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ESTA PUBLICAÇÃO NÃO É PARA SER VENDIDA.

É um serviço educacional de interesse público, publicado


pela Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional.
Crenças Fundamentais
da Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional

Índice
Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo ............................... 2
A Palavra de Deus ............................................................. 5
Satanás o Diabo ................................................................ 7
A Humanidade ................................................................. 9
O Pecado e a Lei de Deus ................................................... 12
O Sacrifício de Jesus Cristo ................................................. 15
Três Dias e Três Noites ...................................................... 17
O Arrependimento ............................................................. 20
O Batismo de Água ............................................................. 23
O Dia do Sábado .............................................................. 24
A Páscoa .......................................................................... 26
Os Festivais de Deus ........................................................... 29
As Leis Alimentares de Deus .............................................. 32
O Serviço Militar e a Guerra ................................................ 36
Promessas a Abrão ............................................................. 37
O Propósito de Deus para a Humanidade ............................... 40
A Igreja ........................................................................... 42
O Dízimo ......................................................................... 45
As Ressurreições .............................................................. 48
O Regresso de Jesus Cristo ................................................. 51

©1998, 2003 Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional


Todos os direitos reservados. Imprimido nos E.U.A.

Nota: Este livro apresenta em primeiro lugar um sumário de cada crença


fundamental da Constituição da Igreja de Deus Unida, uma Associação
Internacional, e depois desenvolve cada uma dessas crenças. Livretos
adicionais sobre estes tópicos podem ser obtidos gratuitamente em
língua Inglesa ou Espanhola se contactar a Igreja de Deus Unida no site
www.gnmagazine.org, ou no site www.ucg.org, ou se contactar as moradas
ou os números de telefone que se encontram no fim deste livro.
2 Crenças Fundamentais

Deus Pai,
Jesus Cristo e
o Espírito Santo
Acreditamos num único Deus, o Pai, que é um Espírito e
tem existência eterna, é um Ser pessoal que possui suprema
inteligência, sabedoria, amor, justiça, poder e autoridade. Ele,
através de Jesus Cristo, é o Criador dos céus e da terra e de
tudo o que neles existe. Deus é a Origem de toda a vida e
Aquele para quem a vida humana existe. Acreditamos num
Senhor, Jesus Cristo de Nazaré, que é o Verbo e que tem
existido eternamente. Acreditamos que Ele é o Messias, o
Cristo, o Filho divino do Deus vivente, concebido pelo Espírito
Santo e nascido em carne humana pela virgem Maria. Acredi-
tamos que foi por meio d’Ele que Deus criou todas as coisas,
e que sem Ele nada do que se fez seria feito. Acreditamos no
Espírito Santo como sendo o Espírito de Deus e de Cristo. O
Espírito Santo é o poder de Deus e o Espírito da vida eterna
(2 Timóteo 1:7; Efésios 4:6; 1 Coríntios 8:6; João 1:1-4;
Colossenses 1:16).
_____________________

Acreditamos que Deus é o Soberano do Universo, com uma


existência suprema acima de tudo o mais. Deus é espírito (João 4:24)
e existe num domínio diferente do dos humanos, que são carne. O
nosso entendimento e percepção de Deus estão todavia, baseados nas
revelações que Deus nos dá através da Sua Palavra escrita, a Bíblia.
A Bíblia revela Deus como o “Pai” e Jesus Cristo como o Seu
“Filho”. A distinção entre os dois está implícita desde o começo da
revelação de Deus (Génesis 1:1), onde em Hebreu a palavra Elohim
Crenças Fundamentais 3

é mencionada (Elohim é o plural da palavra Hebraica Eloah - que é


usada quando se refere a Deus). Tem havido comunicação entre os dois
desde o início, como está escrito em Génesis 1:26 onde por exemplo,
os pronomes “(nós) Façamos” e “nossa” referem-se a Elohim.
O Velho Testamento concentra-se no Deus de Israel que se
descreve a Si mesmo como “EU SOU” e “O SENHOR, o Deus de
Abraão, ...de Isaque, e ... de Jacob” (Êxodo 3:14-15), (aqui SENHOR
é a palavra derivada do Hebreu YHWH
YHWH). Em João 8:58, Cristo referiu-
se a Si próprio como “Eu Sou”. Este é o mesmo Deus que libertou
os Israelitas do Egipto e os acompanhou no deserto e que mais tarde
ficou conhecido no Novo Testamento como Jesus Cristo (1 Coríntios
10:4). Tanto o Velho quanto o Novo Testamento contêm referências
que mostram que há mais do que uma personagem na Divindade
(Salmos 110:1 por exemplo, que também é referido em Actos 2:29-
36). O Novo Testamento identifica-Os como sendo Deus Pai e Jesus
Cristo seu Filho (1 Coríntios 8:6). O Filho é também chamado Deus
(Hebreus 1:8-9).
Jesus Cristo também é conhecido como o “Verbo,” que “estava
com Deus” no começo e é igualmente identificado como “Deus” (João
1:1-2). Ele criou todas as coisas (versículos 3, 10), e depois fez-se
carne e habitou entre nós (João 1:14). Jesus Cristo também é chamado
o “primogénito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29). Os seres
humanos têm o grande potencial e a oportunidade de entrar na família
de Deus (Romanos 8:14,19; João 1:12; 1 João 3:1-2).
A afinidade entre o Verbo e o Pai está definida duma forma mais
clara no Novo Testamento, quando “o Verbo se fez carne” (João 1:14;
Filipenses 2:5-11), revelou o Pai aos Seus discípulos (Mateus 11:25-
27), foi sacrificado para a remissão dos nossos pecados e de novo
glorificado pelo Pai (João 17:5).
O Novo Testamento mostra a unidade entre o “Pai” e o
“Filho”, mas por outro lado manifesta uma distinção clara entre os
dois em muitas escrituras (por exemplo, João 20:17; Romanos 15:6).
Lemos em Efésios que Deus “tudo criou por meio de Jesus Cristo”
(Efésios 3:9 [Bíblia Portuguesa de Almeida, 1994]; Hebreus 1:1-3).
A afinidade entre o Pai e o Filho mostra o perfeito e eterno caminho
de vida de Deus. O Pai tem amado sempre o seu Filho, e o Filho tem
amado sempre o seu Pai (João 17:4, 20-26). A harmonia que existe
entre o Pai e o Filho é uma singularidade mental e de propósito, tendo
4 Crenças Fundamentais

Jesus Cristo pedido ao Pai que criasse essa harmonia entre os Seus
discípulos, Ele próprio e o Pai (versículos 20-23).
“Deus”, como é descrito na Bíblia, pode referir-se tanto ao Pai (por
exemplo, Actos 13:33; Gálatas 4:6), como a Jesus Cristo, o Filho (por
exemplo, Isaías 9:6; João 1:1,14) ou a ambos (por exemplo, Romanos
8:9), dependendo do contexto nas escrituras. O poder e a mente que
procedem de Deus são chamados, o Espírito de Deus ou o Espírito
Santo (Isaías 11:2; Lucas 1:35; Actos 1:8;10:38; 2 Coríntios 1:22; 2
Timóteo 1:7). O Espírito Santo de Deus não é identificado como uma
terceira pessoa numa trindade, mas é consistentemente descrito como
sendo o poder de Deus. O Espírito Santo é dado ao ser humano depois
do arrependimento e do Batismo (Actos 2:38) como se fosse uma
garantia de herança da vida eterna (2 Coríntios 1:22; Efésios 1:14).
Deus quer que O conheçamos para que possamos confiar nʼEle e
amá-lO. Ele tem-nos mostrado muito mais sobre Si mesmo, através
dos Seus nomes que revelou àqueles com quem tem trabalhado através
dos tempos. Estes nomes revelam que Deus tem uma inteligência,
poder, glória e sabedoria supremas; que personifica toda a justiça,
perfeição e verdade; que possui o céu e a terra; que é imortal e digno
de todas os elogios. Deus é o nosso provedor, curador, escudo, defesa,
conselheiro, professor, legislador, juiz e a nossa força e salvação. Ele é
fiel, misericordioso, generoso, paciente, bondoso, justo e magnânimo.
Deus ouve as nossas orações, faz uma aliança connosco, é um
refúgio nas horas difíceis, dá-nos conhecimentos e deseja dar-nos a
imortalidade para que possamos compartilhar a vida eterna com Ele.

