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Reflexões sobre o surgimento de uma visão antropocêntrica e laica sobre o mundo e o

ser humano baseado nos pensamentos de Aristóteles, Tomas de Aquino e Galileu.

EDUARDO MARTINS

1. Renascimento: Ciência Moderna e Aristotelismo

Segundo narra a pesquisadora do assunto Beatriz Helena Domingues (1986) a Idade


Media não pode ser considerada como uma civilização sagrada em seu sentido pleno e nem na
cultura moderna, apesar de sua postura antropocêntrica conseguiu se desprender de sua Matriz
teológica.

Portanto a população medieval se guiava pela religião, os reis e os que sabiam ler se
guiavam pelos instrumentos conceituais ligados a razão grega como, por exemplo, a filosofia
grega enquanto teologia que usava a ciência da natureza, como bem nos alerta Padre Vaz na
qual ele diz “Se o renascimento da ciência significou, por um lado, a descoberta da natureza
aberta a curiosidade de uma razão interrogada, a ciência – aqui idêntica a filosofia –
significou por outro lado, a tentativa de fazer com que tal descoberta mostrassem a natureza
nacional pela visão religiosa”. (Domingues,1986, p. 22).

Diante disto o debate travado entre Nominalista e Tomista no século XIV foi um
momento privilegiado que se estabeleceu novas relações entre a fé a razão onde a Filosofia e a
teologia andavam juntas. (DOMINGUES, 1986, p. 23).

A autora cima citada segue demonstrando ainda que nos países ibéricos o
Aristotelismo e depois o Tomismo teve grande importância para o pensamento da cultura,
uma relação orgânica entre Ibérica e Tomismo onde se interpretava Árabes e Judeus no qual
fizeram uma primeira tentativa de juntar os cosmos aristotélicos com a junção de duas
religiões (Islamismo e Judaísmo). O debate entre a religião e a razão era caso de emergência
para a ciência moderna porque começaram a compreender racionalmente o mundo natural e
com isso compreender mais a filosofia da natureza em um mesmo contexto Aristóteles
juntamente com a religião muçulmana foi tentada por Maimônides onde ambos foram
responsáveis para que pudesse entender a síntese entre Aristóteles e o cristianismo de Tomas
de Aquino proposta esta que foi desempenhada na Ibérica. (DOMINGUES, 1986, p. 25).

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Foram numerosas traduções feitas do árabe para o latim entre 1050 e 1250 fornecem
novos materiais que estimulam e tenderam a transformar o pensamento ocidental. Esses
materiais constituíram se no escrito, quase completos, de Aristóteles acrescidos dos
comendadores árabes (Averróis e Avicenas). Para Averróis e Aristóteles deus era uma figura
importante e que não se metia em tudo por acaso, visto que Deus é eterno e também o mundo
em sua ordem, constitui a natureza e também os seus astros. (DOMINGUES, 1986, p.27).

Os romanos, que foram o suporte da tradição latina, teriam demonstrado uma


diferença quase total pela ciência e pela a filosofia e centrado seus interesses em coisa praticas
como agricultura, direito, moral, já o mundo Arabe-Islamico o seu objetivo era a política e
assim lançou a conquista pela civilização que englobava a ciência e a filosofia grega.
(DOMINGUES, 1986, p. 30).

A influência cientifica dos árabes na Espanha, anterior em quatro séculos a


de Aristóteles, surgiu se a um período de forte tradição pragmática herdada
dos romanos, que havia tido uma grande influencia na Baixa Idade Media
européia, mas não na Islâmica. Essa combinação, aliada a convivência de
três religiões (pode-se aqui dizer de três culturas), imprimiu uma marca
própria á Idade Media Ibérica. (DOMINGUES, 1986, p. 31).

Conforme Narra Domingues, (1986, p.32) Europa Ocidental o aprofundamento de Aristóteles


surgiu às universidades, período este de intensas querelas intelectuais, onde o respeito à
autoridade dos antigos manteve certo equilíbrio com o uso de uma razão mais livre e apoiada
na experiência imediata que se deu o esforço de Santo Tomas de Aquino de demonstrar que a
filosofia aristotélica não era incompatível com a doutrina cristã e sim era aliada. Santo Tomás
de Aquino queria entender o que era incompatível entre a doutrina cristã e aristotélica e com
isso transferir a tese aristotélica para o cristianismo e assim criar uma nova filosofia cristã.

