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Reprodução de Caprinos e Ovinos PDF
Reprodução de Caprinos e Ovinos PDF
DE CAPRINOS E OVINOS
ELABORADORES
1º Edição
Campos dos Goytacazes – RJ
2006
2
Financiamento das bolsas
Apoio
3
Sumário
Apresentação....................................................................................06
Introdução.........................................................................................07
I – REPRODUÇÃO BÁSICA
2. Fisiologia Reprodutiva.............................................................16
2.1 Desenvolvimento Folicular.............................................18
2.2 Ciclo Estral.....................................................................19
2.3 Fases do Ciclo Estral.....................................................22
2.4 Estacionalidade Reprodutiva..........................................23
2.5 Manipulação do Ciclo Estral...........................................25
2.5.1 Efeito Macho..........................................................26
2.5.2 Indução Farmacológica (Progestágenos e eCG)..26
2.5.3 Indução Farmacológica (Melatonina e Programa de
Luz).....................................................................................28
II - MANEJO REPRODUTIVO
3. Manejo Reprodutivo................................................................30
3.1 Descarte orientado dos animais.....................................30
3.2 Escolha do reprodutor e matrizes..................................31
3.2.1 Escolha do Reprodutor..............................................31
3.2.2 Seleção das Matrizes................................................33
3.3.Época ideal para o acasalamento.....................................34
3.3.1 Separação por lotes...................................................35
3.3.2 Detecção de cio.........................................................35
3.3.2.1 Uso de Rufiões...................................................35
3.3.2.2 Manipulação do estro (Sincronização do estro e
ovulação).................................................................................37
3.4 Sistema de Acasalamento.................................................38
3.4.1 Monta Natural............................................................39
3.4.2 Monta Controlada......................................................39
3.4.3 Inseminação Artificial.................................................39
3.4.3.1 Uso da Vagina Artificial......................................40
3.4.3.2 Uso do Eletroejaculador.....................................41
4
3.5 Preparação do Macho.......................................................41
3.6 Coleta do Sêmen...............................................................41
3.7 Tipos de Preparações do sêmen coletado........................44
3.7.1 Fracionado.............................................................44
3.7.2 Fresco Diluído.......................................................45
3.7.3 Resfriado...............................................................45
3.7.4 Congelado.............................................................45
3.8 Preparação da Fêmea.......................................................45
3.9 Seqüências da I.A..............................................................46
4. Gestação e Diagnostico................................................................48
6. Manejo do recém-nascido............................................................51
Bibliografía........................................................................................52
5
Apresentação
6
Introdução
7
Hafez, 2004
8
A atividade da caprinocultura e ovinocultura cresceu
consideravelmente nesta ultima década no Estado do Rio de
Janeiro, principalmente na região Norte e Noroeste, devido à
característica pecuária pré-existente. Em algumas regiões do estado
do Rio de Janeiro, como por exemplo, a região Serrana já apresenta
um rebanho altamente especializado e produtivo, fruto de rigorosos
trabalhos de genética, sanitário e alimentar ao longo dos anos.
Segundo IBGE de 2003, o Estado do Rio de Janeiro possuía 30.527
caprinos, e 277 criatórios cadastrados segundo a EMATER – RJ,
1998, sendo que aproximadamente 85% destes criatórios são
especializados para produção de leite e as principais raças
exploradas são: Saanen, Kinder, Pardo-Alpina, Toggenburg e
mestiços. Alguns exemplares de caprinos para corte, como o Bôer, e
dupla aptidão como a Anglo-Nubiana também são encontrados no
Norte e Noroeste Fluminense.
Ainda no IBGE de 2003 apontam um total de 15.057.838
ovinos no território nacional, sendo que 57,85% estão concentrados
no Nordeste e 29,98% no Sul do Brasil. Porém ambas regiões
apresentam peculiaridades diferentes no que se refere ao tipo de
exploração e a forma com que é conduzida. No Rio de Janeiro,
assemelha-se ao sistema de criação encontrado no Nordeste do
Brasil, onde na maioria das vezes se encontram criações de ovinos
em sistemas extensivos e alguns semi-intensivos. Neste mesmo
levantamento do efetivo dos rebanhos brasileiros, o IBGE de 2003
nos mostra um total de 35.195 ovinos no Estado do Rio de Janeiro.
