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Curso UniTrain
Transformadores trifásicos
ET6
Autor: R. Linnertz
Lucas-Nülle GmbH · Siemensstraße 2 · D-50170 Kerpen (Sindorf) · Tel.: +49 2273 567-0
www.lucas-nuelle.com www.unitrain-i.com
Objetivos 4
Material 5
Placa SO4204-7Y 6
Tipos de transformadores 9
Transformadores monofásicos 14
Tipos de carga 32
Eficiência 48
Autotransformadores 50
Transformadores trifásicos 63
Copyright 109
Objetivos
Bem vindo ao curso UniTrain Transformador trifásico! O time da LUCAS NÜLLE deseja muita
diversão e sucesso ao trabalhar os temas do curso e na execução dos experimentos. As páginas a
seguir fornecem uma visão geral do conteúdo do curso e dos materiais necessários.
Conteúdo didático
Funções de um transformador
Estrutura e modo de funcionamento de transformadores
Formas construtivas de transformadores
Parâmetros de transformadores
Comportamento no circuito aberto
Comportamento com carga
Esquema de circuito equivalente do transformador
Transformadores monofásicos
Autotransformadores
Transformadores trifásicos
Requisitos
Para uma execução bem sucedida do curso é necessário ter conhecimentos básicos nas seguintes
áreas:
CO4203-
Interface UniTrain
2A
CO4203-
Placa experimental UniTrain
2B
Para algumas animações é necessário ter o Flash-Player instalado. Caso você não
tenha o Flash-Player instalado no seu sistema, você pode fazer o download da
versão atualizada, sempre que quiser, em Adobe.
Placa SO4204-7Y
Movimentar o mouse sobre a imagem para saber mais sobre cada um dos componentes da
placa de conexões.
Dados técnicos:
Tensão nominal (derivação externa):
20.8 V
12V
170mA
30mA
100mA
160mA
Dimensões:
Os gráficos a seguir mostram alguns tipos típicos de transformadores: Transformador toroidal (acima
à esquerda), transformador trifásico (acima à direita), autotransformador (abaixo à esquerda) e
transformador de campainha (abaixo à direita).
Estrutura e modo de funcionamento de transformadores
Transformadores são máquinas elétricas, que servem para transformar correntes alternadas ou
trifásicas para tensões mais altas ou mais baixas. Por este motivo, os transformadores também são
caracterizados, na engenharia eletrotécnica, como conversores. Já na tecnologia de medição, no
entanto, são caracterizados frequentemente como transdutores, e na tecnologia de
telecomunicações como transmissores. O modo de funcionamento de transformadores é baseado na
indução eletromagnética. A seguir vamos contemplar primeiramente apenas os transformadores
para corrente alternada monofásica.
Estrutura do transformador
A ilustração a seguir mostra a estrutura básica de um transformador para corrente alternada
monofásica.
O transformador consiste de um núcleo de ferro isolado, que é composto por discos metálicos
isolados, para promover a supressão de correntes de Foucault. Para manter a perda de ferro, o mais
baixa possível, são utilizados chapas especiais para transformadores. O núcleo de ferro é envolvido
por dois enrolamentos, geralmente, com números de espiras diferentes N1 e N2. O enrolamento que
absorve uma tensão elétrica alternada, é caracterizado como enrolamento primário (na ilustração
acima à esquerda); a corrente I1 que flui por este enrolamento é denominada de forma
correspondente como corrente primária. O enrolamento que fornece energia elétrica é denominado
enrolamento secundário (na ilustração acima à direita) e a corrente que flui por ele é
consequentemente denominada corrente secundária I2. As tensões U1 e U2 presentes nos
enrolamentos são respectivamente denominadas como tensão primária e secundária. Os terminais
do enrolamento primário são caracterizados por 1U e 1V e do enrolamento secundário por 2U e 2V.
As grandezas elétricas (em particular as tensões e correntes) devem ser analisadas mais
profundamente, uma vantagem neste caso é fazer uso do transformador real com componentes
ideais. Para simplificar podemos assumir que o transformador comprove um relação de
transformação de ü = 1 (ver abaixo). Os dois enrolamentos possuem, neste caso, o mesmo número
de espiras e podem ser representados como no diagrama de circuito a seguir, conectados através
de uma reatância indutiva Xh.
