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Projeto Pedagógico - Tema: Vencendo a dengue.

Disciplina: Multidisciplinar

Professora: Lila Léa C. C. Chaves.

Apresentação:

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização


Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem
anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de
550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da
dengue.

Em nosso país, as condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti


possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o avanço da
doença. Essa reintrodução não conseguiu ser controlada com os métodos
tradicionalmente empregados no combate às doenças transmitidas por vetores em nosso
país e no continente. Programas essencialmente centrados no combate químico, com
baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, sem integração
intersetorial e com pequena utilização do instrumental epidemiológico mostraram-se
incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente
criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos.

Diante do exposto, vale ressaltar que, o número cada vez mais alarmante de casos de
dengue na cidade de Caxias-Ma traz preocupações a todos por ser crescente a
possibilidade de uma epidemia da dengue.

Apesar das campanhas do governo federal junto aos estados e municípios do país, no
sentido de veicular no rádio, TV e demais meios de comunicação propagandas ligadas
ao tema, muitas pessoas ainda não se conscientizaram que a dengue pode ser tão
prejudicial a ponto de levar a morte.

Em todo este contexto, o professor também possui um importante papel dentro das
escolas. Ele é o responsável por levar aos seus alunos todas as informações necessárias
sobre o mosquito e o mau que ele causa. Muitas vezes, acontece destes alunos fazerem a
vez de professores (as) dentro de casa, informando seus responsáveis como proceder na
eliminação de qualquer risco de foco de dengue.

No intuito de aplicar o desenvolvimento do tema em sala de aula e fora dela,


desenvolvemos um projeto interdisciplinar com uma série de atividades relacionadas a
dengue.

Justificativa:
Tendo em vista uma possível epidemia de dengue em nosso município e a necessidade
de esclarecimento da população como um todo, torna-se de alta relevância a execução
deste projeto.

Objetivo geral:

Trabalhar junto à comunidade escolar, visando conscientizá-la quanto à importância de


prevenir a dengue, pois esta é uma doença grave e que vem causando muitas mortes, de
maneira a oportunizar o reconhecimento dos envolvidos como elemento integrante do
ambiente, em função da apropriação de valores referentes à humanização da vida e das
relações entre as pessoas dando a oportunidade de toda a comunidade a serem
formadores de opiniões e formando grupos voluntários, somando e fazendo surgir força
no exercício de cidadania e conscientização. Dessa forma faz-se necessário motivar
aadoção de hábitos de higiene local bem como sua manutenção e prevenção na
proliferação na infestação do Aedes Aegypti. Além disso, desenvolver e aprimorar o
domínio de competências básicas humanas, tais como: comunicação oral e escrita,
leitura e interpretação de textos e promover a manutenção de um comportamento
solidário e do exercício do cidadão

Objetivos específicos:

Aplicar os conhecimentos adquiridos em sala;

Desenvolver a cidadania;

Adquirir hábitos e atitudes que colaborem para acabar com o mosquito e com a dengue;

Entender como o aquecimento global pode interferir na proliferação da doença;

Ler e construir gráficos e tabelas que representem números da dengue ocorridos na


cidade, no estado no país;

Contabilizar casos da doença e óbitos ocorridos;

Identificar as regiões brasileiras mais afetadas pela dengue;

Conhecer a origem do mosquito Aedes Aegipty;

Entender que a dengue interfere no aproveitamento escolar, pois afasta a criança da


escola;

Reconhecer a importância dos hábitos de higiene com forma de manter a saúde e


prevenir doenças;

Identificar as causas de ocorrência de epidemias;


Conhecer as diversas formas de contágio, prevenção;

Reconhecer os sintomas e dar início ao tratamento;

Identificar o mosquito da dengue;

Orientar sobre a utilidade do uso e formulação de repelentes naturais;

Público Alvo:

Comunidade escolar: alunos, professores e funcionários;

Comunidade em geral.

Estratégias:

Envolver professores através de encontros, consultas e pesquisas, em articulação com a


coordenação pedagógica e direção da escola;

Conversa informal sobre o tema em questão.

Momento de questionamento sobre o tema.

Pesquisa nas principais fontes de comunicação.

