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SECRETARIA NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL - SEDEC/MI

CENTRO NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DESASTRES -


CENAD

O Papel da Defesa Civil em Segurança de Barragens

Barragem Bezerros – PI (2018)


ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO

✓Contextualização

✓ Fase Interna x Fase Externa da Emergência

✓Comentários sobre a Legislação aplicável

✓Integração Planos de Ação de Emergência e Planos de Contingência

✓Considerações Finais
Barragem Barreiro – PE (2017)
CONTEXTUALIZAÇÃO – ACIDENTE EM MARIANA/MG
DANOS HUMANOS

MARIANA/MG – Fonte: Defesa Civil Municipal em 07/04/2016


✓ Cerca de 1.020 pessoas atingidas;
✓ 19 mortes;
✓ 921 pessoas desalojadas;
✓ 150 pessoas tiveram sua renda afetada na indústria e comercio
✓ 71 pessoas afetadas na agropecuária

BARRA LONGA/MG – Fonte: Defesa Civil Municipal em 01/04/2016


✓ 135 famílias deslocadas;
✓ 258 famílias e 15 comércios tiveram sua renda impactada direta ou indiretamente.
CENÁRIO PRÉ-DESASTRE – BARRAGEM FUNDÃO
CENÁRIO PÓS-DESASTRE – BARRAGEM FUNDÃO
BARRAGEM FUNDÃO – VISÃO DE JUSANTE
BARRAGEM FUNDÃO – VISÃO DE MONTANTE
DISTRITO DE BENTO RODRIGUES– MARIANA/MG
BARRA LONGA/MG
DISTRITO DE BENTO RODRIGUES– MARIANA/MG

Cenário Desafiador:

Como melhorar condições de proteção da população a jusante de barragens?


REFLEXÃO:

Qual é o papel do empreendedor?

Qual é o papel da Defesa Civil?


EMERGÊNCIAS EM BARRAGENS: 02 FASES

Poder Público
(Fase Externa)

Como deve ser essa transição?

Empreendedor
(Fase Interna)
COMENTÁRIOS SOBRE A LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA
DE BARRAGENS

Lei 12.334/2010 - Estabelece necessidade de PAE para barragens de risco e dano potencial
associado alto.

Resolução nº 143, de 10 de julho de 2012 do CNRH - Critérios gerais de classificação de barragens

Portarias de Órgãos Fiscalizadores : Requisitos dos PAE

Destaque : Provocou debate e primeiras ações de segurança de barragens

Oportunidade de melhoria: Aumentar ênfase nos procedimentos emergenciais

Melhorias em andamento:

➢ Novas portarias da ANM e ANA com maior abordagem de procedimentos emergenciais e


melhor detalhamento.

➢Discussões para reformulação da lei. Porém ainda com pouca percepção da emergência.
COMENTÁRIOS SOBRE A LEGISLAÇÃO DE DEFESA CIVIL

Lei 12.608/2012 – Instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC e


dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil - SINPDEC.
Competência da União
IV - apoiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios no mapeamento das áreas de risco, nos estudos de
identificação de ameaças, suscetibilidades, vulnerabilidades e risco de desastre e nas demais ações de prevenção,
mitigação, preparação, resposta e recuperação

Competência dos Estados


VIII - apoiar, sempre que necessário, os Municípios no levantamento das áreas de risco, na elaboração dos Planos de
Contingência de Proteção e Defesa Civil e na divulgação de protocolos de prevenção e alerta e de ações emergenciais.

Competência dos Municípios


VIII - organizar e administrar abrigos provisórios para assistência à população em situação de desastre, em condições
adequadas de higiene e segurança;

IX - manter a população informada sobre áreas de risco e ocorrência de eventos extremos, bem como sobre
protocolos de prevenção e alerta e sobre as ações emergenciais em circunstâncias de desastres;

XI - realizar regularmente exercícios simulados, conforme Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil;

XII - promover a coleta, a distribuição e o controle de suprimentos em situações de desastre;

XVI - prover solução de moradia temporária às famílias atingidas por desastres.


OUTROS ASPECTOS LEGAIS RELEVANTES

Código Civil
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem.

