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Manutenção de Sistemas
de Alta Tensão
CPTM 1
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Via Permanente
2 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
© CPTM\SENAI-SP, 2018
1ª Edição
CPTM 3
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Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Sumário
1 UM POUCO DE HISTÓRIA ..................................................................................................................... 7
1.1 Energia elétrica ....................................................................................................................................... 7
3 ENSAIOS ELETROMECÂNICOS.......................................................................................................... 17
4 ALTERNADORES.................................................................................................................................. 19
4.1 Classificação quanto à potência ......................................................................................................... 19
4.1.1 Alternador de Pequena Potência ........................................................................................................... 19
4.1.2 Alternador de Grande Potência .............................................................................................................. 20
4.1.3 Alternadores Trifásicos ........................................................................................................................... 20
4.2 A famosa raíz de três ........................................................................................................................... 22
4.2.1 Tensão de Fase e Tensão de Linha:...................................................................................................... 22
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1 Um pouco de história
É um tipo especial de energia, por meio da qual podemos produzir os mais variados tipos
de trabalho: mecânico, calórico, sonoro, luminoso, radiação e outros. Ela é a mais versátil e nobre
de todas as formas de energia; sendo então muito importante seu enfoque integrado no contexto do
Desenvolvimento Sustentável, na busca da utilização harmônica e adequada dos recursos naturais,
visualizando a maior eficiência da cadeia entre si, desde a geração (produção) até a utilização (usos
finais), passando pela Transmissão, Subtransmissão, Distribuição e a sua interação equilibrada
(sustentável) com o meio ambiente.
Muito da tecnologia, hoje em uso, deve-se a grandes pioneiros eempreendedores da
eletricidade. Seus nomes e feitos são aquiregistrados como tributo de reconhecimento pela grande
constribuição.
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2 Conversão de energia
A energia elétrica ou eletricidade é urna fonte intermediária entre a fonte primária e a sua
aplicação final. Para que tal processo ocorra é necessário realizar uma série de transformações e
conversões de energia.
Para que uma fonte de energia primária seja transformada em outra forma de energia é
necessário que ocorra uma conversão, essa conversão da forma de energia é realizada por meio
de dispositivos ou mecanismos desenvolvidos engenhosamente pelo homem. Há alguns anos o
homem vem aprimorando e desenvolvendo essas técnicas de conversão de energia.
A conversão eletromagnética de energia, como a entendemos hoje, relaciona as forças
elétricas e magnéticas do átomo com a força mecânica aplicada à matéria em movimento. Como
resultado dessa relação, a energia mecânica pode ser convertida em energia elétrica, e vice-versa,
por meio de máquinas elétricas, ou seja, a energia mecânica é transformada em energia elétrica por
meio de um gerador e a energia elétrica poderá ser convertida em mecânica por meio de um motor
elétrico.
Todos os sistemas de conversão de energia,
denominados de Sistema de Geração de Eletricidade ou
Centrais Geradoras de Energia Elétrica (hidrelêtrica,
termelétrica, eólica etc), utilizam o gerador como equipamento
de conversão.
Gerador
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Para entender como a energia mecânica é transformada em energia elétrica por meio de
uma máquina conversora de energia é necessário estudar e entender o funcionamento de uma
máquina elétrica clássica denominada de Gerador Elementar.
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Tendo-se uma bobina girando num campo magnético, as variações de fluxo do polo Norte
e do polo Sul sucedem-se na rotação.
Isso faz com que seja gerada na bobina uma força eletromotriz (F.E.M.) alternada senoidal.
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GERADOR CA = ALTERNADOR
GERADOR CC = DÍNAMO
Indutor - É a classificação elétrica das bobinas que produzem o campo magnético necessário à
criação do fenômeno da indução magnética.
Induzido - É a classificação elétrica das bobinas que sofrem a ação do campo magnético do indutor
e que produzem a energia elétrica.
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3 Ensaios Eletromecânicos
Aqui é feita uma inspeção visual da carcaça do gerador se não há trincas ou se não há
nada que impeça a movimentação do rotor. Nesse momento é verificado as condições dos
rolamentos.
Sendo um gerador trifásico, a medição das três fases deve ser feita e verificado se estão
balanceadas.
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4 Alternadores
São geradores que produzem corrente alternada. Essas máquinas são empregadas na
maioria das centrais de geração de energia elétrica.
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O alternador trifásico, como seu nome sugere, possui três enrolamentos monofásicos
dispostos de forma que as tensões induzidas fiquem defasadas de 120°. Um diagrama esquemático
de um estator trifásico, mostrando todas as bobinas, fica muito complicado, tornando-se difícil ver o
que realmente
acontece. O diagrama esquemático simplificado mostrado na Fig. (a) mostra todas as
bobinas de uma fase concentradas numa só. Nas Figuras (b) e (c), temos a representação de um
alternador trifásico com os enrolamentos do estator ligados em estrela e em triângulo,
respectivamente. Não se representa o rotor para maior simplicidade.
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As formas de ondas das tensões geradas em cada fase e defasadas de 120° elétricos no
tempo, estão representadas na figura abaixo.
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Uma das grandes dúvidas dos estudantes de Elétrica é o conceito de Tensão de Fase e de
Tensão de Linha e como deve ser aplicada nos cálculos de sistemas trifásicos.
Este artigo tem por finalidade esclarecer um pouco este tema que causa tanta dúvida e é
de fundamental importância para todos os profissionais e estudantes que trabalham com a parte de
energia e sistemas de potência.
• Tensão de Fase: Tensão medida entre uma ponta de uma bobina e o neutro (conexão
comum entre uma das pontas de cada bobina) do gerador ou do trafo.
• Tensão de Linha: Tensão medida entre as pontas de duas bobinas do gerador ou do trafo,
com exceção do terminal de neutro (N).
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Como vimos no artigo anterior, num gerador, as fases estão defasadas em 120o, conforme
o desenho abaixo do plano cartesiano com os vetores de tensão de cada fase.
“O quadrado da tensão VST, é igual a soma dos quadrados das tensões VS e VT,
menos duas vezes o produto das tensões Vs e VT, multiplicado pelo cosseno do
ângulo formado por VS e VT”.
Ou seja:
VST² = VS²+VT²-(2*VS*VT*COSβ)
Substituindo-se os valores na expressão acima, a tensão de linha VST será:
VST = 127*√3
Como VST é a tensão de linha e127V é a tensão de fase, concluímos que:
“A tensão de linha, num sistema trifásico, será sempre a tensão de fase multiplicada pela raíz
de três”.
Vlinha = Vfase*√3
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Ou a tensão de fase:
𝑉𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎
𝑉𝑓𝑎𝑠𝑒 =
√3
𝑃 1000. 𝑃(𝑘𝑊)
𝑐𝑜𝑠𝜑 =
𝑆 √3. 𝑈. 𝐼
Rendimento: também conhecido pelo símbolo η, representa a relação entre a potência real ou útil
Pu (efetivamente transferida para a ponta do eixo) e a potência total absorvida da rede Pa, ambas
são potências ativas. Matematicamente é:
736. 𝑃(𝑐𝑣)
η% = . 100%
√3. 𝑈. 𝐼. 𝑐𝑜𝑠𝜑
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Exercícios
1) Nas figuras abaixo, temos duas linhas de distribuição de energia elétrica alimentadas por
transformadores, sendo um com ligação estrela e o outro com ligação triângulo. Em cada uma
das linhas foram colocados alguns voltímetros, observe também que só um dos voltímetros, em
cada linha de distribuição, está registrando o valor da tensão. Sendo assim, calcule os demais
valores que serão registrados pelos demais voltímetros.
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5 Transformador trifásico
5.1 Definição
De forma geral, transformador ou Trafo, é uma máquina elétrica estática, capaz de modificar
os níveis de tensão e corrente, por meio do efeito da indução magnética.
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Elevador de tensão: quando o nível de tensão do secundário for maior que o nível de tensão do
primário. Neste caso, o número de espiras do enrolamento secundário é maior que o enrolamento
do primário.
Abaixador de tensão: quando o nível de tensão do secundário for menor que o nível de tensão do
primário. Neste caso, o número de espiras do enrolamento secundário é menor que o enrolamento
do primário.
OBS: Quando os dois enrolamentos possuírem o mesmo número de espiras, o transformador terá
no secundário a mesma tensão do primário. Este tipo de Trafo é denominado isolador de tensão.