Atualmente a Região Norte e Noroeste Fluminense, representa um
significativo percentual deste número, onde a principal raça
explorada é a Santa Inês, porém alguns exemplares de Morada
Nova, Dorper e Sufolk podem ser encontrados.
Alguns pontos são cruciais para o perfeito desenvolvimento da
caprinovinocultura na Região, e conseqüentemente, sua
competitividade em um mercado em franca expansão. Estes se
baseiam no tripé da produção, ou seja, manejo sanitário, nutricional
e reprodutivo.
Para que o tripé produtivo funcione perfeitamente, todos os
itens devem ser rigorosamente monitorados e avaliados, levando em
consideração que as boas práticas de manejo refletem em lucros
para o produtor e expansão da cadeia produtiva.
9
I - REPRODUÇÃO BÁSICA
10
1. Anatomia do aparelho reprodutor
11
Figura 3. Aparelho reprodutor masculino (carneiro)
12
3. Útero: é o órgão em que ocorre o desenvolvimento da
gestação. Consiste em um corpo verdadeiro e dois
cornos, os quais se conectam as tubas. O útero
separa-se da vagina pela cérvix (ou colo uterino), que
tem como função proteger a gestação do ambiente da
vagina e do meio exterior;
4. Cérvix: é um conduto quase sempre fechado, com
dobras denominado anéis, em numero de 4 a 6;
13
Figura 5. Localização anatômica do aparelho reprodutor feminino (cabra)
14
Vários estudos vêm tentando melhorar a eficácia reprodutiva
da cabra e ovelha, porém, existe uma barreira natural denominada
cérvix, a qual encontram-se os anéis cervicais que se tornam
obstáculos a serem atravessados pela pipeta aplicadora de sêmen
no momento da inseminação artificial em caprinos e ovinos. A cérvix
e seus anéis são constituídos de tecido cartilaginoso de
consistência rígida, o que dificulta a passagem da pipeta
inseminadora através da cérvix. Na espécie ovina principalmente,
este é um dos principais impencílios para o uso desta técnica, já
que esta espécie apresenta uma cérvix significativamente mais
fechada e um maior numero de anéis cervicais do que na espécie
caprina, formando verdadeiros obstáculos para a deposição do
sêmen próximo ao útero, conseqüentemente diminuindo a
percentagem de fêmeas fecundadas.
2. Fisiologia Reprodutiva
16
Figura 10. Fatores que interferem na puberdade do macho
17
Figura 11. Interação Endócrina na Fêmea (FAO, 1987)
18
A seguir temos um esquema simplificado do crescimento dos
folículos primordiais, seguido de folículos recrutados, que serão
selecionados e formarão o folículo ovulatório, onde por fim, ocorre a
ovulação.
20
Se o óvulo for fertilizado, o corpo lúteo será mantido durante
toda a gestação, mas as duas espécies diferem da fonte de
progesterona para a manutenção da prenhes. A ovelha é espécie
placenta-dependente, ou seja, depende da placenta para o
fornecimento da progesterona. Enquanto a gestação da cabra
depende do corpo lúteo.
Os eventos que ocorrem durante o cicio estral são regulados
basicamente pela interação dos hormônios GnRH (hormônio
liberador das gonadotrofinas), FSH (hormônio folículo estimulante),
LH (hormônio Iuteinizante), estradiol e progesterona. (Tabela 1 e
Gráfico 11)
21
2.3 Fases do Ciclo Estral
22
Figura 15. Cronologia do ciclo estral em cabra e ovelha
23
pastagem e área territorial pouco acidentada. Estes fatores
predispõem para o incentivo da criação de caprinos e ovinos no
estado, principalmente na região Norte e Noroeste Fluminense, já
que uma boa parte da economia se sustenta da pecuária. Desta
forma, encontramos um ambiente propício onde o produtor poderá
planejar seu lotes, sua produção e sua comercialização, uma vez
que a estacionalidade reprodutiva pode ser quebrada.
