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Capitulo 09 PDF
Capitulo 09 PDF
Fontes de radiação e
proteção biológica
versão 2008.2
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A faixa de energia de interesse vai de alguns 10 eV ate dezenas de MeV .
Existem ainda as fontes naturais de radiação. Alguns materiais como argila, gás
natural e granito, por exemplo, contêm uma pequena quantidade de substâncias
radioativas naturais que emitem radiação. Esta quantidade varia de acordo com o local
de origem do material. Na África, existiu ha cerca de 1,7 bilhões de anos um reator
natural. Depósitos naturais de urânio transformam água em vapor, gerando vários
quilowatts de energia por séculos [2]. Hoje em dia, devido ao decaimento do urânio
através de milhões de anos, estes reatores não são mais encontrados. A radiação
natural (não produzida ou modificada pelo homem) é responsável por mais da metade
da exposição a que uma pessoa está sujeita (vide Tabela I). Devido ao fato de não ser
localizada, mas difundida no planeta, a radiação natural não é tão nociva quanto uma
fonte localizada. Somos constantemente bombardeados por raios cósmicos e esta
aumenta quando viajamos de avião . No Brasil há cidades como Araxá, Guarapari, Poços
de Caldas, e outras também apresentam um alto índice de radioatividade natural. Uma
das principais fontes de dose do fundo natural de radiação decorre do decaimento dos
átomos de radônio-222 no ar. O radônio-222, de meia-vida de 3,8 dias, é um gás nobre
fruto do decaimento do rádio-226 (226Ra → 222Rn + α ), pertence à cadeia de
decaimentos do urânio-238.
No início do século 20 verificou-se que trabalhadores de mina de minério
radioativo se encontravam mais sujeitos a casos de câncer de pulmão que o resto da
população. Apesar dos primeiros estudos que relacionavam o excesso de câncer de
pulmão com a inalação de radônio terem sido realizados na década de 50, somente
duas dácadas depois verificou-se que no interior de prédios e habitações, também eram
ambientes com uma concentração de radônio acima do aceitável. O radônio pode ser
liberado por materiais de construção usados em alvenaria, como gás inerte, brotando
de fissuras na camada granítica subterrânea, ou em rochas ou solos ricos em urânio,
rádio ou tório. Sua concentração na atmosfera sofre variações diárias , aumentando
quando o solo é aquecido pela luz solar.
Fonte de radiação %
Radiação Natural 67,6
Irradiação médica 30,7
Precipitação 0,6
Fontes diversas 0,5
Exposição ocupacional 0,45
Efluentes de Instalações nucleares 0,15
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Alguns alimentos como o leite, peixes, carnes, cerveja e água contém traços
mínimos de radioisótopos. Os seres vivos apresentam uma radioatividade natural maior
que a radioatividade natural de fundo encontrada ao seu redor. Isso ocorre ingestão de
potássio em seu organismo. O potássio é um dos nutrientes primários de plantas, e
consequentemente é o um dos minerais mais abundantes no corpo humano.
Das exposições devido à fontes não naturais, os raios X de uso médico são
responsáveis por 90 %. Se ministradas com cuidado, os benefícios contrabalançam os
riscos, embora estudos indiquem que uma fração significativa dos exames são
desnecessários (sem contar que muitas maquinas não estão calibradas!). As armas
nucleares são responsáveis pelos restantes 10 % . A radioterapia é uma técnica utilizada
no tratamento de câncer e disfunções como o hipertiroidismo onde utiliza-se o iodo
radioativo. A Dra. Elisabeth Almeida [2] lembra " aqueles que sustentam os grandes
riscos dessas fontes de radiação não recebem uma parcela proporcionalmente grande
dos benefícios. Mineiros que lidam com o urânio, que é utilizado como combustível numa
usina nuclear, podem estar sujeitos a um risco aumentado de câncer de pulmão, mas
sua parte nos benefícios – a eletricidade gerada pelos reatores nucleares – não é maior
que as de outras pessoas" . Devemos lembrar que nenhum dos avanços modernos existe
sem sua parcela de risco. Isto vale para aviões, remédios, etc..