Legislação Ambiental
Lei 6938/81 parágrafo 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado,
independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros,
afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de
responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente

Social Commitment
Compromisso Social dos empreendimentos
EMERGÊNCIAS EM BARRAGENS: 02 FASES
Fase Interna: Fase Externa:

➢ Ações Coordenadas pelo Empreendedor ➢ Ações coordenadas pelo Poder Público


(Com apoio do Poder Público) (Com apoio do Empreendedor)
➢ Legislação de Defesa Civil

➢ “Normatizadas” pelas Defesas Civis


Federal, Estaduais e Municipais

FOCO NA EMERGÊNCIA

➢ Ações Estruturadas no Plano de


Contingência

PAE PLANCON
COMO OS PLANOS SE COMPLEMENTAM?

PAE PLANCON
02 PLANOS: ELEMENTOS COMPARTILHADOS

Elementos internos
Dam Break (ZAS, ZSS) Cenário de Risco

Levantamento de População População Vulnerável

Sistema de Monitoramento “Gatilhos”

Sistema de Alerta e Alarme Sistema de Alerta e Alarme

Plano de Comunicação Plano de Comunicação

Rotas de Fuga e PE Rotas de Fuga e PE


Apoio à defesa civil Ações de Contingência
APOIO TÉCNICO PARA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE
CONTINGÊNCIA
CENÁRIO DE RISCO – ÁREA DE IMPACTO DIRETO

ZSS ➢Zona de Autossalvamento - ZAS


➢10 km ou 30 min

➢ Zona de Segurança Secundária - ZSS


ZAS ➢Risco Hidráulico
➢Dificuldades de Comunicação
➢Dificuldades de acesso

➢Tema técnico usual ao empreendedor


CENÁRIO DE RISCO
POPULAÇÃO VULNERÁVEL

➢ Levantamento do quantitativo de pessoas existentes


➢Compreensão do tamanho do Plano de Contingência
➢ Identificação de vulnerabilidades sociais
➢Defesa Civil é bem recebida nos domicílios
POPULAÇÃO VULNERÁVEL
SISTEMA DE MONITORAMENTO E ALERTA

➢ Mudança de Paradigma: “Monitoramento Ativo”


SISTEMA DE MONITORAMENTO E ALERTA
PLANO DE COMUNICAÇÃO DE EMERGÊNCIA

➢ Plano de Comunicação com autoridades atualizado e abrangente


SISTEMA DE ALARME

➢ Sistema de Comunicação de Massa eficiente


➢ Critérios mais objetivos
SISTEMA DE ALARME
ROTAS DE FUGA E PONTOS DE ENCONTRO

➢ Rotas de fuga planejadas, sinalizadas e acessíveis


➢Pontos de encontro sinalizados e com instruções
ROTAS DE FUGA E PONTOS DE ENCONTRO
ROTAS DE FUGA E PONTOS DE ENCONTRO

➢ Placas Orientativas de direção e procedimentos


AÇÕES DE RESGATE, ABRIGAMENTO E ATENDIMENTO
HOSPITALAR

➢ Realização de Simulados: Revisão do Plano


➢Realização de Audiências Públicas: Aprovação de Plano
TRANSPORTE, ABRIGAMENTO E ATENDIMENTO
MÉDICO HOSPITALAR.
REALIZAÇÃO DE SIMULADOS.

Coordenação pela Defesa Civil – Apoio e Coorganização pelo Empreendedor


REALIZAÇÃO DE SIMULADOS.

Teste da Rota de Fuga


REALIZAÇÃO DE SIMULADOS.

Teste do Ponto de Encontro


REALIZAÇÃO DE SIMULADOS.

Teste do acesso do veículo de emergência


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o Desastre de Mariana o País percebeu que não estava preparado para lidar com
emergências em barragens. Desastre ajudou a sensibilizar para a necessidade de mudanças;

Desafio: Barragens “com dono” e “sem dono”;

Desafio: Pouca Estrutura e Baixa capacidade da defesa civil: Alterações Estruturais e formas
de financiamento das defesas civis municipais;

Reflexão: Setor privado reage mais rápido. Cenário já começou a mudar;

Reflexão: Como viabilizar financeiramente as Defesas Civis Municipais? Como custear uma
emergência em Barragem? Fundo de emergência para barragens, Seguros, Royalties, Outros;

Recomendação: Trabalho conjunto com Defesa Civil.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho conjunto é fundamental para o sucesso dos planos emergenciais.

Salvar Vidas!

PAE PLANCON
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Rafael Pereira Machado


rafael.machado@integracao.gov.br
61 2034-4620

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