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AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DA CIDADE

UNIVERSITÁRIA

Geisyla moura da Rocha¹


Paulo Vaz Filho²

Resumo: O trabalho consiste em analisar o sistema de drenagem de águas superficiais da


Cidade Universitária. Para isso, foi verificado em quais vias serão necessário realizar o
dimensionamento do sistema de drenagem. Para a verificação da vazão utilizou-se o método
racional, que é indicado para área de drenagem de até 2 km². Com o Software Plúvio 2.1
determinou-se os parâmetros da equação de chuva da Cidade de Engenheiro Coelho. A
cidade possui um divisor topográfico, por isso, o projeto foi divido em Sub bacia I e II, para
essas sub bacia se determinou o caminho mais distante que a água percorria para o cálculo
do tempo de concentração. Tendo como principal objetivo realizar a verificação da
capacidade da sarjeta e posteriormente realizar o dimensionamento do projeto de rede de
drenagem de águas superficiais para a Cidade Universitária.

Palavras-chaves: Drenagem urbana; Cidade Universitária; Verificação; Dimensionamento.

EVALUATION OF THE SURFACE WATER DRAINAGE SYSTEM OF THE


UNIVERSITY CITY

Abstract: The work consists of analyzing the surface water drainage system of the University
City. For this it was verified in which ways it will be necessary to size the drainage system. To
verify the flow rate, the rational method was used, which is indicated for drainage areas up
to 2 km². With the Pluvio 2.1 software the parameters of the rainfall equation for the City of
Engenheiro Coelho were determined. The city has a topographic divider, so the project was
divided into Sub-basins I and II. For these sub-basins, the furthest path that the water travels
was determined in order to calculate the time of concentration, with the main purpose of
verifying the gutter capacity and subsequently carrying out the sizing of the surface water
drainage network project for the University City.

Keywords: Drainage urbanav; University City; Verification; Sizing.

1 INTRODUÇÃO

É de conhecimento comum que problemas relacionados a enchentes, erosões,


alagamentos, deslizamentos, e outros, são pautas importantes a serem discutidas no meio
1
Graduanda em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). E-mail:
geisylamoura@hotmail.com
2
Professor do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). E-mail:
Paulo.vaz@unasp.edu.br
2

acadêmico e programas do governo, pois são provocados pelas precipitações e o seu


escoamento descontrolado. Juntamente com essa discussão, devem ser levantadas propostas
para manejo das águas pluviais buscando a redução desses tipos de problemas.
De acordo com Diogo (2008), no que diz respeito a drenagem urbana pode-se citar os
seguintes programas: esgoto sanitário, abastecimento de água, coleta de resíduos sólidos e
manejo de águas urbanas, que influencia diretamente na saúde pública.
Caso um desses programas não fossem realizados adequadamente, os mesmos
proporcionariam consequência negativa a população. Os problemas causados por essas falhas
são: perda da qualidade de água potável, perda da qualidade da saúde pública, inundações e
alagamento, entre outros (DIOGO, 2008).
Segundo Tucci (2005), na metade do século XX ocorreu crescimento desordenado da
população em países em desenvolvimento, ocasionando aglomeração dos cidadãos em
pequenas áreas urbanas. Devido à falta de controle no ambiente urbano acarretou-se como
consequência: inundações, surgimento de doenças e perda da qualidade de vida.
Por sua vez Vieira e Honda (2003), relatam que por falta de recursos e sem ter um local
adequado para morar, a população com baixa renda ocupa áreas irregulares. Essas ocupações
irregulares, juntamente com a impermeabilização do solo e descartes de resíduos nos corpos
d’água, prejudicam a drenagem e causam problemas.
De acordo com os autores Pinto et al. (1976), a água da precipitação encontra
dificuldade de infiltração dependendo da porosidade do solo, se no início da precipitação o
solo já apresenta uma certa quantidade de umidade e, comparando o solo úmido com o seco
a quantidade de infiltração do soo úmido vai ser menor e por fim outro fator que influencia
na infiltração do solo é a compactação.
Em relação as técnicas de controle de escoamento superficial, são utilizadas duas
medidas, sendo elas: estruturas e não estruturas. De acordo com Ramos et al. (1999), as
medidas estruturais são medidas que tem como finalidade desviar, deter, reduzir ou escoar
com maior rapidez o escoamento superficial, consequentemente minimizando os prejuízos
causados pelas inundações. Cabe ressaltar, que essas medidas não são implantadas para
acabar com os problemas decorrentes das inundações, pois seria inviável economicamente
obras com essa finalidade.
Medidas não-estruturais são ações que minimizam os prejuízos para melhor
convivência entre a população e as enchentes, por meios de alertas preventivas como alerta
3

