenológica)
de diversas culturas sazonais e perenes, padronizados internacionalmente. “Nas culturas do café, citros,
cana-de-açúcar e milho (verão e safrinha), observou-se que, além do consumo variar em função da fase
fenológica da cultura, oscilou também em função das condições atmosféricas locais”, revela Sobenko. O
estudo concluiu que a abordagem adotada atualmente para recomendação de irrigação em condições
de alta demanda apresenta uma superestimativa, gerando desperdício de água e energia.

Aspersor
Na pesquisa para sua tese de doutorado, Sobenko desenvolve no Laboratório de Ensaios de Material de
Irrigação (Lemi) da Esalq um aspersor com orifício ajustável, inspirado no diafragma das máquinas
fotográficas, para regular a vazão da água durante a irrigação. “A proposta é aplicar a quantidade
correta no momento e local apropriados, visando à otimização da produção e dos recursos hídricos e
ambientais”, aponta o pesquisador. O estudo é orientado pelos professores Tarlei Arriel Botrel e José
Antonio Frizzone.

Aspersor com orifício ajustável, inspirado no diafragma das máquinas fotográficas, regula a vazão
da água durante a irrigação, aplicando a quantidade correta em locais apropriados – Foto: Luiz
Ricardo Sobenko

Em parceria com o Núcleo de Tecnologias Tridimensionais do Centro de Tecnologia da Informação


Renato Archer, localizado em Campinas, foi produzido um protótipo por meio de impressão 3D. “O
aspersor realiza o manejo por zonas de irrigação, aplicando lâminas de irrigação de forma mais precisa,
promovendo maior flexibilidade no momento de execução e evitando a troca manual de bocais em cada
aspersor”, descreve Sobenko. O protótipo está em fase final do processo de depósito de patente.

Caio Albuquerque / Divisão de Comunicação da Esalq, com edição do Jornal da USP (texto original
neste link)

Mais informações: e-mail caioalbuquerque@usp.br, com Caio Rodrigo Albuquerque

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