Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Projeto de Mobilidade
Foram realizadas, ainda, visitas ao local objeto deste projeto e em seu entorno
imediato. Foram gravados vídeos e se fez um registro fotográfico dos pontos notáveis
da Rua Teresa.
As vias de acesso da Rua Teresa, que foram avaliadas, não se encontram em estado
ideal de conservação. As mesmas apresentam rugosidades, buracos, trincas e outras
anomalias no pavimento. Pode-se atribuir tal condição dos pavimentos à manutenção
precária, problemas relacionados à má drenagem das águas superficiais, etc.
1
Figura 1 - Pavimentação da Rua Teresa
2
1.2. Sinalização viária
Mesmo em casos em que existe a sinalização viária adequada, os usuários da via não
respeitam as demarcações e sinalizações, muitas vezes estacionando em locais
indevidos sem nenhum tipo de constrangimento ou receio, a qualquer hora do dia.
Podem-se explicitar como exemplos os casos de estacionamento em faixa de travessia
de pedestres e em locais com demarcações de proibição de trafego de veículos.
3
Figura 4 - Descaso com a Sinalização em Frente ao Shopping ABC
4
Existem ainda situações inusitadas ligadas à ocupação irregular da via, as quais podem
afetar a operação das mesmas, que devem ser sanadas. Existe, por exemplo, em um
dado ponto da via, um veículo a muito tempo abandonado, que - não meramente por
estética - deve ser removido, por impactar na fluidez do tráfego e ocupar irregularmente
uma vaga de estacionamento.
No que tange ao estado dos passeios públicos, percebe-se uma profusão de tipos
diferentes de pavimentos utilizados ao longo da rua. É possível que à medida que
foram construídas as edificações, as leis que regem esse aspecto do urbanismo foram
alteradas, gerando assim a multiplicidade de pisos existentes.
5
Figura 7 – Segmento largo de Passeio Público (> 4,00 m).
6
Figura 9 - Calçada pavimentada com “moisaco de pedras portuguesas”.
9
Em casos extremos encontra-se a conjunção indesejada de “calçada estreita, com
rampa acentuada e, na qual está instalado um poste” que obstaculiza a circulação dos
pedestres.
É possível ainda encontrar casos onde a via pública e a calçada são utilizadas como
local de armazenamento de mercadorias ou extensão da “vitrine” das lojas.
10
Figura 16 – Tipo de Mobiliário Urbano (bancos).
11
Figura 3 - Tipo de Mobiliário Urbano (Lixeira de Grande porte)
12
Figura 19 - Armazenamento Indevido na Via e na Calçada
13
Podem ser encontrados pontos destinados às paradas do transporte coletivo de
qualidade tanto satisfatória quanto insatisfatória ao longo da Rua Teresa. De todo
modo, em nenhum deles dispõe de qualquer tipo de sistema de informações para os
usuários, com indicações das linhas e dos horários de parada dos ônibus em cada
ponto.
Os pontos que são de qualidade insatisfatória não oferecem assentos e nem sequer
abrigo adequadamente coberto para os usuários. Em alguns casos os pontos de
parada do transporte coletivo estão estabelecidos em locais inadequados, dificultando
o acesso dos usuários aos mesmos ou, ainda, inibindo a capacidade de tráfego de
interseções.
14
Figura 22 - Ponto de Ônibus que carece de melhorias
Analisou-se as condições de tráfego na Rua Teresa e nas principais vias que lhes são
adjacentes, considerando-se diversos aspectos, como por exemplo a divisão modal
observada, a identificação do modal preponderante, os períodos e os horários de pico
diários, os níveis de serviço (LOS – “Level of Service”) prestados pelas interseções
viárias, etc. A seguir apresenta-se o que foi observado e o que se pode concluir de tais
observações.