Não podemos apontar com certeza a radiação como causa de uma determinada
doença desenvolvida por um individuo, isto por que seus efeitos biológicos são
indistiguiveis dos efeitos de outros agentes como produtos químicos ou vírus. Os
cálculos sobre riscos da radiação à saúde são muito inexatos, cheios de incertezas.
Podemos sim fazer estimativas ("adivinhações educadas"), mesmo que grosseiras, da
probabilidade de desenvolver um tipo de câncer numa população exposta à radiação.
Uma destas estimativas diz que uma única exposição de 1 rad (equivalente a 40
radiografias) gera um probabilidade de 0,027 a 0,1 % de desenvolver um câncer. Cerca
de 30 % destes casos seriam fatais. Alguns profissionais, como os radiologistas entre as
décadas de 20 e 40 e as mulheres que pintavam mostradores de relógio e que
molhavam a língua com material radioativo, pagaram um preço muito alto para que
aprendêssemos os riscos da radiação.
Todos os tipos de radiação ionizante levam a efeitos similares, embora alguns
sejam mais potentes que outros. Quando a radiação atinge uma célula, ela pode passar
sem causar qualquer dano, pode danificar a célula, que pode reparar o dano, ou pode
ainda danificar de modo que a célula não consiga reparar o dano e ainda se reproduza
de forma não correta por um longo período de tempo, levando ao desenvolvimento de
um câncer ou mutações genéticas. Finalmente, a radiação pode ainda causar a morte da
celular.
Os efeitos da radiação variam de acordo com a região do corpo atingida. Tecidos
compostos por células que se dividem rapidamente são mais sensíveis, como a medula
óssea. Células musculares e nervosas, por outro lado, são menos sensíveis.
Unidades e definições
Atividade
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A probabilidade p(t), de um núcleo sofrer decaimento radioativo dentro de um
intervalo de tempo ∆t, é proporcinal somente a este intervalo de tempo se ele é
suficientemente pequeno de modo que p(t) <<1. A constante de proporcionalidade ou
constante de decaimento λ, é dada por
p(t) = λ∆t
[1-p(t)]
no segundo intervalo
[1-p(t)]2
no n-ésimo intervalo
[1-p(t)]n
n
λt
lim n → ∞ → (1 − λ∆t ) = 1 − = e − λt
n
n
dN
= −λN (1)
dt
N t
dN
∫N N = −∫o λdt
o
ou ainda
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N
= e − λt (2)
No
ln 2
τ1 / 2 = (3)
λ
τ= ∫ tdN =
1
(4)
dN λ
λ = λ1 +λ2 + ....
e a atividade total é
λi N = λi N o e − λt
Note que a atividade parcial decai como a taxa determinada pela constante de
decaimento total λ, ao invés de λi. Note também que as atividades parciais Nλi
proporcionais à atividade total.
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Deve-se ressaltar que a atividade mede a taxa de desintegração da fonte, o que
não é sinônimo de emissão de radiação. Normalmente, apenas uma fração de todos os
decaimentos resultara na emissão de radiação.
A atividade especifica de uma fonte radioativa é definida como a atividade por
unidade de massa do radioisótopo. Para um radioisótopo puro, a sua atividade
especifica pode ser calculada como
atividade λN λA
= = v
massa NM M
Av
O Roentgen
A unidade mais antiga é o Roentgen, que é uma medida de exposição e é definida como:
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1 Roentgen = a quantidade de raios-x produzindo uma ionização de 1 esu/cm3 (2,58
Coul/kg) no ar nas STP (Standard Temperature and Pressure).
