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05 Prisões Cautelares PDF
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PRISÌO TEMPORçRIA.
SUMçRIO
1 PRISÍES CAUTELARES .......................................................................................... 2
1.1 Conceito ......................................................................................................... 2
1.2 EspŽcies ......................................................................................................... 4
1.2.1 Pris‹o em flagrante ........................................................................................ 4
1.2.1.1 Natureza ................................................................................................ 4
1.2.1.2 EspŽcies ................................................................................................. 4
1.2.1.3 Sujeitos da pris‹o em flagrante ................................................................. 5
1.2.1.4 Modalidades especiais de flagrante ............................................................ 8
1.2.1.5 Procedimento da lavratura do Auto de Pris‹o em Flagrante ......................... 10
1.2.1.6 Audi•ncia de cust—dia ............................................................................ 14
1.2.2 Pris‹o preventiva ......................................................................................... 16
1.2.2.1 Natureza .............................................................................................. 16
1.2.2.2 Cabimento: pressupostos e requisitos ...................................................... 16
1.2.3 Pris‹o tempor‡ria......................................................................................... 20
1.2.3.1 Natureza, prazo e requisitos ................................................................... 20
1.2.3.2 Pris‹o tempor‡ria e crimes hediondos ...................................................... 23
1.2.3.3 Procedimento propriamente dito .............................................................. 23
2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ............................................................... 24
3 SòMULAS PERTINENTES ..................................................................................... 28
3.1 Sœmulas do STF ............................................................................................ 28
3.2 Sœmulas do STJ ............................................................................................ 29
4 JURISPRUDæNCIA CORRELATA ........................................................................... 29
! PRISÍES CAUTELARES
! Conceito
Quando falamos em Òpris‹oÓ, no bojo do Direito Processual Penal, s—
podemos estar diante de duas espŽcies de medidas privativas de liberdade:
Pris‹o pena Ð ƒ uma puni•‹o que decorre da aplica•‹o da lei penal
atravŽs de uma senten•a penal condenat—ria irrecorr’vel (imodific‡vel);
Pris‹o n‹o-pena Ð Trata-se n‹o de uma puni•‹o (pois ainda n‹o h‡
condena•‹o irrecorr’vel), mas de uma medida de NATUREZA CAUTELAR
(cautela = cuidado, a fim de se evitar um preju’zo), cuja finalidade pode ser
garantir o regular desenvolvimento da instru•‹o processual, a aplica•‹o da lei
penal ou, nos casos expressamente previstos em lei, evitar a pr‡tica de novas
infra•›es penais.
A modalidade de pris‹o que nos interessa, e que vamos estudar, Ž a pris‹o
Òn‹o penaÓ, que Ž a pris‹o cuja finalidade n‹o Ž punir o acusado (pois ele ainda
n‹o pode ser considerado culpado, eis que o processo ainda est‡ tramitando,
lembram-se?).
Quando alguŽm comete uma infra•‹o penal, surge para o Estado o dever
de punir (jus puniendi). Entretanto, o Estado n‹o pode aplicar a pena, como
dir’amos, Òˆ moda BanguÓ, ou seja, de qualquer forma. Existe um procedimento
que deve ser seguido pelo Estado previamente ˆ aplica•‹o da Lei Penal. Este
procedimento a ser adotado pelo Estado se chama ÒProcesso CriminalÓ.
O processo criminal tem como finalidade garantir que o Estado aplique a
Lei penal de maneira correta, no momento correto, em face da pessoa correta.
Ou seja, para que o Estado n‹o fa•a besteira!
Tem coisa mais irritante que ouvir os ÒpenalistasÓ das emissoras de TV
aberta cobrando a pris‹o de alguŽm que cometeu recentemente um crime? Eu
conhe•o poucas coisas t‹o irritantes quanto isto! Frases como ÒMas e fulano,
n‹o est‡ preso por qu•?Ó, ÒComo Ž que pode, faz uma coisa dessas e n‹o vai
preso...Ó.
