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RELATÓRIO CRÍTICO
Professora orientadora:
Bárbara Machado
Índice
Pág.
I. Introdução…………………………………………………………………………………………………………………….. 1
II. Enquadramento geográfico………………………………………………………………………………………….. 2
III. Enquadramento geológico…………………………………………………………………………………………… 2
IV. Estudo macroscópico e microscópico…………………………………………………………………………… 3
V. Metodologias……………………………………………………………………………………………………………….. 5
VI. Análise dos Resultados………………………………………………………………………………………………… 6
VII. Conclusões…………………………………………………………………………………………………………………. 10
VIII. Bibliografia………………………………………………………………………………………………………………… 11
Anexos………………………………………………………………………………………………………………………………. 12
Anexo I: Protocolo Experimental I…………………………………………………………………………………………… 13
Anexo II: Protocolo Experimental II…………………………………………………………………………………………. 14
I
Projecto Rocha Amiga
I. Introdução
Prova disso, têm sido os inúmeros prémios atribuídos à Escola Secundária de Arouca, bem
como a inserção do Geoparque Arouca na Rede Europeia de Geoparques da UNESCO (United
Nation Educational, Scientific and Cultural Organization).
No entanto, é inevitável referir, aquele que é, o símbolo deste concelho, o seu ex-líbris: o
Mosteiro de Santa Maria de Arouca (figura 1). Sendo este, o maior monumento granítico
construído em Portugal (Aleixo, Silva & Gomes, 2005), porque não associar a sua riqueza
arquitectónica, cultural e artística, à sua riqueza geológica. Dessa forma, este edifício histórico
poderá tornar-se uma paragem obrigatória na visita ao concelho.
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Projecto Rocha Amiga
I. Enquadramento geográfico
A Vila de Arouca assenta sobre uma mancha de granodiorito, que contacta a norte com as formações
do Complexo xisto-grauváquico, metamorfizando-as, dando origem, na auréola de metamorfismo, ao
aparecimento de corneanas pelíticas e xistos mosqueados (Medeiros, 1964) (figura 2). A leste e sudeste, os
xistos encaixantes foram arrepiados e sofreram incidência de metamorfismo termal (Pereira, Gonçalves &
Moreira, 1980) (figura 3).
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Projecto Rocha Amiga
Macroscopicamente, pode dizer-se que se trata de uma rocha de grão médio, de duas micas, com
predomínio da biotite sobre a moscovite, de cor acinzentada (Moura, 2000). É detectada, nalguns pontos,
uma foliação (Pereira, Gonçalves & Moreira, 1980; Moura, 2000).
O estudo da sua mineralogia permitiu conhecer as diferentes espécies de minerais que o constituem e
avaliar os seus diferentes graus de meteorização.
A rocha evidencia textura hipidiomórfica granular pois a maioria dos seus cristais têm algumas faces
planas e regulares (subeuédricos) e outros têm formas imperfeitas (anédricos).
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Mo
Q
Ap
Z
P
B
Ap C
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O quartzo apresenta-se em cristais anédricos, com extinção ondulante, límpido, mas fracturado,
estando essas fracturas algumas vezes preenchidas por mica branca.
O feldspato potássico apresenta cristais subeuédricos que mostram a macla de Carlsbad bem definida.
Frequentemente está facturado, é micropertítico e apresenta o aspecto sujo da caulinite. Surgem no
interior dos cristais fenómenos de substituição por micas brancas secundárias.
A plagioclase aparece toda fracturada, em cristais subeuédricos, com maclas polissintéticas da albite, A
segunda geração de plagioclase está representada na pertização do feldspato potássico.
A biotite apresenta-se sob a forma de cristais subeuédricos com pleocroísmo que varia de castanho-
alaranjado a castanho-palha. A cloritização é frequente.
O estudo microscópico permitiu registar diferenças nas duas lâminas delgadas observadas, sobretudo
ao nível da fracturação dos minerais, quer da plagioclase, quer do quartzo, que é muito mais intensa na
amostra de quartzodiorito alterado (figura 5). E ainda no que diz respeito ao aspecto sujo do feldspacto,
devido à presença de caulinite (mineral secundário), que também predomina nessa amostra.
