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29/01/2019 Aula 02 - Teoria do Produtor - Documentos Google

Economia

Teoria do Produtor

FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E SEUS FATORES

Como já dissemos, os recursos são escassos, portanto, a economia trata


de como eles devem ser alocados.
Nesse sentido, a fim de determinar qual a produção de cada bem, será
preciso estudar o que se poder fazer com os recursos alocados para este fim.
Existem vários fatores produtivos, mas podemos destacar os seguintes
(com as suas remunerações):
Capital (máquinas): remunerado pelos juros (r);
Trabalho: remunerado pelo salário (w);
Propriedade: remunerada pelo aluguel;
Capital Financeiro (risco): remunerado pelos lucros.
Em geral, simplifica-se a economia assumindo-se que a produção de
qualquer bem depende somente das quantidades de dois insumos específicos a ele
alocados: capital e trabalho.

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Capital são as máquinas utilizadas no processo de produção e o seu


custo será a taxa de remuneração do capital que poderemos chamar de taxa de
juros, representada por ‘r’, ou seja, o custo de oportunidade do capital, a taxa de
juros que o empresário deixa de ganhar no mercado financeiro por ter adquirido
essa máquina, ou que pagou pelo seu financiamento.

O trabalho é a mão de obra necessária para a fabricação dos bens. Os


trabalhadores vão até o chão de fábrica e trabalham na confecção dos bens e
recebem em troca uma remuneração que chamamos de salário, representado por
‘w’.

A função de produção de determinado bem será, então, da seguinte


forma:

Esta função fornece a quantidade dos bens produzidos em função da


quantidade de cada fator empregado na produção, ou seja, em função da
quantidade de capital e de trabalho alocada nesta atividade.

CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

Uma Curva de Possibilidades de Produção define o máximo que pode ser


produzido de dois bens ao mesmo tempo. Ela mostra os trade-offs entre dois bens
produzidos por uma empresa ou em uma economia.
A curva de possibilidades de produção demonstra todas as combinações
de produções de dois bens, dados os recursos produtivos limitados. Ela é baseada
na escassez de recursos, ou seja, dada uma certa quantidade dos fatores de
produção, como capital e trabalho, a curva representa o máximo que pode ser
obtido na economia, ou por uma empresa.

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Os pontos que se encontram sobre a curva representam possibilidades


eficientes de produção.
Pontos que se encontram dentro da curva representam possibilidades
ineficientes de produção.
Em geral, essa curva mostra dois bens, mas é somente um modelo
representativo da divisão necessária dos recursos escassos entre todos os bens
que se deseja produzir.

Exemplo: suponha que a curva de possibilidades de produção abaixo se


refira a uma empresa do ramo alimentício.

Se a empresa estiver operando no ponto C ela pode aumentar a


produção tanto de carne quanto de batatas. Ou, na pior das hipóteses poderá
aumentar a produção de uma sem precisar diminuir a produção da outra
mercadoria.
No entanto, se a empresa estiver operando no ponto A, a única opção
para aumentar a produção de carne é diminuir a produção de batata, que é o que
ocorre na migração de A para B. Isso se deve ao fato de que na fronteira da Curva
de Possibilidades de Produção os fatores estão sendo utilizados no seu máximo
possível. Logo, para produzir mais carne será preciso deslocar maquinário e pessoal
da produção de batata para a produção de carne.

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Por fim, o ponto D é inatingível, ou seja, com a quantidade de trabalho e


de mão de obra disponíveis, não existe forma de se produzir as quantidades de
carne e de batatas expressas neste ponto.

PRODUTIVIDADE

Produtividade-Marginal
A Produtividade Marginal do Trabalho pode ser calculada da seguinte
maneira:
∆Q ∂Q
P M gL = ∆L
= ∂L

A Produtividade Marginal do Trabalho significa a relação de quanto se


aumenta na produção de determinado bem quando se aumenta uma unidade de
trabalho. O mesmo vale para a produtividade marginal do Capital, que teria a
seguinte fórmula de cálculo:
∆Q ∂Q
P M gK = ∆K
= ∂K

É preciso destacar, também, que a Produtividade Marginal é calculada


em cada ponto, ou seja, A PMgL(Q=3) pode ser (e geralmente é) diferente da
PMgL(Q=4), e assim sucessivamente.

Produto Médio
O produto médio é a razão entre a quantidade produzida e o volume do
fator de produção empregado nesta produção. Assim como para a produtividade,
podemos calcular o Produto Médio do Trabalho ou do Capital.