As perdas em circuito aberto que ocorrem no núcleo de ferro são registradas através da resistência
ôhmica RFe, que estão conectados em paralelo a Xh:
As resistências ôhmicas dos enrolamentos são representadas pelos dois resistores R1 e R2. Os
campos magnéticos dispersos dos enrolamentos induzem tensões de autoindução, que podem ser
registrados por meio de dois indutores XS1 e XS2. Desta forma se obtém o esquema de circuito
equivalente completo do transformador.
Comportamento operacional em circuito aberto
Em circuito aberto, portanto, com circuito secundário aberto, o transformador se comporta como se o
enrolamento secundário não existisse, isto é, como uma bobina de estrangulamento. Devido a alta
indutância e à grande reatância indutiva associada, flui essencialmente apenas uma pequena
corrente em circuito aberto, o que produz um campo magnético alternado que é denominado como
corrente de magnetização. Entre a tensão fornecida ao lado primário e a corrente de magnetização
ocorre um deslocamento de fase de quase 90°.
Ao substituir a frequência angular pela expressão 2p f e o valor de pico da tensão pelo valor
efetivo multiplicado U0 da tensão em circuito aberto, é possível obter a denominada equação
principal do transformador
A animação interativa a seguir evidencia a relação entre tensões, correntes e número de espiras.
Adotar, com auxílio do regulador na animação, diferentes valores para tensão primária, corrente
secundária e respectivamente, números de espiras e observar como as grandezas sofrem
alterações em cada um dos lados!
Experimento: comportamento em circuito aberto
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos analisar o comportamento em circuito aberto de um transformador
monofásico. Para isso vamos utilizar sempre - como também nos próximos experimentos - o
enrolamento central entre os três enrolamentos do transformador por motivos de simetria.
U = 12 V
f = 50 Hz
INTERVALO: 300 mA
MODO: RMS
AC
MODO: RMS
INTERVALO: 20 V
AC
Objetivos do experimento:
No experimento a seguir vamos verificar a relação de transformação de um transformador. Além
disso vamos determinar os números de espirar dos enrolamentos parciais no lado primário e
secundário do transformador.
U=1V
f = 50 Hz
INTERVALO: 20 V
MODO: RMS
AC
12
U2/V
10
0
0 2 4 6 8 10 12
U1/V
Qual forma tem a curva característica resultante?
aprox. 0.5
Um valor um pouco maior que 1
aprox. 1.5
aprox. 2
Quais valores podem ser obtidos para o número de espiras? Registrar seus resultado nos
campos adequados!
Qual valor pode ser obtido para o número de espiras? Registrar seus resultado nos campos
adequados!
N1.2 = ____
Comportamento com carga
Com carga flui corrente no enrolamento secundário. Esta corrente enfraquece o campo magnético
conforme a Lei de Lenz, porque a própria corrente produz um campo magnético da direção oposta.
Como resultado, uma parte do campo é forçada a sair do núcleo de ferro e assim permear em
apenas um dos dois enrolamentos. Estas linhas de campo magnético são caracterizadas como
campo magnético disperso Este fluxo disperso causa uma queda de tensão. Como resultado, a
tensão secundária não é tão alta como deveria ser de acordo com a relação das espiras dos
enrolamentos. A ilustração a seguir mostra as linhas do campo magnético no caso com carga
(superior), respectivamente, sem carga (inferior). As linhas verdes contínuas representam o campo
magnético produzido pela corrente primária, as linhas verdes pontilhadas o campo magnético oposto
e as linhas amarelas o campo magnético disperso.
Através da corrente que flui no lado secundário, a corrente de entrada também fica maior. As
correntes produzem quedas de tensão nas resistências dos enrolamentos. O transformador com
carga apresenta então o comportamento de um gerador com uma resistência interna. Esta
resistência é composta por um componentes resistivos e indutivos. No caso do diagrama de circuito
equivalente do transformador para uma relação de transmissão de ü = 1, que já foi discutido
anteriormente, o ramal paralelo de alta impedância (consistindo de Xh e RFe) pode ser omitido no
caso de carga, de modo que apenas o ramo da série precisa ser considerado. Vamos então resumir
as proporções de ambos os enrolamentos para os resistores R e XL. A ilustração a seguir mostra o
esquema de circuito equivalente simplificado correspondente ao transformador, sendo que
primeiramente com uma carga resistiva RL. I é uma corrente de carga em fluxo.
