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(Os Doze Trabalhos) O Segundo Trabalho - A Hidra de Lerna (Mito) PDF
(Os Doze Trabalhos) O Segundo Trabalho - A Hidra de Lerna (Mito) PDF
Força e Honra!
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O monstro era conhecido por suas cinco cabeças, que quando uma era morta, duas cresciam
em seu lugar; seu veneno que matava de forma dolorosa e incurável; e o fato de que uma de
suas cabeças era totalmente imortal. Por ordem de Euristeu, Hércules devia viajar até Lerna e
matar o monstro, livrando Argos deste flagelo.
Assim que deixou Micenas, a luz divina encheu a estrada, e na próxima curva, Hércules viu
Apolo, Deus da Inspiração, aquele que através do Oráculo de Delfos, o enviou para Micenas.
O Deus ditou apenas um enigma ao semideus: “Os homens tem um poder que nenhum
Deus tem: quando eles se rebaixam, eles se erguem; quando eles se rendem, eles
conquistam; quando eles entregam, eles ganham.“
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02/04/2019 [Os Doze Trabalhos] O Segundo Trabalho: A Hidra de Lerna (Mito)
Na chegada ao pântano, uma densa e horrivelmente fétida névoa cobria todo o local,
obrigando os dois a deixarem os cavalos na borda do pântano, e viajarem lentamente, se
acostumando a respirar pela boca quase que constantemente. Mesmo a navegação por lá
tinha que ser lenta, pois a rota tinha que ser alterada constantemente, devido ao lodo que
insistia em tragar o semideus e seu sobrinho para o fundo.
Seguindo seus instintos, Hércules rumou para o centro do pântano, e chegou até profunda
caverna. Ouvindo distante chiado, indicando que somente o monstro que procuravam poderia
estar lá, acamparam na entrada, esperando que fatalmente em busca de comida o monstro
saísse, a batalha se tornasse mais fácil. Porém, dias e noites se passaram e a Hidra não
deixava sua cova.
Já com seus suprimentos no fim, Hércules tentou outra estratégia: tomou um pouco do piche
que era abundante no pântano, embebeu a ponta de uma de suas flechas, acendeu-a e a
atirou dentro da caverna, esperando assim gradualmente a iluminar o bastante para poder
entrar.
O resultado foi bem diferente do esperado: uma única luz dentro da caverna foi o suficiente
para que o monstro saísse de dentro, suas nove cabeças chiando irritadas, suas cabeças
quase tocando o topo da névoa que encobria o Pântano de Lerna.
Hércules percebeu que o monstro temia o fogo e pediu a Iolau que acendesse tochas e as
mantivesse junto da biga, para o manter protegido. Uma das cabeças tentou morder Hércules
no ombro, e perdeu seus dentes contra a pele invulnerável do Leão de Neméia, e enquanto
outra se voltou contra seu calcanhar, de um só pisão, o semideus esmigalhou a cabeça da
Hidra. No entanto, quando o pescoço recuou, o monstro tremeu, chiou, sacudiu-se e duas
novas cabeças surgiram no lugar da que foi destruída. Ambas atacaram a Hércules, que
desviou de ambas, atacando uma terceira, com o mesmo resultado… mais duas surgiam.
Enfim, a Iluminação lhe tomou, que ele não havia apelado para uma luz ainda mais poderosa
que a do fogo…
Pedindo a Iolau que tomasse as tochas e as agitasse contra o monstro para distraí-lo,
Hércules correu para junto da barriga da Hidra, sujando seu corpo do lodo do pântano,
manchando suas roupas, atolando suas sandálias… e se ajoelhou diante do monstro, tocando
com as mãos, como se suplicasse por sua vida.
A criatura viu seu gesto e parou confusa. Sem interromper seu movimento, Hércules agarrou o
corpo da Hidra, e com sua força divina, a ergueu acima de seus braços e ficou de pé, fazendo
com que suas cabeças se elevassem acima da névoa maligna do pântano, e encarassem o dia
claro e o ar puro.
O monstro chiou de terror, seu corpo tremendo e se agitando como se ele respirasse veneno e
não ar. Sem poder reagir diante da luz do Sol, as cabeças penderam sem força uma a uma até
todas voltarem para o ar fétido do pântano, mas agora engasgadas, lentas e com seus olhos
cegados pela luz do dia.
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02/04/2019 [Os Doze Trabalhos] O Segundo Trabalho: A Hidra de Lerna (Mito)
Hércules tomou sua espada, e degolou a cabeça mais próxima, gritando para seu sobrinho lhe
jogar imediatamente uma tocha. Queimando imediatamente a ferida, o pescoço caía ao chão
inerte e a cabeça, sem vida. Conclamando seu sobrinho para cauterizar cada pescoço cortado
do monstro, os dois se lançaram a tarefa, Hércules atacando uma a uma as cabeças, e Iolau
queimando a que acabava de ser derrotada.
Assim fizeram até que o corpo do monstro, enfim, caiu de lado, morto e vencido. Hércules e
Iolau bradavam sua vitória, quando ouviram um chiado que se sobrepunha a seus gritos: uma
das cabeças, mesmo cortada do corpo da Hidra, chiava, babava seu mortal veneno, e
encarava os heróis, se agitando como quem queria se aproximar deles. Era a mítica cabeça
imortal da Hidra.
Se lembrando que o veneno da Hidra era fatal e incurável, e não querendo que a cabeça
ameaçasse a mais ninguém, Hércules amarrou a cabeça e guiado por Iolau, a arrastou para
fora do pântano. Em local fora da névoa fétida, eles cavaram um buraco, e o semideus
aprisionou a cabeça dentro dele, cobrindo-a com a pedra mais pesada que conseguia carregar.
Então, eles seguiram para Micenas, Iolau se despedindo no caminho, mas ouvindo de seu tio
que deveria jurar pelo Estige (o juramento mais sagrado da Grécia Mitológica) que jamais
contaria a ninguém onde a cabeça estaria.
(No futuro, sempre que Hércules precisou de poder mortífero de ataque, ele retornava para
aquele buraco, embebia as flechas com o veneno da cabeça da Hidra, e a aprisionava
novamente)
O Arauto foi até Euristeu e relatou ao Rei a vitória de Hércules. O Devoto de Juno se contorceu
de raiva ao ouvir da vitória, mas ao saber da presença de Iolau, deu um sorriso, e chamou o
Arauto mais perto…
Hércules nada disse… terminou seu banho, e enquanto se secava, ouviu os servos agitados,
comentando que o céu estava mais brilhante. Saindo para a varanda, viu eles agitados,
apontando para uma constelação nova para o céu… uma enorme criatura, A Constelação de
Hidra, estava no céu por ordem de Júpiter, honrando no céu o feito de seu filho que o mundo
se negou a reconhecer.
Hércules olhou para o céu, sorriu… e foi repousar, aguardando a hora de partir para o Terceiro
Trabalho.
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