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5.4.1 Histerese
Quando o ferro do núcleo não está magnetizado, seus domínios magnéticos (ímãs
moleculares) estão dispostos de maneira desordenada e aleatória. Porém, ao aplicar uma força
magnetizante, os domínios se alinham com o campo aplicado. Se invertemos o sentido do campo,
os domínios também inverterão sua orientação.
Num transformador, o campo magnético muda de sentido muitas vezes por segundo, de
acordo com o sinal alternado aplicado. E o mesmo ocorre com os domínios do material do núcleo.
Ao inverter sua orientação, os domínios precisam superar o atrito e a inércia. Ao fazer isso, dissipam
uma certa quantidade de potência na forma de calor, que é chamada de perda por histerese.
Em determinados materiais, a perda por histerese é muito grande. O ferro doce é um
exemplo. Já no aço, esse tipo de perda é menor. Por isso, alguns transformadores de grande
potência utilizam um tipo de liga especial de ferro-silício, que apresenta uma perda por histerese
reduzida. Esse tipo de problema também aumenta junto com a frequência do sinal. Um
transformador que apresenta baixa perda nas frequências menores, pode ter uma grande perda por
histerese ao ser usado com sinais de frequências mais altas.
A histerese produz-se devido ao gasto de energia para inverter os dipolos durante uma
mudança de campo magnético. Cada molécula de uma substância é um pequeno ímã.
Num material desmagnetizado esses ímãs estão desorganizados anulando os efeitos
magnéticos.
A- BARRA DESMAGNETIZADA
Num material magnetizado esses ímãs estão organizados de modo que seus campos
magnéticos estão alinhados e numa mesma direção
B – BARRA MAGNETIZADA
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6 Sistema de Potência
Na geração de energia elétrica é produzida uma tensão alternada, a qual é expressa por
uma onda senoidal, com frequência fixa e amplitude que varia, conforme a modalidade do
atendimento, em alta, média e baixa tensão e conforme a necessidade de consumo. Isso significa
que a energia elétrica passará por processos de adequações de tensão e de corrente.
6.2 Subestações
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Os equipamentos que uma subestação possui serão abordados logo mais adiante.
Subestação de energia
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Linhas de transmissão
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Linha de subtransmissão
Entrada de energia
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Nenhum seccionador deve ser aberto com carga, salvo alguns seccionadores fabricados para
essa finalidade.
Para a operação de abertura e fechamento dos seccionadores com fusíveis, somente poderá
ser executada se a demanda for conhecida e se não ultrapassar o limite de 75kVA (5A em
13,8kV e 2A em 34,5kV).
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Elo Fusível
Parte “sensora” integrante de um fusível, por onde circula a corrente elétrica, quando
instalado em um circuito elétrico. Tem a finalidade de se romper, quando o limite de corrente exceder
o valor ao qual foi dimensionado, abrindo dessa forma o circuito elétrico e impedindo que os
equipamentos danifiquem.
Elo Fusível
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a) tipo H – elos fusíveis de alto surto, de ação lenta para correntes transitórias elevadas (a corrente
transitória de magnetização de transformador, por exemplo). Não admitem trabalhar com
correntes acima dos valores nominais. Geralmente, são usados para protegerem
transformadores de pequenas potências (até 75 kVA);
b) tipo K – elos fusíveis rápidos com relação de rapidez variando entre 6 (para elo fusível de corrente
nominal 6 A) e 8,1 (para elo fusível de corrente nominal 200 A);
c) tipo T – elos fusíveis lentos com relação de rapidez variando entre 10 (para elo fusível de corrente
nominal 6 A) e 13 (para elo fusível de corrente nominal 200 A).
Os termos “rápido” e “lento” são utilizados apenas para indicar a rapidez relativa entre os
elos fusíveis K e T.
Os elos fusíveis de distribuição dos tipos H, K e T devem ser previstos para serem
instalados em bases e porta-fusíveis conforme as respectivas padronizações e nas condições
normais de serviço de acordo com a NBR 7282.
INSTALAÇÃO
TENSÃO NOMINAL
CONSUMIDORA
POTÊNCIA TOTAL DE
TRANSFORMADORES 13,8 kV 23,0 kV
(KVA) CHAVES ELOS CHAVES ELOS
(A) (H, K, EF) (A) (H, K, EF)
ATÉ 15 50 1H 50 ---------------
ATÉ 30 50 2H 50 2H
ATÉ 45 50 3H 50 2H
ATÉ 50 50 3H 50 2H
ATÉ 75 50 5H 50 3H
ATÉ 100 100 6K 100 5H
ATÉ 112,5 100 6K 100 5H
ATÉ 150 100 8K 100 6K
ATÉ 225 100 10 K 100 6K
ATÉ 250 100 12 K 100 8K
ATÉ 300 100 15 K 100 10 K
ATÉ 400 100 20 K 100 12 K
ATÉ 500 100 25 k 100 15 k
ATÉ 600 100 30 k 100 20 k
ATÉ 750 200 30 EF 200 20 EF
ATÉ 1000 200 40 EF 200 25 EF
ATÉ 1500 200 65 EF 200 40 EF
ATÉ 2000 200 80 EF 200 50 EF
ATÉ 2500 200 100 EF 200 65 EF
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6.4 Aterramento
O aterramento deve ser feito antes e depois do ponto de intervenção do circuito, ou seja,
os trabalhadores deverão estar entre os pontos de aterramentos e, se houver derivações do circuito,
essas também deverão ser aterradas.
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Como já foi descrito anteriormente, antes de executar o aterramento na linha, tendo já sido
executada a manobra de desligamento da energia elétrica, é necessário, também, o uso do aparelho
de detecção de tensão, a fim de prevenir acidente por causa da energização indevida.
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Esses aparelhos detectam com total segurança a presença de tensão por aproximação em
instalações elétricas de corrente alternada com condutores sem blindagens, tais como linhas de
distribuição, subestações, cubículos etc.
Sua utilização é indispensável nos serviços de manutenção em instalações elétricas, para
permitir ao eletricista, certificar-se de que o local de trabalho está desenergizado, antes de instalar
o conjunto de aterramento temporário, garantindo, assim, a execução dos serviços com total
segurança.
Antes de iniciar essa operação, verificar se todo material utilizado na manutenção foi
recolhido (instrumentos de medida, ferramentas, panos, cordas etc.). Verificar se todos os
envolvidos foram evacuados da área de manutenção e alertados sobre o início da manobra de
retirada dos aterramentos para iniciar o restabelecimento da energia.
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Isoladores limpos
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1- é adotado o valor de referência de 0,92 para o fator de potência utilizado nos cálculos das perdas
nos segmentos:
2- as cargas são consideradas distribuídas de forma equilibrada nas fases das redes do Sistema de
Distribuição em Média Tensão (SDMT).
3- são consideradas perdas adicionais de 15% sobre o montante de perdas técnicas calculadas
para as redes dos Sistemas de Distribuição em Baixa Tensão;
4- as perdas nos transformadores são baseadas nos valores normatizados pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
5- para determinação da resistência ôhmica, a temperatura de operação dos condutores elétricos é
considerada constante e igual a 55 ° C;
6- são consideradas perdas adicionais de 5% sobre o montante de perdas técnicas totais, excluindo-
se as perdas apuradas por medição, devido às perdas técnicas produzidas por efeito corona em
conexões, sistemas supervisórios, relês fotoelétricos, capacitores, transformadores de corrente e
de potencial, e por fugas de correntes em isoladores e para-raios;
7- A distribuidora deve apresentar avaliação das perdas por segmento, detalhando a metodologia
utilizada no estudo.
Energia Injetada - EI: energia ativa efetivamente recebida e medida de um agente, em megawatt-
hora (MWh);
Energia Passante - EP (i): total de energia ativa que transita no segmento (i), em megawatt-hora
(MWh);
Perdas Técnicas do Segmento - PTS (i): perdas técnicas para cada segmento, em megawatt-hora
(MWh);
Perdas Técnicas - PT: corresponde à soma das perdas técnicas de todos os segmentos, em
megawatt-hora (MWh);
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Além dos montantes em energia elétrica, deverão ser apuradas as relações percentuais, conforme
os seguintes indicadores:
Índice de Perdas Técnicas nos Segmentos – IPTS (i): percentual de perdas técnicas em relação
à energia que transita em cada segmento.
Percentagem de Perdas Técnicas – PPT: percentual de perdas técnicas em relação à energia
injetada.
Percentagem de Perdas na Distribuição – PPD: perdas totais representadas percentualmente em
relação à energia injetada.
Percentagem de Perdas Não Técnicas – PPNT: percentual de perdas não técnicas em relação à
energia injetada.