Γ. A
Taxa de exposição =
d2
Fonte Γ (R.cm2/hr.mCi)
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Cs 3,3
57
Co 13,2
22
Na 12,0
60
Co 13,2
222
Ra 8,25
Dose absorvida
O Gray é a unidade mais recente e foi proposta pela Conferencia Geral de Pesos e
Medidas no lugar do rad. Note que a dose absorvida não dá indicação da taxa a qual a
irradiação ocorreu nem o tipo de radiação.
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Ex.1 - Calcule a dose absorvida no ar por 1 Roentgen de raios-γ. Suponha que para
elétrons, a energia média para criar um par íon-elétron no ar é 32 eV.
Solução:
A energia depositada é
Dose absorvida = (6,66 × 104 MeV/cm3) ×(1,6 ×10-6)/(1,2 × 10-3) = 88,8 erg/g = 0,89 rad.
Unidades de dose equivalente – para dano biológico = sievert (Sv) . 1 Sv – 100 rem
(roentgen equivalent for man). A dose equivalente expressa o risco de longo tempo
(primariamente devido ao câncer e leucemia).
Na maior parte do mundo, a taxa de dose equivalente de corpo inteiro≈ 0,4-4 mSv (40-
400 mrem) devido a radiação de fundo natural. Em algumas áreas pode alcançar 50 mSv
(5 rem).
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Efetividade Biológica Relativa (RBE)
Dose equivalente
O produto da dose absorvida (rad ou Gray) pelo fator de qualidade RBE, obtemos uma
medida normalizada do efeito biológico da radiação, a dose equivalente e sua unidade
de medida é o rem (roentgen-man-equivalent) ou Sievert (Sv), onde
rem = fator de qualidade × rad
(1 Sv = 100 rem)
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Estamos constantemente sendo banhados por radiação proveniente de uma
variedade de fontes naturais e artificiais, como raios cósmicos, radioisótopos
encontrados naturalmente no meio-ambiente, etc... Para ter uma idéia da magnitude
destas doses, a tabela a seguir lista doses típicas recebidas por ano de algumas fontes
naturais ou artificiais.
Efeitos biológicos
Radiação pode ser danosa para o tecido vivo devido ao seu poder ionizante sobre a
matéria. Esta ionização pode danificar células vivas diretamente, quebrando as ligações
químicas de moléculas biologicamente importantes (DNA, RNA), ou indiretamente,
criado radicais livres a partir de moléculas de água presentes nas células, que por sua
vez podem atacar moléculas biologicamente importantes quimicamente. Estima-se que
a maior parte dos danos causados a uma célula pela radiação ionizante, ocorre pela
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ação indireta. No mecanismo de ação indireta, as moléculas de água do meio celular são
ionizadas (radiólise), dando origem tanto a espécies moleculares como radicais livres
(H+, H-, H0 , OH- , OH+, OH0 ). Estes radicais são bastante reativos e são responsáveis por
uma série de reações com outras moléculas do meio. De certo modo, estas moléculas
são reparadas por processos naturais, contudo, a efetividade deste reparo depende da
extensão do dano. Obviamente, se o reparo é bem sucedido, nenhum efeito é
observado, mas, se o reparo não é realizado ou defeituoso, a célula pode sofrer de três
causas possíveis: morte (da célula), efeitos somáticos (câncer), ou uma alteração
permanente da célula (efeito genético).
radiação
Efeitos biológicos
Os efeitos de altas doses de radiação (> 100 rad) recebida em um período curto ( <
algumas horas) são geralmente bem conhecidos. O efeito imediato é a quebra do
processo reprodutivo das células.
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Máxima dose permitida (MPD)
Qual é a máxima dose que um indivívuo é permitido receber como adicional a dose
devido a radiação natural de fundo? Esta é uma questão difícil de responder.