2. Modernismo de Tomás de Aquino, o nível da religião e o nível das instituições


terrenas

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Portanto ao falar do criador o individuo era considerado como um todo que fazia
parte total da comunidade e era um corpo social um todo vivo. Aristóteles dava um valor
secundário a comunidade terrena corpo social a qual o homem faz a parte, mas se divida do
cristão pois ele é considerado individual. Durante aquele período o conhecimento de outras
obras aristotélicas era somente dos Árabes. (DOMIGUES, 1986, p. 36).

Dando seguimento a esta analise o neoplatonismo havia seguido o fundamento


teológico da filosofia, mas teve o mínimo entendimento sobre o mundo mundano, como nos
lembra de Eco, “entendia se mais do céu do que da terra” Deus para eles estaria fora do
alcance do principio das coisas e das idéias e que o universo seria uma distração desses Deus,
pois o mundo das idéias e superior ao mundo físico. (DOMINGUES, 1986, p.37).

A partir da releitura tomista de Aristóteles pode se mudar este quadro, pois ele falava
de Deus, mas não somente falava se também do movimento dos astros sobre sua influencia na
natureza podendo então conhecer o mecanismo da natureza sem a intervenção de Deus. Para
Aristóteles a essência entre os seres vivos é o principio de crescimento e de organização algo
que só por uma questão de tempo para explodir e se manifestar. Para Tomás de Aquino o
segredo do ser vai se sobre por pelo conceito de existir, pois o existir o acontecer não são
conseqüência das idéias, pois as deveriam acontecer concretamente e só depois
compreendemos. (DOMINGUES, 1986, p. 37).

Para Santo Tomás a definição da existência da criatura não explica a sua existência.

As criaturas não existem em si mesma e sim devido a outra realidade. Tal


distinção de realidades torna-se, em seu sistema, o fundamento metafísico da
continência das criaturas humanas e permite introduzir a idéia de criação. A
idéia de criação pressupõe que só em Deusa unidade entre essência e
existência, pois é Ele o criador de todas as coisas e o fundamento de suas
existências contingentes. Deus seria o próprio ato de existir, e não uma
essência qualquer a qual se possa atribuir existência. É também imóvel,
eterno, perfeição pura. (DOMINGUES, 1986, p.38)

Portanto diante de tais provas torna-se concebível que o mundo seja de criaturas
contingentes e isso só é possível pela razão cujo sua existência é dada por Deus que são
criadas a partir de um nada e sobe segundo a participação da existência divina. Baseado na
bíblia o homem e obtém o poder de não ter somente corpo, mas também alma essa alma
pertence a uma serie de seres imateriais que liga o corpo com o espírito.

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2. Galileu e a ciência moderna, característica fundamentais da modernidade cientifica

Conforme Mariconda, (2006, p. 268) a obra de Galileu Galileu1 (1564-1642) esta


ligada a revolução cientifica do século XVII onde essa revolução foi a mais sofrida pelo
espírito humano onde encadeou o nascimento da ciência moderna.

Dando seguimento a esta análise do autor Mariconda (2006) ele menciona que o
astrofísico Galileu Galilei é considerado o fundador da física clássica que é desenvolvida na
direção de uma teoria físico-matemático dos fenômenos naturais. Portanto suas atribuições era
essa nova ciência como, por exemplo, a descoberta da lei de queda do corpo, a formulação da
teoria do movimento acelerado e a descoberta da trajetória parabólica dos projeteis. A
temática de Galileu constitui na elaboração da primeira teoria cinemática que consegue
matematicamente descrever o movimento do corpo. (MARICONDA, 2006, p. 268).

Segue destacando também que Galileu era um dos fundadores do método


experimental, deste ponto de vista podemos dizer que ele não tinha apenas realizações
cientifica, mas também uma maneira de conceber a ciência física isso é o método cientifico ou
cientifica moderna que é a procura, na natureza, de regularidades matemáticas que eram
chamadas as leis da natureza que eram utilizados por meio de realizações e experimentos.
(MARICONDA, 2006, p. 269).

Ainda continuando com as reflexões proposta pelo pesquisador da temática


Mariconda (2006) ele pondera que em virtude desse tipo de completa transformação da
atitude do espírito humano podemos destacar a atitude ativa e a atitude contemplativa isto é o
homem moderno procura ter o domínio da natureza, tornando-se ”dono e senhor da natureza”
e quanto o homem medieval apenas a contempla. Com esta preocupação com os aspectos
práticos da ciência estavam numa direção eminentemente técnicas com o compasso
geométrico-militar e a direção cientifica com o telescópio onde ele não o criou mas o

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Galileu foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano que teve um papel ímpar na revolução
científica. Sua obra mais citada e uma das mais revolucionárias para a época na qual viveu é a proposição da
teoria Heliocêntrica, que descreve um modelo de universo onde o Sol é o centro imóvel, e não a Terra como se
acreditava na época. Também foi responsável pelo desenvolvimento dos primeiros estudos consistentes do
movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Enunciou a lei dos corpos e o princípio da
inércia e o conceito de referencial inercial, idéias precursoras da mecânica newtoniana. Disponível em:
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Biografias/galileu_galilei.php. acesso em 20/02/2016 . Para saber mais
seguir o link.