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7 Sistema Elétrico-Ferroviário
Trecho das linhas 7 Rubi / 10 Turquesa; linhas 11 Coral / 12 Safira; e linha 8 composta por:
Apresentamos, abaixo, cada parte do sistema elétrico para que se forme uma ideia do que
é o sistema de eletrificação ferroviário.
7.1 Subestação
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• O último caminho alimentará o sistema de rede aérea de tração. Para isso, deverá ser
feito outro rebaixamento de tensão para 3000V e ainda ser retificado para corrente
contínua, feito por grupos retificadores.
52 CPTM
7.1.1.2 CABINE DE SECCIONAMENTO E PARALELISMO
Local físico com disjuntores extrarrápidos, interligados na rede aérea de tração. Essas
cabines estão instaladas entre as subestações ao longo do trecho, com três finalidades:
1- proteger o sistema de alimentação contra sobrecargas na rede aérea de tração.
2- criar seccionamentos na rede aérea de tração, com objetivo de diminuir o trecho a ser desligado, quando
for necessária a intervenção da manutenção.
3- equalizar as cargas nas redes aéreas de tração, devido ao paralelismo formado pelos disjuntores.
Os trens da CPTM são elétricos e para alimentá-los, ao longo de seus 278km de linhas
férreas, existem subestações distribuídas estrategicamente, para que os trens possam circular
eficientemente, sem que haja queda de tensão ou sobrecargas no sistema elétrico. Essa extensão
de linha está dividida em trechos conforme segue abaixo:
Linha 7 – Rubi / Linha 10 – Turquesa (Jundiaí à Estação Luz – Luz a Rio Grande da Serra)
Essas linhas possuem oito Subestações e sete Cabines Seccionadoras. Das oito
Subestações, quatro são primárias, ou seja, recebem energia diretamente da concessionária
(Elektro ou Eletropaulo) e as quatro restantes são subalimentadas em 34,5kV, fornecidos pelas
subestações primárias por meio das linhas de subtransmissão existentes ao longo da via. Não
esquecendo de que nesse trecho existem as cabines de seccionamento e paralelismo entre as
subestações.
A potência total retificada que alimenta os trens nesse trecho é de 71 MVA, distribuídos
conforme tabela abaixo:
04 linhas de
Sinalização
13,2 kVca
04 linhas de
34,5 kVca 04 linhas de Tração Elétrica dos
Jaraguá
provenientes 3 kVca trens
8MVA
02 de Tietê e
02 de Caieiras
Serviços auxiliares
220Vca
internos
04 linhas de
Sinalização
13,2 kVca
02 linhas de
Caieiras
88 kVca da 04 linhas de Tração Elétrica dos
6MVA
Eletropaulo 3 kVca trens
Serviços auxiliares
220Vca
internos
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04 linhas de
Sinalização
02 linhas de 13,2 kVca
Campo Limpo 34,5 kVca
4MVA provenientes da SE 04 linhas de Tração Elétrica dos
de Fco.Morato 3 kVcc trens
Serviços auxiliares
220 Vca
internos
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Linha 11 – Coral / Linha 12 – Safira (Luz à Estação Estudantes - Brás à Estação Calmon Viana)
Essas linhas possuem oito Subestações Primárias e nove Cabines Seccionadoras, sendo
cinco da Linha 11 e quatro da Linha 12.Todas recebem energia diretamente da concessionária
Eletropaulo. A potência total retificada que alimenta os trens nesse trecho é de 68 MVA, distribuídos
conforme tabela abaixo:
CS Vila Matilde
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Futura SE Guaianazes
CS Jundiapéba
04 linhas de
4,4 kVca Sinalização
(futuro 13,2 kVca)
Brás Cubas 02 linhas de
04 linhas de Tração elétrica dos
6 MVA 88 kVca
3 kVcc trens
Bandeirante
Serviços auxiliares
220 Vca
internos
CS Estudantes
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Linha 8 – Diamante / Linha 9 - Esmeralda (Júlio Prestes à Amador Bueno – Osasco à Grajaú)
Essas linhas possuem nove Subestações Primárias e quatro Cabines Seccionadoras. Das
nove Subestações, seis são da Linha 8, e três da Linha 9, e recebem energia diretamente da
concessionária Eletropaulo em 88kV. As cabines seccionadoras são todas da Linha 8. A potência
total retificada que alimenta os trens nesse subsistema é de 59 MVA, distribuídos conforme tabela
seguinte:
Subestação Tensão de entrada Tensões de saída Finalidade
CS Júlio Prestes
02 linhas de
Sinalização
6,6 kVca
Barra Funda 02 linhas de 04 linhas de Tração elétrica dos
4 MW 88 kVca 3 kVcc trens
Eletropaulo Serviços auxiliares
220 Vca
internos
CS Lapa
02 linhas de
Sinalização
6,6 kVca
Imperatriz Leopoldina 02 linhas de 04 linhas de Tração elétrica dos
8 MVA 88 kVca 3 kVcc trens
Eletropaulo Serviços auxiliares
220 Vca
internos
CS Presidente Altino
02 linhas de
Sinalização
6,6 kVca
Osasco 02 linhas de 04 linhas de Tração elétrica dos
8 MVA 88 kVca 3 kVcc trens
Eletropaulo Serviços auxiliares
220 Vca
internos
CS Quitaúna
02 linhas de
Sinalização
6,6 kVca
Santa Terezinha 02 linhas de 04 linhas de Tração elétrica dos
8 MVA 88 kVca 3 kVcc trens
Eletropaulo Serviços auxiliares
220 Vca
internos
02 linhas de
Sinalização
6,6 kVca
Jandira 02 linhas de 04 linhas de Tração elétrica dos
8 MVA 88 kVca 3 kVcc trens
Eletropaulo Serviços auxiliares
220 Vca
Linha 8 →
internos
02 linhas de
Sinalização
6,6 kVca
Santa Rita 02 linhas de 04 linhas de Tração elétrica dos
8 MVA 88 kVca 3 kVcc trens
Eletropaulo Serviços auxiliares
220 Vca
internos
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Subestação e Cabines
62 CPTM
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Exercícios
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Quais as tensões padrões de energia que as subestações fornecem para os sistemas de:
As três finalidades das cabines seccionadoras instaladas nas linhas da CPTM, são
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Exercícios
Analisar as situações-problema, para realizar as manobras necessárias na subestação representada
no circuito da página 62.
CPTM 67
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Os transformadores acima podem ser classificados, de acordo com a tensão, em dois grupos:
68 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Transformador de Força
Exemplos:
CPTM 69
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Parte Ativa
É composta pelos enrolamentos primários e
secundários e do núcleo ferromagnético. Este
normalmente é confeccionado por chapas de ferro silício,
laminadas a frio, de reduzidas perdas.
O sistema de fixação entre enrolamento e núcleo
e destes ao tanque é sólido e seguro. Desse modo, são
garantidos os espaçamentos e posições do projeto. As
chapas magnéticas são prensadas por perfis de madeira
(transformadores até 300 kVA) ou de ferro, dando a
necessária rigidez ao conjunto e reduzindo ao mínimo os
Enrolamentos ou bobinas
ruídos.
70 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Todos os materiais empregados: papéis, papelões, isolantes, condutores, vernizes etc. são
testados rigorosamente quanto a suas características individuais quando em contato com o meio
líquido. Os condutores são isolados com papel.
Tanque
Tanque
Meio Líquido
Óleo isolante
CPTM 71
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Todo transformador embebido em óleo, equipado com conservador, possui uma válvula de
respiro em sua parte superior. Por meio dessa válvula, é realizada a compensação da variação
interna das pressões devido à expansão e à retração do óleo mineral. O ar penetrante vem
diretamente do meio externo, acompanhado de certa quantidade de umidade, a qual influirá,
desfavoravelmente, sobre o comportamento dielétrico do óleo.
Por isso, é necessária a redução da umidade a um nível mínimo, o qual é obtido por meio
do secador de ar com Silicagel. O Silicagel é composto por cristais com alta capacidade de absorção
de umidade. Na passagem do ar, na “respiração” do transformador, os cristais absorvem a umidade
e o ar que entra em contato com o óleo isolante no tanque de expansão não provocará a redução
da rigidez dielétrica do óleo. Devido à intensidade da umidade ou ao longo tempo de uso, os cristais
se saturam passando, então, do azul escuro ao azul claro desbotado. Nessa situação, o Silicagel
deverá ser substituído.