de inundação, zoneamento de áreas de risco, seguro contra inundações e medidas de


proteção individual (TUCCI, 2005).
Para a determinação da vazão o DAEE (2005), apresenta os seguintes métodos:
método racional, I-PAI-WU, Kokei Uehara e hidrograma unitário. Entretanto a determinação
do mesmo é em função da área de drenagem. Para áreas de até 2 km² utiliza-se método
racional, sendo importante ressaltar que o emprego do método racional deve ser limitado
para bacias de pequenas áreas. Esse método basicamente consiste em no máximo
escoamento para uma pequena bacia contribuinte, acontece quando toda a bacia já está
contribuindo, esse escoamento é igual a fração da precipitação (WILKEN, 1978).
Por sua vez Tucci (2005) menciona que a intensidade da precipitação é uma estimativa
entre o tempo de retorno, tempo de concentração da bacia ou de acordo com a duração. A
intensidade está intimamente ligada com o tempo de concentração e tempo de retorno.
Quanto menor o tempo de concentração maior a intensidade, e quanto maior o tempo de
retorno maior será a intensidade.
Conforme relata Wilken (1978), a determinação do período de retorno prende-se,
normalmente, em dois fatores: economia e segurança. Ao determinar o período de retorno,
cabe lembrar que quanto maior for esse valor maior será a vazão de pico encontrada, e assim
sendo, maior será o custo. Para obras de micro drenagem os valores frequentemente
utilizados variam entre 2 a 10 anos.
De acordo com DNIT (2006), o tempo de concentração equivale ao tempo inicial de
entrada e o tempo de escoamento superficial. O tempo de entrada está relacionado com a
declividade e as características de superfície de drenagem.
Quando se trata do escoamento superficial, deve-se considerar as perdas ocorridas
devido ao armazenamento em depressões e a infiltração no solo, esses fatores devem ser
supridos antes do início do escoamento superficial. Posteriormente, ainda ocorrer a perda
decorrente da infiltração e outros fatores. (WILKEN, 1978).
Na utilização do método racional, utilizando o coeficiente de escoamento superficial
multiplicado pela intensidade da precipitação e a área de contribuição, fornece o pico da
vazão. Dessa forma, a utilização do coeficiente de escoamento superficial indica uma relação
entra a vazão máxima escoada e intensidade da precipitação. (PINTO et al., 1976).
4