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Q Q
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Projecto Rocha Amiga
V. Metodologias
Seguidamente, fez-se a recolha de amostras desta rocha, num afloramento da Serra da Freita,
e cortaram-se os provetes no Laboratório de Geologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro. Posto isto, deu-se início ao Procedimento Experimental I (Anexo I). Alguns dias depois,
após moagem das amostras a 4 mm, iniciou-se o Procedimento Experimental II (Anexo II), que
teve a duração de cerca de 3 meses.
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Projecto Rocha Amiga
Comprimento da coluna
de sucção
Quartzodiorito São 1,3 cm
Quartzodiorito Alterado 3,9 cm
Tab. 1: Comprimento da coluna de sucção.
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Projecto Rocha Amiga
Com este procedimento foi possível verificar que os valores mais elevados de condutividade
surgem na água da chuva local (gráfico 4), apesar de esta não ser considerada uma chuva ácida
(uma vez que o seu pH está de acordo com os parâmetros aconselhados) provocou um maior
aumento de condutividade do que a solução de água acidificada. Facto que apesar de não estar de
acordo com o esperado, poderá ser justificado pela presença de substâncias dissolvidos na água
da chuva, inexistentes na água acidificada. Assim, a maior quantidade de iões provoca uma maior
capacidade de condução de corrente eléctrica, logo valores de condutividade mais elevados.
Como a água destilada possuiu uma reduzida quantidade de iões dissolvidos e apresenta uma
baixa capacidade de meteorização química, em contacto com as amostras apresentou os valores
mais baixos de condutividade. Possui, assim, uma pequena capacidade de condução da corrente
eléctrica (gráfico 5).
Por sua vez, a acidez da água aumenta a meteorização química por dissolução, logo águas com
elevada acidez, apresentam valores de condutividade mais elevados, daí os elevados valores de
condutividade elevados que surgem da água acidificada (gráfico 5).
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Projecto Rocha Amiga
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Projecto Rocha Amiga
VII. Conclusões
O Mosteiro Santa Maria de Arouca envolve uma grandiosa história. Por ele passaram as
grandes convulsões políticas que abalaram Portugal e a Europa.
O quartzodiorito foi a rocha utilizada na sua construção, a mesma rocha sobre a qual assenta a
vila de Arouca. As suas condições de génese possibilitam-lhe grande resistência e durabilidade – as
características ideais para a utilização na construção de edifícios.
As pedras deste edifico, devido ao seu grau de alteração, são menos compactas pois
apresentam um maior número de poros, e/ou uma rede porosa melhor conectada, o que lhes
confere maior capacidade de absorção de água por capilaridade e velocidade de absorção mais
rápida.
O aumento da meteorização química, por dissolução, deve-se não só às chuvas ácidas, mas
também às chuvas com pH dentro dos parâmetros considerados normais, uma vez que estas
possuem uma maior quantidade de iões dissolvidos resultantes da sua interacção com o ambiente.
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VIII. Bibliografia
Aleixo P., Silva, P. & Gomes, R. (2005). “Plano de Dinamização «Arouca e o seu Mosteiro»”. Câmara
Municipal de Arouca.
Medeiros, A. C. (1963) “Carta Geológica de Portugal – Folha 13B Castelo de Paiva”. Escala 1:50 000.
Direcção Geral de Minas e Serviços Geológicos. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa
Medeiros, A. C (1964) “Notícia explicativa da Carta Geológica de Portugal – Folha 13B Castelo de Paiva”.
Escala 1:50 000. Direcção Geral de Minas e Serviços Geológicos. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa.
Pereira, E., Gonçalves, L. S. & Moreira, A. (1980) “Notícia Explicativa da Carta Geológica de Portugal – Folha
13D Oliveira de Azeméis”. Escala 1:50 000. Direcção Geral de Geologia e Minas. Serviços Geológicos de
Portugal.
Pereira, E., Gonçalves, L. S. & Moreira, A. (1981) “Carta Geológica de Portugal – Folha 13D Oliveira de
Azeméis”. Escala 1:50 000. Direcção Geral de Geologia e Minas. Serviços Geológicos de Portugal.
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ANEXOS
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MATERIAIS:
PROCEDIMENTO A:
Procedimento B:
CÁLCULOS:
C = (∆M) / (s.√t)
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MATERIAIS:
• Amostras
• Gobelés
• Água destilada
• Água da chuva
• Solução de ácido sulfúrico
• Estufa
• Aparelho de medição do pH
• Aparelho de medição da condutividade eléctrica
PROCEDIMENTO:
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