Aspecto da silicagel
72 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
CPTM 73
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Relê Buchholz
Relê Buchholz, também chamado de relê de gás ou relê de pressão súbita, é um dispositivo
de segurança montado em transformadores que possuem arrefecimento a óleo e equipados com
um reservatório superior, chamado de "conservador". Esse relê está montado entre o tanque e o
conservador e tem duas formas de atuação:
• quando há a formação de gases provenientes do aquecimento do óleo, devido a uma
sobrecarga que foi provocada por uma falha dielétrica, esses gases permanecem em
suspensão. Durante o processo de “respiração” do transformador, o óleo circula do
tanque para o conservador e vice-versa, passando sempre pelo relê, onde há uma
câmara na qual as bolhas de gás são acumuladas e, por meio de um interruptor tipo
boia, existente no relê, dispara um alarme no painel de controle da subestação.
• quando ocorre um arco elétrico de grande intensidade, devido a uma falha dielétrica na
parte interna do transformador, o óleo é superaquecido e há uma formação de gás
súbita. Dessa forma, o óleo flui rapidamente para o conservador, passando pelo relê
Buchholz. Esse deslocamento, equivalente a 1m/s de coluna de óleo, fará com que
desloque dentro do relê um mecanismo tipo boia, que acionará um interruptor e que, por
sua vez, atuará no circuito de desligamento do disjuntor que alimenta o transformador.
Tal relê, entretanto, é instalado apenas em transformadores de força, devido ao seu elevado
preço. É equipado com válvulas de retirada de amostra de gases, permitindo a análise e
identificando se os gases produzidos são inflamáveis. Sendo constatada a inflamabilidade, o
transformador deverá ser desligado imediatamente e providenciada a sua manutenção.
Relê Buchholz
74 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Termômetro do transformador
CPTM 75
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Funcionamento
A resistência de aquecimento (B) e o bulbo sensor (A2) fazem parte do sistema de imagem
térmica. Essa resistência é alimentada por uma corrente (I2) ajustada (D) e, proporcionalmente,
determinada pela corrente principal do transformador em plena carga (I1). O objetivo é ter um
incremento de temperatura (∆t) para o bulbo sensor da imagem térmica (A2) porque a temperatura
do enrolamento é sempre superior à temperatura do óleo do transformador e deve ser medida.
76 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Radiadores
As perdas dos enrolamentos e do núcleo aquecem o óleo do transformador, produzindo um
movimento ascendente. Nos radiadores, o óleo é refrigerado, tomando o movimento descendente.
Estabelece-se, então, no óleo, uma circulação por convecção.
A superfície útil dos radiadores é dimensionada, possibilitando o resfriamento do óleo.
Quando o dimensionamento dos radiadores não for suficiente, devido às condições climáticas, é
necessário que se proceda a ventilação forçada, com o uso de ventiladores manuais.
Radiadores
CPTM 77
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
TP – Transformador de Potencial
78 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Nível de Isolação (NI) – Define o nível Potência térmica - Define a maior potência
máximo de tensão de sobrecarga em um aparente que o TP pode fornecer em regime
segundo, sem afetar a isolação do permanente de tensão e frequência nominais,
transformador. sem que a temperatura afete o seu
desempenho.
Frequência (HZ) - Define a frequência padrão
utilizada. Primário – Define a tensão primária que será
ligada ao TP.
Classe de Isolamento - Define a tensão
máxima suportada pelo TP. Exatidão – Define a porcentagem para mais
ou para menos aplicada à tensão de 200V, ou
Grupo – (1) - Projetado para ser instalado seja, 1,2% de 200 = 2,4V para mais e para
entre fases. menos.
X e Y – Conexões do transformador ao
aparelho de medição (voltímetro).
CPTM 79
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
80 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
CPTM 81
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Poderá ter relação dupla, geralmente uma em dobro da outra, assim representadas: 50-
100/5A ou 25 x 50/5A. Isso significa que o transformador de corrente possui uma relação de: 50/5=10
e outra de 100/5 =20.
A ligação de uma ou de outra relação é feita no primário do TC podendo ser em série ou
em paralelo.
Os transformadores de corrente podem ter ainda dois enrolamentos secundários: um
destinado à medição e o outro à proteção.
Placa de identificação de um TC
TC – Transformador de corrente
CUIDADO
Não se deve substituir o voltímetro, no caso do TP, e nem o amperímetro, no caso do TC,
quando o circuito estiver energizado.
82 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
7.2 Seccionador
ATENÇÃO!
O seccionador não deve ser aberto com carga, exceto o fabricado para essa finalidade.
Seccionador rotativo - É constituído por uma faca, com dois contatos fixos nas
extremidades, que gira a 90° sobre um suporte isolante (isolador). Pode ser acionado
individualmente ou em conjunto de três polos por um dispositivo mecânico, comandado
manualmente ou a distância (eletricamente).
CPTM 83
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
A extinção do arco, quando da abertura ou fechamento, dá-se por dois efeitos simultâneos:
• efeito labirinto abafador;
• atmosfera neutralizante.
O arco voltaico que ocorre durante a abertura dos contatos do disjuntor percorre um labirinto
e, por um efeito termoquímico, produz um gás neutralizante que é soprado sobre o arco voltaico,
extinguindo-o. Esse efeito termoquímico é provocado pelo calor gerado pelo percurso do arco entre
as paredes da câmara de extinção, visto que elas são confeccionadas de material termoplástico
especial responsável pelo efeito.
O sistema de abertura e fechamento dos contatos elétricos principais é provido de molas e
trabalha com energia armazenada, o que torna o ato de operação do interruptor rápido e sem
dependência do grau de força empregada pelo operador como no caso de comandos
manuais.
O interruptor tripolar pode ser constituído com ou sem base para fusível, com mecanismo
de abertura automática por meio da queima de fusíveis.
Interruptor de média tensão para uso interno, tripolar, manobra com carga, sem base para fusíveis.
Utiliza isoladores de resina epóxi, disponíveis somente para acionamento a estribo. Poder de corte
90 A.
84 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
7.3 Disjuntor
CPTM 85
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
É o disjuntor em que os contatos principais operam imersos em óleo isolante. Esse óleo
serve tanto para extinção de arco como para isolar as partes energizadas dos contatos com o tanque
ou com a carcaça do disjuntor.
A rigidez dielétrica do óleo é a responsável pela extinção do arco voltaico. Porém, a cada
abertura dos contatos ocorre a decomposição do óleo, provocada pela temperatura do arco voltaico,
que resulta nos seguintes elementos: hidrogênio (66%); acetileno (17%); metano (9%); outros gases
(8%). A proporção de cada elemento depende de cada tipo de óleo usado.
Esse tipo de disjuntor representa uma evolução por projetar uma câmara de extinção com
fluxo forçado de óleo sobre o arco voltaico. Aumenta a eficiência do processo de interrupção da
corrente e diminui, consideravelmente, o volume de óleo no disjuntor. O desenho esquemático
abaixo mostra um corte da câmara de extinção do arco.
86 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
CPTM 87
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
88 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Características:
• peso reduzido, cerca de 60% menor que o disjuntor a óleo equivalente;
• diminuição dos esforços na fundação , o que, combinado com a mínima energia
transferida, torna sua construção mais econômica;
• operação silenciosa;
• manutenção simplificada; ( a câmara de extinção pode ser removida convenientemente
ao nível do solo para inspeção e manutenção)
• gás SF6 com desprezível decomposição, assegurando longa vida para a isolação e o
meio interruptor, sendo inerte e com excelentes propriedades interruptoras;
• apenas 2 - 3 atmosferas (15 - 30 psi) de pressão, o poder dielétrico do SF6 excede o ar
ou o óleo;
• excelentes propriedades desse gás permitem o uso de um tanque com uma mínima
distância entre as partes eletrizadas e o ponto de aterramento;
• capacidade de extinguir o arco mesmo em baixa velocidade de abertura dos contatos.
CPTM 89
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Disjuntor a vácuo
É utilizado em circuitos de média tensão. Suas vantagens vão além de ser um sistema
tecnicamente superior, pois no vácuo não há a formação de arco voltaico, o que possibilita um menor
espaço de abertura entre os contatos. O deslocamento (curso) desse contato é bem modesto, da
ordem de 8mm a 12 mm, para tensões de até 17,5 kV; de 13mm a 18mm, para tensão de 24 kV e
de 16mm a 18mm para tensão de 36kV.