Esses pseudointelectuais n‹o sabem que existe um procedimento prŽvio
que o Estado deve adotar para que depois possa punir uma pessoa. A pris‹o,
antes desse momento (tr‰nsito em julgado da senten•a condenat—ria) Ž
MEDIDA EXCEPCIONALêSSIMA (Com as altera•›es da Lei 12.403/11, se
tornou ainda mais excepcional).
Se alguŽm pratica um crime, deve responder a um processo criminal, no
qual lhe seja assegurada ampla defesa, contradit—rio e todos os demais direitos
fundamentais, para que, ao final, o Estado possa dizer: Òƒ, realmente foi fulano
quem praticou o crime, em tais circunst‰ncias, por tais motivos e, por isso, lhe
ser‡ aplicada tal penaÓ. Essa Ž a finalidade.
Mas ent‹o porque existem pris›es que n‹o s‹o forma de puni•‹o?
A’ Ž que est‡. Em determinados casos, a liberdade do suposto infrator pode ser
prejudicial ˆ instru•‹o criminal ou ˆ aplica•‹o da lei penal. Imagine que h‡
ind’cios fortes de que o indiv’duo pretenda sair do pa’s ilegalmente, ou, ainda,
que ele esteja coagindo testemunhas a n‹o deporem contra ele. Nestes casos, a
aplica•‹o futura da lei penal e a instru•‹o criminal, respectivamente, podem ser
prejudicadas se esse acusado n‹o permanecer preso atŽ que o perigo cesse.
Portanto, a pris‹o Òn‹o penaÓ (pris‹o cautelar) tem por finalidade evitar
algum preju’zo, n‹o podendo ser aplicada como forma de punir o acusado, pois
essa n‹o Ž sua finalidade. Para punir o acusado, primeiro o Estado deve realizar
todo o processo criminal.
Atualmente, com as reformas introduzidas pela Lei 12.403/11, criaram-se
algumas espŽcies de medidas cautelares DIVERSAS DA PRISÌO. Como
assim, professor? Ora, em alguns casos, o perigo que existe pode ser evitado
mediante a aplica•‹o de alguma medida diferente da pris‹o.
EXEMPLO: Imaginem que um camarada, estilo ÒPit boyÓ, esteja sendo
acusado de espancar uma pessoa em raz‹o de uma briga em boate. Durante o
processo, pode ser que haja receio de que esse camarada volte a praticar esta
infra•‹o penal. Desta maneira, Ž poss’vel que esse dano (pr‡tica de
novas infra•›es semelhantes) seja evitado mediante a aplica•‹o de
uma medida cautelar diversa da pris‹o, que Ž a proibi•‹o de frequentar
determinados lugares, nos termos do art. 319, II do CPP:
Art. 319. S‹o medidas cautelares diversas da pris‹o:
! EspŽcies
!Pris‹o em flagrante
! Natureza
A pris‹o em flagrante Ž uma modalidade de pris‹o cautelar que tem
como fundamento a pr‡tica de um fato com apar•ncia de fato t’pico.
Assim, quando a autoridade realiza a pris‹o em flagrante do suspeito, n‹o deve
verificar se ele praticou o fato em leg’tima defesa, estado de necessidade, etc.
Possui natureza administrativa, pois n‹o depende de autoriza•‹o
judicial para sua realiza•‹o, e s— pode ser realizada nas hip—teses previstas
em Lei, que tratam dos momentos em que se considera a situa•‹o de
flagr‰ncia.
O art. 301 do CPP diz:
Art. 301. Qualquer do povo poder‡ e as autoridades policiais e seus agentes dever‹o
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
Vejam que qualquer de n—s pode prender uma pessoa que esteja
praticando um fato criminoso. PorŽm, a autoridade policial n‹o PODE, ela
DEVE efetuar a pris‹o de quem quer que seja encontrado em situa•‹o de
flagrante delito.