A tensão de saída U2 é inferior, no mesmo valor da queda de tensão interna do transformador, à
tensão de entrada U1. Ambas as tensões comprovam um deslocamento de fase j, que depende do
tipo de carga. A diagrama fasorial abaixo representa as relações para carga resistiva. Tensão de
saída e corrente de carga estão neste caso em fase.
Carga indutiva
O diagrama fasorial a seguir representa as relações de uma carga indutiva pura. Neste caso, a
corrente de carga atrasa a tensão de saída em 90°, assim como a queda de tensão ôhmica I · R.
Uma vez que a tensão na carga tem a mesma posição de fase que a queda de tensão indutiva I · XL,
a queda de tensão interna neste tipo de carga é bastante alta.
Carga capacitiva
As relações na carga capacitiva são mostradas no diagrama fasorial a seguir. Neste caso, a corrente
de carga atrasa a tensão de saída em 90°. A tensão de saída é neste caso maior que a tensão de
entrada, já que a indutância interna e a capacitância de carga formam um circuito de oscilação em
série. Por este motivo grandes capacitores não devem ser conectados de forma isolada diretamente
a rede elétrica.
Carga resistiva-indutiva
No caso da carga resistiva-indutiva as relações são representadas conforme o seguinte diagrama
fasorial. O deslocamento de fase entre a corrente de carga e a tensão de saída está entre 0 e 90°
dependendo da indutância de carga e da resistência de carga. A queda de tensão é maior para este
tipo de carga, uma vez que a resistência ativa e a reatância se comportam como na resistência
interna do transformador.
Experimento: comportamento com carga
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos verificar o comportamento do transformador com carga resistiva.
Para isso vamos medir a tensão secundária U2 e a corrente de carga I com diferentes cargas.
U = 12 V
f = 50 Hz
MODO: RMS
INTERVALO: 20 V
AC
INTERVALO: 300 mA
MODO: RMS
AC
Quais valores você obtém agora para a corrente de carga I e para a tensão de carga U2?
Registrar os resultados nos campos adequados!
I = ____ mA U2 = ____ V
Modificar a estrutura experimental para que a carga seja uma conexão em série de duas lâmpadas
incandescentes e medir novamente a corrente de carga e a tensão de carga.
Agora conectar novamente uma única lâmpada incandescente como consumidor. Conectar o
amperímetro e o voltímetro.
Modificar a estrutura experimental:
A animação abaixo evidencia a estrutura do circuito:
Canal A: 5 V/DIV; DC
Canal B: 100 mV/DIV; DC
Base de tempo (Time/Div): 5 ms/DIV
Disparador: A a 0 V
Fase zero na posição central
Exemplo: Um transformador 220V/24V, 1A/9A precisa ser colocado no caso do curto circuito em
22V, para que este possa absorver uma corrente primária de 1A. Sua tensão de curto circuito é
então Uk = 22 V. A tensão de curto circuito relativa é Uk = 22V/220V = 10%.
A tensão de curto circuito de transformadores é uma medida para a impedância interna (impedância)
do transformador. A baixa tensão de curto circuito (relativa) significa que o transformador possui uma
baixa impedância interna, de forma que a tensão de saída diminui muito pouco com carga.
Transformadores com baixa tensão de curto circuito são rígidos e os com alta tensão de curto
circuito são flexíveis.
Por outro lado, se um transformador tiver uma alta tensão de curto circuito, então se assegura, que
as linhas de campo magnético possam escapar do ferro. Neste caso, os enrolamentos são
ordenados para que as linhas de campo magnético atuem apenas em um enrolamento por vez. Para
isso os enrolamentos estão separados em uma perna ou em pernas separadas. Transformadores
com alta tensão de curto circuito são protegidos contra curto circuito, isto é, não sofrem danos em
caso de curto circuito. Eles encontram aplicação, p.ex. como transformadores de campainha ou
transformadores de solda.