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aperfeiçoou e utilizou para observação astronômicas onde despertava curiosidade foi
reconhecido seu valor militar. (MARICONDA, 2006, p. 270).

Conclui o autor supracitado que além disso, com as descobertas feitas por Galileu
onde usava seus métodos científicos para compreender o mundo e o universo, inventou o
compasso a régua de cálculos que permite cômputos rápidos e distancia variadas,
profundidade, de atitude, espessuras de muralhas e a resistência de vigas, muros de arrimos e
sustentação, esse compasso era vendido junto como manual de instrumentos e isto era uma
novidade no mercado. (MARICONDA, 2006, p. 270).

4. Aspectos de extrema relevância ligados a mudança de atitude característica a


revolução: união entre ciência e técnicas

A atitude contemplativa estava assentada em uma grande medida onde era operada
pelos gregos e mantida pelos medievais entre ciência e técnicas que eram a episteme e techne.
Seguindo neste contexto a episteme corresponde o mais elevado grau de conhecimento a
ciência apodítica ou a ciência em sentido estrito, enquanto a techne corresponde o
conhecimento pratico o saber fazer, artes e técnicas. Podemos dizer então que ciência
moderna é um dos pilares pra o estado laico, a ciência também explica o mundo em que
vivemos pelos fenômenos da natureza. (MARICONDA, 2006, p. 273).

Conforme (MARICONDA, 2006, p.274) a organização universitária constituía a


introdução sistemática a enciclopédia cientifica, pois considerava a única que poderia fazer o
conteúdo cientifico com coerência teórica. O ensino universitário com europeu com base na
síntese tomista onde a física aristotélica repousa sobre a metafísica um sistema de conceitos
de relações universais na qual discutia a acidentalidade da existência onde deixa transparecer
uma profunda teologia de um cosmo é teológico porque são finalidades que guiam de modo
determinado os cursos da natureza.

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5. Matematização e mecanização da natureza

Segundo Mariconda, (2006, p. 279) o conjunto organizado da cultura é a expressão


cabal da modificação nas concepções da natureza de ciência e da capacidade humana
direcionada a matematização e a mecanização da natureza e com isso parar o alcance
suscitada pela simples idéia do movimento da terra para aprofundar e compreender o vinculo
entre a matematização da natureza e a concepção que a Terra é um planeta que gira em torno
do sol.

Com o efeito Copérnico os pensamentos estão organizados na afirmação da nossa


posição central do universo de modo que a concepção geocêntrica faz parte do núcleo da
concepção antropocêntrica da cultura. A aparência de Aristóteles constituída a partir da
categoria de que o próprio ser das coisas não depende da maneira pela qual se conhece essas
coisas, pois o movimento da terra terá um impacto fundamental na organização da cultura, no
conjunto do saber, da ciência, da religião, e da opinião comum. (MARICONDA, 2006,
p.280).

Com isso o plano cientifico para explicar a afirmação astronômica em tornos de leis,
da ordem, da estrutura e da interação subjacentes aos fenômenos relatado a esta observação.
(MARICONDA, 2006, p.280).

No plano cientifico, com Copérnico, o movimento do observador passa a ter


uma função radical ou primitiva, de modo que “salvar as aparências” quer
dizer agora restaurar sob as aparências os princípios as física que as
explicam e que, portanto, tornam possíveis essas aparências. Em suma, na
astronomia de Copérnico existe uma pretensão de explicação que invade o
terreno que a tradição havia reservado a filosofia natural. (cf.
MARICONDA, 2000, p.92-6; MARICONDA; Vasconcelos, cap .3).

Em destaque outros autores como Copérnico, Kepler, Galileu e Descartes se guiavam


pelo sistema copernicano que insere a critica moderna feita em nome da razão, a astronomia, e
a cosmologia onde se orientavam pelo cosmos e separava totalmente o Céu e Terra e
atribuíam ao corpo celeste. Ao comparar a pesquisa astronômica, de Kepler e a pesquisa
mecânica de Galileu pode se perceber uma grande semelhança, pois as duas revelam um
direcionamento no método de regularidades matemáticas observadas pelo fenômeno da
natureza. Com isso o principal significado da tese galileana ao copernicanismo esta ligada a
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sua rejeição da autoridade de Aristóteles, ou seja, sagrada escrituras como critério de verdade
na questão cientifica. (MARICONDA, 2006, p.281).