Entrevista com adultos que já foram picados pelo mosquito e o que fazer para evita-ló;

Ronda pela escola e comunidade a procura de focos de Dengue;

Saída em campo para observação de campo identificando possíveis focos;

Mutirão da limpeza na escola e comunidade;

Levantamento de dados estatísticos, pelos alunos, das causas e conseqüências da dengue


em suas formas clássica e hemorrágica;

Discussão sobre os noticiários e pesquisas realizadas extra-sala;

Motivar alunos e professores com propostas de atividades criativas e utilização das


mídias e tecnologias;

Exibição e apresentação de slides (data show) sobre o tema a fim de esclarecer sobre a
doença e motivar o trabalho a ser desenvolvido - Software educativo (da dengue);

Debate sobre o tema;


Divulgar os meios de comunicação o desdobramento desse projeto para que a população
se conscientize da importância de todos participarem;

Solicitar apoio nos órgãos competentes, promovendo divulgação do projeto;

Orientar sobre a utilidade e fabricação de um repelente natural caseiro;

Atividades:

Trabalho de campo com os alunos para distribuição de panfleto informativo e


conscientização da comunidade do entorno escolar;

Apresentação em Power Point do projeto e resultados da pesquisa de campo por meio


de fotos e imagens;

Confecção de cartazes e mural;

Produção textual: frases, redações, slogans, HQs, etc;

Entrevistas com profissionais da Saúde;

Desenvolvimento um repelente natural caseiro;

Exposição de sintomas e início do tratamento da dengue;

Divulgação nos meios de comunicação sobre o desdobramento desse projeto para que a
população se conscientize de maneira mais eficiente;

Solicitação de apoio nos órgãos competentes, promovendo divulgação do projeto;

Avaliação :

Será contínua, participação oral e escrita;

Produção em sala de panfleto informativo para ser distribuído na comunidade pelos


alunos;

Divulgação de panfletos com estratégias de combate ao mosquito com sugestões de


experimentos;

Tabulação de pesquisas: índices;

Confecção de mural interativo onde os alunos e outros participantes do projeto


divulgarão o resultado no combate do mosquito, sintomas da doença e outros dados
significativos;
Organização, assiduidade e observação da participação e envolvimento nas atividades
propostas;

Diagnóstico individual a respeito do seu próprio desempenho apontando acertos, erros e


dificuldades;

Acompanhamento e análise do desenvolvimento dos alunos mediante observação da


postura atitudinal;

Organização de mural com as fotos da pesquisa de campo;

Exibição de vídeos sobre a pesquisa;

Recursos:

Pesquisas, reportagens de jornais e revistas, exibição de vídeos, utilização da biblioteca


e demais mídias e tecnologias disponíveis na escola, etc.

Materiais:

Softwares: power point, word, movie maker, data show, DVD/TV;

Câmara digital;

Internet;

Computadores;

Pen-drive;

Quadro e pincel para quadro acrílico,

Jornais, livros, revistas;

Fotos;

Tecidos para faixas e matéria para organizar panfletos;

Cópias impressas;

Xerox;

Recursos Humanos:

Professor leitor e pesquisador;

Dialogo para explicação e organização das idéias dos educandos e encontros


pedagógicos;
Auxílio do professor na verificação dos textos, murais, fotos, vídeos, índices,
mapeamento e etc.

Cronograma:

 Maio: serão desenvolvidas as atividades previstas envolvendo os conteúdos trabalhados;


Trabalho de campo com os alunos para filmagens, fotos , panfletagem informativa e
divulgação da campanha na comunidade;

 Junho: abordagem do tema através de pesquisas, debates, acompanhamento de índices e


analise dos resultados prévios da campanha;

 Culminância: Exposição dos trabalhos realizados durante o projeto; Palestras e leitura das
produções textuais (o evento será aberto à comunidade escolar).

Conclusão:

Com vistas aos objetivos elencados neste projeto, finalizaremos com uma exposição
dos trabalhos dos alunos, permitindo aos pais e comunidade em geral a visitação
para apreciação dos mesmos; Cabe ressaltar que todas as disciplinas foram
contempladas com a participação e execução do projeto visto o mesmo ser
interdisciplinar.

Reflexão: "Sabedoria é saber o que fazer; virtude é fazer!" (David Star Jordan).

