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(ICS) como qualquer perda involuntária de urina, considerada uma condição multifatorial, que
atinge diversas pessoas, em diferentes fases da vida e faixa etária, com prevalência na
população idosa e feminina, representando um problema grave para a saúde pública. Os tipos
de IU encontrados são: por esforço (perda involuntária de urina mediante aumentos súbitos
de pressão), de urgência (relacionada com a bexiga hiperativa, vontade incontrolável de
urinar e episódios de noctúria e polaquiúria), e mista (situação resultante das combinações
da incontinência).
O assoalho pélvico feminino está dividido em três porções sendo elas: anterior (bexiga e
uretra), média (vagina) e posterior (reto). É composto por estruturas de sustentação: fáscias
pélvicas (ligamento pubo-vesical, redondo do útero, uterossacro e ligamento cervical
transverso), diafragma pélvico (músculo eleva dor do ânus) e diafragma urogenital (músculo
bulbocavernoso, transverso superficial e isquiocavernoso). Quanto à composição das fibras,
70% são do tipo I (lenta) e 30% do tipo II (rápida). Todas essas estruturas são essenciais no
suporte e manutenção dos órgãos pélvicos em suas posições fisiológicas e como estão muito
próximas e interligadas é comum encontrar dificuldade na identificação de
alterações/fraqueza do assoalho pélvico. Os danos causados ao assoalho pélvico pela
gestação e pelo parto, dentre outros, ocasionam disfunção da musculatura que tende a se
agravar após a menopausa.
Aproximadamente 1/5 das mulheres entre 40 e 60 anos tem incontinência urinária (IU)
derivada principalmente pelo esforço, à instabilidade vesical, ou, a associação de ambas. Essa
situação inconveniente de perda involuntária de urina acarreta uma série de consequências
devastadoras, causando muitas vezes omissão do convívio social, ameaça à autoestima,
frustrações psicossociais, interferindo também na sexualidade, alterando de forma significativa
a saúde da mulher. Possui fisiopatologia complexa, possibilitando diversas abordagens
terapêuticas, dependendo do mecanismo envolvido na etiologia da perda urinária.
Segundo a ICS, para o diagnóstico inicial da IU deve ser feito através de uma minuciosa
anamnese (incluindo exame físico, qualidade de vida, testes e questionários específicos).
Após definido o tipo de IU, o tratamento de recomendação grau A são as intervenções no
estilo de vida e o treinamento da musculatura do assoalho pélvico (AP) através dos recursos
oferecidos pela fisioterapia.