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Sumário

Lei do
Lei do Direito
Direito Autoral
Autoral nº
nº 9.610,
9.610, de
de 19
19 de
de Fevereiro
Fevereiro de
de 1998:
1998: Proíbe
Proíbe aa reprodução
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO ESTADO BRASILEIRO –


Arts. 1º a 4º, CF/88

Os princípios fundamentais constituem a base filosófica da Constituição de 1988. Assim


como cada ciência é gerada por princípios ou cânones, também a Constituição oferece seus
princípios fundamentais, sem os quais não se pode, de maneira alguma, interpretá-la.
O termo “princípio” nos traduz a ideia de início, origem, começo, até mesmo mandamento
nuclear de um sistema. Nesse contexto, os princípios constitucionais são as diretrizes básicas que
produzem decisões políticas imprescindíveis à configuração do Estado.
Destarte, a Constituição estabelece, como base de seu funcionamento, o sistema democrático,
a forma federativa de Estado e a forma republicana de governo. São os seus pontos básicos.
Os nossos constituintes idealizaram o Estado brasileiro como Estado Democrático de Direito.
Por conseguinte, o Brasil é uma República Federativa, formada pelos Estados, Municípios e
Distrito Federal. Eles estão reunidos de forma indissolúvel por não haver desligamento. Vejamos
algumas características oriundas destes princípios:
Regime Representativo: É o democrático, uma forma de governo na qual o poder é exercido pelo
povo e para o povo, através de seus representantes legitimamente eleitos. O povo, através dos
eleitores, escolhe o Presidente da República, os senadores e os deputados e estes exercem o poder
por representação, governando o país em nome do povo e para o povo. É por isso que o parágrafo
único do art. 1.º, da Constituição Federal diz que “todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos termos da Constituição”.
Existência de três poderes: “São poderes da União, diz o art. 2.º da CF – independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Essa separação é para evitar que
o poder venha ficar nas mãos de uma só pessoa, como acontece na ditadura, na qual todos os
poderes do Estado – o legislativo, o executivo e o judiciário – concentram-se numa só pessoa, que
os exerce arbitrariamente.

Forma de Estado Brasileiro: Federalismo. Baseia-se em uma única constituição, onde os Estados
que ingressam na Federação perdem sua soberania no momento do ingresso, preservando,
contudo, sua autonomia político-administrativa.

Forma de Governo Brasileiro: República. Tem como características a eletividade,


temporariedade e responsabilidade dos governantes perante os governados.

Sistema de Governo Brasileiro: Presidencialista.

Regime de Governo Brasileiro: Democrático. O princípio democrático qualifica o próprio


Estado, o que causa uma irradiação dos valores da democracia sobre todos os elementos
constitutivos deste. A expressão “Estado de Direito” na sua origem significa governo a partir de
leis, porém quaisquer leis. Com a introdução da característica de ser democrático, impõem-se a
todas as normas a observância a tal princípio; não sendo suficientes apenas as leis, mas
principalmente que nestas esteja inserido o conteúdo democrático, uma vez que o regime político
adotado é a democracia.

Lei do
Lei do Direito
Direito Autoral
Autoral nº
nº 9.610,
9.610, de
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Devemos esclarecer que República e União não são sinônimos. A União é pessoa jurídica de
Direito Público interno com capacidade política. No âmbito interno, a União é apenas autônoma.
Já a República Federativa do Brasil é que é soberana, pessoa jurídica de Direito Público
Internacional ou Externo.
A soberania é atributo que se confere ao poder do Estado em virtude de ser juridicamente
ilimitado. Já a autonomia é margem de descrição de que alguém possui para decidir sobre seus
negócios. Desse modo, concluímos que a Constituição Federal de 1988 definiu a República sob
dois ângulos. Sob o aspecto territorial, ou físico, a República é composta dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios. Sob o aspecto político-administrativo, ou institucional, temos quatro
partes componentes: a União, os Estados Membros, o Distrito Federal e os Municípios, que
formam o Estado Federal, todos no mesmo patamar hierárquico. São entes federativos com
capacidade de auto legislação, de autogoverno e autoadministração (tri-capacidade).

