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Transitório de TRAFOS PDF
Transitório de TRAFOS PDF
DEPEL
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4
2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................... 5
3. CONCLUSÃO .................................................................................................... 22
4. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 23
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1. INTRODUÇÃO
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modelo específico para o transformador. A escolha do TRAFO deve levar em
consideração tanto seus aspectos construtivos como também os parâmetros elétricos
do equipamento.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Tipos de Transitório
A análise do transitório de transformadores se restringe basicamente ao estudo
das correntes de inrush e das correntes de falta. Esses casos particulares evidenciam
o comportamento de um TRAFO submetido a duas situações distintas. A primeira
delas, diz respeito aos parâmetros observados no momento em que o equipamento é
energizado. Já a segunda situação, procura obter as características desses
dispositivos quando estão trabalhando em condições nominais e são submetidos a
um curto-circuito entre os terminais do secundário.
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[5] Energização com máxima tensão e máximo magnetismo residual com
polaridade oposta ao fluxo normal.
[6] Energização com máxima tensão e máximo magnetismo residual com
mesma polaridade do fluxo normal.
Todas as situações anteriores estão associadas a relação entre a fase da tensão (θ)
e a fase do fluxo magnético (φ) no momento em que é feita a partida do TRAFO.
Fornecendo uma tensão senoidal ao enrolamento do
primário de um transformador, cria-se um fluxo magnético φ . Considerando que no
instante inicial θ é igual a 90º, tem-se que:
Verifica-se que o maior fluxo ocorre no regime permanente, uma vez que não há
transitório. Dessa forma, o valor máximo para a consideração inicial de
será:
Por outro lado, considerando que o valor no instante inicial de θ é igual a 0º,
tem-se:
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Dessa forma, o fluxo máximo para será dado por:
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2.1.2. Corrente de Falta
Na eventual hipótese da ocorrência de um curto-circuito em um transformador,
verifica-se a existência de uma corrente de falta permanente e uma corrente de falta
transitória. Essas correntes aparecem quando o curto-circuito ocorre para um TRAFO
em suas condições nominais, ou seja, quando ele está alimentado em seu
enrolamento primário com sua frequência e tensão nominal. Por meio da Figura 2 é
possível verificar o modelo para o TRAFO sob condições de curto-circuito.
√ [ ⁄ ]
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A partir da equação [2.10] torna-se possível presumir o valor máximo da
corrente de falta, isto é:
⁄
√ [ ]
⁄ ⁄ ⁄ ( )( )
√ [ ] √ [ ]
De modo geral, a corrente de falta faz com que haja esforços mecânicos
elevados entre as espiras. Para minimizar esse efeito é necessário que os
enrolamentos estejam muito ancorados por uma cautelosa disposição de cabos e
amarrações, de forma a tornar o conjunto mais rígido. Além disso, enquanto a
corrente de falta transitória afeta o transformador de maneira mecânica, a corrente
de falta permanente afeta de maneira térmica. Os esforços mecânicos advindos da
corrente de pico são mais poderosos em transformadores que possuem a ligação
zig-zag, que por sua vez faz com que somente metade de cada enrolamento de uma
fase seja percorrido pela corrente induzida da outra fase.
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2.2. Simulações
As simulações referentes a análise do transitório de transformadores foram
realizadas no Simulink, que é um programa agregado ao . A obtenção da
corrente de inrush e corrente de falta foram estimadas com base na escolha de um
TRAFO padrão. Para esse trabalho foi adotado um transformador 1ϕ de 2200/220 V,
com frequência de 60 Hz e potência nominal de 50 kVA. A partir do modelo
fornecido pelo próprio software utilizado nas simulações, foram mantidos os valores
das resistências e reatâncias do núcleo e do enrolamento, uma vez que esses
parâmetros são dados em valores por unidade (pu).
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Já na Figura 4 está retratada a curva de histerese do TRAFO em análise. Esse
gráfico pode ser facilmente obtido por meio das funções habilitadas dentro da caixa
de ferramentas da powergui.
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Figura 6: Correte de excitação para o TRAFO a vazio
Para dar partida no TRAFO foi utilizado uma chave Breaker configurada para
operar com uma capacitância nula. Além disso, foi desabilitada a função que
permite a temporização da chave a partir de um controle externo. Além disso, foi
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considerado que o Breaker está inicialmente aberto e após 10 vezes o período a
chave se fecha. Para isso, basta alterar o parâmetro interno Switching time(s) para
[10/60], pois a frequência fundamental da tensão é de 60 Hz.