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:


• Who is God?
• Jesus Christ: The Real Story
• Life’s Ultimate Question: Does God Exist? )
Crenças Fundamentais 5

A Palavra de Deus
Acreditamos que as Escrituras, tanto o Velho quanto o Novo
Testamento, são a revelação de Deus e a Sua completa e
expressa vontade para a humanidade. Toda a Escritura é
inspirada em pensamento e palavra, infalível nos seus textos
originais; é a autoridade suprema e final na fé e na vida; e é o
fundamento de toda a verdade (2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:20-
21; João 10:35; 17:17).
_____________________

O Velho e o Novo Testamento são unidos na revelação do plano


de salvação de Deus e no desenvolvimento desse plano na história
da humanidade. Toda a Bíblia revela os actos da intervenção
misericordiosa de Deus para salvar a humanidade oferecendo-lhe a vida
eterna dentro da Sua família. Ao escrever os vários livros da Bíblia,
as personalidades, os estilos e os vocabulários dos autores reflectiram-
se nos seus escritos. Quando escreveram, fizeram-no conforme foram
movidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:21). Assim, Deus influenciou
e orientou as mentes dos Seus servos, deixando ao mesmo tempo
que se expressassem livremente, à medida que escreviam os livros
conhecidos como a Palavra de Deus (a Bíblia).
As Sagradas Escrituras (os livros da Bíblia) são as únicas fontes
do conhecimento e da verdade que Jesus e seus apóstolos usaram
como o texto básico para ensinar o caminho de Deus para a salvação.
Acima de tudo, Jesus Cristo deu-nos o exemplo de seguir as Escrituras
como único texto de autoridade suprema na vida cristã. Combatendo
com sucesso as tentações de Satanás, Cristo declarou, “Nem só de
pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”
(Mateus 4:4, Lucas 4:4; Deuteronómio 8:3). Cristo citou outras escrituras
durante a Sua batalha contra o seu inimigo supremo, o diabo (Mateus
4:7, 10).
Cristo começou o Seu ministério na terra lendo as Escrituras e
declarando, “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.”
6 Crenças Fundamentais

(Lucas 4:16-21). Em João 10:35, Cristo exclamou que a “Escritura


não pode ser anulada”. Ele referiu-se às Escrituras como uma fonte
activa e de autoridade na Sua vida (João 7:38,42). Cristo não deixou
que nada o distraísse de se focalizar nas Escrituras – nem mesmo a
traição ou Sua crucificação (João13:18; 17:12; 19:28; Mateus 27:46;
Salmos 22:1; Lucas 23:46; Salmos 31:5).
Os apóstolos seguiram o exemplo de Cristo. O núcleo da fé
cristã, doutrina e comportamento, são continuamente definidos
através das Escrituras. Após a Sua ressurreição, Jesus Cristo
resumiu as Suas instruções pessoais aos Seus discípulos, pois Ele
“abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras”
(Lucas 24:32, 44-45). Foi através das Escrituras que surgiram
discípulos em todas as nações, como o exemplo do etíope
eunuco (Actos 8:26-35).
Paulo, o apóstolo enviado às nações, apelou para a autoridade
das Escrituras questionando: “Pois, que diz a Escritura?” (Romanos
4:3, 11:2; Gálatas 4:30). Noutras ocasiões, Paulo confirmou a sua
posição declarando, “Porque a Escritura diz...” ou noutras declarações
semelhantes (Romanos 10:11; Gálatas 3:8, 22; 1 Timóteo 5:18). O
Velho e o Novo Testamento foram claramente escritos para cristãos,
ambos Judeus e gentios.
Existe uma continuidade entre o Velho e o Novo Testamento
(Mateus 4:4; 2 Timóteo 3:15-16). O Novo Testamento acrescenta e
amplia o Velho Testamento (Mateus 5-7). A história mostra que as
únicas Escrituras que existiam durante o ministério de Cristo e as
primeiras décadas dos apóstolos eram as do Velho Testamento.
São características chave do povo de Deus ler, ouvir e agir conforme a
Sua Palavra (Lucas 8:21; 11:28). A Palavra de Deus produz fé na vida de
uma pessoa (Romanos 10:17; Colossenses 3:16). Deus espera que o Seu
povo, diligentemente e regularmente, estude a Sua Palavra para obter
compreensão, para edificação pessoal e também para guardá-lo de uma
sociedade ateia (Actos 17:11; Efésios 6:17; 1 João 2:14; Salmos 119:9).
Uma pessoa aprende a defender a sua fé ao assimilar o entendimento da
Palavra de Deus, (1 Pedro 3:15). As Sagradas Escrituras são capazes de
nos tornar “sábios para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2
Timóteo 3:15).
A Bíblia está repleta de aplicações práticas para a nossa vida
quotidiana (Hebreus 4:12). Paulo, enquanto estava na prisão, lembrou
Crenças Fundamentais 7

a Timóteo que apesar do homem poder ser restringido, o mesmo não


ocorre com a Palavra de Deus (2 Timóteo 2:8-9).
A Igreja de Deus obedece à ordem bíblica de confiar na Palavra de
Deus na sua busca da verdade. Como está escrito em 2 Timóteo 3:16,
a Palavra inspirada de Deus estabelece doutrinas, refuta erros, corrige
e instrui. A verdade da Bíblia não somente ensina e guia o Seu povo
como também santifica ou separa a Sua Igreja (João 17:17). A Bíblia
é uma ferramenta essencial no relacionamento de Deus com a Sua
Igreja, “para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela
palavra” (Efésios 5:26).

