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Vasos de Pressão

Principais Tipos, Formatos e Partes


Partes
● A parede de pressão compõe-se de:
– Casco do vaso (ou cascos – shell)
– Tampos de fechamento (heads)
Cascos
● Tem sempre um formato de superfície de
revolução
● Predominam formatos cilíndricos, cônicos e
esféricos ou combinação destes
● Mais comum: cilíndricos
● Toroidal: usado em seções de concordância
Formato e posição
● Consequência da finalidade do serviço
● Vasos verticais:
– Ação da gravidade para escoar fluidos (torres de
fracionamento e outros reatores de catálise)
– São mais caros que os horizontais
– Reduzem a área de ocupação
Formato e posição
● Vasos horizontais:
– Comumente usados em trocadores de calor e
vasos de acumulação
– Vasos inclinados são exceções (escoamento por
gravidade)
Formato e posição
● A maioria dos cascos são cilíndricos, pela
economicidade:
– Fácil de fabricar e transportar
– Atende bem à maioria dos serviços
● Se houver diferença de vasão ao longo do
comprimento, as seções terão dimensões
diferentes
– Será necessário seções de concordância
– O critério de velocidade geral de escoamento
aproximadamente constante é um requisito da maioria
das reações químicas e transformações de processo
Formato e posição
● Esférico: melhor relação resistência/peso
● Caros e difíceis de fabricar
● Ocupam muito espaço
● Raramente são transportados inteiros
● Justificam-se economicamente apenas para
vasos de grandes dimensões
Formato e posição
Formato e posição
● Esferas múltiplas: raramente utilizado
● Dimensões principais:
– Diâmetro interno (Di)
– Comprimento entre tangentes (CET) (somente em
vasos cilíndricos)
● Vasos verticais: a linha de tangência inferior é
geralmente tomada como plano de referência
para as cotas verticais
Tampos
● Peças de fechamento dos cascos
Tampos
● Elíptico
– Forma de elipse, com relação de semi-eixos de 2:1
(raio:altura)
– Quase sempre tem a mesma espessura do casco,
pois quase sempre tem a mesma resistência à
pressão interna que o casco de mesmo diâmetro
Tampos
● Toriesféricos
– Calota central esférica (Rc)
– Seção toroidal de concordância (Rk)
– Maior a resistência quanto maior Rk
– Menos resistente que o elíptico (mesmo diâmetro e
relação de semi-eixos)
Tampos
● Toriesféricos
– Norma ASME exige:
● Rk mínimo de 0,06D ou 3t
● Rc máximo D
– Nestes limites, são os menos resistentes à pressão interna
– Para relação 2:1 de semi-eixos:
● Rk=0,1727
● Rc=0,9045D
– Perfil Foggles (falsa elipse)
Tampos
● Elípticos e Toriesféricos
– Podem ser montados em posição reversa
– Permite o apoio direto de vasos verticais de até 1 m
de diâmetro sobre uma superfície plana
Tampos
● Hemisférico
– Mais resistente (pode ter metade da espessura do casco)
– Difícil de construir
– Ocupa mais espaço
● Emprego
– Vasos horizontais em geral
– Vasos verticais de diâmetro muito grande (>10 m)
● Fabricação: calota central + gomos soldados
– Vasos pequenos e médios de alta pressão
● Fabricação: peça única forjada
Tampos
● Calota esférica
– Fabricados de chapa prensada
– Geralmente a calota é soldada a um flange
parafusado (fácil remoção)
Tampos
● Cônicos
– Fáceis de fabricar e bem menos resistentes
– Usados quando precisa-se esvaziar rapidamente o
vaso (fundo de vasos verticais)
– Necessário concordância toroidal para semi
ângulos maiores que 30º (ASME)
Tampos
● É comum os tampos serem soldados a uma
certa distância da linha de tangência
● É obrigatória a saia cilíndrica para tampos cuja
espessura seja maior que a dos cascos
(ASME)
Tampos
● Tampos planos
– (a) e (b): não removíveis para baixa pressão
– (c): flange cego aparafusado removível
Tampos
● Tampos planos
– (d): removível pela retirada de anel rosqueado
– (e), (f) e (g): forjados, não removíveis, para alta
pressão
Economicidade*
● Brasil utiliza muito falta elipse
● Elípticos de difícil produção no Brasil,
produzido em larga escala no exterior
● Tampos planos são econômicos para diâmetros
de ate 1 m, principalmente em tampos
removíveis
– * Segundo Silva Telles, 1996.
Transição de formatos
● Concentração de tensões
– Tampo hemisférico de mesmo diâmetro e
espessura: zero problema, se tangência é perfeita
– Tampos elíptico ou toriesférico: saia cilíndrica
– Tampos cônicos ou transições cônicas: transição
severa, que pode exigir reforços próximos à linha
de junção
● Reforço pode ser dispensado se houver um raio de
concordância de, no mínimo, 6% do diâmetro externo do
vaso ou 3 vezes a espessura da chapa, o que for maior
Transição de formatos
Transição de formatos
Transição de formatos
● Chapas de
espessuras
diferentes
demandam um
chanfro de
transição de, no
mínimo, 3 vezes a
diferença de
espessuras
● Chanfro interno ou
externo
Espessura
● O maior valor entre:
– e c +C
– es
● ec: espessura calculada para resistir à pressão
● C: margem para corrosão
● es: espessura para resistência estrutural
Espessura
● Margem para corrosão: valor esperado de
corrosão anual x vida esperada em anos
● Valores de referência para aços carbono ou
baixa liga (se não for possível estimar a taxa
anual):
– Meios pouco corrosivos: 1,5 mm
– Meios medianamente corrosivos: 3 mm
– Meios muito corrosivos: 4 a 6 mm
Espessura
● Margem para corrosão
– Pode ser dispensada utilizando materiais
resistentes à corrosão ou revestimentos adequados
– Usada para corrosão uniforme, mas também é
considerada em casos de erosão ou outras formas
de corrosão que causem diminuição de espessura
– Espessura depende da chapa comercial
Espessura
● Curiosidade:
– Vasos de casco cilíndrico + tampo toriesférico
– São usualmente feitos com chapas de mesma
espessura, a fim de facilitar a fabricação e evitar
transições de espessuras

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