Características:
• dielétrico permanente: no vácuo não há decomposição de gases e as câmaras fechadas
hermeticamente eliminam os efeitos do meio ambiente;
• resistência de contato constante: no vácuo não ocorre oxidação dos contatos, garantindo
uma resistência de contatos muito baixa durante todo seu funcionamento;
• elevada corrente total interrompida: devido ao reduzido desgaste de contatos, é possível
interromper, por exemplo, até trinta mil vezes a corrente nominal ou, em média, cem
vezes a corrente de interrupção de curto circuito.
90 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Atualmente estão sendo disponibilizados no mercado disjuntores para alta tensão de até
no máximo 145kV. Apesar das vantagens, o desenvolvimento de disjuntores a vácuo para alta
tensão permanece na dependência de avanços tecnológicos que permitam compatibilizar, em
termos econômicos, o aumento das tensões e correntes nominais das câmaras a vácuo e a redução
de seus volume e peso.
Disjuntor Extrarrápido
É um tipo de disjuntor específico para aplicação em corrente contínua (CC), de alta
velocidade de abertura de seus contatos, em comparação com os disjuntores de corrente alternada
(CA).
Os efeitos do arco voltaico produzidos em CC são muito mais severos em comparação com
o arco voltaico produzido em CA. Quanto mais rápido for a abertura dos contatos do disjuntor,
menores serão os prejuízos produzidos aos seus contatos.
Características:
• uso exclusivo em CC;
• atuação de abertura super-rápida:
• meio extintor é o ar interno da câmara de extinção ou abafador de arco com sopro
magnético;
• construção robusta;
• baixa manutenção mecânica.
CPTM 91
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Esses disjuntores estão instalados nas saídas dos conjuntos retificadores que alimentam o
barramento de 3kVcc da subestação e nas saídas de energia das subestações que alimentam a
rede aérea de tração para alimentação dos TUEs.
São os dispositivos de proteção de energia da rede aérea de tração. Qualquer surto
ocorrido ao longo da via, provocado por defeitos nos motores de tração dos trens, curto circuitos por
queda da rede aérea, vandalismo na rede aérea, promoverá a abertura dos disjuntores dos circuitos
afetados e, consequentemente, o corte da energia elétrica.
Por isso, é importante a manutenção periódica desses equipamentos e a sua regulagem de
acordo com o nível de corrente próprio para aquele trecho ou circuito a ser protegido.
Disjuntor extrarrápido
92 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
7.4 Retificador
O sistema de alimentação dos trens da CPTM é feito em corrente contínua de 3kV. Para se
conseguir esse tipo de alimentação, as subestações adequam o nível de tensão e o retifica.
Existem várias formas de adequar e retificar a tensão. A ideia é de se fazer isso de tal forma
que possamos ter o melhor aproveitamento com relação ao custo/benefício e eficiência (produzir
menores efeitos indesejáveis para o sistema). Retificador de número de pulsos de ordem mais alta
pode ser formado a partir do uso de pontes retificadoras de seis pulsos, como bloco construtivo.
Para se conseguir um retificador de doze pulsos, são utilizados dois blocos retificadores de seis
pulsos com uma defasagem de 30º elétricos entre eles. Isso fará com que um bloco preencha os
vales entre os picos do outro bloco.
O uso do número de pulsos mais altos está relacionado à redução das correntes
harmônicas que o retificador injeta na rede de energia CA, pois quanto maior a frequência, menor
será a amplitude do sinal harmônico gerado. Por exemplo, um retificador de doze pulsos tem
distorção harmônica total de corrente (THD = Total Harmonic Distortion) de aproximadamente 13%,
enquanto um retificador de seis pulsos tem THD de corrente de 35%.
Outro benefício é uma menor ondulação na tensão de saída CC, fazendo com que a
retificação seja menos oscilante, ou seja, menor ripple. Isso contribui para que a etapa de filtragem
(banco capacitivo) seja bem menor, ou, em alguns casos, sem necessidade, reduzindo o custo do
equipamento.
Retificador hexafásico pode ser obtido pela associação em série ou paralelo de dois
retificadores trifásicos. São alimentados por duas alimentações trifásicas CA defasadas entre si. Há
três situações em que são feitas tais associações de retificadores:
• uma associação série, normalmente empregada em situações em que se deseja uma tensão
de saída elevada, que não poderia ser obtida com um retificador único;
• uma associação em paralelo, feita quando a carga exige uma corrente que não poderia ser
fornecida por um único retificador;
• em ambos os casos, em que se deseja reduzir o conteúdo harmônico da corrente drenada
da rede, conforme o gráfico a seguir.
CPTM 93
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
94 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜 3𝑥𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜
𝑉𝑒𝑓 = = 𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜 = 𝑉𝑒𝑓 𝑥 √2 𝑒 𝑉𝑚𝑒𝑑 =
√2 𝜋
3𝑥√2 𝑥 𝑉𝑒𝑓
𝑉𝑚𝑒𝑑 =
𝜋
CPTM 95
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Como o próprio nome diz, são equipamentos que filtram as harmônicas geradas pelos
equipamentos de retificação da subestação e pelos motores dos trens.
Harmônicas são frequências múltiplas da frequência fundamental (a frequência original).
Por exemplo, se a frequência fundamental for 60 Hz (frequência da rede no Brasil), a 2ª harmônica
é 120 Hz, a 3ª é 180 Hz e assim por diante.
96 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Se uma tensão alternada senoidal de frequência igual a 60 Hz for aplicada a uma carga
linear, não haverá produção de harmônicas; mas, se for aplicada a uma carga não linear, surgirão
harmônicas. Sendo assim, um sinal senoidal pode ser formado pela soma de harmônicas da
frequência fundamental.
Em condições normais (sem harmônicas) a frequência das correntes que atravessam um
sistema elétrico é a fundamental. Se houver harmônicas, também estas, além da fundamental,
atravessam a rede. Sabe-se que, com exceção dos resistores, todos os componentes elétricos e
eletrônicos são influenciados pela frequência. Por exemplo, a reatância de uma bobina depende da
CPTM 97
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
As harmônicas podem produzir aquecimento dos condutores. Nos motores provocam ainda
vibrações excessivas. Nos transformadores, produzem alterações nos valores das tensões e ruídos
derivados de vibrações, além de aquecimentos por efeito Joule e por correntes de Foucault. Em
equipamentos de áudio podem produzir distorções sonoras e em equipamentos de vídeo, distorções
de imagem. Os aparelhos de proteção (fusíveis e disjuntores) podem atuar erroneamente. Os
aparelhos de medida podem fornecer medidas incorretas.
Nas redes trifásicas encontram-se principalmente as harmônicas ímpares e, com maior
valor, a terceira harmônica.
Na figura seguinte, podemos ver a influência da 3ª harmônica adicionada à fundamental.
98 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Filtro de Harmônicas
7.6 Para-raios
CPTM 99
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Esses para-raios são fabricados de tal modo que os elementos de óxido de zinco (ZnO)
fiquem centralizados internamente no invólucro de porcelana, com a finalidade de minimizar os
efeitos de distribuição não uniforme de campo elétrico e de ionização interna. São incorporados
mecanismos de alívio de sobrepressão para evitar a fragmentação ou a explosão violenta dos para-
raios, em caso de uma eventual falha seguida da passagem da corrente de surto. Geralmente, os
para-raios com invólucros de porcelana, classe estação, apresentam distâncias de escoamento de
20 mm / kV.
100 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
O sistema de proteção contra surtos deve trabalhar 24 horas por dia pois, a qualquer
momento, pode ocorrer um raio ou uma sobretensão.
Esse dispositivo registra as descargas atmosféricas ou sobretensões que ocorrerem,
permitindo se tomar ações especiais para a segurança das pessoas e das instalações.
Registra as ocorrências entre 1KA (8/20µS) e 100KA (10/350µS) auxiliando as
manutenções preventivas. É possível verificar em qualquer momento se um raio atingiu o seu
sistema de proteção pelo visor. O contador possui proteção IP65 podendo ser instalado tanto em
ambientes internos como externos.
Sua instalação é feita na saída de Terra do para-raios.
CPTM 101
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
7.8 Relê
Tem por finalidade controlar as cargas em um circuito elétrico e dar proteção ao sistema
elétrico. É um dispositivo sensível e de precisão, devendo-se manuseá-lo com cuidado, pois é
fundamental para o perfeito funcionamento dos equipamentos que ele protege. Não somente limita
ao mínimo as paradas da SE mas, em caso de anomalias, também indica o local do ocorrido,
desligando a corrente elétrica e dando alarme do defeito.