Dois conjuntos de MPD são definidas: uma para indivíduos expostos ocupacionalmente
e outra para o público em geral. Dentro de cada conjunto, doses máximas para partes
diferentes do corpo são dadas, uma vez que alguns órgãos são mais sensíveis do que
outros. Deve-se enfatizar que estas doses são permitidas adicionalmente à dose natural
de fundo. A tabela a seguir resume algumas MPD para vários órgãos. Para exposição
geral do corpo como um todo, a MPD é dada pela fórmula:
MPD=(N-18)×5rem
Onde N é a idade do indivíduo. No entanto, uma pessoa não deve receber mais do que 3
rem em 13 semanas ou 12 rem em 12 meses. Assim, uma pessoa de 38 anos que
trabalhe com radiação, por exemplo, pode receber uma dose acumulada de 100 rem,
mas não de uma só vez!
Público em geral
rem/ano rem/13 semanas rem/ano
Gônadas, 5 3 0,5
Pele, ossos, tireóide 30 15 3
Mãos, pés, braços 75 38 7,5
Outras partes 15 8 1,5
Energia
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Fontes de elétrons rápidos
a) decaimento beta
A
Z X → Z +A1Y + β − + ν
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Cada decaimento beta e caracterizada por uma energia fixa de decaimento ou
valor-Q. Devido a energia de recuo do núcleo ser virtualmente zero, esta energia e
compartilhada entre a partícula beta e o neutrino. A partícula beta aparece assim com
uma energia que varia de decaimento a decaimento e que vai desde zero ate uma
energia máxima, que é numericamente igual ao valor-Q. O valor-Q é calculado supondo
que a transição ocorre entre um estado excitado do pai ou filho.
Como elétrons perdem suas energias relativamente fácil na matéria, é
importante que fontes β- sejam finas de modo a permitir as partículas β escapem com o
mínimo de perda de energia e absorção. Este fato é particularmente importante para
fontes de pósitron (β +), uma vez que pósitron podem se aniquilar com elétrons no
material da fonte. Uma fonte β+muito espessa terá um espectro distorcido e um fundo
enorme de fótons de aniquilação de 511 keV.
b) conversão interna
c) elétrons Auger
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Fontes de partículas carregadas pesadas
a) decaimento alfa
Partículas alfa são o núcleo do átomo de 4He, ou seja, um sistema ligado de dois prótons
e dois nêutrons, e são geralmente emitidos por núcleos muito pesados contendo
nucleons em excesso , e por isto são instáveis. A emissão de um aglomerado (cluster) de
nucleons em em vez da emissão de um simples nucleon e mais vantajoso
energeticamente devido a alta energia de ligação de uma partícula alfa. O núcleo pai (Z,
A) e transformado na reação via
(Z, A) →(Z-2,A-4) +α
Devido a sua carga dupla, as partículas alfa possuem uma taxa alta de perda de energia
na matéria (capitulo 10). O alcance de uma partícula alfa de 5 MeV no ar e somente
alguns centímetros, por exemplo. Por esta razão e necessário fazer fontes de alfa muito
finas de modo a minimizar a perda de energia e a absorção da partícula. A maioria das
fontes alfa são feitas pelo depósito do isótopo na superfície de uma material e
protegendo-a com uma camada muito fina de folha metálica.
b) fissão espontânea
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b) radiação de aniquilação
c) raios gamma seguindo reações nucleares
d) Bremsstrahlung
e) Raios X característicos
Fontes de nêutrons
a) fissão espontânea
b) fontes (α,n)
c) fontes foto-neutrons
d) reações de partículas carregadas
Radiação Síncrotron
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A emissão de radiação que e produzida de uma maneira análoga e que também e
chamada de radiação sincrotron, ocorre quando partículas carregadas ficam
armadilhadas no campo magnético da terra. Este fenômeno também ocorre quando
partículas em regiões distantes do espaço. Vários objetos astronômicos são emissores
de radiação em regiões desde o ultravioleta ate as freqüências de radio.