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:


• Is the Bible True?
• How to understand the Bible. )

Satanás o Diabo
Acreditamos que Satanás é um ser espiritual, que é adversário
de Deus e dos filhos de Deus; A Satanás foi dado domínio sobre
o mundo por um tempo determinado; Satanás tem enganado a
humanidade fazendo com que Deus e a Sua lei sejam rejeitados;
Satanás tem governado baseando-se no engano, com a ajuda
de uma multidão de demónios que são anjos rebeldes, seres
espirituais que seguiram Satanás na sua rebelião (Mateus 4:1-
11; Lucas 8:12; 2 Timóteo 2:26; João 12:31; 16:11; Apocalipse
12:4, 9; 20:1-3, 7, 10; Levítico 16:21-22; 2 Coríntios 4:4, 11:14;
Efésios 2:2).
_____________________

Satanás é o adversário de Deus, como evidenciado no significado


do seu nome, tanto no hebraico como no grego. Ele opõe-se a Deus
continuamente e sempre que tem oportunidade. Ele despreza o plano
de Deus, particularmente porque Deus está trabalhando com os seres
8 Crenças Fundamentais

humanos para trazê-los à Sua família. Consequentemente, ele também


detesta os seres humanos. Ele é o enganador e o acusador dos irmãos
(Apo-calipse 12:9-10). Ele é assassino, mentiroso e pai da mentira
(João 8:44). Ele é descrito como um leão que ruge, à procura de alguém
para devorar (1 Pedro 5:8, Bíblia na Linguagem de Hoje).
Satanás não é um inimigo comum. Ele é um adversário extremamente
inteligente e astuto, cujo principal objectivo é a de negar a salvação
aos seres humanos, enganando-os, levando-os por um caminho falso,
incentivando-os a pecar e voltando-os contra Deus (Efésios 6:11-18; 2
Coríntios 2:11; Lucas 8:12).
Satanás só pode agir dentro dos limites permitidos por Deus (Jó
1:12; 2:6). O relato de Jó também mostra que Satanás tem uma atitude
acusadora e descreve-o claramente como um ser real e com uma
personalidade própria. Ele veio a Jesus Cristo como um ser real num
esforço para tentá-Lo (Mateus 4:1-11). O seu reino como deus deste
mundo terminará na sétima e última trombeta quando Cristo retornar (1
Coríntios 15:52; 1 Tessalonissenses 4:16; Apocalipse 11:15), embora
ele ainda seja libertado mais uma vez, por um curto prazo no fim do
Milénio (Apocalipse 20:3).
Da mesma maneira que as acções de Satanás são limitadas pela
vontade de Deus, o seu tempo também é limitado. Presentemente ele é
o “deus deste século” (2 Coríntios 4:4, João 12:31). Ele será removido
e preso durante o reinado milenar do Messias e depois será solto por um
curto período de tempo, ao fim dos 1.000 anos (Apocalipse 20:1-3, 7-
8). Satanás não deixará de existir, mas terá todo o seu poder “reduzido
a nada” por Cristo (Hebreus 2:14). A palavra “aniquilasse” [na Bíblia
da versão Edição Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original por
João Ferreira de Almeida] é traduzida noutros versículos e por outras
traduções como “reduzir a nada”, “tirar”, “desaparecer”, “cancelar”,
“desfeito”, ou “sem valor.”
Satanás foi criado como um anjo de alta posição e autoridade
(Ezequiel 28:14, 16). Em Isaías 14:12 ele é chamado “estrela da
manhã,” (João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida, SBB
1998), “brilhante estrela da manhã” (Bíblia na Linguagem de Hoje,
SBB 1998), ou “Lúcifer” (em certas traduções bíblicas para o Inglês).
Ele foi chamado “querubim ungido para proteger” (Ezequiel 28:14)
e é representado com a evidência de uma posição pelo menos igual à
de Miguel, um arcanjo (Judas 9). Ele foi criado perfeito e inculpado,
Crenças Fundamentais 9

tendo porém escolhido o caminho do pecado e da rebelião (Ezequiel


28:12, 15, 17). Um terço dos anjos seguiram-no na sua rebelião, como
foi testemunhado por Jesus Cristo (Apocalipse 12:4; Lucas 10:18).
Ele e os seus anjos, que se rebelaram com ele (demónios) tentaram
derrubar Deus e foram derrotados e lançados para baixo (Isaías 14:12-
15; 2 Pedro 2:4). O reino de Satanás é agora caracterizado como trevas,
e não luz (Lucas 22:53; Efésios 6:12; Colossenses 1:13).
Em algumas circunstâncias, o diabo e os seus demónios são capazes
de possuir e controlar seres humanos e até animais (Mateus 8:28-33;
9:32-34). O próprio Satanás entrou e possuiu o traidor Judas (Lucas
22:3). Cristo, cuja autoridade é maior do que a de Satanás, expulsou
demónios durante o Seu ministério na terra e deu poder a outros para
fazerem o mesmo (Marcos 16:17).
Satanás é referido por nomes e descrições diferentes, que indicam
algumas das suas funções, características e acções malvadas. Alguns
destes são o diabo, Apoliom (Apocalipse 9:11), Abadom (Apocalipse
9:11), Belial ( 2 Coríntios 6:15), Belzebu (Lucas 11:19), o grande dragão
(Apocalipse 12:9), e príncipe das potestades do ar (Efésios 2:2).

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:


• Is there really a Devil? )

A Humanidade
Acreditamos que a humanidade foi criada à imagem de Deus
com o potencial de virmos a ser filhos de Deus, compartilhando
da Sua natureza divina. Deus criou a humanidade de carne, que
é uma substância material. Os seres humanos vivem pelo fôlego
da vida, são mortais, sujeitos à corrupção e à decadência, sem
a vida eterna, com excepção daqueles que com o dom de Deus
se sujeitam aos termos e às condições expressas na Bíblia.
Acreditamos que Deus colocou perante Adão e Eva a escolha
da vida eterna pela obediência a Deus ou da morte pelo pecado.
10 Crenças Fundamentais

Adão e Eva entregaram-se às tentações e desobedeceram a


Deus. Como resultado, o pecado entrou no mundo e através
do pecado, a morte. A morte reina actualmente sobre toda a
humanidade porque todos têm pecado (Génesis 1:26; 2 Pedro
1:4; Hebreus 9:27; 1 Coríntios 15:22; Romanos 5:12; 6:23).
_____________________

O primeiro capítulo da Bíblia Sagrada revela que Deus criou o


homem e a mulher à Sua imagem (Génesis 1:26-27). A humanidade
foi criada com um potencial realmente maravilhoso. O futuro da
humanidade é a de virem a ser filhos na família de Deus (1 João 3:1-2;
2 Pedro 1:4; 2 Coríntios 6:18).
O carácter do Deus Todo-poderoso é perfeito. Ele é bom
por inerência e não pode pecar. Até mesmo Deus, que é
T
Todo-poderoso , não criou um carácter perfeito nos seres humanos
apenas por querer esse resultado. O desenvolvimento do carácter
requer uma decisão consciente por um agente independente de
moralidade, que tome a responsabilidade de conduzir a sua vida
baseada nos conhecimentos do que é moralmente certo e do que é
moralmente errado. Requer também uma decisão de escolher o que
é certo e de rejeitar o que é errado.
Quando inicialmente, foram criados os nossos primeiros pais, Adão
e Eva, eles receberam uma vida de duração limitada, uma existência
física. “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou
em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”
(Génesis 2:7). A palavra Hebraica nephesh, traduzida “alma” em
Génesis 2:7, é usada no primeiro capítulo de Génesis quatro vezes em
conexão com animais (Génesis 1:20, 21, 24, 30) e é traduzida como
“corpo” na frase “corpo de um morto” em Números 6:6. Mais tarde,
foi dito ao primeiro homem, “No suor do teu rosto comerás o teu pão,
até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e
em pó te tornarás” (Génesis 3:19).
O livro bíblico de sabedoria conhecido como Eclesiastes contém
a seguinte exortação: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o
conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não
há obra nem projecto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”
(Eclesiastes 9:10). Os seres humanos são mortais, sujeitos à corrupção
e à decadência. Os seres humanos não possuem imortalidade na forma
Crenças Fundamentais 11