Corrente de curto circuito
Se houver uma conexão quase livre de resistência entre os terminais no lado de saída de um
transformador em operação, ocorre um curto circuito. O transformador fornece nesta condição de
operação a corrente de curto circuito. A corrente que flui alguns períodos após a ocorrência do curto
circuito é denominada como a corrente de curto circuito permanente Ikd. A corrente é maior em
transformadores com baixa tensão de curto circuito e menor naqueles com alta tensão de curto
circuito. As altas correntes de curto circuito podem levar a danos irreversíveis em interruptores,
barramentos e outros equipamentos. Para a corrente de curto circuito permanente é válida a relação
Exemplo: Na lado da saída de um transformador 220V/24V, 1A/9A com uma tensão de curto circuito
relacionada de 5% ocorre o curto circuito. Então a corrente de curto circuito permanente é de
A corrente que flui imediatamente depois da ocorrência do curto circuito é caracterizada como
corrente de pico de curto circuito I s. Esta corrente de pico pode ser maior que o dobro da corrente
de curto circuito permanente. Seu valor depende da corrente de curto circuito permanente assim
como o valor instantâneo da tensão no momento da ocorrência do curto circuito. Existem condições
particularmente desfavoráveis quando o curto circuito ocorre no momento em que a tensão de saída
é zero. Neste momento a corrente de magnetização e a densidade de fluxo magnético têm seus
valores máximos. De acordo com a Lei de Lenz, a corrente de curto circuito, que agora está
iniciando, tenta inibir sua causa com a diminuição da densidade de fluxo. O enrolamento de saída
em curto circuito tenta, portanto, manter o magnetismo que existia no momento da ocorrência do
curto circuito. Durante vários períodos, a corrente de curto circuito permanente é sobreposta por
uma corrente contínua em decomposição. Para a corrente de pico de curto circuito é válida a relação
Exemplo: No caso considerado acima, o resultado é o pior caso, onde uma corrente de pico de
curto circuito é de
A ilustração a seguir mostra o decorrer da corrente de curto circuito depois da ocorrência do curto
circuito (símbolo de um raio).
(1) Corrente de carga antes da ocorrência do curto circuito
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos analisar o comportamento do curto circuito do transformador. Para
isso, vamos determinar a tensão de curto circuito relativa e a corrente de curto circuito permanente.
U=0V
f = 50 Hz
Aviso de segurança: Com tensão nominal total flui uma corrente de curto circuito muito
alta, que pode destruir o transformador!
Abrir o instrumento virtual medidor de tensão A no menu
Instrumentos / instrumentos de medição.
Adotar os seguintes ajustes:
MODO: RMS
INTERVALO: 2 V
AC
INTERVALO: 300 mA
MODO: RMS
AC
Aumentar então a tensão de entrada com cuidado, até que a corrente nominal de entrada I1N = 0,3A
flua.
Qual é a tensão de curto circuito Uk? Registrar o valor medido no campo adequado!
Qual é a tensão de curto circuito relativa uk, quando a tensão nominal é de 12V? Registrar o
valor no campo adequado!
Como todo transformador inevitavelmente apresenta perdas, a eficiência é sempre inferior a um.
Estas perdas são compostas pelas perdas de ferro PVFe e pelas perdas de enrolamento (perdas de
cobre) PVCu. As primeiras perdas são causadas pela magnetização permanente do núcleo, e as
últimas por perdas de calor, que são causadas pelo fluxo de corrente nos enrolamentos. Desta
maneira a fórmula para obtenção da eficiência resulta-se por
No núcleo de ferro ocorre o mesmo número de linhas de campo magnético independente da carga.
Por este motivo as perdas de ferro são constantemente iguais. No enrolamento fluem, no entanto,
diferentes correntes dependendo da carga. As perdas de enrolamento aumentam quadraticamente
com a carga. A maior eficiência do transformador é obtida, quando este estiver em operação com
carga nominal e um consumidor com o fator de potência 1. Quanto menor for o fator de potência dos
consumidores conectados, menor é a eficiência do transformador com a mesma potência aparente.
