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Apostila Automação - Teoria PDF
Apostila Automação - Teoria PDF
PARTE TEÓRICA
2014
Sumário
ATUADORES ........................................................................................................................ 3
1.4 Arquitetura do CLP ................................................................................................................ 5
1.5 Linguagem de Diagrama de Contatos (Lader) ................................................................. 7
1.6 Instruções e Comandos da Linguagem Lader .................................................................. 8
1.6.1 Lógica de Relé ou Instrução de Bit .............................................................................. 8
1.7 Controlador Lógico Programável MicroLogix 1200 .......................................................... 9
1.7.1 Descrição do Equipamento: Controlador Programável MicroLogix 1200. ................... 10
ANEXO A ....................................................................................................................................... 12
A.1 Comunicação com o CLP SLC-500/MicroLogix ............................................................. 12
A.2 Configuração de Driver ....................................................................................................... 13
A.3 Desenvolvimento de um novo programa ......................................................................... 13
A.4 Programação do MicroLogix .............................................................................................. 13
A.5 Transferência do Programa do PC para o CLP (Download) ........................................ 14
A.6 Procedimento para programar, carregar e descarregar o programa aplicativo no
CLP ........................................................................................................................................ 15
1 LABORATÓRIO DE AUTOMAÇÃO – PARTE TEÓRICA
1.1 Histórico
1.2 Introdução
A palavra automation foi inventada pelo marketing da indústria de equipamentos na década de 1960. O
neologismo, sem dúvida sonoro, buscava enfatizar a participação do computador no controle automático
industrial.
O que significa automação, hoje? Entende-se por automação qualquer sistema, apoiado em
computadores, que substitua o trabalho humano, em favor da segurança das pessoas, da qualidade dos
produtos, da rapidez da produção ou da redução de custos, assim aperfeiçoando os complexos objetivos
das indústrias e dos serviços. Exemplos: automação da mineração, da manufatura metálica, dos grandes
processos químicos contínuos, automação bancária, metroviária, aeroportuária.
É comum pensar que a automação resulta tão somente do objetivo de reduzir custos de produção. Isto
não é verdade: ela decorre mais de necessidades tais como maior nível de qualidade, expressa por
especificações numéricas de tolerância, maior flexibilidade de modelos para o mercado, maior segurança
pública e dos operários, menores perdas materiais e de energia, mais disponibilidade e qualidade da
informação sobre o processo e melhor planejamento e controle da produção.
A automação envolve a implantação de sistemas interligados e assistidos por redes de comunicação,
compreendendo sistemas supervisórios e interfaces homem-máquina que possam auxiliar os operadores no
exercício da supervisão e da análise dos problemas que porventura venham a ocorrer.
L1 L2 L1 L2
1 2 3 F 4 R 5 6
F
7 8
F
F R F
3 4
7 R 8 F 9
R
R R F
R
1 2 5 6
a) Circuito lader b) Circuito de ligação
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Os CLPs, de extraordinária importância prática na indústria, caracterizam-se por:
Um diagrama de blocos mais completo mostra como se processa a interação entre do CLP com o
processo industrial através de sensores e atuadores.
SISTEMA
SUPERVISÓRIO
E S
N A
T CONTROLADOR
PROGRAMÁVEL Í
R
A D
D A
A S
S
Sensores Servomotores
Taco-geradores Válvulas
mecânicos
SENSORES ATUADORES
PROCESSO INDUSTRIAL
Um Controlador Lógico Programável automatiza uma grande quantidade de ações, com precisão,
confiabilidade, rapidez e pouco investimento. Informações de entrada são analisadas, decisões são
tomadas, comandos são transmitidos, tudo concomitantemente com o andamento do processo. A Figura 1.2
apresenta um exemplo de rede de automação de um sistema Híbrido Cliente, Supervisório e CLP em uma
rede ModBus /Ethernet.
3
Ethernet
Modbus+/DH+, etc.
CLP 1 CLP 2
Figura 1.2 - Exemplo de Sistema Híbrido Cliente, Supervisório e CLP em uma rede ModBus /Ethernet
No programa supervisório se dará a operação integrada com o CLP, durante a automação da planta em
tempo real. A Figura 1.3 apresenta um exemplo de um sistema supervisório de controle e monitoração de
uma planta de uma indústria alimentícia.