O principio fisiológico desta estacionalidade está ligado
diretamente à luminosidade, no qual o aparecimento do cio é
induzido à medida que os dias têm menor duração, o que podemos
perceber na figura seguinte.
24
2.5 Manipulação do Ciclo Estral
27
Em ovelhas vários estudos vêm sendo realizados usando os
implantes auriculares subcutâneos, porem os dados ainda
permanecem muito variáveis, dependendo da raça, condição
alimentar, entre outros fatores.
28
II - MANEJO REPRODUTIVO
29
Manejo Reprodutivo
32
Figura 20. Reprodutor Caprino Figura 21. Reprodutor Ovino
(Toggenburg) (Santa Inês)
33
Figura 22. Matriz caprina Figura 23. Matriz ovina (Santa
(Saanen) Inês)
34
3.3.1 Separação por lotes
35
Figura 24. Técnica da Vasectomia cirúrgica em ovinos
36
3.3.2.2 Manipulação do estro (Sincronização do estro e
ovulação)
37
Bicudo et. al testaram o protocolo de curta duração (6 dias) e
obtiveram bons resultados.
Recomendações:
1.) Injetar 0,25 ml de antibiótico (oxitetraciclina) na esponja
antes de inserí-la para evitar vaginites e aderências;
2.) Caso seja utilizada inseminação artificial, utilizar 10 % a
mais de rufiöes do que se utiliza rotineiramente, bem como,
machos, no caso de cobertura natural, pois ocorre uma
concentração de aparecimento de cios em um intervalo muito curto
de tempo. (Média = 90% das fêmeas em um prazo de três dias)
A técnica apresenta baixo custo, e altos benefícios. Sua
realização é bastante simples, demandando apenas:
Treinamento dos funcionários responsáveis;
Cuidados referentes à manipulação adequada dos
hormônios utilizados;
Cuidados na aplicação, respeitando as recomendações de
vias de administração e doses, evitando variação de resultados,
devido a erros humanos.
38
3.4.1 Monta Natural
39
Menor gasto com manutenção, alimentação e
acomodações dos reprodutores;
Aumento da vida útil dos reprodutores, inclusive,
podendo ser utilizados por anos após a morte do macho,
já que o material seminal pode ser armazenado por
tempo indeterminado no botijão de nitrogênio liquido;
Controle de doenças transmissíveis no ato da cópula;
Programação das parições e produtividade;
Possibilidade de utilizar reprodutores incapacitados para
realizar a monta (ex.: problemas que impossibilitem o
macho de ficar em pé ou sustentar-se no momento da
cópula);
Entretanto, vale a pena ressaltar alguns inconvenientes
encontrados no uso desta técnica, como:
Necessidade de mão-de-obra especializada;
No caso de utilização de reprodutores não provados,
pode ocorre uma rápida disseminação de características
indesejáveis sobre o rebanho;
Custos iniciais elevados;
Figura 28. Vagina Artificial e Membrana Figura 29. Vagina Artificial utilizada no
de Látex LMGA/UENF (Foto: Fausto Paes)
40
3.4.3.2 Uso do Eletroejaculador
41
e, no momento em que for introduzir o pênis, desvia-lo para que
penetre na vagina artificial.
A vagina artificial consiste em um cilindro regido, aberto em
ambos os lados, podendo ser utilizada uma mangueira, tipo
radiador de caminhão, com aproximadamente 6 cm de diâmetro. No
seu interior, introduz-se um outro cilindro de látex flexível e macio
que se destina a entrar em contato com o pênis do animal, por
ocasião da monta. Esse tubo flexível deverá ser maior que o tubo
rígido, para permitir que seja revertido sobre o primeiro. Isso
permitirá a colocação de água e ar entre os dois tubos, a fim de se
ter pressão e temperatura (35ºC) ideal para a cópula. Para facilitar o
preparo da vagina o tubo rígido deverá ser dotado de uma pequena
válvula ou um duto que possibilite sua vedação.