Exemplo: Um transformador com uma potência nominal de S = 10 kVA alimenta com potência
nominal diferentes consumidores com os fatores de potência a) cos j = 1, b) cos j = 0.8 e c) cos j =
0.6. Assim resulta-se a potência ativa possível de ser transmitida P como segue:
a)
b)
c)
Autotransformadores
Forma construtiva de autotransformadores
Estrutura
O autotransformador é uma apresentação específica de transformador, que possui um enrolamento
comum para o lado primário e para o lado secundário. Os dois enrolamentos deste tipo de
transformador não são, portanto, separados eletricamente entre si. O enrolamento é dividido no
enrolamento em paralelo e em série. A ilustração a seguir mostra a estrutura esquemática do
autotransformador. O enrolamento em série (1) é o enrolamento de alta tensão e o enrolamento em
paralelo (2) é o de baixa tensão.
Para reduzir tensões, como mostrado na ilustração acima, uma tensão U1 é aplicada no enrolamento
em série para que a tensão (menor) em paralelo U2 seja fornecida. Para aumentar tensões é
aplicada no enrolamento em paralelo a tensão U1 e no enrolamento em série é fornecida, neste
caso, uma tensão de saída U2 maior. A transformação de tensão resulta-se como no transformador
de dois enrolamentos a partir da relação entre o número de espiras.
Exemplo: Um autotransformador possui no total 300 espiras com uma derivação na espira 270.
Neste ponto é aplicada uma tensão de 198V. Resultando então no enrolamento em série um tensão
de saída de
Eficiência e potência
Sob carga, flui apenas a diferença entre os fluxos de corrente primária e secundária na parte do
enrolamento comum aos circuitos primário e secundário, de modo que esta parte de enrolamento
pode ser produzida com uma seção transversal consideravelmente reduzida do condutor. O uso de
autotransformadores não só gera uma economia de material, mas também é obtida uma redução
nas perdas de calor da corrente. Na parte comum do enrolamento, quanto menor a corrente, mais a
transformação se aproxima da relação de 1:1. O autotransformador é, portanto, utilizado de forma
particularmente vantajosa nos casos em que a transformação de tensão não difere
significativamente da relação 1:1. A eficiência pode ser de até 99,8% nestes casos.
Uma vez que os autotransformadores não estão isolados galvanicamente da rede devido ao
enrolamento comum, estes não devem ser utilizados como transformadores de proteção.
Experimento: redução de tensões
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos analisar a redução de tensões com auxílio de um circuito de
autotransformador tanto em circuito aberto como também com carga.
U =12 V
f = 50 Hz
INTERVALO: 20 V
MODO: RMS
AC
Qual valor foi obtido para a tensão secundária U2? Registrar o valor no campo adequado!
Como a tensão secundária U 2 pode ser calculada matematicamente pela tensão primária
U1 e o número de espiras?
U2=U1*N1.1/N1.2
U2=U1*(N1.1+N1.2)/N1.1
U2=U1/(N1.1+N1.2)
U2=U1*N1.1/(N1.1+N1.2)
Analisar o mesmo experimento com carga. Para isso modificar a estrutura experimental como
mostrado a seguir, de forma que uma lâmpada incandescente com resistor de bias seja utilizada
como consumidor no enrolamento secundário.
Qual valor é então obtido para a tensão secundária U2? Registrar o valor no campo
adequado!
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos analisar o aumento de tensões com auxílio de um circuito de
autotransformador tanto em circuito aberto como também com carga.
U =12 V
f = 50 Hz
INTERVALO: 50 V
MODO: RMS
AC
Qual valor é obtido para a tensão secundária U2 ? Registrar o valor no campo adequado!
Como a tensão secundária U 2 pode ser calculada matematicamente pela tensão primária
U1 e o número de espiras?
U2=U1*N1.1/N1.2
U2=U1*(N1.1+N1.2)/N1.2
U2=U1*(N1.1+N1.2)/N1.1
U2=U1*N1.1/(N1.1+N1.2)
Analisar o mesmo experimento com carga. Para isso modificar a estrutura experimental como
mostrado a seguir, de forma que, devido a uma esperada tensão secundária elevada, duas
lâmpadas incandescentes com resistor de bias sejam utilizadas como consumidor no enrolamento
secundário.
Qual valor é então obtido para a tensão secundária U2? Registrar o valor no campo
adequado!