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Agricultura e Indústria Alimentícia: são encontrados principalmente nas estações de mistura e produção
de alimentos. São encontrados também na secagem, separação e teste de produtos.
EPROM
Sistema Operacional
UCP Start do CLP
Seqüência de Operações
Drivers
FONTE
PROGRAMA Sinais de
USUÁRIO DISPOSITIVOS DE
Microprocessador
COMUNICAÇÃO
MEMÓRIA SUPORTADA Controle
POR BATERIA
MÓDULO EXTENDIDO
E/S
ESTAÇÕES REMOTAS E/S
Fonte de Alimentação
Converte corrente alternada em contínua para alimentar o controlador. Caso falte energia, há uma
bateria que impede a perda do programa do usuário. Ao retornar a energia, o programa se reinicia.
Existem dois tipos de fontes:
Source: fonte de energia interna ao controlador;
Sink: fonte de energia externa ao controlador.
UCP - Unidade Central de Processamento
Responsável pela execução do programa do usuário e pela atualização da memória de dados e da
memória-imagem das entradas e saídas.
Memória EPROM
Contém programa monitor elaborado pelo fabricante que faz o start-up do controlador, armazena dados
e gerencia a sequência de operações. Este tipo de memória não é acessível ao usuário do controlador
programável.
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Memória do Usuário
Armazena o programa aplicativo do usuário. A CPU processa esse programa e atualiza a memória de
dados internos e a de imagem E/S.
Memória de Dados
Encontram-se aqui dados referentes ao processamento do programa do usuário, isto é, uma tabela de
valores manipuláveis.
Grupo de E de 1 Grupo de S
ranhura de 1 ranhura
(slot) (slot)
Terminais de Terminais de
Entrada Saída
0 0
01 01
02 02
03 03
04 04
05 05
06 06
07 07
10 10
11 11
12 12
13 13
14 14
15 15
16 16
17 17
17 16 15 14 13 12 11 10 07 06 05 04 03 02 01 00
17 16 15 14 13 12 11 10 07 06 05 04 03 02 01 00
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Endereçamento
Os métodos de endereçamento de entradas e saídas nos controladores programáveis são bastante
semelhantes. Palavras ou bits podem ser endereçados. A imagem das entradas e saídas (I/O) são
realizadas da seguinte maneira:
Exemplo I: 12/04 ou 0:02/06 (Figura 1.6)
1. A primeira letra refere-se à variável estar indexada como entrada ou como saída, ou seja, I
(input) para a palavra de entrada e O (output) para a palavra de saída. Convém lembrar que a
imagem da palavra de entrada é completamente separada da imagem de saída: I:12/04 e
O:12/04 são endereços completamente diferentes.
2. Os dois dígitos após o ponto duplo, “:”, correspondem à localização que o respectivo módulo
de entrada ou saída ocupa no controlador programável ou na sua expansão. Nos exemplos
são, respectivamente, módulos imagem 12 para a entrada e 02 para a saída.
3. Os dois dígitos após a barra inclinada, “/”, correspondem ao endereço o bit da imagem da
palavra de entrada ou saída.
15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
I:12 1
I:12 O:02
15
( )6
4
15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
O:02 1
Considerações Gerais
Nos circuitos de relés, cada contato, ao assumir dois estados (fechado ou aberto), representa uma
variável booleana, ou seja, uma variável que assume dois estados: verdadeiro ou falso. Na Figura 1.7,
recapitula-se a conexão entre álgebra de Boole e circuitos elétricos.
+ A -
Y
B C
Y = A + B.C
Figura 1.7 - Conexão entre álgebra booleana e circuitos
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Pela facilidade do desenho e da inspeção de circuitos, e pela longa experiência e tradição dos
engenheiros projetistas dos quadros de comando elétrico, uma das primeiras técnicas de programação dos
CLPs foi chamada de linguagem “de relés” ou “lader” (que quer dizer em escada ou cascata). Essa técnica
mantém regras e símbolos tradicionais do projeto de quadros de comando.
Assim, o diagrama lader parte de duas linhas verticais, também chamadas de barras de alimentação.