No copernicanismo a tese era centralidade sol e da mobilidade da terra e procurava


afastar tais pensamentos, pois eram contrárias as sagradas escrituras, mas por outro lado
impedia que a igreja se opusesse ao progresso da nova ciência. Podemos dizer então que
Galileu acreditava que era possível ser um bom católico e ao mesmo tempo ser copernicano
usar também a ciência e a teologia, pois é possível acreditar na existência de um Deus, seguir
a bíblia e também provar que a terra se move. (MARICONDA, 2006, p.284).

Dando seguimento a esta analise do autor Mariconda, (2002) a ciência era autônoma
em seu método onde aferia a verdade da concepção da natureza e também um método
acessível à capacidade humana onde acreditavam que deveriam se prevalecer pela sagrada
escritura onde Galileu debatia que uma coisa era a religião e outra coisa era a ciência.

É ofício dos sábios expositores afadigar-se para encontrar o verdadeiro


sentido das passagens sacras concordantes com aquelas conclusões naturais
das quais primeiramente o sentido manifesto ou as demonstrações
necessárias tornaram-nos certos e seguros. (GALILEI, APUD,
MARICONDA, 2002, p.283).

Segundo explica nosso autor e referencial teírico Mariconda, (2006) Foi no ano de
1613 e 1616 a polemica teológico-cosmológica teve um grande avanço no nível interno do
campo cientifico nos aspectos intelectual e político. A defesa do copernicanismo não é apenas
uma defesa teórica, mas é fundamentalmente uma polemica que envolve as transformações
dos juízos cientifico e uma nova circunscrição do campo cientifica ambos organizavam a
instituição das carreiras profissionais nas universidades da época. (MARICONDA, 2006, p.
284).

Segundo Galileu não é somente a ciência que possui um método suficiente que se
torna livres do principio da autoridade teológica, mas as universidades de seu juízo, pois seus
intérpretes da bíblia devem se adequar as verdades estabelecidas pela ciência e também
adquirir conhecimentos contraditos pela razão natural. (GALILEI, 1932[1613-1616],p.283;
1988, p.19; apud, Mariconda, 2006, p. 284).

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7. O futuro passado dos tempos modernos numa visão esta escatológica da história de
acordo com a bíblia

De acordo com (KOSELLECK, 2006, p.21) o quadro a batalha de Alexandre em


1528 representou uma visão escatológicada historia onde o tema do quadro escolhido
continha vários assuntos relacionados à bíblia e este mesmo quadro nos revela também o
choque entre os cavaleiros armados e a infantaria pesada, armadas com lanças, e com isso
Alexandre era um dos lideres do ataque onde foi vitorioso e foi destacado bem à frente. Para
que pudesse obter uma maior exatidão da arte o pintor historiográfico da corte, que o assistiu,
e foi buscar então informação com Curtius Rufusno qual pode saber supostamente o numero
preciosos de participantes da batalha também aqueles que se sucumbiram e os que foram
presos.

Para um cristão a vitória de Alexandre sobre os Persas significou a passagem do


segundo para o terceiro império temporal no qual foi representado no ultimo quadro, O sacro
Império romano, também neste quadro foram representados forças celestiais e cósmicas
como, por exemplo, o sol e a lua que significava as forças das luzes e das trevas relacionados
aos dois reis, o sol neste contexto aparece sobre o navio que tinha seu mastro em forma de
cruz onde também este período ficou conhecido como o século das luzes que se manifesta
para além da relação passado-presente e provocou relações de transformação entre a vida do
homem e a relação com o tempo. (KOSELLECK, 2006, p.22).

A luz sobre o barco que tinha seu mastro em forma de cruz simbolizava a presença
de Deus o sagrado, e era a luz que estava com eles o começo do mundo e isso ainda se da até
os dias de hoje, pois para os cristãos Jesus Cristo é a luz do mundo. Segue mostrando também
que a lua simbolizava as trevas e que a escuridão representava o mal, o fim do mundo.

De acordo com Koselleck, (2006, p. 24) o grau de imediatismo desta expectativa


podia variar de uma situação para outra, mas a figura do fim do mundo já estava definidas
,onde a transformação mística do apocalipse foram apitados as circunstancia pois a profecias
não canônicas variavam um pouco e deveriam aparecer no fim do mundo, tais como papas
angélicos, o imperador da paz ou seguidores do anticristo, como Gong e Magog e tal tradição
ocorre no ocidente e eram encerrados por Alexandre no Causas o e ali permaneciam até a sua
vinda.