Sobre a utilização de bicicletas na Via estudada, percebe-se que seu uso é ainda
incipiente. Logicamente isso pode ser devido à topografia da cidade, a qual é bastante
acidentada, apresentando rampas muito íngremes, que são desfavoráveis ao uso de tal
modal. Igualmente, esse pouco uso de bicicletas também pode ser atribuído à
inexistência de ciclovias ou ciclofaixas ao longo das ruas. Não obstante, ainda que
existisse ciclovia / ciclofaixa na Rua Teresa, a inexistência de trechos de ciclovias /
15
ciclofaixas ao longo das demais vias que lhes são próximas tornaria o sistema
descontínuo e subutilizado.
Os poucos ciclistas que trafegam na via geralmente não obedecem às leis de trânsito
(cruzam as vias em qualquer lugar que lhes parece oportuno, circulam na contramão,
etc.). Além disso, a circulação das bicicletas não conta com nenhum tipo de prioridade
na sinalização das interseções, o que obriga os ciclistas a disputarem os “gaps”
(brechas) do fluxo de veículos automotores para o cruzamento das vias.
A contagem foi realizada em dois turnos, em dia típico, qual seja uma quinta-feira, dia
30 de Setembro de 2010, no período da manhã de 06:30h às 10:30h e no período da
tarde de 16:00h às 20:00h. Tais horários foram escolhidos por abrangerem os períodos
dos picos diários e, deste modo, por melhor representar a operação da via em
situações extremas na operação diária.
Deve-se considerar que foram selecionados distintos fluxos (volume de tráfego, sentido
de tráfego e hora de pico) como sendo os mais representativos para a avaliação das
interseções de interesse no sistema viário em questão.
Para análise técnica a Rua Teresa foi dividida em 07 (sete) interseções, sendo que a
interseção 03 foi subdividida em 02 sub-interseções para melhor entendimento dos
movimentos de tráfego que por ela circulam.
16
Usou-se para tanto as metodologias difundidas pelo órgão norte-americano
Transportation Research Board (Highway Capacity Manual - HCM 2000) e, pela
sociedade alemã Forschungsgesellschaft für Straßen- und Verkehrswesen
(Handbuch für die Bemessung von Straßenverkehrsanlagen – HBS 2001, para a
avaliação das interseções não semaforizadas.
Para esses movimentos admitiu-se que a obediência à sinalização será total, isto é, os
fluxos na via principal têm prioridade sobre os fluxos da via secundária. Outrossim,
entre esses movimentos (qi) vale a seguinte hierarquia de prioridade:
17
1ª Ordem: q02, q03, q08, q09
2ª Ordem: q01, q07, q06, q12
3ª Ordem: q05, q11
4ª Ordem: q04, q10
Onde:
q02 e q08 = passagem direta na via preferencial;
q03 e q09 = saídas à direita a partir da via preferencial;
q01 e q07 = saídas à esquerda a partir da via preferencial;
q06 e q12 = entradas à direita a partir da via secundária;
q05 e q11 = cruzamentos da via principal;
q04 e q10 = entradas à esquerda a partir da via secundária.
A Interseção 01 abrange a Rua Teresa com a Rua Chile, após o Shopping ABC. Esta
é uma interseção em “T”, não semaforizada, e sem controle por sinalização horizontal
ou vertical. Trata-se uma interseção que possui uma ilha demarcada que canaliza os
fluxos.
Figura 6 - Interseção 01
18
Figura 7 - Interseção 01
Figura 8 - Interseção 02
19
Figura 9 - Interseção 02
Figura 10 - Interseção 03
20
Figura 11 - Interseção 03
A Interseção 04 abrange a Rua Teresa e a Rua Prefeito Ari Barbosa. Esta é uma
interseção do tipo “T”, não semaforizada, e sem controle por sinalização horizontal ou
vertical. Sendo está a entrada da alça que serve como retorno para a Rua Teresa e
estacionamento de Vans.
Figura 12 - Interseção 04
21
Figura 13 - Interseção 01
A Interseção 05 abrange a Rua Teresa e a Rua Prefeito Ari Barbosa. Esta é uma
interseção do tipo “T”, não semaforizada, e sem controle por sinalização horizontal ou
vertical. Sendo está a saída da alça que serve como retorno para a Rua Teresa e
estacionamento de Vans.