- Jurisprudências sobre o tema:


A dignidade da pessoa humana compreende o direito de continuar vivo e de ter uma vida digna.
Deve ser interpretado com o máximo de amplitude possível na hora de conceituá-lo, aplicando o
princípio da máxima efetividade ou eficiência.
RE 398.041, 19.08.2008. “A Constituição de 1988 traz um robusto conjunto normativo que visa
à proteção e efetivação dos direitos fundamentais do ser humano. A existência de trabalhadores a
laborar sob escolta, alguns acorrentados, em situação de total violação da liberdade e da
autodeterminação de cada um, configura crime contra a organização do trabalho”.
HC 82969/PR, 17/10/2003: “A mera instauração de inquérito, quando evidente a atipicidade da
conduta, constitui meio hábil a impor violação aos direitos fundamentais, em especial ao princípio
da dignidade humana”.
HC 73.454/RJ. “Ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que
emanada de autoridade judicial. Mais: é dever de cidadania opor-se à ordem ilegal; caso contrário,
nega-se o Estado de Direito”.
Súmula Vinculante 11: “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio
de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, sob
pena de responsabilidade disciplinar, civil ou penal do agente ou da autoridade e de nulidade da
prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são características do sistema capitalista,
onde se inclui a valorização do trabalho, único responsável pela subsistência e desenvolvimento
dos indivíduos e do país e a prevalência da livre iniciativa, a qual afasta os ideais socialistas de
planificação da economia.

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RE 349.686, 14.06.2005. “O princípio da livre iniciativa não pode ser invocado para afastar regras
de regulamentação do mercado e de defesa do consumidor”.
O pluralismo político não significa apenas pluripartidarismo, sendo este uma espécie do gênero
daquele. Caracteriza-se pela aceitação de diversidade de opiniões, participação plural na sociedade
dos mais diversos modos, abrangendo associações, sindicatos, partidos políticos, igrejas,
universidades, escolas etc.

A divisão de que trata o art. 2º é de funções, e não de poderes, pois o Poder é uno, além de
ser indivisível e indelegável. A separação foi firmada por Aristóteles e aperfeiçoada por Locke e
Montesquieu. Os poderes participam, por vezes, das atribuições uns dos outros, a fim de que se
garanta a harmonia entre eles, a inocorrência de abusos e a consequente realização do bem da
coletividade, através do sistema de freios e contrapesos “checks and balances”.
Desse modo, as funções administrativas, legislativas e a judiciária não são exercidas com
exclusividade, mas apenas preponderantemente por cada Poder. Daí a denominação de funções
típicas (originárias, para a qual o poder foi criado e direcionado) e atípicas (secundárias e
subsidiárias).
Devemos ainda lembrar que a separação dos poderes está protegida por cláusula pétrea (art.
60, parágrafo 4º, III).

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Os princípios de ordem internacional visam tratar as relações entre o Brasil e outros Países,
sempre baseando-se nos primados da ONU (Organização das Nações Unidas). Ressaltamos que
tais normas são de eficácia plena, salvo o parágrafo único, que consiste em norma de eficácia
programática.
Em relação ao asilo político, destacamos sua importância frente à extradição. Por asilo
político entendemos a obrigação que tem o Brasil de proteger qualquer pessoa que esteja sofrendo
perseguição em seu País, oriunda de sua opinião, quando esta se encontra em solo brasileiro. Como
no Brasil temos liberdade plena de expressão, neste casos, o País concederá o asilo como forma
de proteção, e não extradição.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 19ª ed. 2015.

MENDES, Gilmar Ferreira. BRANCO, Paulo Roberto Gonet. Curso de Direito Constitucional. São Paulo:
Saraiva, 10ª ed., 2015.

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas. 31ª ed., 2015.

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