Mas quem se considera em flagrante delito? O art. 302 do CPP nos
traz a resposta:
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - est‡ cometendo a infra•‹o penal;
II - acaba de comet•-la;
III - Ž perseguido, logo ap—s, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa,
em situa•‹o que fa•a presumir ser autor da infra•‹o;
IV - Ž encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papŽis que
fa•am presumir ser ele autor da infra•‹o.
! EspŽcies
A Doutrina distingue as situa•›es do art. 302 do CPP em:
Flagrante pr—prio (art. 302, I e II do CPP) Ð Ser‡ considerado
flagrante pr—prio, ou propriamente dito, a situa•‹o do indiv’duo que est‡
cometendo o fato criminoso (inciso I) ou que acaba de cometer este fato (inciso
Nesse œltimo caso, Ž necess‡rio que entendamos a express‹o Òacaba de
cometerÓ, como a situa•‹o daquele que est‡ Òcom a boca na botijaÓ, ou seja,
acabou de cometer o crime e Ž surpreendido no cen‡rio do fato. TambŽm
chamado de flagrante real, verdadeiro ou propriamente dito.
Flagrante impr—prio (art. 302, III do CPP) Ð Aqui, embora o agente
n‹o tenha sido encontrado pelas autoridades no local do fato, Ž necess‡rio que
haja uma persegui•‹o, uma busca pelo indiv’duo, ao final da qual, ele acaba
preso. Imaginem que a pol’cia recebe a not’cia de um homic’dio. Desloca-se atŽ
o local e imediatamente come•a a vascular o bairro e acaba por encontrar
aquele que seria o infrator. Nesse caso, temos o flagrante impr—prio. TambŽm
chamado de imperfeito, irreal ou Òquase flagranteÓ.
Flagrante presumido (art. 302, IV do CPP) Ð No flagrante
presumido temos as mesmas caracter’sticas do flagrante impr—prio, com a
diferen•a que a Doutrina n‹o exige que tenha havida qualquer persegui•‹o ao
suposto infrator, desde que ele seja surpreendido, logo depois do crime, com
objetos (armas, papŽis, etc.) que fa•am presumir que ele foi o autor do delito.
TambŽm chamado de flagrante ficto ou assimilado.
As express›es Òacaba de comet•-laÓ, Òlogo ap—sÓ, Òlogo depoisÓ s‹o
express›es cujo significado Ž dado pela Doutrina, mas h‡ alguma diverg•ncia
entre os Doutrinadores. Entretanto, a maioria entende que a sequ•ncia
temporal Ž:
Acaba de cometer o crime Logo ap—s Logo depois
O art. 303 traz uma regrinha meio desnecess‡ria, pois diz que nas
infra•›es permanentes considera-se em flagrante enquanto n‹o cessar a
perman•ncia. Ora, mas isso Ž —bvio! Se durante a perman•ncia o crime est‡
se consumando, Ž —bvio que durante a perman•ncia o agente se encontra em
flagrante.
Meus caros, voc•s devem ter em mente que quando digo que n‹o cabe
pris‹o em flagrante nesses casos, estou me referindo ˆ pris‹o em flagrante
como modalidade de pris‹o cautelar, aquela que Ž decretada pela autoridade
policial. Isso n‹o impede, entretanto, que qualquer destas pessoas,
sendo surpreendida em situa•‹o de flagrante, seja conduzida ˆ
Delegacia para o registro do ocorrido e, posteriormente, seja liberada.
O que n‹o se permite Ž que, ap—s a condu•‹o e apresenta•‹o ˆ autoridade
policial, a autoridade policial proceda ˆ lavratura do auto de pris‹o em
flagrante .
Esta condu•‹o de quem se encontra em situa•‹o de flagrante Ž chamada
de PRISÌO-CONDU‚ÌO pela maioria da Doutrina. A pris‹o em flagrante,
propriamente, Ž a que est‡ prevista no art. 304 e seu ¤ 1¡ do CPP:
Art. 304. Apresentado o preso ˆ autoridade competente, ouvir‡ esta o condutor e
colher‡, desde logo, sua assinatura, entregando a este c—pia do termo e recibo de
entrega do preso. Em seguida, proceder‡ ˆ oitiva das testemunhas que o
acompanharem e ao interrogat—rio do acusado sobre a imputa•‹o que lhe Ž feita,
colhendo, ap—s cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade,
afinal, o auto.