Sistema trifásico
A transmissão de energia elétrica não é executada através de sistemas monofásicos por motivos
econômicos, mas por sistemas trifásicos. O sistema trifásico que vamos utilizar a seguir é composto
por três tensões alternadas monofásicas do mesmo tamanho com deslocamento de fase de 120°
entre si. A ilustração a seguir mostra o curso temporal das tensões de fase, assim como o diagrama
fasorial correspondente.
A ilustração abaixo mostra como exemplo um transformador trifásico a óleo. O óleo dos
transformadores servem, neste tipo de transformador, tanto para o isolamento como para o seu
arrefecimento. Para que o calor produzido possa fluir melhor, a caldeira de óleo é construída com
aletas de refrigeração para aumentar a superfície de dissipação de calor. Para que o óleo possa se
expandir no caso de cargas maiores, e, portanto, maior temperatura de operação, um cárter de óleo
é montado acima da caldeira e conectado por uma tubulação.
Tipos de ligação e denominações
Tipos de ligação
Tanto no lado primário como no lado secundário o transformador trifásico possui três fases L1, L2 e
L3 que podem ser ligadas diferentemente. No lado primário as ligações estrela (Y) e triângulo (D)
são possíveis, já no lado secundário estrela (y), triângulo (d) e zig-zag (z); no entanto, em ambos os
lados podem ser utilizados diferentes tipos de ligações. A letra de identificação N ou n também
indica que o ponto neutro (condutor central) está no lado primário ou secundário.
Grupos de comutação
Dependendo do tipo de ligação no lado primário e secundário do transformador, resultam diferentes
grupos de comutação. Além das letras de identificação para o tipo de ligação em ambos os lados e o
ponto neutro, a designação do grupo de comutação contém adicionalmente um número de
identificação que indica o deslocamento de fase entre a tensão primária e secundária. Este número
de identificação precisa ser multiplicado em 30° para que seja obtido o ângulo do deslocamento de
fase. Sendo assim, um grupo de comutação Dy5 apresenta uma ligação triângulo-estrela com um
deslocamento de fase de 5 x 30° = 150°. Como somente os transformadores com o mesmo grupo de
comutação podem ser conectados em paralelo, o grupo de comutação deve ser especificado na
placa de classificação ou determinado por medições. A tabela abaixo contém os grupos de
comutação mais importantes com diagrama fasorial, diagrama de circuito e identificação do grupo de
comutação.
Grupo de
Diagrama fasorial Diagrama de circuito
comutação
Yy0
Yd5
Yy6
Yzn11
Dd0
Dyn5
Determinação do número de classificação
Para cada grupo de comutação existe um número de identificação, que indica o deslocamento de
fase entre a tensão primária e a tensão secundária em múltiplos de 30°. Para determinar o número
de identificação são sempre comparadas as posições de fase nos pontos 1V e 2V. Como exemplo
vamos analisar a ligação representada a seguir.
Primeiramente é definido o diagrama fasorial do lado primário; o ponto 1V sinaliza neste caso para
cima. Agora apenas imaginamos o ponto 2V do lado secundário conectado ao ponto 1V, de modo
que ambos os pontos coincidam no diagrama fasorial (ilustração abaixo, imagem parcial à
esquerda).
A partir deste ponto vamos então determinar o diagrama fasorial para o lado secundário (na
ilustração seguinte representado em vermelho). A direção das setas deve ser observada; no
exemplo em questão, nos movemos do ponto 2V contra a seta. Em seguida é determinado o ponto
zero N2 do diagrama fasorial do lado secundário. Se o enrolamento secundário estiver conectado em
triângulo, como neste caso, o ponto zero virtual deve ser determinado.
Agora, o vetor é definido do ponto zero N2 para o ponto 2V (seta verde no gráfico a seguir) e em
seguida deslocado, deforma que comece no ponto estrela N1 do lado primário (seta tracejada verde).
Se o lado primário estiver ligado em triângulo, N1 precisa ser construído. Em seguida o ângulo entre
N1→1V e N2→2V é determinado; neste caso o resultado é um ângulo de 150°. Dividido por 30° é
obtido o número de identificação de 5. Temos então aqui um grupo de comutação Yd5.
