19 – Armadura Mínima (As,mín) e Máxima (As,máx)

As disposições relativas à armadura dos pilares encontram-se no item 18.4.2 da NBR

6118. As armaduras longitudinais devem ser dispostas na seção transversal, de forma a
garantir a resistência adequada do elemento estrutural. Em seções poligonais, deve existir
pelo menos uma barra em cada vértice; em seções circulares, no mínimo seis barras
distribuídas ao longo do perímetro.

A armadura mínima longitudinal é determinada por:

𝑁𝑑
𝐴𝑠, 𝑚í𝑛 = 0,15 ∗ ≥ 0,004 ∗ 𝐴𝑐
𝑓𝑦𝑑

A armadura máxima longitudinal é determinada por:

𝐴𝑠, 𝑚á𝑥 = 0,08 ∗ 𝐴𝑐

20 - Diâmetro e espaçamento das barras longitudinais

O diâmetro das barras longitudinais (ØL) deve ser:

Com b sendo a menor dimensão da seção transversal do pilar.

O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais, medido no plano
da seção transversal, deve ser:

O espaçamento máximo entre eixos das barras deve ser:

Com b sendo a menor dimensão da seção transversal do pilar.

23 - Diâmetro e espaçamento dos estribos
A armadura transversal de pilares, constituída por estribos, deve ser colocada em toda
a altura do pilar, sendo obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes.

O diâmetro dos estribos em pilares deve obedecer a:

O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, para

garantir o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e garantir a costura
das emendas de barras longitudinais nos pilares usuais, deve ser:

Sempre que houver possibilidade de flambagem das barras da armadura, situadas

junto à superfície do elemento estrutural, devem ser tomadas precauções para evitá-la. Os
estribos poligonais garantem contra a flambagem as barras longitudinais situadas em seus
cantos e as por eles abrangidas, situadas no máximo à distância 20Øt do canto, se nesse
trecho de comprimento 20Øt não houver mais de duas barras, não contando a de canto.
Quando houver mais de duas barras nesse trecho ou barra fora dele, deve haver estribos
suplementares.

Para toda barra longitudinal que esteja acima de 20*ØL desde o cobrimento deve
receber travamento adicional.

24 – Quantidade de armadura
A escolha da armadura longitudinal inicialmente escolhida não deve ter diâmetro muito
grande para garantir um bom adensamento (ideal < 20 mm).
 Para identificação da quantidade de armadura, basta utilizar a tabela abaixo:

Utilizando a área de aço já calculada, escolha o diâmetro mais adequado de forma que
a quantidade de armadura não fique excessiva ou muito pequena.

Exemplo: As = 13,65 cm².

Vamos escolher inicialmente Ø10mm que é o mínimo possível pela norma, ou seja,
quarta linha da tabela. Para saber a quantidade de barras, basta dividir As pela área de aço
de uma única barra.

Quantidade de barras = 13,65 / 0,80 = 17,0625 = 18 barras

Lembre-se que a quantidade de barras deve ser sempre em número par.

Vamos variar o diâmetro para ver o que acontece.

 Quantidade de barras = 13,65 / 1,25 = 10,92 = 12 barras

Quantidade de barras = 13,65 / 4 = 3,4125 = 4 barras

Como se pode ver, quanto maior o diâmetro, menor a quantidade de barras, porém,
deve-se analisar os espaçamentos para ver se os parâmetros da norma serão atendidos.

Exercício: seja um pilar de extremidade 50x15cm com Nd = 1.092 KN, Aço CA50,
Brita 2, Le = 290 cm, s = 1,15, d’ = 40 mm e As = 14,04 cm². Detalhe a armadura do pilar
de acordo com a norma.

a) Armadura mínima
b) Armadura máxima

c) Diâmetro das barras longitudinais (ØL)

d) Espaçamento mínimo da armadura longitudinal

e) Espaçamento máximo da armadura longitudinal

f) Detalhamento da armadura longitudinal
g) Diâmetro da armadura transversal (estribos)

h) Espaçamento da armadura transversal (estribos)

i) Detalhamento da armadura transversal (estribos)

j) Análise da flambagem na armadura longitudinal
k) Arranjo das armaduras
 Exercício: seja um pilar de 22x75cm com Nd = 925 KN, Aço CA50, Brita 1, Le =
310 cm, s = 1,15, d’ = 35 mm e As = 23,72 cm². Detalhe a armadura do pilar de acordo
com a norma.