1.1 Componentes do sistema de drenagem de águas superficiais

De acordo com o DNIT (2006), com a migração da população para áreas urbanas
necessitou-se a construção de rodovias e consequentemente ocasionou mudanças no meio
ambiente. Por essas condições foi necessário a implantação de sistema de drenagem para
transportar a água superficiais, esse sistema é composto por: sarjetas, bocas de lobo, poços
de visita, galerias e estruturas especiais.
Segundo o DNIT (2006), sarjeta tem como finalidade conduzir a água precipitada sobre
a via e conduzi-la até o local de captação, normalmente esse local são as bocas de lobos. A
altura d’água na sarjeta influencia na capacidade de engolimento de uma boca de lobo
juntamente com sua localização e espaçamento.
De acordo com o Manual de drenagem urbana PR (2002), a boca de lobo deve captar
e conduzir as vazões superficiais para as galerias. Nos pontos mais baixos do sistema viário,
deverão ser colocados com vistas a evitar a formação de zonas mortas como: alagamentos e
águas paradas. As bocas de lobo são classificadas basicamente em três tipos, sendo elas:
simples, com grelha e combinada. (DNIT, 2006).
Segundo o Manual de Drenagem SP (2012), poço de visita são elemento que permite
a limpeza da rede. Os mesmos são instalados onde ocorrem mudança de direção, declividade
ou diâmetro, trecho com comprimento longos, com finalidade de facilitar a inspeção e
limpeza.
De acordo com o DAEE (2005), no dimensionamento da rede drenagem deve ser
verificado a velocidade máxima de escoamento, o mesmo apresenta alguns valores para
diferentes tipos de canais, para canal de concreto o mesmo estabelece velocidade máxima de
4 m/s.
O trabalho desenvolvido trata da análise do sistema de drenagem da Cidade
Universitária. Tendo como objetivo principal o desenvolvimento do projeto e verificar quais
vias serão necessários a implantação da rede.
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2 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do trabalho utilizou-se os seguintes itens:


 Calculadora;
 Software Excel;
 Software Plúvio 2.1;
 AutoCAD.
Através da Figura 1 pode-se visualizar a metodologia seguida para o desenvolvimento
do trabalho.

Figura 1: Metodologia do trabalho


Fonte: Autor, 2019.

Para o desenvolvimento do projeto utilizou-se as informações da Cidade Universitária


do município de Engenheiro Coelho – SP. A cidade é constituída de onze ruas e uma Avenida.
A Figura 2 apresenta a delimitação do local de estudo.
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Figura 2: Delimitação do local de estudo


Fonte: Autor, 2019.

No trabalho em campo, percorreu-se as vias com intuído de observar as condições


das bocas de lobos, alguns empecilhos que prejudicavam o escoamento d’água sob a via.
Para realização do projeto foi necessário obter o arquivo da planta da Cidade
Universitária. Com isso, foi preciso ir até a Associação dos moradores da Cidade Universitária,
sendo que a mesma disponibilizou um arquivo digital na extensão dwg.
Posteriormente determinou-se o sentido do escoamento d’água. Para a determinação
do sentido do escoamento utilizou-se o arquivo dwg que apresenta as curvas de níveis e
fazendo o percurso nas ruas para verificar o caminho que a água percorria.
Logo após, estabeleceu alguns pontos a serem analisado. Os critérios para a
determinação dos pontos foram: esses pontos deveriam estar no início e final da via e a
distância entre os mesmos não superassem a distância de 100 metros. Em seguida, através de
interpolação das curvas de níveis, determinou-se as cotas nesses pontos.
Prosseguindo o trabalho foi necessário determinar o coeficiente de escoamento
superficial. Para obter esse coeficiente levou-se em consideração as áreas verdes,
pavimentadas e de lotes, pois cada área apresenta seu coeficiente. O DAEE (1994),
disponibiliza alguns valores mínimo e máximo para diferente uso do solo. Com base nos
valores recomendado pelo DAEE, utilizou-se os seguintes coeficientes: áreas verdes 0.3, lotes
0.8 e áreas pavimentadas 0.95.
Outro fator a ser considerado no dimensionamento do projeto é o tempo de retorno.
Para o presente projeto utilizou-se tempo de retorno igual a 10 anos, que leva como
parâmetros áreas comerciais e de tráfegos, devido essas áreas ter uma maior perda. (TUCCI,
2005).
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Devido a característica da área de estudo apresentar um divisor topográfico, foi


necessário calcular dois tempos de concentração. Esse processo foi devido ao local em estudo
apresentar dois caminhos para o escoamento superficial.
Cabe ressaltar que a determinação do trecho é decorrente da maior distância
percorrida pela água. Para determinação do tempo de concentração utiliza-se a Equações 1
e 2.

tc  ti  t p (1)

Sendo: ti tempo de escoamento superficial ou tempo de entrada; t p tempo de percurso.