Experimento: grupo de comutação Yy0 com carga simétrica
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos verificar o comportamento do grupo de comutação Yy0 tanto em
circuito aberto como com carga simétrica.
U =12 V
f = 50 Hz
MODO: RMS
INTERVALO: 20 V
AC
Determinar a tensão secundária na fase L1. Em seguida medir também as tensões secundárias nas
outras duas fases através da modificação da estrutura experimental.
Quais valores são obtidos para as tensões secundárias nas três fases? Registrar os
resultados nos campos adequados a seguir!
Verificar o comportamento com carga ôhmica simétrica. Para isso conectar novamente os
consumidores.
MODO: RMS
INTERVALO: 300 mA
AC
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos verificar o comportamento do grupo de comutação Yy0 com carga
assimétrica.
U =12 V
f = 50 Hz
MODO: RMS
INTERVALO: 20 V
AC
MODO: RMS
INTERVALO: 500 mA
AC
Quais tensões e correntes são obtidos? Registrar os resultados nos campos adequados a
seguir!
Quais tensões e correntes são obtidos? Registrar os resultados nos campos adequados a
seguir!
Na carga em duas das fases a tensão diminui nas ramificações sem carga em comparação ao caso
em circuito aberto. Na ramificação sem carga a tensão está apenas insignificantemente abaixo da
tensão em circuito aberto. As correntes nas ramificações com carga são, neste caso, maiores que na
ramificação sem carga, onde flui apenas um pouco mais que a corrente em circuito aberto.
A ligação Yy0 não é adequada para carga em apenas uma das fases. Em ambos os enrolamentos
primários sem carga ocorre um fluxo magnético, que acarreta uma alta dispersão e o ferro aquece
de forma inapropriada. Adicionalmente ocorre uma tensão entre o ponto neutro e o aterramento (que
não será analisado aqui). Este grupo de comutação não encontra, portanto, aplicação como
transformador de distribuição na rede de fornecimento de energia. Já para a carga em duas das
fases esta ligação é adequada, já que na ramificação sem carga flui apenas a corrente em circuito
aberto do transformador. A tensão entre o ponto neutro e o aterramento é, neste caso, tão baixa que
o ponto neutro praticamente não se desloca.
Ligação Yny0
Se o ponto neutro do lado primário for conduzido para fora, surge o circuito YNy0. Nesta ligação, no
entanto, com carga em uma das fases, flui uma corrente de compensação constante entre o ponto
neutro primário e a terra, de forma que também não é apropriado para este caso de carga. Já na
carga em duas das fases esta corrente de compensação é, no entanto, muito baixa de forma que a
ligação pode ser utilizada.
Experimento: grupo de comutação Yd5 com carga simétrica
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos verificar o comportamento do grupo de comutação Yd5 tanto em
circuito aberto como com carga simétrica.
U =12 V
f = 50 Hz
MODO: RMS
INTERVALO: 20 V
AC
Determinar a tensão secundária na fase L1. Em seguida medir também as tensões secundárias nas
outras duas fases através da modificação da estrutura experimental.
Quais valores são obtidos para as tensões secundárias nas três fases? Registrar os
resultados nos campos adequados a seguir!
MODO: RMS
INTERVALO: 300 mA
AC
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos verificar o comportamento do grupo de comutação Yy0 com carga
assimétrica em uma fase.
U =12 V
f = 50 Hz
MODO: RMS
INTERVALO: 20 V
AC
MODO: RMS
INTERVALO: 300 mA
AC
Quais tensões e correntes são obtidos? Registrar os resultados nos campos adequados a
seguir!
Ligação YNd5
Se o ponto neutro do lado primário for conduzido para fora, surge o circuito Ynd5. Esta ligação se
adequa melhor para carga assimétrica, já que o ponto neutro primário não pode se deslocar. A
corrente do enrolamento com carga diminui levemente em relação a ligação Yd5, a distribuição das
correntes secundárias é mais uniforme.
Experimento: grupo de comutação Yz5 com carga simétrica
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos analisar o comportamento do grupo de comutação Yz5 tanto
em circuito aberto como com carga simétrica.