Produto Médio do Trabalho:


Q
P M eL = L

Produto Médio do Capital

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Q
P M eK = K

Tomem cuidado com as definições acima. O Produto Marginal mede o


incremento na produção total quando se aumenta uma unidade do fator de
produção, seja ele o trabalho ou o capital. Já o Produto Médio mede quanto, na
média, cada fator contribui para a produção total.
Exemplo:

Na tabela acima vemos que o fator capital está mantido constante (Como
veremos a seguir, isso ocorre no curto prazo). Mas o fator trabalho está
aumentando.
Quando temos Q = 3000 e L = 3, PMeL = 3000/3 = 1000.
Aumentamos, então, o trabalho em 1 unidade e a produção saltou de
3000 para 5200. Podemos calcular, com esses dados a PMgL(Q=3000), temos:
PMgL(Q=3000) = ΔQ/ΔL = 1200/1 = 1200.
Além disso, na nova quantidade, o PMeL aumentou, pois PMeL = 5200/4
= 1300.

Notem uma característica importante, em Q = 3000, tínhamos PMeL =


1000 e PMgL = 1200. Como neste ponto a produtividade marginal é maior que a
produtividade média, quer dizer que o incremento de uma unidade a mais de fator
de produção irá gerar um aumento na produção maior que a média anterior, o que

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irá puxar a média para cima. Foi isso que aconteceu, pois em Q = 5200 temos PMeL
= 1300.
Já entre Q = 7500 e Q = 8400 pudemos observar um aumento de 900
unidades produzidas com o incremento de uma unidade de trabalho, isso implica
numa PMgL (Q = 7500) = 900. Porém tínhamos também PMeL (Q = 7500) = 7500/5
= 1500.
Ora, como no ponto Q = 7500 temos PMgL = 900 < PMeL = 1500, o
produto médio irá diminuir. E de fato isso ocorreu, pois em Q = 8400, temos PMeL =
8400/6 = 1400.
Isso nos leva a concluir que o Produto Médio de determinado fator
aumenta enquanto for menor que a Produtividade Marginal, e passa a diminuir
depois que fica maior que a Produtividade Marginal, a qual, por natureza, é
decrescente.

CURVA DE PRODUÇÃO
Considerando a função de produção mostrada, podemos considerar que,
no curto prazo, somente o fator trabalho é variável, estando o capital fixo (pois a
adaptação do tamanho da estrutura produtiva requer um maior tempo). Assim, o
volume de produção será função direta do volume de insumos, ou seja, da
quantidade de mão de obra disponível.
O gráfico Produto x Insumo será da seguinte forma:

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No modelo com somente um insumo, gráfico acima, é possível perceber


que a produção cresce inicialmente de forma intensa, depois cresce mais
moderadamente, até que passa a diminuir.
Isso ocorre porque o insumo trabalho sozinho (ou o insumo capital
sozinho, se fosse o caso de o trabalho ser o fato fixo) vai se tornando cada vez
menos necessário. É o que chamamos de produtividade marginal decrescente.

Até o primeiro ponto de inflexão, a produtividade marginal do trabalho


(inclinação da curva de produção) é positiva e crescente, indicando que há excesso
de capital, e que o aumento de mão de obra gera um aumento mais que
proporcional no produto. O produto médio é positivo e crescente (pode ser
encontrado pela inclinação da reta que sai da origem e vai até o ponto desejado).

Obs. 1: Para aqueles que possuem conhecimento mais avançado em


matemática, podemos dizer que até o primeiro ponto de inflexão, a derivada primeira
é positiva, e a derivada segunda também.

Entre os dois pontos de inflexão, a produtividade marginal do trabalho


continua positiva (produto cresce), porém decrescente, indicando que a mão de obra

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começou a se tornar excessiva frente ao capital. O produto médio continua positivo


e será decrescente, pois o produto marginal é menor que ele.

Obs. 2: Novamente, considerando a matemática mais avançada,


podemos dizer que entre o primeiro e o segundo pontos de inflexão, a derivada
primeira é positiva, emas a derivada segunda é negativa, ou seja, a curva de
produção continua crescendo, mas a taxas cada vez menores.

Após o segundo ponto de inflexão a produção começa a diminuir com o


aumento do insumo (no caso, mão de obra). Isso ocorre porque a produtividade
marginal passa a ser negativa. Isso ocorre porque em determinado momento, há
tanto insumo que a sua utilidade marginal é negativa, ou seja, ela mais atrapalha do
que ajuda.

Obs. 3: Matematicamente, a partir do segundo ponto de inflexão (que no


caso será o máximo da função de produção), a produção total começa a cair, ou
seja, a própria derivada primeira passa a ser negativa. Neste ponto de produção
máximo temos a derivada da produção em relação à quantidade empregada de
fatores de produção igual a zero, ou seja, PMg = 0)

Ex: imagine uma padaria com 30 padeiros e 2 fornos. Ela irá produzir
menos do que se fossem 8 padeiros e 2 fornos, pois 2 fornos não são capazes de
atender a 30 homens.