Cada representação de causalidade é feita por uma linha horizontal. Esta linha, por sua vez, é formada por,
pelo menos, um elemento controlado (bobina de relé) e um conjunto de condições para o controle desse
elemento (rede de contatos).
O diagrama lader é apenas uma representação lógica, trabalhando somente com símbolos, não
considerando a tensão envolvida nas barras de alimentação e nem a intensidade da corrente pelo circuito.
Os contatos e outros dispositivos, no diagrama estão em cada momento abertos ou fechados e as bobinas,
por conseqüência, ficam desenergizadas ou energizadas.
O Controlador Lógico Programável examina a continuidade de cada linha, isto é, verifica se todas as
variáveis de entrada são verdadeiras. Trata-se de uma “continuidade lógica”. Cada linha lader permite
programar desde funções binárias até funções digitais complexas.
Vamos detalhar as principais instruções e comandos utilizados nesta linguagem.
Figura 1.8 - Representação em linguagem Lader da instrução XIC e a respectiva tabela verdade de
operação
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b) Instrução NF (XIO) (eXamine If Open)
A CPU executa esta instrução verificando o valor do bit endereçado pela instrução. Se o bit endereçado
pela instrução estiver no estado lógico 1 a instrução retorna com o valor lógico falso e portanto não há
continuidade lógica no trecho do lader. Se o bit endereçado pela instrução estiver no estado lógico 0 a
instrução retorna com o valor lógico verdadeiro e portanto há continuidade lógica no trecho do lader. A
representação gráfica desta instrução juntamente com a sua operação faz com que ela seja interpretada
como um contato normalmente fechado de um relé. Porém, convém ressaltar que apesar da analogia é uma
instrução lógica e não um contato de circuito elétrico. A Figura 1.9 representa a instrução NF em linguagem
lader e também a sua tabela-verdade de operação.
Endereço
Estado do BIT Instrução NF
] [ No do Bit
0
1
Verdadeira
Falsa
Figura 1.9 - Representação em linguagem Lader da instrução XIO e a respectiva tabela verdade de
operação
A CPU executa esta instrução verificando se há ou não continuidade lógica na linha que antecede a
instrução. Caso haja continuidade lógica da linha, o bit endereçado pela instrução será colocado no estado
lógico 1. Se não houver continuidade na linha o bit endereçado pela instrução será colocado no estado
lógico 0.
A Figura 1.10 apresenta o aspecto gráfico da instrução OTE.
Endereço
( )
No do Bit
Figura 1.10 – Representação em linguagem Lader da instrução OTE
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Figura 1.11 - Controlador Micrologix 1200
A família dos CLPs MicroLogix da Allen-Bradley tem característica modular, e a versão do controlador
disponível no laboratório é constituída por: chassi, fonte, módulo processador (CPU), módulo de entradas
digitais, módulo de saídas digitais.
Tabela 1.1 - Identificação dos módulos do CLP
Módulo Código Observações
CPU 1762 8k de memória de instruções e controle
Ent/Sai 1762-IF2OF2 08 entradas digitais, 100/200 volts
A Figura 1.12 mostra a disposição física dos principais componentes do equipamento. Caso o usuário
deseje mais pontos de entrada, saída ou até mesmo funcionalidades de rede de comunicação de dados,
este poderá adquirir cartões específicos que permitirão aumentas os recursos do equipamento.
Os cartões devem ser instalados em trilhos padrão DIN fisicamente conectados aos outros cartões ou ao
corpo do CLP (Respeitando-se as limitações do controlador empregado).
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A tabela 1.2 mostra os principais componentes físicos do CLP MicroLogix 1200.
Tabela 1.2 - Identificação dos componentes do CLP
Componente Descrição Componente Descrição
1 Terminal removível de bloco 7 Tampas dos terminais e etiquetas
2 Interface para Expansão de I/O, 8 Chaves de ajustes
Barreira Removível
3 LEDs de entradas 9 Chaves para troca de modo
4 LEDs de saídas 10 Modulo de Memória/ Relógio de tempo
real
5 Porta de comunicação 11 Trava dos trilhos DIN
6 LEDs de status 12 Porta de programação e IHM (Interface
Homem-Máquina)
A tabela 1.3 indica os possíveis estados dos LEDs do CLP MicroLogix 1200 e seus respectivos
significados.
