Você está na página 1de 3

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO E ESTUDOS DE GOVERNO

PREPARAÇÃO CONTÍNUA AVANÇADA - CONDICIONAMENTO


HISTÓRIA DO BRASIL
PROF. RÔMULO DIAS

LISTA 02

Questão 01:

Muito embora fomentando constantes relações com o continente europeu, o Império Brasileiro não deixou
de se aproximar dos EUA ao longo do período oitocentista. Sobre a referida relação bilateral, julgue os itens
a seguir:

1. Na primeira metade do séCulo XIX, a relação Brasil-EUA caracterizou-se pela importância,


principalmente para o Brasil, do intercâmbio comercial, haja vista a ampla passagem no mercado do
pais do norte do principal produto exportado pelo país no período: o café.
2. O monroísmo foi um importante elo entre os países na primeira metade do século XIX, tendo os EUA
amparado o Brasil nos conflitos em que o país se envolveu no Prata, nos quais a interferência das
potências europeias era uma constante.
3. Na década de 1840, o conflito entre os EUA e o México repercutiu indiretamente nas relações
bilaterais, em função do impacto de um incidente envolvendo um navio estadunidense no litoral
brasileiro: o USS Saratoga (1846).
4. Ao final do século XIX, os EUA mantiveram, ao convocar uma Conferência Interamericana em
Washington (1889-1890), o protagonismo no exercício da promoção do relacionamento com os
países do continente, o qual vinha sendo fomentado, com o apoio brasileiro, desde o começo da
referida centúria.

Questão 02:

O Segundo Reinado brasileiro atravessou boa parte da segunda metade do século XIX, marcando a afirmação
e, em um segundo momento, o ocaso da monarquia brasileira. A respeito da história do reinado de D. Pedro
II, marque C ou E:

1. O Segundo Reinado foi marcado pelo rígido bipartidarismo ao longo de toda a sua extensão. Nos
tempos de instabilidade política, o Partido Liberal era o protagonista no parlamento, ao passo que,
nos momentos de maior estabilidade o governo era controlado pelo Partido Conservador.
2. Ao logo de todo o Segundo Reinado, o eleitorado brasileiro era bastante reduzido, sobretudo em
comparação às principais democracias do século XIX como a França e os EUA, uma desproporção
que só começou a diminuir quando o império caminhava para o seu fim.
3. Nada mais parecido com um conservador do que um liberal no poder. A frase famosa, pronunciada
por uma importante personalidade política do Império, reforça a fragilidade ideológica dos dois
grandes partidos do Segundo Reinado, além de expressar, indiretamente, um sistema de
representação política elitista e excludente.
4. A defesa da escravidão é uma constante no que tange à atuação do partido conservador no
Congresso, sendo ainda mais enfatizada apos a Guerra do Paraguai, quando da existência de uma
oposição mais ampla organizada pela geração intelectual de 1870 e pelo partido republicano.

Av. Nilo Peçanha, 50 - sala 304 - Centro, Rio de Janeiro


Rua da Consolação, 1667 - Consolação - São Paulo
Fone: (21) 3173-1137 / (11) 4327-8474 ideg.com.br skype: secretaria.ideg
Questão 03:

A respeito das linhas mais gerais da política interna e externa do governo Vargas (1930-45), julgue os itens
abaixo:

1. Dada a pouca importância que a Política Externa ocupou nos primeiros anos do governo Vargas, em
virtude da necessidade de combater a instabilidade interna, os temas econômicos internacionais
mais sensíveis (divida externa e comércio) foram negligenciados, o que contribuiu para agravar a
crise brasileira.
2. Em linhas gerais, a chamada equidistância pragmática dos tempos de Vargas significou a busca de
compensação comercial e estabelecimento de contatos políticos em Berlim para contrabalançar a
hegemonia econômico-financeira de Washington e melhor barganhar a adesão brasileira ao pan-
americanismo.
3. A política econômica da Era Vargas rompeu com as premissas da República Velha ao desenvolver o
nacional-desenvolvimentismo, reflexo de um país que olha para dentro no sentido de marcar o
compromisso com um modelo próprio de desenvolvimento, desvinculado do capital internacional.
4. Característica marcante do governo Vargas foi, desde o início, a crescente ampliação da capacidade
de intervenção do Estado na economia, na sociedade e na condução da política nacional, que
restringia o poder das oligarquias regionais e a força do federalismo.

Questão 04:

A partir do ano de 1964, a ditadura militar brasileira inaugurou novo período na história política nacional, o
qual trouxe desdobramento não apenas para a política interna, mais também para a política externa
brasileira. Sobre o referido período, marque C ou E:

1. Do governo de Castelo Branco aos tempos em que Figueiredo esteve na presidência, a política
interna brasileira alternou-se entre a linha dura, que afirmava o autoritarismo, e tentativas de
pensar o compromisso, mesmo que não no curto prazo, com a redemocratização.
2. Na política externa, o regime militar, ao contrário das oscilações observadas internamente, foi
caracterizado pela continuidade, observando-se a manutenção, por exemplo, de um relacionamento
sem grandes inflexões entre o Brasil e os EUA de 1964 a 1985.
3. Ao protagonizarem o golpe que pôs fim à democracia brasileira, indo de encontro às vontades da
sociedade civil, inclusive dos setores mais conservadores, os militares retomaram o protagonismo
político que haviam exercido nos tempos da Primeira República.
4. No plano político, econômico e diplomático, o governo Geisel foi caracterizado pela retomada dos
princípios castelistas manifestados no início da ditadura militar.

Questão 05:

Sobre a ditadura militar brasileira (1964-1985), marque C ou E:

1. A influência da conjuntura internacional contribuiu para que, na presidência de Ernesto Geisel


(1974-79), o Brasil iniciasse o seu processo de abertura, aproveitando-se tanto do cenário de
pujança econômica quanto do apoio prestado pelos EUA, partido fortalecido em tempos de détente
nos anos 1970.
2. O pragmatismo responsável e ecumênico praticado pela diplomacia brasileira dos tempos de Geisel
procurou restabelecer as pazes com o comunismo em tempos de Guerra Fria, mostrando o seu
caráter desideologizado seja no reatamento das relações com Cuba, seja no reconhecimento da
independência de Angola.
3. Logo no início do Governo Figueiredo (1979-85), percebeu-se um grande engajamento do presidente
e do Ministério das Relações Exteriores no sentido de promover uma distensão das Brasil-Argentina,
as quais vinham se revelando problemáticas em função, principalmente, do problema do
aproveitamento das águas internacionais do rio Paraná para a geração de energia.
4. Por se tratar de uma ditadura construída e institucionalizada exclusivamente pelos militares, o
processo lento, gradual e seguro da redemocratização brasileira concluiu-se apenas em meados doS
anos 80, quando o país finalmente voltou a ter na presidência um civil.

5 -EECE
4–CEEE
3–ECEC
2–EECE
1–CECE
GABARITO

Você também pode gostar