¤ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade
mandar‡ recolh•-lo ˆ pris‹o, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar
fian•a, e prosseguir‡ nos atos do inquŽrito ou processo, se para isso for competente;
se n‹o o for, enviar‡ os autos ˆ autoridade que o seja.
Vejam que o art. 304 fala em Òapresentado o presoÓ, o que nos leva a
crer que aquele que se apresenta espontaneamente n‹o pode ser preso em
flagrante pela autoridade policial, devendo, se for o caso, ser requerida a
decreta•‹o de sua pris‹o preventiva.
Nos crimes habituais, permanentes e continuados, por serem crimes que se
prolongam no tempo, alguns probleminhas surgiram, tendo a Doutrina e
Jurisprud•ncia se firmado nesse sentido:
PRISÌO EM FLAGRANTE X DETERMINADOS DELITOS
NATUREZA SITUA‚ÌO
DO DELITO
CRIMES N‹o cabe pris‹o em flagrante, pois o crime n‹o se
HABITUAIS consuma em apenas um ato, exigindo-se uma sequ•ncia de
atos isolados para que o fato seja t’pico (maioria da Doutrina
e da Jurisprud•ncia). Parte minorit‡ria, no entanto, entende
poss’vel, se quando a autoridade policial surpreender o
infrator praticando um dos atos, j‡ se tenha prova
inequ’voca da realiza•‹o dos outros atos necess‡rios ˆ
caracteriza•‹o do fato t’pico (Minorit‡rio). H‡ decis›es
jurisprudenciais nesse œltimo sentido (poss’vel, desde
que haja prova da habitualidade).
CRIME O flagrante pode ser realizado em qualquer momento
PERMANENTE durante a execu•‹o do crime, logo ap—s ou logo depois.
CRIME Por se tratar de um conjunto de crimes que s‹o tratados
CONTINUADO como um s— para efeito de aplica•‹o da pena, pode haver
flagrante quando da ocorr•ncia de qualquer dos delitos.
AlŽm disso, o ¤4¼ do art. 304 traz a exig•ncia de que no APF conste
expressamente a informa•‹o acerca da exist•ncia de filhos, respectivas
idades e se possuem alguma defici•ncia e o nome e o contato de eventual
respons‡vel pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. Tal exig•ncia
foi introduzida no CPP pela Lei 13.257/16.
O art. 309 fala em Òlivrar-se soltoÓ. Vejamos:
Art. 309. Se o rŽu se livrar solto, dever‡ ser posto em liberdade, depois de lavrado o
auto de pris‹o em flagrante.
Isto Ž o que consta da nova reda•‹o do art. 310 do CPP, trazida pela Lei
12.403/11:
Art. 310. Ao receber o auto de pris‹o em flagrante, o juiz dever‡
fundamentadamente:
I - relaxar a pris‹o ilegal; ou
II - converter a pris‹o em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos
constantes do art. 312 deste C—digo, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as
medidas cautelares diversas da pris‹o; ou
III - conceder liberdade provis—ria, com ou sem fian•a.
! Natureza
A pris‹o preventiva Ž o que se pode chamar de pris‹o cautelar por
excel•ncia, pois Ž aquela que Ž determinada pelo Juiz no bojo do Processo
Criminal ou da Investiga•‹o Policial, de forma a garantir que seja evitado
algum preju’zo.
A pris‹o preventiva continua descrita no art. 311 do CPP, com a seguinte
reda•‹o:
Art. 311. Em qualquer fase da investiga•‹o policial ou do processo penal, caber‡ a
pris‹o preventiva decretada pelo juiz, de of’cio, se no curso da a•‹o penal, ou a
requerimento do MinistŽrio Pœblico, do querelante ou do assistente, ou por
representa•‹o da autoridade policial.