duma “alma.” Eles são sem vida eterna. Uma oração bíblica declara:
“Que proveito há no meu sangue, quando desço à cova? Porventura te
louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade?” (Salmos 30:9).
Deus deseja dar a todo o ser humano o presente da vida eterna,
como membro da Sua família. A vida eterna não é algo que as pessoas
possam ganhar. Contudo, Deus não vai dar este precioso presente a
alguém que não se renda a Ele e à Sua lei (1 Coríntios 6:9-10). Na
Bíblia, a vida eterna na família de Deus é chamada de salvação. Deus
revela-nos, através das suas Escrituras divinamente inspiradas, que a
salvação não é dada de forma automática a todos os seres humanos.
Ele dará esta bênção somente àqueles que tenham comprovado a sua
boa vontade em obedecer-Lhe (Apocalipse 21:7-8).
Deus não é obrigado a preservar-nos para sempre como Seus filhos,
desfrutando a vida no domínio espiritual, mas sabemos que Deus
é amor (1 João 4:8). Por essa razão, Deus demonstra por nós a Sua
preocupação e o Seu carinho de uma forma totalmente desinteressada.
Assim, Ele desenhou um plano pelo qual a salvação pode ser dada aos
seres humanos, que é a maior bênção que o nosso amoroso Criador
nos pode dar (Lucas 12:32).
Quando Deus criou os primeiros seres humanos, Adão e Eva, Ele
deu-lhes o acesso à árvore da vida, que simbolizava a vida eterna
(Génesis 2:9; 3:22). Disse-lhes que não comessem da fruta da árvore
do conhecimento do bem e do mal, que era simbólica da escolha
humana, separada de Deus, para determinar o que é certo e o que é
errado. Ele os instruiu a não desprezar as Suas instruções esclarecidas,
porque se o fizessem, pecariam (Génesis 2:9, 16-17). O pecado leva à
morte (versículo 17; Ezequiel 18:4, 20; Romanos 6:23). Cada pecado
danifica o carácter daquele que comete o pecado. Cometer o pecado
causa dano, tanto à pessoa pecadora como à sociedade em geral.
Adão e Eva foram agentes independentes de moralidade que, sob a
influência de Satanás, violaram o explícito comando de Deus (Génesis
3:1-6). Os primeiros humanos começaram então a viver numa maneira
contrária à vontade do seu amoroso Criador, colocando-se a si próprios
debaixo da pena da morte, acerca da qual Deus os tinha prevenido
antecipadamente. Nenhum ser humano com excepção de Jesus Cristo,
o Filho de Deus, tem vivido uma vida sem pecado (Eclesiastes 7:20;
Hebreus 4:15). Apesar da propensão humana para o pecado, o plano
final de Deus para a humanidade não foi contrariado. Na Sua sabedoria
12 Crenças Fundamentais

omnisciente [infinita], Deus providenciou uma forma pela qual os


seres humanos podem ser reconciliados com Ele (João 3:16-17). Os
seres humanos ainda podem desenvolver o carácter divino que é um
requisito indispensável para que recebam o presente mais precioso de
Deus que é a vida eterna como Seus filhos (1 Coríntios 15:22; Gálatas
2:20). Independentemente desta libertação providenciada por Deus,
a morte reina sobre toda a humanidade porque todos têm pecado
(Romanos 3:23).

(Para informação adicional, solicite o nosso livro grátis em Inglês:


• What is Your Destiny? )

O Pecado e a
Lei de Deus
Acreditamos que o pecado é a transgressão da lei. A lei é
espiritual, perfeita, santa, justa, e boa. A lei define o amor de
Deus e está baseada nos dois grandes princípios de amor
para com Deus e de amor ao próximo. Ela é imutável e
obrigatória. Os dez mandamentos são os 10 pontos da lei
de amor de Deus. Acreditamos que a quebra de qualquer
ponto da lei traz sobre uma pessoa a penalidade do pecado.
Acreditamos que esta lei espiritual fundamental revela o único
caminho para a vida verdadeira e a única maneira possível de
felicidade, paz e regozijo. Toda a infelicidade, miséria, angústia,
e aflição vieram pela transgressão à lei de Deus (1 João 3:4; 5:3;
Mateus 5:17-19; 19:17-19; 22:37-40; Tiago 2:10-11; Romanos
2:5-9; 7:12-14; 13:8-10).
_____________________

Acreditamos que Deus criou a raça humana para que finalmente


venhamos a ser membros da Sua família, destinados a herdar a
Crenças Fundamentais 13

imortalidade e a viver num relacionamento harmonioso com Ele


e uns com os outros por toda a eternidade (Hebreus 2:6-13). Para
compartilhar a eternidade com Deus, também devemos ter em comum
os Seus pensamentos, concordar com a Sua maneira de ser, abraçar
o Seu caminho de vida e apreciar e apoiar os Seus valores que estão
expressos na Sua lei (Filipenses 2:5-13). A revelação escrita de Deus
para o ser humano, as Escrituras Sagradas, revela este conhecimento
essencial através das Suas leis e ensinamentos (2 Timóteo 3:15-17).
Isto forma o fundamento e a base para o relacionamento perpétuo que
Deus deseja ter com todos nós. Portanto, é imperativo que todo aquele
que procura este relacionamento supremo com Deus preste atenção às
direcções da lei de Deus como são reveladas na Sua Palavra.
O pecado, que é a transgressão da lei, foi apresentado à humanidade
no Jardim do Éden. Satanás mentiu ao Adão e à Eva a respeito da
árvore do conhecimento do bem e do mal (Génesis 3:4; João 8:44).
Contrário à predição enganadora de Satanás, o Adão e a Eva de facto
morreram. Como seus des-cendentes, todos nós compartilhamos esta
condição comum de mortalidade (Hebreus 9:27). Não é coincidência
que a presença universal do pecado em todos os humanos (Romanos
3:23) está conectada com a morte e com a retenção da dádiva de Deus,
a vida eterna (Romanos 6:23).
A natureza penetrante do pecado e da morte é demonstrada pela
tendência humana de desprezar e desobedecer à lei de Deus (Romanos
8:7). A auto-decepção frequentemente acompanha este abandono das
directivas perfeitas de Deus (Jeremias 17:9; 10:23). A influência de
Satanás é inconfundível neste modelo, tanto directamente (Efésios 2:1-
3) como indirectamente através daqueles que ele engana (2 Coríntios
11:13-15).
Tendo-se tornado o adversário de Deus pela sua própria rebelião,
Satanás tem secretamente recrutado a raça humana nesta batalha, já
que todo o pecado, além do seu efeito sobre os homens, é por definição
contra Deus (Génesis 39:9; Salmos 51:4).
Violar qualquer uma das instruções de Deus é pecado (1 João
5:17), como também é pecaminoso deixar de fazer o que deve ser feito
(Tiago 4:17) ou violar a nossa própria consciência (Romanos 14:23).
Além disso, o pecado é um poder de escravidão do qual necessitamos
redenção e libertação (Romanos 7:23-25). Não temos o poder de
efectuar esta redenção por iniciativa própria (1 Pedro 1:18-19). Já que
14 Crenças Fundamentais