Consultas: http://www.combatadengue.com.br/

Site oficial do ministério da Saúde: http://www.portal.saude.gov.br/saude/

http://dengueportalprofessor.wordpress.com/

Repelente natural caseiro:

Um só mosquito fêmea tem capacidade de picar 300 pessoas e botar 450 ovos na
sua curta vida de 45 dias. Ela precisa da proteína do sangue humano para maturar
os ovos. Se muitas pessoas usarem sistematicamente este repelente, ela não
conseguirá maturar os ovos e irá atrapalhar o ciclo de vida do aedes aegypti.
Fórmula alternativa:
* 1/2 litro de álcool;
* 1 pacote de cravo da Índia (10 gr);
* 1 vidro de óleo de nenê (100ml);
Deixe o cravo curtindo no álcool uns 4 dias agitando, cedo e de tarde;
Depois coloque o óleo corporal (pode ser de amêndoas, camomila, erva-doce, aloe
vera). Passe nos braços e pernas;
O cravo espanta formigas da cozinha e dos eletrônicos, espanta as pulgas e os
piolhos dos animais;
O repelente evita que o mosquito sugue o sangue, assim, ele não consegue maturar
os ovos e atrapalha a postura, vai diminuindo a proliferação;
A comunidade toda tem de usar, como num mutirão;
Não forneça sangue para o aedes aegypti!
Fonte da receita: Ioshiko Nobukuni – Sobrevivente da dengue hemorrágica.
Email: nobukunister@gmail.com

Sintomas e Tratamentos da Dengue


Fique alerta aos sintomas da dengue:
 Febre alta
 Dor de cabeça
 Dor atrás dos olhos
 Manchas vermelhas no corpo
 Dor nos ossos e articulações
Vá à Unidade de Saúde. Você pode estar com dengue.

Se você já está com suspeita de dengue e começou apresentar:


 Dores abdominais
 Vômitos
 E só usar medicamentos prescritos pelo médico para aliviar as dores e a
febre.
Retorne imediatamente à Unidade de Saúde. Você pode estar evoluindo para forma
grave da dengue.

Tratamentos
Ao ser observado o primeiro sintoma da dengue, deve-se buscar orientação médica
no serviço de saúde mais próximo. Só depois de consultar um médico, alguns
cuidados devem ser tomados, como:
 Manter-se em repouso.
 Beber muito líquido (inclusive soro caseiro).
 Qualquer tipo de sangramento.
A reidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada durante todo o
período de duração da doença e, principalmente, da febre. O tratamento da dengue
é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e
manutenção da atividade sanguínea.
Atenção:
Em caso de suspeita de dengue, sempre procurar, o mais rápido possível, o serviço
de saúde mais próximo. Todo tratamento só deve ser feito sob orientação médica.

Obs: Minha filha de 10 anos, Lia Lis, estava com dengue, passamos 5
dias em internação, foi terrível. (Hoje estamos desenvolvendo o projeto
nas escolas onde trabalho, arregaçando as mangas a fim de que outras
mães e crianças não sofram as consequências terríveis da dengue, não
estou sozinha nessa jornada, conto com a ajuda dos professores, alunos
e coordenação que impulsionou a execução do projeto). Durante os dias
que estivemos no hospital, a beira de uma dengue hemorrágica, minha
filha passou muito mal, as plaquetas baixaram, muita febre...Graças a
Deus, ela se recuperou e quero agradecer a todos os amigos que se
preocuparam conosco, perto ou longe, familiares, seus professores, em
especial a professora Ana que agraciava minha filha presenteando-a
com carinho e narrativas infantis, sobretudo, seu sorriso muito nos
ajudou Ana, sua preocupação foi consoladora no período da internação.
Assim como a ajuda das mães que dividiram conosco a enfermaria em
que nos encontrávamos, não posso deixar de agradecer também às
enfermeiras e médicos, a minha mãe (te amo mãezinha), esposo, filhos,
tios e tias que nos ligavam diariamente (Tica, Bim, Celma, Vuca, Laíde,
vó Gonçalina e vô Areolino- amamos muito vcs...). Obrigada a todos,
que direta ou indiretamente oraram e pedirama Deus por nós.
Obrigada a ti Jesus.
Que outras escolas possam aderir a campanha e ajudar nossa
população nessa batalha contra a dengue!
Um abraço afetuoso, profª Lila

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