U =12 V
f = 50 Hz
MODO: RMS
INTERVALO: 20 V
AC
Determinar a tensão secundária na fase L1. Em seguida medir também as tensões secundárias nas
outras duas fases através da modificação da estrutura experimental.
Quais valores são obtidos para as tensões secundárias nas três fases? Registrar os
resultados nos campos adequados a seguir!
Analisar o comportamento com carga ôhmica simétrica. Para isso conectar novamente os
consumidores.
MODO: RMS
INTERVALO: 300 mA
AC
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos analisar o comportamento do grupo de comutação Yz5 com carga
assimétrica.
Primeiramente vamos analisar o comportamento com carga em uma das fases. Para isso
montar o circuito experimental conforme representado a seguir:
U = 12 V
f = 50 Hz
MODO: RMS
INTERVALO: 20 V
AC
MODO: RMS
INTERVALO: 300 mA
AC
Quais tensões e correntes são obtidos? Registrar os resultados nos campos adequados a
seguir!
Para isso, modificar a estrutura experimental como representado a seguir, de forma que os
enrolamentos secundários L1 e L2 estejam com carga.
Medir primeiramente a tensão secundária e a corrente primária da fase L1.
Modificar então a estrutura experimental, de forma que também seja possível medir os
valores das outras duas fases.
Quais tensões e correntes são obtidos? Registrar os resultados nos campos adequados a
seguir!
Na carga em duas das fases a tensão diminui nas ramificações sem carga L1 e L2 em comparação
ao caso em circuito aberto. Na ramificação sem carga a tensão está apenas insignificantemente
abaixo da tensão em circuito aberto. Nas correntes primárias destacam-se principalmente os altos
valores nas fases L2 e L3, que podem acarretar a um forte aquecimento dos enrolamentos.
A ligação Yz5 é adequada para cargas assimétricas. O ponto neutro, neste caso, apresenta apenas
um leve deslocamento (não analisado aqui em detalhes). A carga máxima permitida é no entanto
menor que na carga simétrica. Por isso a carga assimétrica não deve se tornar tão grande.
Ligação YNz5
Se o ponto neutro do lado primário for conduzido para fora, surge o circuito Ynz5. Como o ponto
neutro com carga assimétrica se desloca apenas um pouco, flui também apenas uma pequena
corrente de compensação entre o ponto neutro e a terra.
Experimento: grupo de comutação Dy5 com carga simétrica
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos analisar o comportamento do grupo de comutação Dy5 tanto em
circuito aberto como com carga simétrica.
U = 12 V
f = 50 Hz
MODO: RMS
INTERVALO: 50 V
AC
Quais valores são obtidos para as tensões secundárias nas três fases? Registrar os
resultados nos campos adequados a seguir!
Analisar então o comportamento com carga ôhmica simétrica. Para isso conectar novamente os
consumidores.
MODO: RMS
INTERVALO: 300 mA
AC
Objetivo do experimento:
No experimento a seguir vamos analisar o comportamento do grupo de comutação Dy5 com carga
assimétrica.
Primeiramente vamos analisar o comportamento com carga em uma das fases. Para isso
montar o circuito experimental conforme representado a seguir:
U = 12 V
f = 50 Hz
MODO: RMS
INTERVALO: 20 V
AC
MODO: RMS
INTERVALO: 300 mA
AC
Quais tensões e correntes são obtidos? Registrar os resultados nos campos adequados a
seguir!
Para isso, modificar a estrutura experimental como representado a seguir, de forma que os
enrolamentos secundários L1 e L2 estejam com carga.
Medir primeiramente a tensão secundária e a corrente primária da fase L1.
Modificar então a estrutura experimental, de forma que também seja possível medir os
valores das outras duas fases.
Quais tensões e correntes são obtidos? Registrar os resultados nos campos adequados a
seguir!
Na carga em duas das fases a tensão diminui nas ramificações com carga em comparação ao caso
em circuito aberto. Na ramificação sem carga a tensão está apenas insignificantemente abaixo da
tensão em circuito aberto. Todos os enrolamentos primários levam a diferentes correntes de carga.
A ligação Dy5 é muito adequada para carga assimétrica. Na prática, o ponto neutro do enrolamento
secundário é adicionalmente aterrado. O condutor neutro é derivado deste ponto neutro.
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