o pecado, em qualquer forma, traz alienação de Deus (Isaías 59:1-


3; Efésios 4:17-19) e eventualmente a morte, nenhuma quantia de
obediência, depois que o pecado foi cometido, pode reverter o seu
efeito, embora, mesmo assim, a obediência seja esperada. Somente o
sacrifício perfeito de Jesus Cristo nos pode dar a libertação (Hebreus
2:4-15) e reconciliar-nos com Deus.
Através do perdão do pecado, disponível pela graça de Deus
(Romanos 3:24), o Cristão acha a liberdade na obediência à
lei de Deus (Tiago 1:21-15). Em vez de sermos escravizados
no pecado pela desobediência, servimos Deus pela obediência
e andamos no Seu caminho, para sermos guiados à vida
eterna no Seu reino pela Sua generosa e não merecida dádiva
(Romanos 6:16-23).
Retornar à nossa vida antiga de pecado é uma questão séria aos
olhos de Deus (2 Pedro 2:20-22). Todavia, o único pecado que não
pode ser perdoado é a rejeição intencional do sacrifício de Jesus Cristo,
pelo qual a remissão de pecado se torna possível (Hebreus 6:4-6).
Este pecado é descrito por Cristo como a “blasfémia contra o Espírito”
(Mateus 12:31), uma rejeição consciente do poder e autoridade de
Deus. Depois de cada ser humano ter tido uma oportunidade completa
para a salvação, aqueles que não se arrependerem serão destruídos
(Apocalipse 20:14-15), assim completando a penalidade final do
pecado, a segunda morte.
Apesar de cada pessoa ser responsável pelo seu próprio pecado
(Ezequiel 18:4, 20), Satanás o diabo é identificado com o enganador
do género humano e aquele que é finalmente responsável por guiar a
humanidade ao pecado (Apocalipse 12:9; 20:1-3).

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Crenças Fundamentais 15

O Sacrifício de
Jesus Cristo
Acreditamos que Deus amou tanto o mundo de pecadores
impotentes que Ele deu o Seu unigénito Filho, o qual, mesmo
sendo tentado em todos os pontos da mesma maneira que
somos, viveu sem pecado na carne humana. Aquele Filho,
Jesus Cristo, morreu como um sacrifício pelos pecados da
humanidade. A Sua vida, porque Ele é o criador de toda a
humanidade, tem muito mais valor do que a soma total de
todas as vidas humanas. A Sua morte é, portanto, suficiente
para pagar a penalidade dos pecados de todos os seres
humanos. Pagando esta penalidade Ele tornou possível,
de acordo com o plano de Deus para cada pessoa e para
a humanidade como um todo, terem os pecados perdoados
e serem libertados da pena de morte (Hebreus 4:15; 9:15;
10:12; João 1:18; 3:16; Colossenses 1:16-17, 22; 1 João 2:2;
4:10; Efésios 1:11; Apocalipse 13:8).
_____________________

Jesus Cristo é o ponto focal do Cristianismo. O perdão dos


pecados e a graça da vida eterna são acessíveis somente através do
Seu sacrifício. Somos reconciliados pela Sua morte, mas salvos pela
Sua vida (Romanos 5:10). As Escrituras descrevem Jesus Cristo
usando vários títulos, incluindo: o Verbo (João 1:1, “a Palavra” na
tradução da Linguagem de Hoje), nosso Salvador (1 João 4:14),
nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 9:11), nosso Senhor (Apocalipse
22:21), o Filho de Deus (Apocalipse 2:18; 1 João 5:5), nossa Páscoa
(1 Coríntios 5:7), o Filho do Homem (Apocalipse 14:14), e Rei dos
Reis e Senhor dos Senhores (Apocalipse 19:16).
Cristo é o nosso Salvador e o sacrifício final para o pecado. Apesar
16 Crenças Fundamentais

de Ele ser divino, Jesus tornou-se num ser humano para morrer pelos
pecados da humanidade (Filipenses 2:5-7). Ele foi feito um pouco
menor do que os anjos para sofrer a paixão da morte (Hebreus 2:9).
Como o Filho do Homem, Ele foi capaz de conhecer todas as aflições
da vida humana (Hebreus 4:15) para melhor nos compreender como
nosso misericordioso Sumo Sacerdote (Hebreus 2:17). Cristo como
o nosso Salvador deu a Sua vida para que nós possamos viver. Ele
morreu uma morte horrível, como recordamos na nossa Páscoa, para
que tenhamos entendimento da magnitude do pecado e do significado
monumental do Seu sacrifício, que foi feito para cada ser humano.
Jesus viveu uma vida perfeita e por consequência não mereceu ter
a pena da morte. No entanto, Ele foi predestinado desde a fundação do
mundo a morrer (Apocalipse 13:8). Embora Cristo, como o perfeito
sacrifício para o pecado, tenha sido acusado de violar a lei de Deus em
mais do que numa ocasião, Ele nunca quebrou a lei de Deus. Aceitamos
o Seu sacrifício como essencial para nossa salvação. Conforme mo-
delamos as nossas vidas à moda de Jesus Cristo, nós “levamos a nossa
cruz” e seguimo-Lo (Lucas 14:27), incluindo-se nisto a disposição de
virmos a sofrer e de sermos perseguidos como Ele nos mostrou pelo
Seu exemplo (1 Pedro 2:19-23). Agradecemos ao Deus Pai por ter dado
o Seu Filho Jesus Cristo para ser aquele sacrifício perfeito para toda a
humanidade (João 3:16).
Todo o pecado é perdoado após o arrependimento e a aceitação do
sacrifício de Cristo. O perdão do pecado requer o sacrifício supremo da
morte de Jesus Cristo. A Sua crucificação, há mais de 1.900 anos, foi
essencial para o plano de Deus da redenção e salvação.
Pelo entendimento desta crença fundamental podemos estar
assegurados de que os nossos pecados estão apagados. Poderemos
avançar nas nossas vidas Cristãs com confiança, sabendo que através do
sacrifício de Jesus Cristo podemos ser reconciliados com o Pai. Como
um resultado desta reconciliação, podemos desenvolver um parentesco
com o Pai que nos fornece esperança e confiança para o nosso futuro.
Podemos aguardar a vida eterna no Reino de Deus como um presente
da graça de Deus por causa do sacrifício que Cristo voluntariamente
fez por cada um de nós.
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Crenças Fundamentais 17

Três Dias e Três Noites


Acreditamos que o Pai levantou Jesus Cristo dentre os mortos
depois que o Seu corpo ficou deitado três dias e três noites na
sepultura, tornando assim possível a imortalidade ao homem
mortal. Ele, depois de tudo isso, ascendeu ao céu, onde agora se
senta ao lado direito de Deus Pai como nosso Sumo Sacerdote
e Advogado (1 Pedro 1:17-21; 3:22; Mateus 12:40; 1 Coríntios
15:53; 2 Timóteo 1:10; João 20:17; Hebreus 8:1; 12:2).
_____________________