Figura 14 - Interseção 05
22
Figura 15 - Interseção 05
A Interseção 06 abrange a Rua Teresa e a Rua Visconde do Bom Retiro. Esta é uma
interseção do tipo “T”, não semaforizada, e sem controle por sinalização horizontal ou
vertical. A mesma está localizada em um dos poucos trechos da Rua Teresa de mão
dupla (= tráfego bi-direcional).
Figura 16 - Interseção 06
23
Figura 17 - Interseção 06
Figura 18 - Interseção 07
24
Figura 19 - Interseção 01
25
3. PROPOSTA E SOLUÇÕES PARA RACIONALIZAÇÃO DO TRÂNSITO E DO
TRANSPORTE
Atualmente a carga e descarga dos produtos e insumos utilizados na Rua Teresa está
regulamentada para ocorrer de 00:00h as 13:00h todos os dias da semana. No entanto,
verifica-se que nem sempre tais operações ocorrem apenas nos horários
regulamentados para tal.
b. Estacionamento de veículos
Percebeu-se que boa parte das críticas que se faz na cidade, às intervenções urbanas
realizadas nas Ruas do Imperador e 16 de março, diz respeito à insuficiência de vagas
26
de estacionamento no entorno das mesmas e, também, à alegada pouca largura das
faixas de rolamento que foram mantidas em tais vias.
Com base nas informações fornecidas pelos operadores dos estacionamentos privados
no entorno da Rua Teresa, tem-se aproximadamente que1: entre a Rua do Imperador e
Rua Aureliano Coutinho, estão disponíveis cerca de 970 vagas; ao longo da Rua
Teresa até a Rua Chile, 257 vagas de estacionamento para automóveis,
disponibilizadas em paralelo às faixas de rolamento. Além disso, ainda há uma grande
quantidade de vagas disponíveis em outros estacionamentos privados existentes neste
mesmo segmento de via supracitado (= 476 vagas).
Deste modo, uma das propostas que se faz é que seja avaliada a viabilidade (técnica,
econômica e financeira) da implantação de edifício(-s) garagem(-ns) em substituição
aos estacionamentos nas vias públicas.
1
Esta informação está sujeita a distorções em virtude de possíveis erros de sua fonte.
27
QUANT. VAGAS 315
ÁREA / VAGA (m²) 22,70
ÁREA TOTAL DO ESTACIONAMENTO 7.151
ÁREA POR PAVIMENTO (m²) 1.800
QUANTIDADE DE PAVIMENTOS 4,00
PÉ DIREITO DOS PAVIMENTOS (m) 3,5
ALTURA DA EDIFICAÇÃO (m) 14
Tabela 1 - Pré-Dimensionamento de Edifício Garagem
O acesso ao estacionamento proposto seria possível tanto pela Rua Vereador Arnaldo
de Azevedo (nível inferior) quanto pela Rua Prefeito Ari Barbosa (nível superior).
Existe ainda uma alternativa, mais onerosa para os cofres públicos, mas que
futuramente deverá ser considerada como de adoção necessária, dado o crescimento
inercial do tráfego na cidade e das atividades na Rua Teresa, visando sanar o
problema de escassez de áreas de estacionamentos. Neste caso, outro edifício
garagem poderá ser projetado na antiga fábrica Santa Isabel, cujo terreno tem uma
28
área de aproximadamente 10.000 m². Dependendo de quanto dessa área se puder
utilizar para fins de implantação de um edifício garagem, poderiam ser disponibilizadas
até um máximo de aproximadamente 440 (quatrocentos e quarenta) vagas por
pavimento construído.
Neste caso, o acesso ao estacionamento proposto dar-se-ia tanto pela Rua Vereador
Arnaldo de Azevedo (nível inferior) quanto pela Rua Teresa (nível superior).
30
trafegando pela Rua Prefeito Ari Barbosa, que mudará o sentido de tráfego formando
um binário com a Rua Visconde do Bom Retiro.