0,385
 L3 
tc  57 *  
 H  (2)

Sendo: tc tempo de concentração (mim); L extensão do talvegue (km); H máximo desnível


na bacia medido ao longo de L (m).

A intensidade da precipitação varia de região para região. Por esse fator, foi necessário
obter os parâmetros da equação da intensidade de Engenheiro Coelho. Devido a esse requisito
utilizou-se o Software Plúvio 2.1, para obter os parâmetros. Os valores encontrados foram:
Latitude 22°29’18’’; longitude 47°12’54’’; K 1985,007; a 0,139; b 18,22; c 0,876.
A partir dessas informações calcula-se a intensidade da precipitação pela Equação 3.

K * TR a
I (3)
(t  b)c

Sendo: I intensidade média (mm/h); t tempo de duração da chuva (mim); TR tempo de

recorrência (anos); K, a, b e c parâmetros definidos a partir das observações básicas para


elaboração da equação.
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Considerou-se as Ruas Lery de Sousa Duarte, Professor Rosana Ehrhardt Vargas, Av


Dr. Admir Josafá Arrais de Matos como principais e as demais como secundarias. Essa
característica influencia na determinação da faixa de alagamento recomenda.
Após determinar o coeficiente de escoamento superficial e a intensidade da
precipitação, determina-se o lado da via mais carregado. A partir desses dados calcula-se a
vazão da sarjeta.
O sistema da rede de drenagem é necessário quando a vazão da sarjeta é inferior a
vazão de projeto. Para a determinação da vazão da sarjeta uns dos fatores que é levado em
consideração é o coeficiente de rugosidade de Manning. Para o presente trabalho utilizou-se
0,017. Calcula-se a capacidade de escoamento na sarjeta pela Equação 5.

8 1
z
Q0  0,375* *( y0 ) *(i) 2
3
n (5)

Sendo: Q0 capacidade de escoamento da sarjeta (m³/s); y0 altura da lâmina d’água junto ao


meio- fio (m); i inclinação longitudinal da sarjeta (m/m); z inverso da declividade transversal;
n coeficiente de rugosidade de Manning.

Para a vazão de projeto tem-se a Equação 6.

Q  C *i * A (6)

Sendo: Q vazão plena; C coeficiente de escoamento superficial; i intensidade média da chuva;


A área da bacia receptora.

3.0 RESULTADOS

No trabalho realizado em campo, nota-se na Figura 3 (a) e (b) que a rede de


drenagem na sub bacia I está interditada, devido as bocas de lobo e poço de visita estarem
fechados.
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a b
Figura 3 - Rede de drenagem da Sub bacia I interditado
Fonte: Autor, 2019.

Outras características que o Bairro apresenta são algumas vias que possuem
declividades muito elevadas, como pode ser visualizado na Figura 4. Já na Figura 5 pode ser
visto uma via não pavimentada.

Figura 4 - Declividade elevada Av. Dr. Admir J. Arrais de Matos


Fonte: Autor, 2019.
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Figura 5 - Via não pavimentada


Fonte: Autor, 2019.

Por sua vez, a Figura 6 (a) e (b) apresentam as condições das bocas de lobo da Cidade
Universitária.

a b

Figura 6 - Condições das bocas de lobo


Fonte: Autor, 2019.

Outro problema encontrado é que em algumas vias há a presença de entulhos sobre a


mesma, como pode ser visualizado na Figura 7.
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Figura 7 - Entulho sobre a Rua Lery de Sousa Duarte


Fonte: Autor, 2019.

Após a verificação das condições de drenagem do Bairro, iniciou-se o desenvolvimento


do projeto da rede de drenagem de águas superficiais. Cabe ressaltar, que a Cidade
Universitária já possui uma rede de drenagem, entretanto, essa rede não possui projeto.
Para elaboração do projeto utilizou-se Coeficiente de Manning 0.015 e Coeficiente de
Rugosidade Manning 0.017.
Fazendo uma ponderação entres os coeficientes e as áreas verdes, pavimentadas e de
lotes, calculou-se o coeficiente de escoamento superficial, obtendo valor de 0.74.
Devido a Cidade Universitária apresentar um divisor topográfico, dividiu a mesma em
Sub bacia I e II, como pode ser visto na Figura 8.