Um dos mais dramáticos, encorajadores e graciosos eventos


de todos os tempos foi a ressurreição de Jesus Cristo. Deus Pai
ressuscitou o Seu Filho unigénito, Jesus o Cristo, que tinha sido morto
e colocado numa sepultura escassamente fora de Jerusalém. A Sua
morte, consentida pelo Pai e voluntariamente aceite por Jesus (João
10:17-18), pagou a penalidade para todos os pecados de todos os seres
humanos que jamais terão vivido, desde que realmente se arrependam
dos seus pecados. A Sua morte foi preestabelecida pelo Pai e pelo
Verbo desde a fundação do mundo como uma parte necessária da
salvação da humanidade (1 Pedro 1:20).
Deus, na Sua justiça soberana, misericórdia e amor, assim o fez
possível para que todos os homens tenham os seus pecados perdoados
(após arrependimento e fé) e sejam reconciliados com Ele pelo sangue
de Cristo como o Cordeiro de Deus (Mateus 26:28; Apocalipse
12:11). Mas a morte de Jesus Cristo não foi o fim de tudo isso. Somos
reconciliados com Deus pela morte de Jesus, mas somos salvos pela Sua
vida (Romanos 5:10).
Somente através da ressurreição de Cristo para a imortalidade
poderíamos ter um Salvador vivente que, como Sumo Sacerdote,
intercede por nós diante do Pai (1 Timóteo 2:5; Hebreus 4:15-16;
Romanos 8:26-27). Somente porque Jesus Cristo foi ressuscitado dos
mortos, podem os seres humanos ter qualquer razão para acreditar no
evangelho do Reino de Deus ou acreditar que poderão ser salvos da
18 Crenças Fundamentais

morte eterna (1 Coríntios 15:14-19). A Sua ressurreição fornece aos


humanos uma base de esperança viva, de que eles também poderão
herdar a vida eterna (1 Pedro 1:3).
Jesus ofereceu tanto os factos quanto os detalhes de Sua ressurreição
como o único sinal divino para a Sua geração que Ele era “mais do que
Jonas” e “maior do que Salomão” e que a Sua mensagem deveria levar
os seus ouvintes ao arrependimento (Mateus 12:39-42). Ele disse que
ficaria três dias e três noites, um período de 72 horas (João 11:9-10;
Génesis 1:5) no coração da terra (na sepultura), do mesmo jeito que
Jonas ficou três dias e três noites nas entranhas do peixe (Jonas 1:17).
Num outro lugar disse que “seria morto, mas que depois de três dias
ressuscitaria” (Marcos 8:31).
O problema com a crença normalmente aceite a respeito da
crucificação e da ressurreição, é que não há três dias e três noites entre
a Sexta-feira de tarde e o Domingo de manhã. Acreditamos que o
peso das evidências escriturais e históricas levam a concluir que Jesus
morreu na Quarta-feira de tarde, e foi rapidamente colocado no túmulo
de José de Arimateia um pouco antes do pôr do sol da mesma tarde (a
noite dava início ao Sábado anual, o primeiro dia dos Pães Ázimos;
João 19:30-31, 42; Marcos 15:42-46) e foi ressuscitado pelo Pai um
pouco antes do pôr do sol no Sábado, três dias e três noites depois de
ter sido colocado na sepultura, exactamente como Ele tinha dito.
Esta explicação está consistente com os detalhes descritos nas
Escrituras. Ela não requer nenhum ajustamento forçado de três dias e de
três noites entre a Sexta-feira à noite e o Domingo, criando especulações
sobre as partes dos dias e das noites. Ela reconcilia os relatos das
mulheres sobre os bálsamos, descritos em Marcos 16:1 e Lucas 23:56.
No primeiro relato, as mulheres crentes obedientemente descansaram
durante o tempo santo e depois compraram as especiarias. No segundo
relato, as mulheres prepararam os bálsamos e depois descansaram
durante o tempo santo.
Estes relatos reconciliam-se pelo entendimento de que houve dois
períodos de tempo santo durante esta semana em questão. Jesus foi
crucificado na Páscoa (Mateus 26:18-20; 1 Coríntios 5:7), o qual era
o dia de preparação (Marcos 15:42) para o primeiro Dia Santo anual
no calendário Judaico, o primeiro dia dos pães Ázimos. As mulheres
esperaram até que o dia terminasse, depois compraram e prepararam
os bálsamos, depois descansaram de novo no dia semanal do Sábado
Crenças Fundamentais 19

de Deus, e depois, no início da manhã de Domingo, foram ao túmulo


para aplicar os bálsamos no corpo de Jesus.
Elas visitaram a sepultura depois dos dois dias de Sábados (plural)
santos naquela semana (assim como o Grego original de Mateus 28:1
deveria ser traduzido). O Sábado anual (Dias Santos anuais também
são chamados “Sábados” [Levítico 16:31; 23:24]) foi Quinta-feira,
e o Sábado semanal que ocorreu no sábado, como sempre, naquela
semana. Quando elas chegaram ao túmulo, Domingo de manhã cedo,
acharam-no vazio e ouviram o anúncio do anjo dizendo que Jesus
estava vivo e que não estava lá (Marcos 16:6).
Um volume significativo de evidências históricas e escriturais
apontam para 31 d.C. como o ano da Crucificação e da ressurreição
de Cristo. Entre essas indicações de uma crucificação em 31 d.C.
estão o cumprimento das profecias de Daniel sobre a vinda do
Messias (Daniel 9:24-26; Esdras 7 [decreto de Artaxerxes]), e uma
consideração cautelosa de três importantes acontecimentos: a data
provável do nascimento de Jesus, a Sua idade quando Ele começou o
Seu ministério e a duração de Seu ministério.
O calendário calculado pelos Judeus coloca a Páscoa em 31 d.C.
na Quarta-feira, e a morte de Jesus Cristo naquele dia preencheu o Seu
papel como o Cordeiro verdadeiro de Deus (1 Coríntios 5:7). O dia
seguinte, Quinta-feira, era o Sábado (anual) santo. Naquela Quinta-feira,
os chefes sacerdotes e Fariseus foram a Pilatos para terem permissão
para selar e guardar a sepulcro de Jesus (Mateus 27:62-66). Mais tarde,
no Domingo, o ressuscitado Jesus andava pelo caminho de Emaús e
conversou com dois dos Seus discípulos, que falavam sobre todas as
coisas que tinham acontecido, incluindo a visita na Quinta-feira pelos
líderes a Pilatos (Lucas 24:13-14, 20). Eles mencionavam que naquele
dia, Domingo, era o terceiro dia depois que todas as coisas tinham
acontecido (versículo 21).
Em conclusão, acreditamos que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus,
morreu pelos nossos pecados na Páscoa, que foi sepultado por três
dias e três noites (período de 72 horas) e que foi então ressuscitado.
Após a sua ressurreição e depois um período de mais contactos com os
seus discípulos, ascendeu ao céu para se sentar ao lado direito do Pai,
muito acima de todos em poder, glória e honra (Efésios 1:19-23).
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20 Crenças Fundamentais

O Arrependimento
Acreditamos que todos os que verdadeiramente se arrependem
dos seus pecados em completa rendição e obediência
espontânea a Deus, e que por fé aceitam a Jesus Cristo como
o seu Salvador pessoal, têm os seus pecados perdoados pelo
acto de graça divina. Tais indivíduos são justificados, perdoados
da penalidade do pecado e recebem o Espírito Santo, o qual
literalmente reside dentro deles e os supre de amor divino, com
o qual apenas se pode cumprir a lei e produzir a justiça. Eles
são batizados pelo Espírito colocando-os no Corpo de Cristo,
que é na verdade a Igreja de Deus. Acreditamos numa mudança
permanente na vida e na atitude. Somente aqueles que tiverem
a presença interna do Espírito Santo, e estejam sendo guiados
por esse mesmo Espírito são de Cristo (Actos 2:38; 3:19; 5:29-
32; 2 Coríntios 7:10; João 3:16; Efésios 1:7; 2:7-9; Romanos
3:21-26; 5:5; 6:6; 8:4, 9-10, 14; 13:1; Jeremias 33:8; João 14:
16-17; 1 Coríntios 12:12-13; Filipenses 2:3-5).
_____________________