Como voc•s podem ver, a pris‹o preventiva pode ser decretada durante a
investiga•‹o policial ou durante o processo criminal. AlŽm disso, pode ser
decretada pelo Juiz, de of’cio, ou a requerimento do MP, do querelante ou do
assistente da acusa•‹o, ou ainda mediante representa•‹o da autoridade policial.
A altera•‹o promovida pela Lei 12.403/11 incluiu o assistente da
acusa•‹o no rol dos legitimados para requerer a decreta•‹o da pris‹o
preventiva do indiciado ou acusado (conforme o momento em que se pede
a pris‹o). AlŽm disso, retirou do Juiz o poder de decretar, de of’cio, a
pris‹o preventiva durante a Investiga•‹o Policial (A decreta•‹o da
preventiva, de of’cio, s— pode ser realizada durante o processo penal, conforme
a nova regulamenta•‹o).
Vamos l‡:
! Garantia da ordem pœblica Ð Muito criticada por boa parte da Doutrina,
em raz‹o de seu alto grau de abstra•‹o (qualquer coisa pode ser
considerada como garantia da ordem pœblica), o que violaria inœmeros
direitos fundamentais do rŽu. No entanto, continua em vigor e Ž v‡lida,
para a maior parte da Doutrina e para os Tribunais Superiores. A
perturba•‹o da ordem pœblica pode ser conceituada como o abalo
provocado na sociedade em raz‹o da pr‡tica de um delito de
consequ•ncias graves. Assim, a pris‹o preventiva se justificaria para
restabelecer a tranquilidade social, a sensa•‹o de paz em um
determinado local (um bairro, uma cidade, um estado, ou atŽ mesmo no
pa’s inteiro). A jurisprud•ncia, contudo, vem entendendo que Ž poss’vel o
reconhecimento da Òamea•a ˆ ordem pœblicaÓ quando haja alta
probabilidade de que o agente volte a delinquir
! Garantia da Ordem Econ™mica Ð Esta hip—tese Ž direcionada aos
crimes do colarinho branco, ˆquelas hip—teses em que o agente pratica
delitos contra institui•›es financeiras e entidades pœblicas, causando
sŽrios preju’zos financeiros. Atualmente, com a possibilidade de
decreta•‹o de medida cautelar de suspens‹o do exerc’cio de fun•‹o
pœblica, este fundamento (que j‡ era pouco utilizado), perdeu ainda mais
sua raz‹o, eis que se o fundamento for a proximidade do indiv’duo com a
fun•‹o pœblica, na maioria dos casos o afastamento da fun•‹o ir‡ bastar
para que a ordem econ™mica n‹o sofra preju’zos;
! Conveni•ncia da Instru•‹o Criminal Ð Tem a finalidade de evitar que o
indiv’duo ameace testemunhas, tente destruir provas, etc. Em resumo,
busca evitar que a instru•‹o do processo seja prejudicada em raz‹o da
liberdade do rŽu;
! Seguran•a na aplica•‹o da Lei penal Ð Busca evitar que o indiv’duo
fuja, de forma a se furtar ˆ aplica•‹o da pena que possivelmente lhe ser‡
imposta. Assim, quando houver ind’cios de que o indiv’duo pretende fugir,
estar‡ presente esta hip—tese autorizadora.
Entretanto, a este art. 312 foi acrescentado um ¤ œnico, que estabelece
outra hip—tese de decreta•‹o da pris‹o preventiva, que Ž o descumprimento
de alguma das obriga•›es impostas pelo Juiz como medida cautelar
diversa da pris‹o:
Par‡grafo œnico. A pris‹o preventiva tambŽm poder‡ ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obriga•›es impostas por for•a de outras medidas
cautelares.
!Pris‹o tempor‡ria
h) rapto violento ;
Assim:
PRAZO DA PRISÌO TEMPORçRIA
REGRA 05 + 05
CRIMES HEDIONDOS, TORTURA, TRçFICO E 30 +30
TERRORISMO
! JURISPRUDæNCIA CORRELATA