Assim como veremos para as curvas de custo, é possível retirar 2


relações do gráfico de produção:
● A produção máxima é obtida quando a produtividade
marginal for nula;
● O maior produto médio é obtido quando o seu valor se
igual ao produto marginal.

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Obs: essas conclusões decorrem da utilização de cálculo diferencial, mas


se você não conhece cálculo, pode somente compreender a explicação acima que
será suficiente para a prova.

TEORIA DO PRODUTOR

Antes de estudarmos os modelos ideais representativos das situações de


concentração de mercado observadas costumeiramente nas economias modernas,
devemos estudar a estrutura padrão de custos das empresas.

No início, conceituamos o chamado custo de oportunidade: é o benefício


que se deixa de obter ao escolher certa posição financeira.
Ex: Ao comprar um mercado por R$ 300 mil o custo de oportunidade é
quanto se poderia obter no mercado financeiro aplicando este mesmo montante.
Supondo que i = 10%, então este será o custo de oportunidade. Ao montar a nossa
estrutura de custos, o custo de oportunidade já está incluso, ou seja, o lucro
desejado é considerado custo.

Estrutura de Custos
Como é comumente conhecido, as empresas possuem custos que podem
ser divididos em dois tipos:
- Custos Fixos (CF): São aqueles custos que foram/são incorridos
independentemente da decisão da quantidade a se produzir;
- Custos Variáveis (CV): São aqueles custos que variam proporcionalmente
à quantidade produzida, q.

Obs: Considerar determinado custo como fixo ou variável depende do


horizonte (tempo) em que se está analisando. Quanto mais curto o prazo, maior
parte dos custos será fixa. Quanto maior o prazo, maior a capacidade da empresa
de se adaptar, tornando maior a parcela dos custos variáveis. Consideramos, em

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geral, que no curto prazo o capital é fixo, e é variável somente a quantidade de


trabalho.

Para a empresa como um todo, tem-se:


CT = CF + CV

Curvas de custos de uma empresa

CUSTOS MÉDIO E MARGINAL

Custo Médio: A relação que mostra o custo de cada unidade produzida,


para determinada quantidade total q. É calculado por:

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Para a empresa: CMe = CVMe + CFMe

Custo Marginal: é o quanto se aumenta nos custos de uma empresa tendo


em vista o aumento em 1 unidade do seu produto.
∆CT ∂CT
CM g = ∆Q
= ∂Q

Porém, a expressão acima, que indica que o Custo Marginal é a variação no


Custo Total devido à variação da quantidade produzida, também pode ser obtida
por:
∆CV ∂CV
CM g = ∆Q
= ∂Q

Isso se dá pois, como CT = CV + CF, mas os Custos Fixos não variam com
a quantidade, logo, toda a variação do Custo Total em relação à quantidade
produzida advém do Custo Variável.

Curvas de Custo médio e marginal

Formato das Curvas de Custo Médio e Custo Marginal

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No curto prazo, as curvas de Custo Médio, Custo Variável Médio e Custo


Marginal possuem formato de ‘U’ porque considera-se como variável somente o
fator trabalho, sendo o capital constante.
Assim, a um nível de produtividade baixo, há capital ocioso, de tal forma que
o aumento do trabalho gera um aumento na produção mais que proporcional,
diminuindo o seu custo variável médio (É a chamada Produtividade Marginal
Crescente).
No entanto, conforme aumenta-se a produção, o aumento no número de
trabalhadores, mantendo-se o capital fixo, gera um incremento menor na produção
(É a chamada Produtividade Marginal Decrescente) de tal forma que o custo
médio e o custo marginal vão sendo aumentados.
Por isso o formato de ‘U’ dessas curvas, supondo o custo de cada um
desses fatores constantes, sua Produtividade Marginal inicialmente crescente e
depois decrescente faz com que os custos médios e marginais sejam inicialmente
decrescentes e depois crescentes.

Economias crescentes de Escala: Estão presentes naquelas empresas


que conseguem aumentar sua produção sem aumentar os custos na mesma
proporção, ou seja, o custo médio dessas empresas diminui com o aumento da
produção.
Ex: Custo de R$ 100 Mil para produzir 100 unidades do produto e Custo de
R$180 Mil para produzir 200 unidades do produto. O Custo Médio caiu de R$
1.000/unidade para R$ 900/unidade.
Obs: Economias decrescentes de escala corresponde à situação onde o
aumento da produção causa aumento do custo médio.

Economias de Escopo: Ocorre quando a produção de duas mercadorias


por uma mesma empresa é mais eficiente (menor custo total) do que a produção
dessas mesmas mercadorias por empresas separadas. Está relacionada ao
compartilhamento de recursos (Físicos ou Intelectuais).