Devera ser aplicado lubrificante a base d’água na extremidade
onde o pênis ira penetrar, para evitar traumatismos no reprodutor e
facilitar a penetração, nunca utilizar vaselina. Na outra extremidade
deverá ser acoplado um tubo onde será depositado o sêmen; este
tubo deverá ser esterilizado, aquecido através da flexão das mãos,
e protegido com tecido (feltro ou flanela) para se evitar contato
direto com a luz e choque térmico, que poderá ocasionar a morte
dos espermatozóides.
42
Figura 32. Fêmea que servirá de manequim para a realização da coleta de
sêmen (Foto: Fausto Paes)
Figura 33. Monta para realização da coleta de sêmen (Foto: Fausto Paes)
43
Figura 34. Amostra do Ejaculado coletado (Foto: Fausto Paes)
3.7.1 Fracionado
44
fêmea, por meio da inseminação artificial. Nenhum artifício de
preservação do material fecundante é necessário neste caso
(Bicudo, 1998).
3.7.3 Resfriado
3.7.4 Congelado
45
do aparelho reprodutor feminino, abrindo portas de entrada para
contaminações oportunistas.
46
Figura 38. Técnicas de contenção de ovelha e cabra
47
Figura 40. Inseminação Artificial Figura 41. Cabra sendo inseminada
4. Gestação e Diagnostico
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Nas ultimas semanas de gestação ocorre um rápido
crescimento do feto, que aumenta 2/3 do seu peso total, e grande
desenvolvimento da glândula mamária. Isso eleva
consideravelmente as necessidades nutricionais das ovelhas e
cabras antes do parto.
O diagnóstico da gestação é necessário para conhecer se
realmente ocorreu gestação, caso contrario, deve-se corrigir tal
situação antes que termine a temporada de acasalamento e facilitar
o manejo do rebanho. (FAO,1987)
Para o diagnóstico de prenhes, numerosos métodos já foram
testados em caprinos e ovinos. Alguns são muito simples e outros
mais onerosos e sofisticados. Entre eles os mais utilizados são:
índice de retorno ao cio, avaliação clínica e ultra-sonografia.
O índice de retorno é o método mais simples, já que,
necessita apenas saber se a fêmea retornou ao cio após o
acasalamento ou inseminação artificial, através do controle
reprodutivo das fêmeas, porém corre o risco de diagnosticar o
retorno ao cio em momento tardio e se perde o período de
acasalamentos adotado na propriedade.
No caso da avaliação clinica, se realiza a palpação abdominal
e do úbere. Aos 3 meses após o acasalamento chega-se a uma
eficiência de diagnostico superior a 90%. No entanto, é um tempo
relativamente longo para diagnosticar a prenhes.
Atualmente, se utilizada com freqüência o aparelho de ultra-
som por via trans-abdominal e retal. Tendo a possibilidade de
determinara viabilidade da gestação por observação do batimento
cardíaco e número de fetos aos 30 e 50 dias respectivamente. Pode
ser utilizado transdutor de 5.0 mHz. Se o transdutor possui uma
freqüência maior (7.5 mHz) o diagnostico poderá realizar-se a partir
dos 12 dias após a fecundação. (ACPA, 2003)
Figura 43. Esquema do uso de ultra-sonografia trans-abdominal em caprinos e
ovinos
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5. Manejo Pré-parto e Parição
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Cria em posição anormal;
Fêmeas com idade avançada;
6 Manejo do recém-nascido
51
Bibliografía
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FONSECA, J. F., Estratégias para o controle do ciclo estral e
superovulação em ovinos e caprinos. Congresso Brasileiro de
Reprodução Animal, 16, 2005. Goiânia, GO. Anais: Palestras
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SANTANA, A. F., Superovulação e Transferência de Embriões em
caprinos. Departamento de Produção Animal, Escola de
Medicina Veterinária – Universidade Federal da Bahia.
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http://www.reitoria.ufsc.br/prpg/bioterio/images/ovelha.jpg
http://www.svimexico.com.mx/fotos/ovinos/vasectomia.jpg
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