102 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Nr Denominação
1 Elemento Principal
2 Relê de partida ou fechamento temporizado
3 Relê de verificação ou interbloqueio
4 Contator principal
5 Dispositivo de interrupção
6 Disjuntor de partida
7 Relê de taxa de variação
8 Dispositivo de desligamento da energia de controle
9 Dispositivo de reversão
10 Chave comutadora de sequência das unidades
11 Dispositivo multifunção
12 Dispositivo de sobrevelocidade
13 Dispositivo de rotação síncrona
14 Dispositivo de subvelocidade
15 Dispositivo de ajuste ou comparação de velocidade e/ou frequência
16 Dispositivo de comunicação de dados
17 Chave de derivação ou descarga
18 Dispositivo de aceleração ou desaceleração
19 Contator de transição partida-marcha
20 Válvula operada eletricamente
21 Relê de distância
22 Disjuntor equalizador
23 Dispositivo de controle de temperatura
24 Relê de sobreexcitação ou Volts por Hertz
25 Relê de verificação de Sincronismo ou Sincronização
26 Dispositivo térmico do equipamento
27 Relê de subtensão
28 Detector de chama
29 Contator de isolamento
30 Relê anunciador
31 Dispositivo de excitação
32 Relê direcional de potência
33 Chave de posicionamento
34 Dispositivo master de sequência
35 Dispositivo para operação das escovas ou curto-circuitar anéis coletores
36 Dispositivo de polaridade ou polarização
37 Relê de subcorrente ou subpotência
38 Dispositivo de proteção de mancal
39 Monitor de condições mecânicas
40 Relê de perda de excitação ou relê de perda de campo
41 Disjuntor ou chave de campo
42 Disjuntor / chave de operação normal
43 Dispositivo de transferência ou seleção manual
44 Relê de sequência de partida
45 Monitor de condições atmosféricas
46 Relê de reversão ou desbalanceamento de corrente
47 Relê de reversão ou desbalanceamento de tensão
48 Relê de sequência incompleta / partida longa
49 Relê térmico
50 Relê de sobrecorrente instantâneo
51 Relê de sobrecorrente temporizado
52 Disjuntor de corrente alternada
53 Relê para excitatriz ou gerador CC
54 Dispositivo de acoplamento
55 Relê de fator de potência
56 Relê de aplicação de campo
57 Dispositivo de aterramento ou curto-circuito
CPTM 103
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Nr Denominação
58 Relê de falha de retificação
59 Relê de sobretensão
60 Relê de balanço de corrente ou tensão
61 Sensor de densidade
62 Relê temporizador
63 Relê de pressão de gás (Buchholz)
64 Relê detetor de terra
65 Regulador
66 Relê de supervisão do número de partidas
67 Relê direcional de sobrecorrente
68 Relê de bloqueio por oscilação de potência
69 Dispositivo de controle permissivo
70 Reostato
71 Dispositivo de detecção de nível
72 Disjuntor de corrente contínua
73 Contator de resistência de carga
74 Relê de alarme
75 Mecanismo de mudança de posição
76 Relê de sobrecorrente CC
77 Dispositivo de telemedição
78 Relê de medição de ângulo de fase / proteção contra falta de sincronismo
79 Relê de religamento
80 Chave de fluxo
81 Relê de frequência (sub ou sobre)
82 Relê de religamento de carga de CC
83 Relê de seleção / transferência automática
84 Mecanismo de operação
85 Relê receptor de sinal de telecomunicação (teleproteção)
86 Relê auxiliar de bloqueio
87 Relê de proteção diferencial
88 Motor auxiliar ou motor gerador
89 Chave seccionadora
90 Dispositivo de regulação (regulador de tensão)
91 Relê direcional de tensão
92 Relê direcional de tensão e potência
93 Contator de variação de campo
94 Relê de desligamento
95 Usado para aplicações específicas
96 Relê auxiliar de bloqueio de barra
97 a 99 Usado para aplicações específicas
150 Indicador de falta à terra
Opera com uma característica de tempo definida ou com uma característica de tempo inverso
quando a corrente ultrapassa o valor prefixado, em circuito de corrente alternada.
59 - Relês de sobretensão
104 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
64 - Relês de desligamento
68 - Relê de bloqueio
É um dispositivo que, sob condições determinadas, fornece o sinal piloto para bloqueio da
abertura de equipamentos de uma linha de transmissão, no caso de faltas externas na linha ou
em outros equipamentos ou, ainda, trabalha em conjunto com outros dispositivos para bloquear
a abertura ou o religamento de algum equipamento, no caso de ausência de sincronismo ou
oscilação de potência.
87 - Relê diferencial
89 - Seccionador de carga
CPTM 105
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
7.9.1 SACA
7.9.2 SACC
106 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
CPTM 107
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
108 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
8 Manutenção de Subestações e
Cabines Primárias
Para o bom funcionamento dos equipamentos das subestações e das cabines primárias e
para que não haja interrupção do fornecimento de energia elétrica para o sistema elétrico-ferroviário,
é necessário que, regularmente, sejam feitas as manutenções preventivas e preditivas segundo o
plano de manutenção adotado.
Este plano deve estar em conformidade com a Resolução Normativa Nº 669 de 14 de julho
de 2015 da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL – (ANEXO A Pg.135) que regulamenta
os requisitos mínimos de manutenção e o monitoramento da manutenção de instalações de
transmissão de energia elétrica de rede básica.
Essas manutenções serão fiscalizadas pelo responsável técnico e as mesmas deverão ser
relatadas em forma de Ordem de Serviço (OS). Essa OS deverá estar de acordo com o modelo
adotado pela companhia, para que haja a devida documentação e controle.
CPTM 109
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Além da utilização de EPIs, devem ser tomadas algumas medidas de controle para se minimizar
ainda mais o nível de risco:
Lembrete
A eletricidade é invisível, um erro poderá ser fatal para você e/ou para as outras pessoas.
110 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
CPTM 111
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
112 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
São circuitos aéreos que transportam energia elétrica mantida pelas SE (subestação) e
CSS (Cabine seccionadora). Alimentam as máquinas e as unidades elétricas (TUE'S), em qualquer
ponto do trecho eletrificado em que se encontrem.
CPTM 113
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
9.1.2 Isolador
a) Isolador de discos
Pode ser fabricado em porcelana, vidro ou polimérico. Apresenta uma campânula de metal e é
utilizado na suspensão dos cabos mensageiros, nos encabeçamentos e nos cabos puxadores
horizontais.
114 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
b) Isolador de pedestal
c) Isolador de secção
CPTM 115
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
d) Espaçador isolado
É fabricado em porcelana, vidro ou polimérico, com haste de ferro galvanizado. Sua aplicação se
faz necessária em gaps para individualização de dois trechos de um mesmo circuito.
9.1.3 Catenária
a) Condutores diretos
São o cabo mensageiro, o cabo alimentador e o fio de contato que compõem a parte do
circuito responsável pela distribuição de energia às unidades elétricas.
Cabo Mensageiro
É um condutor elétrico de cobre responsável por receber toda a energia retificada (3kVcc)
pela subestação e a distribuir ao longo da linha ferroviária. Além de transportar a energia elétrica, é
responsável, também, pela sustentação mecânica do fio de contato. Possui uma secção transversal
de 253mm2.
Cabo alimentador
É um condutor elétrico de cobre responsável por transferir a energia elétrica do cabo
mensageiro para o fio de contato ou trolley. A distância entre os pontos de instalação deve ser de
60m, a fim de possibilitar a transferência da energia elétrica de forma eficiente.
116 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Condutor elétrico de cobre com ranhuras laterais que possibilitam sua fixação ao
mensageiro por meio de garras conectadas aos suspensórios permitindo que sua área livre de
contato ocorra sem danificar o pantógrafo.
Nos circuitos principais de rede aérea de tração, o fio de contato possui secção nominal de
107 mm nas linhas “8 Diamante/ 9 Esmeralda” e “11 Coral/ 12 Safira”, e de 180mm2 nas linhas “7
2
Rubi / 10 Turquesa”.
O fio de contato fica a uma altura entre 4,8m e 5,5m do trilho, estando as medidas menores
nas entradas de túneis e cruzamentos com viadutos.
A manutenção dessas medidas é necessária, tendo em vista a circulação de determinadas
composições, cuja altura máxima em referência ao trilho, excede as medidas normais das
composições em circulação diária.
Observação:
1m de fio de contato de secção 180mm² = 1,6kg
1m de cabo mensageiro de secção 240mm² = 3,5kg
b) Condutores indiretos
São as selas, garras paralelas, suspensórios, conjunto estabilizador e cabos puxadores.