O volume que vem da Rua Prefeito Ari Barbosa seguirá pela Rua Vereador Arnaldo de
Azevedo através de duas faixas de rolamento, após ser devidamente reurbanizada,
que servirá de acesso aos Edifícios Garagens. Algumas desapropriações de casas
construídas em lugares incompatíveis com o que permite a legislação atual, serão
necessárias para a adequação da Rua Vereador Arnaldo de Azevedo.
A Rua Dr. Sá Earp formará um binário com a Rua Vereador Arnaldo Azevedo, que será
ligada a Rua Visconde do Bom Retiro por uma via Projetada, com duas faixas de
rolamento, sobre o antigo pontilhão da via férrea desativada.
O fluxo que vem da Rua Teresa em direção a Rua do Imperador seguirá em sua
totalidade pela Rua Padre Feijó, passará por uma Rotatória que se liga a Av. General
Marciano Magalhães e a Rua Vereador Arnaldo Azevedo.
Existirá ainda uma Rotatória na interseção da Rua Teresa com a Rua Chile (Interseção
01) com uma aproximação vindo da Rua Teresa no sentindo Shopping ABC – Rua
Chile feito por 3 faixas de rolamento, e a saída com uma faixa até próximo a entrada do
estacionamento do Shopping, onde a Via passa a ter 2 faixas em cada sentindo
novamente.
A agulha que existe na interseção da Rua Teresa com a Rua Padre Feijó (Interseção
03) não permitirá mais os retornos que existe hoje em função das rotatórias
supracitadas.
O sentido de entrada na via através da Rua Teresa será mantido, mas o sentido de
tráfego da Rua Visconde do Bom Retiro mudará, formando um binário com a Rua
Prefeito Ari Barbosa.
31
Na simulação 05 será abrangida somente a proposição da rotatória na interseção da
Rua Teresa com a Rua Chile (Interseção 01) conforme descrito na simulação 03. E
ainda a restrição quanto aos retornos na interseção da Rua Teresa com a Rua Padre
Feijó (Interseção 03).
Em todos os casos foram gerados relatórios das interseções para que seja possível a
comparação de cada cenário considerado. O parâmetro de comparação utilizado foi o
nível de serviço ICU LOS – Intersection Capacity Utilization.
Deve-se ressaltar que em Petrópolis já existem vias em que tais utentes são
privilegiados, como por exemplo: as Ruas do Imperador e 16 de março. Nas mesmas o
tráfego de veículos condicionado a uma situação de melhor compatibilização com o
trânsito de pedestres. Para tanto, as faixas de rolamento forma redimensionadas de
32
forma a obter-se um maior equilíbrio entre os espaços destinados aos veículos e aos
pedestres.
33
O que se propõe para a Rua Teresa é algo similar ao que foi executado nas Ruas do
Imperador e 16 de março, no que diz respeito à questão estética, considerando-se de
modo distinto as características funcionais que devem ser atribuídas a essa via em
virtude de suas peculiaridades. Assim, propõe-se que na Rua Teresa não sejam de
forma alguma negligenciados os aspectos operacionais e intrínsecos do sistema viário
no qual ela está inserida, de forma que se possa compatibilizar as demandas de
pedestres e portadores de necessidades especiais com a obrigação de se assegurar a
necessária fluidez do tráfego e oferta suficiente de vagas de estacionamento para os
veículos que por ela circulam.
34
Levantamento Cadastral
1. Uso do Solo
Observou-se, como era de se esperar, a predominância do uso comercial nas áreas ao
longo da Rua Teresa.
Existem ainda outros usos dignos de nota, como o Hiper Shopping ABC, com o
Supermercado Compre Bem em anexo.
35
Existe ainda na via outros 05 (cinco) espaços destinados às paradas dos veículos do
sistema de transporte público coletivo.
No que tange a medida das Testadas dos imóveis, verifica-se uma variabilidade de
1,0m a 224,1m (Fabrica Dona Isabel). Foram identificadas 21 entradas de garagens ou
estacionamentos privativos ao longo da via e, aproximadamente 758 acessos de
pedestres nos imóveis.
36