O arrependimento das obras mortas está descrito em Hebreus 6:1


como parte da fundação que no final das contas conduz à perfeição e à
vida eterna. Jesus assinalou a importância do arrependimento quando
declarou duas vezes que “se não vos arrependerdes, todos de igual
modo perecereis” (Lucas 13:3,5). Deus requer que todos se arrependam
(Actos 17:30; 2 Pedro 3:9).
No primeiro sermão da Igreja registado no Novo Testamento,
Pedro falou às pessoas, “arrependei-vos” (Actos 2:38). O
arrependimento vai para além de um sentimento de tristeza ou de
remorso, por acções que foram praticadas no passado (2 Coríntios
7:8-11). O arrependimento genuíno envolve o reconhecimento de
nossa natureza e a sua oposição a Deus (Romanos 8:7). Ele requer
uma mudança, uma volta completa e total na vida de uma pessoa,
uma mudança de seguir o caminho do mundo para seguir o caminho
Crenças Fundamentais 21

de Deus (Isaías 55:7-8; Actos 26:20). É a rendição completa e a


obediência voluntária, baseada no conhecimento de como Deus quer
que vivamos.
O arrependimento começa com as nossas súplicas, implorando e
pedindo perdão a Deus pelos nossos pecados e aceitando Jesus Cristo
como o nosso Salvador pessoal. Não é somente uma decisão baseada
na emoção, todavia e certamente, a emoção tenha uma parte importante
(Actos 2:37), mas é uma decisão de obedecer sinceramente a Deus
através da fé em Jesus Cristo. A justiça de Cristo torna-se nossa através
da fé nʼEle (Filipenses 3:8-9; Romanos 8:1-4). O arrependimento não
é simplesmente submeter-se a um sistema de religião ou um grupo
de regulamentos. A confiança em Deus e nos Seus caminhos guiará
a pessoa a agir de acordo com os Seus desejos e a manifestar obras
de justiça (Tiago 2:17-26). O verdadeiro arrependimento divino não
é algo que uma pessoa possa conseguir por si mesma. É um presente
de Deus (2 Timóteo 2:25). É uma coisa entre muitas coisas boas que
nosso Pai celestial nos dá (Tiago 1:17). Ele leva-nos ao arrependimento
(Romanos 2:4).
O arrependimento é uma das partes mais importantes no processo
de conversão. Continuando com Pedro naquele primeiro sermão:
“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”
(Actos 2:38). Nós temos que nos arrepender dos pecados, os quais são
transgressões da lei de Deus (1 João 3:4). O arrependimento precede
o batismo.
Depois do arrependimento e do batismo, o Espírito de Deus é dado
à pessoa através da imposição das mãos (2 Timóteo 1:6). O Espírito
Santo guia-nos para vivermos no caminho de Deus (Romanos 8:14).
Agora temos o amor de Deus motivando-nos a guardar as Suas leis (1
João 5:3). Os Cristãos verdadeiros têm o Espírito Santo (Romanos 8:9)
e esforçam-se por viver como Cristo viveu (1 João 2:6).
O arrependimento envolve tanto a alegria quanto a tristeza. O
arrependimento conduz-nos a um relacionamento alegre e eterno
com o nosso Deus carinhoso, o nosso Criador e doador de vida. O
arrependimento focaliza a nossa visão no amor e na misericórdia de
Deus e o perdão do pecado feito possível pelo sacrifício de nosso
Senhor e Salvador, Jesus Cristo. O arrependimento é necessário para
despojarmo-nos do “velho homem” e para virmos a ser parte da família
22 Crenças Fundamentais

de Deus (Efésios 4:20-24). Jesus disse, “Arrependei-vos, e crede no


evangelho” (Marcos 1:15). A expectativa de virmos a ser parte do
Reino de Deus é certamente uma razão para nos alegrarmos!
Pouco depois do arrependimento divino, a pessoa deverá ser
batizada e receber a dádiva do Espírito Santo (Actos 2:37-38),
apagando assim todos os nossos pecados passados (Romanos 3:25).
Depois disso vem a vida guiada pelo Espírito Santo, crescendo em
graça e conhecimento, produzindo frutos e sendo aperfeiçoada em
santidade e justiça (2 Pedro 3:18; Mateus 13:23; 2 Coríntios 7:1).
Não obstante, o arrependimento dever ser contínuo. Não é uma
acção única na vida de um crente. A pessoa convertida deve continuar
batalhando contra o seu pecado (1 João 1:8-10; 2:1). A sua natureza
humana continua durante o resto de sua vida, e mantém a batalha
contra a sua mente, seduzindo a pessoa ao pecado (Romanos 7:17,
20-21). A pessoa deseja agradar e obedecer a Deus. O amor de Deus
naquela pessoa (Romanos 5:5) reconhece o caminho perfeito de Deus e
quer seguir aquele caminho, mas também se apercebe que há fraqueza
na carne (Romanos 7:12-25).
Deus não condena o crente (Romanos 8;1) enquanto ele
permaneça nesta atitude de arrependimento e de conquista do
pecado (Apocalipse 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21). A pessoa convertida
continua através do arrependimento e da fé a confiar no sacrifício de
Jesus Cristo para cobrir seus pecados neste processo de conquista
que dura a vida inteira.

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Crenças Fundamentais 23

O Batismo de Água
Acreditamos na ordenação do batismo de água, pela imersão,
depois do arrependimento. Através da imposição das mãos,
com oração, o crente receberá o Espírito Santo e tornar-se-
á parte do Corpo espiritual de Jesus Cristo (Mateus 3:13, 16;
João 3:23; Actos 2:38; 8:14-17; 19:5-6; 1 Coríntios 12:13).
_____________________
João Batista iniciou o batismo do arrependimento, ligado ao conceito
de remissão dos pecados (Mateus 3:1-6; Marcos 1:4-5). Jesus mesmo
foi batizado por João (Mateus 3:13-17), não porque Ele precisasse de
se arrepender ou ser perdoado, mas como um exemplo para os Seus
discípulos de todas as épocas.
A palavra batismo é simplesmente uma versão da palavra Grega
baptizo que significa “imergir” ou “mergulhar.” Por definição, então,
a única forma de batismo bíblico é a completa imersão na água.
João Batista escolheu um lugar particular no Rio Jordão para os seus
batismos porque lá havia água suficiente e disponível (João 3:23).
Para o Cristão, a necessidade do batismo é muito importante.
Numa só acção, a morte, o enterro e a ressurreição de Cristo são
lembrados ao crente e ligados à simbólica “morte” e “ressurreição”
da “sepultura de água” para andar em novidade de vida (Romanos
6:3-6; Colossenses 2:12-13). Também inerente ao simbolismo está a
promessa da ressurreição futura do crente para o Reino de Deus. O
pecador perdoado levanta-se da água do batismo para viver uma nova
vida em Cristo, libertado da pena de morte originada pelo pecado. As
águas do batismo têm simbolicamente lavado aqueles pecados. Neste
sentido, o batismo é um reconhecimento externo das intenções internas
do crente de entregar e submeter a sua vida a Deus e ao Seu caminho
(Efésios 4:20-24).
O batismo, que é mandado por Deus, deve ser precedido pela fé e pelo
arrependimento (Actos 2:37-38; Marcos 16:16). Este mesmo simbolismo
de batismo mostra o desejo de “enter“enterrar” a vida velha e pecadora
(Romanos 6:11). O nosso reconhecimento de culpa e a necessidade de que
24 Crenças Fundamentais