Além de transportar energia, é responsável também pela sustentação mecânica do fio de contato,
mantendo-o na sua posição correta de serviço.
O condutor indireto utilizado nos circuitos principais de circulação dos trens metropolitanos
é de cobre com secção transversal 253mm2.
CPTM 117
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Sela
Garras paralelas
Suspensório
Além de servir para sustentação do fio de contato, serve também para o seu nivelamento.
Possui tamanhos variáveis, em função da sua posição na catenária e do tamanho dos vãos entre os
postes. Sua fixação ao fio de contato é feita por meio de uma garra (castanha) e ele é alçado no
cabo mensageiro, protegido por uma luva (sela).
O suspensório é confeccionado nas oficinas de manutenção da rede aérea, utilizando fio
de cobre nu com secção nominal de 25mm2.
118 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
9.2.1 Seccionamento
CPTM 119
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Chave seccionadora
120 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
A poligonação deve ser mantida entre os limites prescritos de +25cm e -25cm padrão e +20
e -20cm, nos trechos em linha reta e em curvas de raio superior a 300m. Em curvas de médio e
pequeno raios (300m a 200m) a poligonação poderá atingir os 30cm.
Nas curvas, a poligonação deverá ser rigorosamente observada. Caso contrário, ocorrerá
a saída do fio de contato da canoa do pantógrafo e o consequente rompimento da rede aérea e a
destruição do pantógrafo.
É a altura entre o fio de contato e a superfície do boleto do trilho. Seu limite é de 4,80m a
5,50m. Os pontos com menor altura localizam-se em cruzamentos com viadutos, entradas de túneis
e obstáculos semelhantes.
Esses limites devem ser mantidos e as medidas sempre controladas. No caso de redução
de altura do fio de contato (túneis e viadutos) será, no máximo, de 70 cm de descida ou de subida
feita num trecho de 350 metros.
Nessa proporção, para um lance ou vão de 50 metros a redução (ou aumento) da altura
será de 10cm e, para um vão de 60 metros, de 12cm.
CPTM 121
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
O fio de contato deverá ter a superfície de contato (parte inferior) sem asperezas, riscos,
sulcos ou deformações.
Essas imperfeições podem ser causadas por acionamento do pantógrafo com carga; por
curtos-circuitos internos no motor de tração ou, ainda, por imperfeições na via que poderão
ocasionar o afastamento do pantógrafo do fio de contato produzindo o arco voltaico.
É muito importante que seja feita uma manutenção constante das lâminas coletoras dos
pantógrafos, que não devem apresentar bordas cortantes, ou covas transversais e devem sempre
conservar o produto lubrificante indispensável à diminuição do atrito entre as lâminas e o fio de
contato.
Os pantógrafos das unidades motrizes exercem contra o fio de contato uma força variável
entre 8 e 11 kg, o que justifica o cuidado a ser tomado com sua manutenção.
O desgaste do fio de contato se apresenta diferente de ponto a ponto do mesmo lance de
rede aérea devido, principalmente, às razões abaixo mencionadas:
• irregularidades na instalação do fio de contato;
• irregularidade dos pantógrafos (ranhuras, asperezas etc.);
• centelhamento provocado pelo afastamento do pantógrafo.
Examinando um lance de rede aérea, pode-se observar que o maior desgaste do fio de
contato se verifica em correspondência dos jumpers CM-FC e nas proximidades das suspensões,
pois nesses pontos a flexibilidade é menor.
Importante observar também que, com temperaturas do cobre acima de 40ºC e abaixo das
suspensões, o fio forma uma curva com o vértice dirigido para o alto, o que resulta num desgaste
maior nos pontos imediatamente posteriores à suspensão.
Com temperaturas do cobre abaixo de 20°C acontece o contrário; o maior atrito e o maior
desgaste se manifestam nos pontos imediatamente anteriores à suspensão.
Apresentamos a seguir um quadro demonstrativo do desgaste do fio de contato em relação
à diminuição de sua espessura vertical.
122 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Para a verificação do desgaste do fio de contato usa-se um calibrador fixo com duas ou
mais bocas, cujas aberturas correspondem às medidas de espessura do fio de contato.
Tomando como exemplo demonstrativo um calibrador de duas bocas, estas deverão ter as
medidas de 8,5mm e 8,0mm.
Tenta-se introduzir lateralmente ao fio de contato a boca de 8,5mm de abertura. Se o fio
não entrar, ainda está em boas condições. Se o fio entrar na boca de 8,5mm e não entrar na boca
de 8,0mm deve ficar em observação, pois se encontra perto do limite máximo admissível de
desgaste. Se o fio entrar na boca de 8,0mm deverá ser prontamente substituído.
É aconselhável intensificar os cuidados de controle nos trechos de fio de contato não
paralelos ao plano dos trilhos. Nos trechos em curva (desgaste lateral não simétrico), nos trechos
de linha com rampa acentuada (maior transmissão de corrente) nas proximidades dos jumpers e
pontos de alimentação.
O cabo mensageiro deve ser examinado por toda a sua extensão com a finalidade de se
descobrir eventuais rupturas de um ou mais de seus fios componentes (tentos) e os pontos recozidos
por excessos de carga. Esses pontos são caracterizados pela coloração diferente do material.
RECOZIMENTO
O recozimento é causado pelo mau contato das conexões de alimentação de energia. Esse
mau contato provoca o aquecimento do condutor elétrico pela passagem da corrente elétrica.
Um cabo recozido se apresenta com coloração bem mais avermelhada do que a de um
cabo em perfeitas condições e perde suas propriedades mecânicas, sofrendo sensíveis
alongamentos em consequência do próprio peso da rede e de suas oscilações, podendo chegar à
ruptura. Devido à probabilidade da ruptura da rede aérea, principalmente no inverno, quando o
tensionamento é aumentado, é necessário que se proceda a substituição do cabo recozido.
VERIFICAÇÃO DO TENSIONAMENTO
CPTM 123
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
( a b)
A flecha é dada pela expressão F c .
2
Admitimos que as medições efetuadas sejam as seguintes:
a=7,07m
b=7,15m
c=5,70m
7,07 7,15
F 5,70 F 7,11 5,70 1,41m
2
Q L2
T , onde:
8f
T = tensionamento do cabo carregado a uma determinada temperatura
Q = peso da linha por quilo no lance
f = flecha
O peso do metro de rede é obtido somando-se o peso de todos os cabos, fios, garra e
acessórios; dividindo-se esse peso total pelo comprimento do lance será obtido o peso do quilo por
metro, que no exemplo dado, será de 3,5Kg/m.
124 CPTM
TENSIONAMENTo DO CABO MENSAGEIRO PRINCIPAL TENSIONAMENTO DO CABO MENSAGEIRO PRINCIPAL
TENSIONAMENTO DO FIO TROLLEY EM FUNÇÃO DA
(SEM CARGA) EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA VÃO (COM CARGA) EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA VÃO
TEMPERATURA
EOUIVALENTE= 60M. EQUIVALENTE = 60M
GRAUS TENSÃO EM GRAUS TENSÃO EM GRAUS TENSÃO EM GRAUS TENSÃO EM GRAUS TENSÃO EM GRAUS TENSÃO EM
°C QUILOS °C QUILOS °C QUILOS °C QUILOS °C QUILOS °C QUILOS
CPTM
13 1000 39 622 13 1511 39 1277 13 1420 39 610
14 990 40 818 14 1502 40 1258 14 1390 40 580
15 980 41 812 15 1493 15 1357 41 547
16 973 42 806 16 1484 16 1325 42 515
17 965 43 800 17 1475 17 1292 43 482
18 923 44 795 18 1466 18 1260 44 450
19 953 45 790 19 1457 19 1230 45 417
20 947 46 786 20 1448 20 1200 46 385
21 938 47 782 21 1439 21 1170 47 355
22 929 48 778 22 1430 22 1140 48 325
23 920 49 774 23 1421 23 1107 49 292
24 911 50 770 24 1412 24 1075 50 260
25 932 25 1403 25 1045
Tabela para Tensionamento do Trolley e Mensageiro Principal
125
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
c) Desgaste do cabo mensageiro por fricção nos pontos em que os suspensórios tenham
escapado da luva de proteção (selote)
Neste caso, deve-se proceder de acordo com o descrito no item anterior. É aconselhável,
caso seja feita uma emenda, protegê-la com um pedaço do mesmo cabo e duas garras
paralelas. Esse esforço tem a finalidade de diminuir a resistência elétrica da emenda.