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Assim narra Koselleck, 2006, p. 24:

Lutero viu o anticristo sentado em um trono sagrado, dizia que Roma era a
babilônia prostituida e os católicos viram em Lutero o próprio anticristo,
com o passar do tempo a igreja juntamente com alguns partidos militares
entraram em decadência parecia se preparar para uma guerra civil para
acabar com a humanidade e dar credito pra a hipótese do fim do mundo que
era pregado com muita força pelos católicos.

Devido esta grande força que se dava ao fim do mundo, Lutero dizia freqüentemente
que o mundo teria que acabar o mais rápido possível no mesmo ano ou no outro seguinte, pois
Deus com infinito amor pelos seus escolhidos se apressaria, pois o mundo estaria se
sucumbindo. Segundo Lutero isto poderia representar uma grande espera ou ser breve, pois o
fim do mundo não teria uma data especifica para acontecer. (KOSELLECK, 2006, p.25).

De acordo com (Koselleck, 2006, p. 26):

a igreja em si mesma escatológica e no momento que as figuras do


apocalipse de João são aplicadas sobre os acontecimentos a escatologia tem
um efeito desintegrado, porque o fim do mundo só é um fator de integração
enquanto permanecer não determinável do ponto de vista da historia e da
política. E com isso a igreja se aproveitou do pensamento do fim dos tempos
para pregar a salvação para os cristãos para que quando chegasse o momento
que o mundo se acabasse lhe eram garantido um lugar no paraíso e suas
almas seriam salvas.

Durante este período enquanto a profecia ganhava força, o prognostico esta ligada a
política era um momento consciente da ação política, pois falava se que o tempo se engendra
em sua direção na qual e projeta e a profecia apocalíptica destrói o tempo de que ela se
alimenta. (KOSELLECK, 2006, p. 32).

Dessa maneira nosso autor supramencionado conclui suas reflexões ponderando que
o futuro deste progresso é caracterizado por dois momentos: pela aceleração pela qual é posto
a nossa frente ou pelo seu caráter desconhecido. Pois os tempos e acelera a si mesmo, ou seja,
na própria historia abrevia o campo de sua existência a sua continuidade lhe és roubada.

Com a confecção do presente artigo para a Disciplina de História Moderna I, pode-se


aprender que a historiografia tem diversas nuances e que dessa feita os diferentes autores
possuem diversificadas abordagem acerca de um acontecimento. Diante do acima exposto

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podemos concluir que a ideia de Renascimento, pode ser assim lida de diversas maneiras e até
mesmo chamada de “renascimentos”.

Considerações Finais

Após este estudo pode-se observar uma civilização da Idade Media em seu pleno
sentido sacral e sua postura antropocêntrica e a nascente ciência se defrontando com a religião
em virtude das peculiaridades na busca do conhecimento. Assim se misturavam à
modernidade uma ideia de razão elaborada pelas ciências, sobretudo pela astrofísica galileana.

Outro aspecto a se considerar foi que a obra de Galileu, este astrofísico e fundador da
física clássica e sua invenção do método experimental, apareceria em alguns processos e
métodos científicos e matemáticos e legaram à ciência (astronomia) a faculdade de poder
observar o cosmo, coube ainda ao italiano aperfeiçoar o telescópio para tais finalidades.

Concluindo este estudo podemos aferir que “O futuro e o passado” representa uma
época do iluminismo e procura enxergar o homem em sua existência que pela fé e pela razão
se encontravam em grande conflito juntamente com os católicos que usavam o conceito de
fim de mundo para convencer que se chegava o termino do mundo e assim iriam para um
paraíso e teriam suas almas salvas.

Referências

DOMINGUES, Beatriz Helena. O aristotelismo Medieval e as origens do pensamento


cientificam moderno. In: Locus. Juiz de Fora, vol.02, nº 01, 1986, p.21-41.

MARICONDA, Pablo Rubén. Galileu e a ciência moderna. In: Especiaria-Cadernos de


Ciência Humanas, vol.09, nº16,jul./dez.2002, p.33-72.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição a semântica dos tempos históricos.


Rio de Janeiro: Contraposto: Ed. PUC-Rio, 2006, p. 21-39. (Parte I – 1 O futuro passado dos
tempos modernos.

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Galileu Galilei. Disponível em:
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Biografias/galileu_galilei.php. acesso em 20/02/2016

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