Tabela 1.3 - Indicação dos LEDs do módulo processador
LED Quando Indica que
RUN ON (constante) O controlador está no modo RUN
Piscando O controlador está transferindo um programa da memória RAM para o módulo de
memória
OFF O controlador está em outro modo que não RUN
Piscando ao ligar O controlador não está configurado
FLT
Piscando em operação O processador detectou erro no chassi de expansão ou na memória
ON Há falha grave (sem comunicação)
OFF Não existem erros
Piscando Entradas ou saídas foram forçadas para ON ou OFF sem que isto tenha sido
FORCE habilitado
ON Pontos forçados foram habilitados
OFF Pontos forçados inexistentes
ON Bateria baixa, ou jumper inexistente, ou bateria e jumper não conectados.
BATT
OFF Bateria OK ou jumper presente
Existem três posições que definem o modo do CLP, selecionada através da chave seletora para troca de
modo representada na Figura 1.12 (componente 9).
Posição RUN
Esta posição habilita o CLP ao modo de operação (Run). O CLP varre/executa o programa ladder,
monitora dispositivos de entrada, energiza dispositivos de saída e ativa pontos forçados de E/S
habilitados. O modo do CLP pode ser alterado somente por meio da chave seletora. Não é possível
desenvolver a edição do programa on-line.
Posição PROG
Esta posição habilita o CLP ao modo de programação (Program). O controlador não varre/executa o
programa ladder e as saídas são desligadas. É possível desenvolver a edição do programa on-line. O
modo do CLP pode ser alterado somente por meio da posição da chave seletora.
Posição REM
Esta posição habilita o CLP ao modo remoto (Remote): modos REMote Run, REMote Program ou
REMote Test. O modo do controlador pode ser alterado por meio da posição da chave seletora ou
mudando o modo por meio de uma interface de programação/operação. É possível desenvolver a
edição de programa on-line nessa posição.
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Anexo A
Este anexo apresenta um resumo do manual indicado na bibliografia do software Logix 500, que
funciona sobre o sistema operacional MS-Windows.
O software RSLogix500 é um programa desenvolvido com o objetivo de configurar, programar, monitorar
e comandar os CLPs da série MicroLogix e SLC-500 da Allen Bradley. A Figura A.1 apresenta um exemplo
de tela do mesmo.
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A.2 Configuração de Driver
Primeiramente, deve-se criar um driver para comunicação do CLP com o PC. No software RSLinx, clique
em Communications / Configure Drivers. Em Available Driver Types, selecione o driver desejado e
configure-o.
Neste caso o driver RS-232 DF1 device deve ser selecionado. Em Comm Port, selecione a porta de
comunicação utilizada e em Device, selecione SLC-CH0/Micro/PannelView. As outras informações
necessárias para configuração do driver podem ser obtidas por meio do Auto-Configure. A Figura A.3
apresenta um exemplo de tela de configuração do Driver serial Linx.
Pode-se também programar por objetos gráficos, por meio da técnica de arrasta-e-solta dos símbolos do
menu de instruções (Figura A.5). É necessário que se faça o endereçamento da instrução após a colocação
da figura na posição desejada. Como é mostrado na Figura A.6.
Após a programação de todo ladder estar finalizada, é recomendado fazer uma verificação lógica do
programa, por meio do botão . Havendo erros, eles serão enumerados e indicados na tela.
Para todas as janelas que aparecem em seguida, deve-se escolher a opção Sim.
Para voltar a programar, basta escolher a opção Offline.
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A.6 Procedimento para programar, carregar e descarregar o programa aplicativo no CLP
Todo novo programa Lader aplicativo criado precisa seguir esse procedimento para que reconheça o CLP e
seus cartões de expansão.
Esse passo é necessário para garantir que o PC está conectado ao CLP e todas as suas expansões de
entrada e saída foram reconhecidas.
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8º passo: Fechar a tela IO Configuration
9º passo: Crie seu programa clicando nos ícones referente às instruções de programação e
arrastando-os para a linha do programa. Ver Figuras A.4, A.5, A.6 do anexo.
10º passo: Clique em file/save e salve seu programa
1º passo: Mude o status localizado no canto superior esquerdo de offline para download. Ver Figura
A.7 do anexo.
2º passo: Confirme todas as janelas que aparecerem.
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