Figura 8 – Divisão das Sub bacias


Fonte: Autor, 2019.
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Adotou-se tempo de entrada 2 minutos e aplicando-se a Equação 2 e 3 obteve os


seguintes tempos de concentração:

 Sub bacia I (trecho vermelho)


0,385
 0,3180803 
tc  57 *    2  19,58 min
 6, 75 

 Sub bacia II (trecho azul)


0,385
 0, 764763 
tc  57 *    2  13, 44 min
 49,52 
Para o cálculo da intensidade da precipitação utilizou-se o Software Plúvio 2.1. para
obter os parâmetros e após a obtenção calculou-se a intensidade da precipitação pela
Equação 3.

 Intensidade da Sub bacia I (trecho azul)

 1985, 007 *100,139 


I    113, 47mm / h
 (19,58  18, 22)
0,876

 Intensidade da Sub bacia II (trecho vermelho)

 1985, 007*100,139 
I  0,876 
 132,53mm / h
 (13, 44  18, 22) 

Com as informações adquiridas do arquivo dwg, do Software Plúvio 2.1 e através dos
cálculos mencionados anteriormente, verificou-se a necessidade da instalação da rede de
drenagem na cidade Universitária. Após a verificação, foi necessário realizar o
dimensionamento da rede de drenagem nas seguintes ruas: Lery de Sousa Duarte, Professor
Rosana Ehrhardt Vargas, Ana Clara de Moraes, Ivanilde leme da Silva Smoler e Av. Dr. Admir
Josafá Arrais de Matos.
A Tabela 1 apresenta os valores encontrado do dimensionamento referente a Sub
bacia I. Por sua vez, a Figura 9 apresenta o traçado da rede de drenagem da rua Lery de Sousa
Duarte e Professora Rosana Vargas, do trecho pertencente a Sub bacia I,
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Tabela 1: Resultados do dimensionamento referente a Sub bacia I


Distancia COTA TERRENO Vala (m) Declividade Diâmetro
TRECHO Área (m²)
(m) MONT. JUS. Montante Jusante (m/m) (mm)
1a -2a 66.98 115.07 113.20 16165.01 112.97 111.50 0.0219 500
2a-3a 67.40 113.20 111.00 22715.88 110.50 109.30 0.0178 600
1B-2B 76.53 117.31 116.00 8477.85 115.71 114.40 0.0171 400
2B-3B 63.46 116.00 114.18 14961.79 114.10 112.58 0.0240 500
3B-4B 41.45 114.18 113.00 18167.52 112.28 111.40 0.0212 500
4B - 1C 21.45 113.00 111.76 18576,11 111.40 109.86 0.0372 500
1C - 2C 92.01 111.76 110.56 194176,13 109.86 108.96 0.0098 500
Fonte: Autor, 2019.

Figura 9 – Traçado da rede de drenagem da Sub bacias I


Fonte: Autor, 2019.

Por sua vez, a Tabela 2 apresenta os resultados do dimensionamento da rede de


drenagem que pertence a Sub bacia II.
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Tabela 2: Resultados do dimensionamento referente a Sub bacia I