Levando em consideração que a corrente no TRAFO não pode variar
instantaneamente com o fechamento da chave, deve-se colocar uma resistência de
alto valor em paralelo com o enrolamento primário do transformador. Com isso,
evitam-se os possíveis erros do método numérico ao longo da simulação. Para essa
análise em particular foi considerado que .
A partir das simulações realizadas com o circuito retratado na Figura 7 foram
obtidos os seguintes resultados:
i) Para partida com ̇ , ou seja, tensão de 0 V na energização.
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ii) Para partida com ̇ .
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iii) Para partida com ̇ .
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iv) Para partida com ̇ , ou seja, tensão máxima na
energização.
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2.2.3. Obtenção da Corrente de Falta
Para a análise das correntes de falta foi utilizado o modelo do circuito retratado
pela Figura 12.
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i) Para curto-circuito com ̇ , ou seja, tensão de 0 V no
fechamento da chave.
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ii) Para curto-circuito com ̇
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iii) Para curto-circuito com ̇ .
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iv) Para curto-circuito com ̇ , ou seja, tensão de máxima no
fechamento da chave.
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2.3. Análise dos resultados
Após a obtenção da corrente de Inrush e da corrente de Falta para diferentes
situações de chaveamento, fica evidente a relação entre a amplitude das correntes
transitórias e o ângulo de defasagem entre a tensão de alimentação e o fluxo. Em ambos
os casos é observado que o aumento do ângulo da tensão reflete diretamente no estado
transitório das correntes.
Por meio da Figura 8 é possível observar que a corrente de Inrush é máxima no
momento em que a energização do TRAFO ocorre com a tensão mínima, ou seja, 0 V.
Por outro lado, na Figura 11 verifica-se que a corrente de magnetização transitória é
praticamente nula para o caso em que a energização ocorre com a tensão máxima, ou
seja, 2200 V.
Já na Figura 13 está evidenciado que a corrente de falta é máxima para o caso
em que o curto-circuito ocorre no momento em que a tensão é mínima. Por outro lado, a
corrente de falta mínima aparece quando o curto-circuito ocorre no instante em que a
tensão é máxima, conforme demonstrado pela Figura 16. Para essa situação a corrente
de curto-circuito resultante é praticamente a corrente observada em seu estado
permanente.
Além disso, ambos os casos de transitório analisados no TRAFO estão de acordo
com o equacionamento proposto nas seções 2.1.1 e 2.1.2. Também deve ser considerada
a influência da histerese, visto que esse fenômeno influência diretamente no
comportamento do transformador. Para o equipamento em análise foi possível observar
distorções consideráveis na corrente de magnetização e corrente de excitação.
3. CONCLUSÃO
Com o estudo da corrente de Inrush e da corrente de falta fica evidente a
necessidade de seu conhecimento em situações práticas, sobretudo, no que diz respeito a
análise de falhas e dimensionamento dos sistemas de proteção. Além disso, conforme
foi observado ao longo do trabalho, a amplitude das correntes transitórias estão
diretamente vinculadas ao estado em que ocorre o evento que a origina. Nesse sentido,
deve-se procurar conhecer o ângulo de defasagem entre a tensão e o fluxo magnético do
TRAFO no momento da energização e na eventual ocorrência de um curto-circuito.
Esse cuidado deve ser ainda maior na elaboração de circuitos chaveados alimentados
por transformadores, uma vez que o chaveamento tende a fazer com que o equipamento
saia de seu estado permanente.
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4. BIBLIOGRAFIA
- P.C.Sen. – Eletric Machines e Power Eletronics, Capítulo 9: Transient e Dynamics,
2° Edição.
- Análise do Fenômeno de Inrush em transformadores monofásicos: simulador
Saber versus resultados experimentais – Arnulfo Barroso de Vasconcellos, Herivelto S.
Bronzeado, José Carlos de Oliveira e Roberto Apolônio.
- SimPowerSystems for use with Simulink – User’s Guide
- Dissertação: Estudo dos Efeitos da Corrente de Magnetização (Inrush) de um
Transformador sobre um gerador síncrono – Hugleydson Thom Proescholdt.
- http://pt.scribd.com/doc/40337199/Calculo-Da-Corrente-de-Curto-Circuito,
(acessado em 06 de novembro de 2012).
- Notas de aula disponibilizadas por meio do Portal Didático da UFSJ: Disciplina de
Transformadores Elétricos (acessado em 06 de novembro de 2012).
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