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Nunca beba, ou fume no laboratório de radiações. Lave suas mãos no final de
cada experimento. No caso de fontes líquidas, luvas e roupas especiais devem ser
usadas.
Alguns kits de fontes contém fontes seladas (discos metálicos parecidos com
uma moeda). Estas fontes possuem atividades menores do que 1 µCi e podem ser
manuseadas com seus dedos, mas é recomendável segura-las pelas bordas dos discos.
Qualquer fonte com atividade superior a 10 µCi devem ser manuadas com pinças.
Com o conhecimento da atividade da fonte e um compromisso entre blindagem,
distancia da fonte, e tempo de exposição, podemos usar seguramente os radioisótopos.
m n −m
P (n, ∆t ) = e
n!
1 – Uma fonte é observada por um período de 5 s durante os qual 900 contagens foram
acumuladas pelo detector.Qual a taxa de contagem por segundo e a incerteza desta
medida?
a) 0,0183 b)0,0733
Proteção radiológica
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Segurança radiológica em um laboratório
Exercícios
2- mostre que τ =
∫ tdN =
1
dN λ
4 – Calcule a atividade especifica do trítio puro (3H) com meia-vida de 12.26 anos.
5- Qual a energia máxima de uma partícula alfa pode alcançar em um acelerador dc com
3 MV de tensão máxima ?
Respostas
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1-
a- 1,37 × 10-11 s-1
b- 7,29 × 1010 s
c- 1,332 × 1020 átomos
d- 1,333 × 1020 átomos
3–
a) 4,48 × 10-7 s-1
b) λGe = 3,05 × 10-7 s-1 , λSe = 1,43 × 10-7 s-1
c) 8,96 × 1010 Bq = 2,42 Ci
d) 2,87 × 1010 s-1, 4,65 × 109 s-1
Referências
142
Experimento: Contador Geiger
Há muitas similaridades entre raios de luz ordinários e os raios gama, pois ambos são
radiação eletromagnética.
F=
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Quando a radiação gama atravessa a matéria, ela é absorvida principalmente pelo efeito
Compton, efeito fotoelétrico e produção de pares. A intensidade da radiação decresce
em função da distância atravessada no meio absorvedor. A expressão matemática para
a intensidade I, é dada por:
I = Ioe-µx
Define-se x1/2 como (half value layer, HVL, ou camada semi-redutora, CSR), como a
espessura para qual a intensidade caia a metade do seu valor inicial, I/Io= 0,5. Pode-se
mostrar que
x1/2 = 0,693/µ
Assim, após uma espessura equivalente a duas camadas semi-redutoras, existirá apenas
¼ do fluxo de fótons original. Define-se como camada deci-redutora, x1/10, a espessura
que reduz o fluxo de fótons a um décimo, x1/10 =3,3x1/2. Para fins de proteção
radiológica, o número de camadas deci-redutoras a serem colocadas na blindagem
dependerá dos valores de intensidade de radiação a serem obtidos depois da
blindagem. A blindagem de fótons de alta energia é feita com materiais de densidade
mais alta e de alto número atômico (como o chumbo), para os quais as seções de
choque de interação de fótons com a matéria são grandes.
Procedimento
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Estatística de contagem
Como vimos no capítulo 1, cada medida realizada utilizando uma fonte radioativa é
independente de todas as medidas prévias, porque o processo radioativo é um processo
aleatório. No entanto, para um número grande de medidas individuais, o desvio de uma
das medidas do valor médio se comporta de maneira previsível. Pequenos desvios da
média são muito mais prováveis do que desvios grandes. Neste experimento veremos
que a freqüência de ocorrência de um desvio em particular, dentro de um dado
intervalo, pode ser determinado com certo grau de confiança. Várias medidas
independentes serão realizadas.
Procedimento:
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Medida N σ =N1/2 Desvio (N- <N>) (N- <N>)/σ
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
18
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
146
42
43
44
45
46
47
48
49
50
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