COTA TERRENO Vala (m)
EXTENSÃO Declividad Diâmetro
TRECHO (m) Área (m²) Montant
(m) Jusante e (m/m) (mm)
MONT. JUS. e
5a-6a 74.00 112.85 108.34 14499.86 109.05 106.64 0.0326 500
6a-7a 39.00 108.34 105.25 30296.08 104.54 103.35 0.0305 600
7a - 1 25.59 105.25 103.00 32032.52 101.55 101.10 0.0176 800
1 - 8a 30.30 103.00 101.27 34095.44 99.90 99.37 0.0175 800
8a - 2 25.93 101.27 99.00 41519.77 97.77 97.10 0.0258 800
2-3 15.35 99.00 97.00 42621.19 95.50 95.10 0.0261 800
3-4 11.92 97.00 95.00 43472.98 93.40 93.10 0.0252 800
4 -5 11.89 95.00 93.00 44516.19 91.40 91.10 0.0252 800
5-6 11.93 93.00 91.00 45132.26 89.40 89.10 0.0251 800
6 -9a 12.99 91.00 89.00 46844.88 87.40 87.10 0.0231 800
9a - 7 13.69 89.00 87.00 48147.93 85.40 85.10 0.0219 800
7 -8 14.09 87.00 85.00 49587.47 83.40 83.10 0.0213 800
8 -9 14.32 85.00 83.00 50674.32 81.40 81.10 0.0209 800
9 -10a 14.10 83.00 81.00 52011.26 79.40 79.10 0.0213 800
10a - 11 14.99 81.00 79.00 53434.13 77.40 77.10 0.0200 800
11 - 12 15.08 79.00 77.00 55006.83 75.20 74.90 0.0199 1000
12 -13 17.32 77.00 75.00 56393.61 73.20 72.90 0.0173 1000
13 -11a 15.05 75.00 73.00 58063.81 71.20 70.90 0.0199 1000
2h - 9a 43.49 89.00 89.00 3831.23 87.50 87.20 0.0069 400
1h -3g 48.99 87.00 87.00 3488.31 85.50 85.20 0.0061 400
6b-7b 65.40 114.00 110.00 15036.52 109.90 108.30 0.0245 500
7b - 1g 68.79 110.00 109.00 16624.58 108.30 106.70 0.0233 500
1g-1' 42.64 109.00 105.00 11753.79 104.50 103.40 0.0258 500
1' - 2' 42.29 105.00 102.00 12338.44 101.50 100.40 0.0260 500

2’ -2g 19.05 102.00 99.66 17376.11 98.50 97.96 0.0283 600


2g - 3' 19.79 99.66 97.00 17768.66 96.16 95.30 0.0435 600
3' -4' 19.79 97.00 95.00 18098.62 93.40 93.10 0.0152 600
4' - 5' 19.00 95.00 92.20 18470.86 91.00 90.30 0.0368 600
5' - 6' 17.32 92.20 90.00 18843.1 88.50 88.30 0.0115 600
6' - 3g 20.84 90.00 87.00 22770.9 86.30 85.10 0.0100 800
3g-1m 15.20 87.00 85.00 26259.21 83.30 83.10 0.0132 800
1m -1'm 22.28 85.00 82.00 29899.37 80.50 80.10 0.0180 800
1'm - 1''m 14.85 82.00 80.00 30774.79 78.30 78.10 0.0135 800
1''m - 2m 16.21 80.00 78.00 31914.33 76.30 76.10 0.0123 800
2m - 2'm 15.83 78.00 76.00 32690.71 74.30 74.10 0.0126 800
2'm - 2''m 18.11 76.00 74.00 33226.06 72.30 72.10 0.0110 800
2''m - 1o 26.03 74.00 71.24 34090.05 70.10 69.34 0.0292 800
2i-2i' 52.17 102.68 100.00 14379.62 100.18 98.40 0.0341 500
2i' - 3i 39.04 100.00 98.00 17004.73 97.50 96.10 0.0359 500
3i - 3ii 18.46 98.00 95.73 18256.13 94.50 93.83 0.0363 500
3ii - 3i' 14.08 95.73 94.00 19299.41 92.23 91.90 0.0234 600
3i' - 3i'' 18.96 94.00 92.00 21085.18 90.60 90.30 0.0158 600
3i'' - 4i 18.37 92.00 90.00 22845.06 88.50 88.10 0.0218 600
4i -4i' 26.88 90.00 87.00 25459.99 86.10 85.10 0.0372 600
4i' - 5i' 19.48 87.00 84.00 27386.15 82.80 82.10 0.0359 600
15