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Ex1: produção de iogurte e leite longa vida pela mesma empresa é mais
barato do que a produção por empresas separadas.
Ex2: Produção de goma de mascar e balas.
Obs: Deseconomias de escopo corresponde à situação onde a produção
conjunta possui custo total maior.

Ficar atento para não confundir Economias de Escala com Rendimentos


Crescentes de Escala. Economias de escalas estão relacionadas ao custo,
Rendimentos de escala com a variação da produção.

Rendimentos crescentes de escala: Ao aumentar todos os seus insumos


numa certa proporção, a empresa obtém um aumento do produto em proporção
maior que o aumento dos insumos. Ex: Ao dobrar todos os insumos (capital e
trabalho) a empresa consegue produzir 3 vezes mais.

Rendimentos constantes de escala: Ao aumentar todos os seus insumos


numa certa proporção, a empresa obtém um aumento do produto na mesma
proporção que o aumento dos insumos. Ex: Ao dobrar todos os insumos (capital e
trabalho) a empresa consegue produzir 2 vezes mais.

Rendimentos decrescentes de escala: Ao aumentar todos os seus


insumos numa certa proporção, a empresa obtém um aumento do produto em
proporção menor que o aumento dos insumos. Ex: Ao dobrar todos os insumos
(capital e trabalho) a empresa consegue produzir 1,5 vezes mais.

Obs: Apesar dos conceitos não se confundirem, a existência de


Rendimentos Crescentes de Escala gera a presença de Economias de Escala
(reduzindo o custo médio do produto), ainda que nem toda Economia de Escala seja
decorrente da existência de Rendimentos Crescentes de Escala.

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Ex: A presença de altos custos fixos e baixos custos variáveis gera


economias de escala não relacionadas aos Rendimentos Crescentes de Escala.

RELAÇÕES ENTRE CUSTO MARGINAL E CUSTO MÉDIO

É possível perceber do gráfico que a Curva de Custo Marginal intercepta as


curvas de Custo Médio e Custo Variável Médio em seus pontos mínimos. A
explicação é a seguinte:
Se o custo de se produzir uma unidade a mais do produto for menor que o
custo médio desse produto, essa produção diminuirá o custo médio, portanto, a
curva de custo marginal deve estar abaixo da curva de custo médio no trecho onde
esla é decrescente.
Por outro lado, se o custo de se produzir uma unidade a mais do produto for
maior que o custo médio desse produto, essa produção elevará o custo médio,
portanto, a curva de custo marginal deve estar acima da curva de custo médio no
trecho onde ela é crescente.
Obs: O mesmo raciocínio vale para a curva de custo variável médio, já que
sua diferença para a de custo médio é somente o custo fixo que não se altera.
Em resumo, tem-se:

Quando CMg < CVMe, então, a curva de CVMe é decrescente.


Quando CMg > CVMe, então, a curva do CVMe é crescente.
Quando CMg = CVMe, então, CVMe é mínimo.
Quando CMg < CMe, então, a curva de CMe é descendente.
Quando CMg > CMe, então, a curva de CMe é ascendente.
Quando CMg = CMe, então, CMe é mínimo.

A curva do CMg passa sobre o ponto mínimo tanto da curva de custo


variável quanto da curva de custo médio.
A curva de custo fixo médio é decrescente em toda a sua extensão.

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RECEITA E LUCROS

Para QUALQUER EMPRESA, a receita total pode ser calculada da seguinte


forma:

RT = P*Q (Preço vezes a quantidade produzida);

Obs: Quase sempre, existe uma função que fornece P em função de Q, ou


seja, P = f(Q). Dessa forma, a RT será também uma função da quantidade total
produzida.

Já o Lucro pode ser calculado pela diferença entre a receita e o custo


daquela empresa:

LT = RT – CT

Obs: O Custo Total é dado ou pode ser calculado da maneira já estudada


(CT = CF + CV)

Escolha Da Produção De Qualquer Empresa


Para qualquer empresa, independente da concentração do mercado, a
condição que maximiza o seu lucro é:

RMg = CMg (Receita Marginal = Custo Marginal)

Essa relação indica que o custo de se produzir uma unidade a mais do


produto (Custo Marginal) deve ser igual à receita proveniente da venda desta
unidade adicional (Receita Marginal).

Pensemos de uma forma lógica:

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- Se RMg > CMg, aumentar a produção aumentaria o lucro, pois a receita


obtida com a venda do produto adicional seria maior que os custos com sua
produção;
- Se RMg < CMg, diminuir a produção aumentaria o lucro, pois a receita
atualmente obtida com sua venda não cobre os custos, e a diminuição da produção
faz com que o custo marginal caia até que se esteja novamente em equilíbrio;
Dadas estas constatações, o equilíbrio só pode ser onde não existam
movimentos que possam aumentar o lucro do produtor.

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