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Robert Schumann nasceu no Reino da Saxônia em 8 de junho de 1810, o quinto e último

filho de um livreiro e romancista, August Schumann e Johanna Schumann.[1][2] Schumann


começou a compor aos sete anos, influenciado pelo tempo dedicado à leitura, bem como
da experiência com as músicas do período. Lendo também á obra mais atual de Lord
Byron e também outros autores como Walter Scott e Jean Paul, escritor que Robert
admirava ao ponto de em 1828, empreender uma peregrinação a Bayreuth para visitar o
seu túmulo.[1]
Em 1826 o seu pai morreu, algo que Robert jamais superou em razão do enorme
sofrimento da sua perda. Pouco depois viajou até Leipzig, a cidade de Johann Sebastian
Bach, a fim de matricular-se na faculdade de Direito. Mais tarde em Heidelberg, retomou o
estudo das leis, inscrevendo-se na cátedra de Justus Thibaut. Todavia, os verdadeiros
ensinamentos deste grande filósofo começariam após o horário escolar, quando este se
reunia com o aluno para lhe confessar que era a música a sua verdadeira paixão. O facto
de ter conhecido a pianista Ignaz Moscheles e o fascínio por Niccoló Paganiniacabaram
por lhe determinar o destino.[1]
Em 1830, em Leipzig, passou a dedicar-se exclusivamente à música, com auxílio de seu
professor Friedrich Wieck e Heinrich Dorn, mestre de capela da catedral daquela cidade.
Enquanto este último lhe ensinou composição e harmonia, o primeiro transmitiu-lhe o amor
pelo piano. Porém, em casa de Wieck, Schumann descobriu um outro importante foco de
afeto: Clara, consumidora entusiasta de poesia e prometedora do piano. Robert
apaixonou-se perdidamente por ela, sendo algumas das suas obras dedicadas a ela.
Somente a activa oposição do velho Wieck conseguiu adiar o casamento até 1840.
Tendo o sonho de se tornar um solista, viu-se incapacitado devido a seu interesse pela
composição, atividade que apreciava bastante.
A sua tendência era revolucionária na época, tendo como grande fonte de inspiração o
contraponto de Bach, mais especificamente em "Cravo Bem Temperado", analisado a
mando do seu professor Wieck. Segundo Schumann, a combinação profunda, o poético e
o humorístico são as caracteristicas que nele derivam de toda a música de Bach. O ato de
compor deve ser natural, na tentativa de alcançar a poesia, o obscuro da fantasia, ou seja,
o inconsciente, o qual ele revia nas obras de J.S.Bach.
Em conjunto com amigos e intelectuais da época fundou o Neue Zeitschrift für Musik (Nova
Revista para a Música). Um jornal voltado para a música, em 1834. Nos dez anos em que
esteve à frente deste, teve uma rica produção artística.
Foi diretor musical na cidade de Düsseldorf em 1850. Foi forçado a renunciar o cargo
em 1854, devido ao seu estado avançado de doença mental. Na verdade, Schumann teve
um longo histórico de transtorno mental, com suas primeiras manifestações em 1833 como
um episódio depressivo melancólico grave, que se repetiu várias vezes, alternando com
fases de "exaltação" e idéias cada vez mais delirantes de ser envenenado ou ameaçados
com itens metálicos. Depois de uma tentativa de suicídio no início de 1854, quando atirou-
se ao Rio Reno de uma ponte na cidade,[3] Schumann foi internado em um asilo para
doentes mentais em Endenich, perto de Bonn, Alemanha. Foi diagnosticado com
"melancolia psicótica" e morreu em 29 de julho de 1856 em Endenich sem ter se
recuperado de sua doença mental,[4] apesar de visitas de Clara, Johannes
Brahms e Joseph Joachim.[3]
Clara, que o sobreviveu por 40 anos, dedicou sua vida a divulgar obra do marido e,
enquanto viúva, aparecia em seus concertos sempre vestida de preto.[3]
Diagnósticos hipotéticos das doenças Schumann variam de paralisia geral
progressiva (ou sífilis terciária) a encefalopatia hipertensiva, com evidências mais
convincentes de ter sido ou esquizofrenia ("demência precoce", "catatonia periódica")
ou transtorno bipolar. Ideias delirantes, ideias de referência, bem
como alucinações auditivas(ele estaria escutando a nota Lá em todos os lugares, o que o
perturbou profundamente) apoiam um diagnóstico no espectro esquizofrênico. No entanto,
a noção de que Schumann tinha um transtorno bipolar, possivelmente com características
psicóticas, é fundamentada pelo curso ondulante de sua doença com fases depressiva e
hipomaníacas distintas, bem como sua recuperação desses episódios individuais com
restauração plena de suas habilidades musicais e de composição.[5]

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