(Continuação)
EXTENSÃO COTA TERRENO Vala (m) Declividade Diâmetro
TRECHO (m) Área (m²)
(m) MONT. JUS. Montante Jusante (m/m) (mm)
5i' - 5ii' 12.92 84.00 82.00 28496.17 80.30 79.90 0.0310 600
5ii' - 5i 12.73 82.00 80.00 29629.37 78.30 77.90 0.0314 600
5i - 7i' 13.62 80.00 78.00 30685.87 75.80 75.70 0.0073 800
7i' -8i' 10.37 78.00 76.00 31574.55 73.80 73.70 0.0096 800
8i' - 9i' 25.40 76.00 73.00 34090.09 71.80 71.00 0.0315 800
1o-2o 54.21 71.24 71.23 44071.06 68.94 68.43 0.0094 1000
2o-3o 54.03 71.23 70.87 63967.28 68.43 68.07 0.0067 1200
3o-4o 62.68 70.87 70.29 65314.11 68.07 67.69 0.0061 1200
4o-5o 66.91 70.29 70.15 101441.64 67.59 67.25 0.0051 1500
Fonte: Autor, 2019.

Por sua vez, a Figura 10 apresenta parte dos resultados da rua Lery de Sousa Duarte
do trecho da Sub bacia II.

Figura 10 – Rede de drenagem da Rua Lery de Sousa Duarte


Fonte: Autor, 2019.
16

A Figura 11 pode-se visualizar os resultados da parte final da rua Lery de Sousa Duarte.

Figura 11 – Parte final da Rua Lery de Sousa Duarte


Fonte: Autor, 2019.

Por sua vez, a Figura 12 apresenta os resultados da Av. Dr. Admir Josafá Arrais de
Matos.

Figura 12 – Av. Dr. Admir Josafá Arrais de Matos.

Fonte: Autor, 2019.


17

A Figura 13 pode-se visualizar os resultados da Rua Ivanilde L. S. Smoler.

Figura 13 – Rua Ivanilde L. S. Smoler

Fonte: Autor, 2019.

A Figura 14 apresenta os resultados da Rua Cicero Benedito.

Figura 14 – Rua Cicero Benedito.

Fonte: Autor, 2019.


18

A Figura 15 apresenta os resultados do início da Rua Arlindo F. de Camargo.

Figura 15 – Rua Arlindo F. de Camargo


Fonte: Autor, 2019.

Por sua vez, através da Figura 16 visualiza-se os resultados da parte final da Rua Arlindo
F. de Camargo e Cicero Benedito.

Figura 16 - Rua Arlindo F. de Camargo e Cicero Benedito.


Fonte: Autor, 2019.
19

Através da Figura 17, visualiza-se o traçado do perfil da Rua Lery de Sousa Duarte.

Figura 17– Perfil da Rua Lery de Sousa Duarte


Fonte: Autor, 2019.

A Figura 19 expõe o perfil da Rua Professora Rosana vargas.

Figura 19 – Perfil da Rua Professora Rosana vargas


Fonte: Autor, 2019.
20

Por fim, a Figura 20 apresenta o traçado da tubulação da Rua Cicero Benedito.

Figura 20 – Perfil da Rua Cicero Benedito


Fonte: Autor, 2019.

4.0 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Através da análise realizada em campo, notou-se que a Cidade Universitária já


possui rede drenagem. Entretanto, a rede que pertence a Sub bacia I não funciona, devido as
bocas de lobo e poços de visita estarem tampados. Notou-se também, que as bocas de lobo
que estão funcionando precisam de manutenção, devido ao acumulo de resíduo sobre a
mesma.
Outros pontos a serem mencionados são: algumas vias secundarias que não estão
pavimentadas, entulhos depositados sobre a via e com isso o prejuízo a capacidade de
escoamento da sarjeta e vias com declividade muito elevadas.
Através dos cálculos verificou-se que serão necessários à instalação da rede de
drenagem nas ruas Lery de Sousa Duarte, Professor Rosana Ehrhardt Vargas, Ana Clara de
Moraes, Ivanilde leme da Silva Smoler, e Av. Dr. Admir Josafá Arrais de Matos devido a vazão
da sarjeta ser inferior a vazão de projeto.
Na parte do dimensionamento da rede de drenagem nota-se que as distâncias
estabelecidas a princípio entre os trechos pertencente a Sub bacia I não foram modificadas.
21