Se a lesão do cabo for muito séria (item b), deverá ser feita uma bandagem (proteção
por enrolamento de fio) no ponto avariado e a resistência mecânica do cabo deverá ser
melhorada por meio de um reforço no cabo presilhado, abrangendo as duas extremidades da
bandagem. Em qualquer dos casos não deverá ser omitida a prévia limpeza do cabo pelas
razões já descritas anteriormente.
126 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
h) Corte de cabos
Após definir o lugar do corte, dois ou três centímetros à esquerda e à direita deste ponto,
deve ser efetuada uma pequena bandagem de arame de amarração com um mínimo de duas
voltas. Essas bandagens agem como abraçadeiras de aperto circular e evitam que, durante e
após a execução do corte, os tentos do cabo venham a se desenrolar. Esse procedimento deve
também ser adotado para o armazenamento de restos de bobinas de cabo ou pequenos
segmentos a serem utilizados na fabricação de jumpers.
CPTM 127
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
As garras paralelas do Tipo CM/CM e CM/FC, pelo menos uma vez por ano, deverão ser
abertas para verificação da ocorrência de lesões causadas por superaquecimento.
Se forem julgadas em boas condições, deverão ser retiradas, escovadas, limpas e
recolocadas em seus lugares. Caso seja necessário substituí-las, utilizar garras já revisadas ou
novas.
9.4.2 Suspensórios
9.4.4 Isoladores
Os isoladores deverão sofrer um exame visual e de percussão, para que se possa constatar
sua integridade total.
128 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
• picotar o poste até remover todas as partes do concreto não aderentes ao ferro ou que se
apresentam deterioradas;
• escovar cuidadosamente a ferragem, nunca aplicando tintas, pois estas impedirão a aderência
do concreto;
• aplicar nas partes atingidas o composto COLMA-FIX e em seguida chapiscar as mesmas;
• aplicar o reboco e o acabamento final;
• pintar o poste com tinta à base de cimento.
CPTM 129
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
A manutenção dos cabos alimentadores nus deve ser praticada nos mesmos moldes da
manutenção dos cabos mensageiros, ou seja:
130 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Quando um desligamento for realizado num sistema de AT, é essencial que seja feita uma
programação prévia e uma lista dos procedimentos a serem executados, para assegurar que o
desligamento será feito corretamente, exceto nos casos de desligamento de rotina (motores, por
exemplo) ou em emergências. Tal programação deve receber aprovação do engenheiro responsável
que autorizará o desligamento. Somente um desligamento de emergência pode ser feito sem o
prévio consentimento do engenheiro responsável, porém suas causas devem ser informadas assim
que possível.
Os responsáveis por todos os subsistemas ou redes cujo fornecimento de energia seja
afetado pelo desligamento a ser efetuado devem ser comunicados com antecedência.
Essa permissão deverá ser visada pelo engenheiro responsável antes do início de qualquer
manobra e após o encerramento dos serviços.
CPTM 131
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Após a realização de uma operação de emergência, deverá ser emitida uma permissão
idêntica à anterior, porém com a indicação de operação de emergência não devendo faltar as
informações dos serviços executados e motivos dessa operação.
É muito importante, quando houver possibilidade, indicar quais os relês e disjuntores que
operaram automaticamente.
Em caso de curto-circuito indicar o local da ocorrência e quais as medidas adotadas para
sua eliminação.
132 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Referências
ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)- Empreendimentos em Operação -
<http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoCapacidadeBrasil.asp>
CPTM 133
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
134 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
ANEXO A
Manutenção Preditiva
• inspeções visuais;
• inspeções termográficas nos equipamentos e em suas conexões;
• ensaios do óleo isolante dos equipamentos.
As inspeções visuais devem ser realizadas regularmente visando verificar o estado geral
de conservação da subestação, incluindo a limpeza dos equipamentos, a qualidade da iluminação
do pátio e a adequação dos itens de segurança (por exemplo, extintores e sinalização). Durante as
inspeções visuais devem ser verificados, entre outras coisas, a existência de vazamentos de óleo
nos equipamentos e de ferrugem e corrosão em equipamentos e estruturas metálicas, a existência
de vibração e ruídos anormais, o nível de óleo dos principais equipamentos e o estado de
conservação dos armários e canaletas e as condições dos aterramentos.
CPTM 135
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
136 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Tabela 1
Atividade Periodicidade máxima (meses)
Análise de gases dissolvidos no óleo isolante 6
Ensaio físico-químico do óleo isolante 12
Manutenção preventiva periódica 72
Reatores
A análise dos gases dissolvidos e o ensaio físico-químico do óleo isolante devem ser
realizados conforme as normas técnicas específicas e com a periodicidade definida na Tabela 2.
A manutenção preventiva periódica de reatores deve ser repetida em período igual ou
inferior a seis anos, com a realização, no mínimo, das seguintes atividades:
• inspeção do estado geral de conservação: limpeza, pintura e corrosão nas partes metálicas;
• verificação da existência de vazamentos de óleo isolante;
• verificação do estado de conservação das vedações;
• verificação do nível do óleo isolante do tanque principal;
• verificação do aterramento do tanque principal;
• verificação do funcionamento do relê gás, do relê de fluxo e da válvula de alívio de pressão do
tanque principal;
• verificação do estado de saturação do material secante utilizado na preservação do óleo isolante;
• verificação do estado de conservação das bolsas e membranas do conservador;
CPTM 137
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Tabela 2
Capacitores
Os capacitores devem ser inspecionados, no mínimo, a cada dois anos, quando devem ser
realizadas as seguintes atividades:
• inspeção do estado geral de conservação: limpeza, pintura e incrustações;
• inspeção geral das conexões e verificação da existência de vazamentos e deformações;
• ensaios de medição da capacitância;
• no caso de compensadores paralelos estáticos ou compensadores série variáveis, verificação
dos filtros indutivos e/ou módulos de tiristores;
• medição da corrente de desbalanço e substituição, quando necessário, dos elementos
capacitivos internos danificados;
• reaperto de conexões e substituição de componentes, quando necessário.
138 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Disjuntor
CPTM 139
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Tabela 3
Disjuntor Periodicidade Máxima da Manutenção
Preventiva (meses)
Ar comprimido 72
GVO 36
PVO 36
SF6 – acionamento a mola 72
SF6 – acionamento pneumático 72
SF6 – acionamento hidráulico 72
140 CPTM
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Linhas de Transmissão
A inspeção terrestre e a inspeção aérea devem ser realizadas, no mínimo, a cada doze
meses e em períodos não coincidentes, preferencialmente intercaladas a cada seis meses (antes
do início do período chuvoso e antes do início do período de queimadas).
Nas inspeções terrestres deverão ser verificados: o estado geral da linha de transmissão,
a estabilidade das bases das estruturas quanto a erosões e desbarrancamentos, a situação dos
estais, a situação dos aterramentos (contrapesos), a situação dos acessos até as estruturas, a
proximidade da vegetação aos cabos, a possibilidade de queimadas e a possibilidade de invasão
da faixa de servidão.
Nas inspeções aéreas deverão ser verificados: o estado geral da linha de transmissão, a
integridade das cadeias de isoladores, a verificação de pontos quentes, a integridade dos cabos
para-raios, a estabilidade das estruturas, a aproximação da vegetação aos cabos e a possibilidade
de queimadas.
A partir dos resultados das inspeções terrestres e aéreas regulares deve ser avaliada a
necessidade de inspeções terrestres detalhadas com escalada de estruturas, inspeções
termográficas, inspeções noturnas para observação de centelhamento em isolamentos ou de
inspeções específicas para identificação de defeitos (oxidação de grelhas, estado de parafusos de
sustentação de cadeias, danificação de condutores internos a grampos de suspensão ou
espaçadores, danificação de isoladores de pedestal, etc.).
Devem ser realizadas inspeções adicionais nas áreas com risco potencial de vandalismo
(trechos urbanos com alta concentração demográfica), áreas de implantação industrial (com alta
concentração de poluentes) e áreas junto ao litoral.
CPTM 141
Manutenção de Sistemas de Alta Tensão
Nos relatórios de inspeção de linhas de transmissão deve constar registro fotográfico dos
pontos relevantes que permita a verificação da limpeza da faixa de servidão e do tipo e altura da
vegetação circunvizinha. Devem ser registradas a data e a hora das fotografias e as coordenadas
geográficas dos pontos em que elas foram tiradas.
As concessionárias deverão manter cadastro atualizado das linhas de transmissão,
contendo as restrições ambientais, o tipo de arborização existente sob as linhas e as periodicidades
de podas e roçadas recomendadas.
142 CPTM