Isso ocorreu devido os cálculos terem atendido a declividade mínima e a velocidade do


escoamento não ultrapassarem a 4 m/s.
Outro ponto a ser ressaltado no dimensionamento da galeria é referente a distância
entre os pontos de análise pertencente a Sub bacia II. Algumas vias que pertence a Sub bacia
II apresentam declividade muito elevada e utilizando a distância estabelecida a princípio entre
os pontos, obteve uma velocidade superior ao que o DAEE estabelece. Com isso foi necessário
reduzir a distância entre os pontos. Nota-se que tiveram pontos que as distâncias entre eles
foram de 10,37 metros. Após as alterações das distâncias obteve velocidade inferiores a 4 m/s.

5.0 Conclusão

Ao analisar os resultados da verificação da sarjeta, pode-se concluir que foi necessário


a implantação do sistema de rede de drenagem na Cidade Universitária. Devido a sarjeta não
possuir capacidade de transportar a vazão exigida, foi necessário realizar o dimensionamento
da rede nas vias: Lery de Sousa Duarte, Professor Rosana Ehrhardt Vargas, Ana Clara de
Morais, Ivanilde Leme da Silva Smoler e Av. Admir Josafá Arrais de Matos. Por último, conclui-
se ainda que falta manutenção na rede de drenagem existente.

6.0 REFERÊNCIAS

BRASIL. Departamento nacional de infra-Estrutura de transportes/Instituto de Pesquisas


Rodoviárias. Manual de drenagem de Rodovias. 2. ed. – Rio de Janeiro, 2006. 333p.

DIOGO, Francisco José D'almeida. Drenagem: Manual de projeto. 2. ed. Rio de Janeiro: Anais,
2008. 160 p.

GOOGLE. Google Earth. 2018. Engenheiro Coelho. Disponível em:<


https://www.google.com.br/maps/place/Eng.+Coelho+-+SP,+13165-000/@-
22.4934095,47.1653776,2254m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x94c88a10b8bfde07:0xce73f
b1cf4368bcc!8m2!3d-22.4912496!4d-47.2117241>. Acesso em 09 nov.2018.

GPRH. Universidade Federal de Viçosa. Grupo de pesquisa em recursos hídricos. Disponível


em: <http://www.gprh.ufv.br/?area=softwares>. Acesso em 30 ago.2018.
22

PARANÁ, Governo do Estado do Paraná. Manual de drenagem urbana. Paraná, 2002.

PINTO, Nelson L.de Sousa et al. Hidrologia básica. Curitiba: Edgard Blucher, 1976. 212 p.

RAMOS, Carlos Lloret; BARROS, Mário Thadeu Leme de; PALOS, José Carlos
Francisco. Diretrizes básicas para projeto de drenagem urbana no Município de São
Paulo. São Paulo: Anais, 1999.

SÃO PAULO. Secretaria Municipal de desenvolvimento urbano. Manual de drenagem e


manejo de águas pluviais. 3. ed. São Paulo, 2012.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado de Energia, recursos hídricos e saneamento. Guia prático
para projetos de pequenas obras hidráulicas. São Paulo, DAEE, 2005.

TUCCI, Carlos E. M. Gestão das Inundações Urbanas. Porto Alegre: Anais, 2005. 200 p.

VIEIRA, Marcela do Carmo; HONDA, Sibila Corral de Arêa Leão. Drenagem Ambiental e sua
relação com a drenagem urbana- estudo de caso em Dracena-SP. 2003. 11 f. TCC (Graduação)
- Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade do Oeste Paulista, São Paulo, 2003.

WILKEN, Paulo Sampaio. Engenharia de drenagem superficial. São Paulo: Cetesb, 1978. 477
p.

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