Jesus Cristo nos salve das nossas consequências do pecado é de suprema


importância. O arrependimento está caracterizado pela mudança do
coração e acção e é baseada na fé pessoal, num compromisso total com
Jesus Cristo e Deus Pai (Lucas 14:25-33; Colossenses 2:12). O batismo
deve ser tomado somente por alguém que é suficientemente maduro para
compreender e apreciar completamente o compromisso requisitado que
dura a vida inteira. A Bíblia não dá indicações de que o batismo seja
apropriado para crianças.
O batismo é seguido por oração e imposição das mãos. Esta
é a parte do processo pelo qual recebemos o dom do Espírito de
Deus (Actos 8:14-18). É através deste Espírito Santo que Cristo
vive num Cristão (João 14:16-17, 23; Gálatas 2:20). Através
deste processo, o crente é colocado dentro do Corpo espiritual
de Cristo (1 Coríntios 12:12-13), produzindo júbilo no céu
(Lucas 15:7).
A comissão que Jesus Cristo deu aos Seus discípulos inclui a
autoridade de baptizar os crentes (Mateus 28:18-20). Então aqueles
que se tenham arrependido através do chamamento de Deus (João
6:44) procuram o batismo para a remissão dos pecados, seguindo o
exemplo e instrução de Jesus Cristo.

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O Dia de Sábado
Acreditamos que o sétimo dia da semana é o Sábado do
Senhor nosso Deus. Neste dia somos mandados descansar
das nossas obras e adorar a Deus, seguindo os ensinamentos
e exemplo de Jesus, dos apóstolos e da Igreja no Novo
Testamento (Génesis 2:2-3; Êxodo 20:8-11; 31:13-17; Levítico
23:3; Isaías 58:13; Hebreus 4:4-10; Marcos 1:21; 2:27-28; 6:2;
Actos 13:42-44; 17:2; 18:4; Lucas 4:31).
Crenças Fundamentais 25

O dia de Sábado foi criado e separado para o homem desde o


tempo da criação. Deus abençoou e santificou o sétimo dia e nele,
Deus descansou de todas as Suas obras. O Sábado foi o dia depois
da criação do primeiro ser humano, um tempo determinado para o
homem meditar e ter um relacionamento íntimo com seu Criador
(Génesis 2:2-3).
O Sábado foi criado e separado para o homem desde a criação
e beneficia-nos directamente. Jesus Cristo é o Senhor do Sábado,
ligando desse modo e para sempre o próprio Criador com este tempo
santo (Marcos 2:27-28). É um tempo muito especial para aprofundar
e expandir a devoção do homem a Deus e a um relacionamento com
Ele. Quando deixamos de procurar o nosso próprio caminho, achamos
prazeres naquilo que agrada a Deus (Isaías 58:13-14).
Deus deu-nos instruções a respeito de observar o Sábado, em
Êxodo 20:8-10. O homem tem de se lembrar “do dia do sábado, para
o santificar.” O homem lembra e consagra o Sábado descansando e
adorando no sétimo dia. À medida que os Cristãos seguem este modelo,
eles estão seguindo o exemplo do seu Criador e estão recordando
Aquele que os trouxe à existência como seres viventes.
Em Deuteronómio 5:12-15 Deus realça a necessidade de observar
o Sábado. Ele explica que o Sábado é para ser uma lembrança não
somente do Criador, mas que Ele é Aquele que nos livra da escravidão
(veja também Lucas 4:18-19). O antigo Israel recordou ser liberto da
escravidão física no Egipto. Os cristãos lembram-se de ser libertados
da escravidão espiritual e libertados através de Jesus Cristo (Romanos
6:16-18).
Êxodo 31:13-17 mostra que o Sábado é um sinal entre Deus e o Seu
povo e constitui uma aliança perpétua. Isto é, em adição à instrução
dada na criação e nos Dez Mandamentos. Ele tem que ser mantido
santo como uma lembrança àqueles que foram chamados por Deus que
Ele é Aquele que os separa e que eles são os filhos de Deus. Quando
Jesus regressar à terra e estabelecer o Reino de Deus, o Sábado será
observado regularmente como uma maneira de adorá-Lo e serví-Lo
(Isaías 66:23).
A verdade de que um Sábado de descanso está em vigor para o ser
humano (Hebreus 4:9) está confirmada através do exemplo vivificante
de Jesus Cristo (Lucas 4:31) e Seus seguidores depois de Sua morte
e ressurreição. Paulo ensinou os gentios no Sábado (Actos 13:42-44),
26 Crenças Fundamentais

seguindo tanto a lei de Deus quanto o exemplo de Cristo. Onde quer que
Paulo foi, ele ensinou no Sábado, como era seu costume e estabeleceu
igrejas que observaram os Sábados (Actos 17:2; 18:4). Nenhum
exemplo pode ser encontrado nos escritos dos apóstolos ou praticados
pela Igreja no Novo Testamento que mostre qualquer indicação de
mudança nos exemplos e ensinamentos que eles receberam de Cristo.
Em conclusão, o Sábado aponta para a criação e lembra ao homem
o seu Criador. No presente, ele é uma recordação àqueles que observam
o sétimo dia santo que Deus é Aquele que os resgatou do pecado.
Finalmente, o Sábado visualiza o futuro regresso de Jesus Cristo e
o estabelecimento do Reino de Deus, quando haverá um repouso
completo para toda a humanidade (Hebreus 4:4-10).

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• Sunset to Sunset: God’s Sabbath Rest )

A Páscoa
Acreditamos que devemos observar a Páscoa do Novo
Testamento na noite de 14 de Abibe, o aniversário da morte de
nosso Salvador (Levítico 23:5; Lucas 22:13-14).
________________________

Jesus instituiu os novos símbolos Pascoais do pão e do vinho. Ele


disse do vinho “Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento”
(Mateus 26:28; Marcos 14:24), esse facto demonstra claramente que a
cerimónia da Páscoa que devemos ce-lebrar é uma celebração da Nova
Aliança (Novo Testamento). Jesus também identifica pessoalmente
esta cerimónia memorial (Lucas 22:19) como “esta Páscoa” (versículo
15) e observou-a na data que foi estipulada em Levítico 23 que é
uma celebração anual, no dia 14 do mês de Abibe, de acordo com o
calendário Hebraico.
Jesus marcou pessoalmente a data da cerimónia da Páscoa do
Novo Testamento na noite antes da Sua morte. Paulo confirmou que
Crenças Fundamentais 27

devemos guardá-la “na noite em que foi traído” (1 Coríntios 11:23-26;


Lucas 22:14-20; João 13:1-17) - no começo do dia 14 de Abibe. Jesus
aplicou especificamente o nome “Páscoa” a esta cerimónia especial
e comemorativa (Mateus 26:18; Lucas 22:8, 15). Ele deu instruções
aos seus discípulos a respeito de como, quando e onde eles deveriam
fazer a preparação para esta nova maneira de representar a morte do
Messias (Lucas 22:7-13).
A Páscoa do Novo Testamento não é somente a respeito da morte
do “Cordeiro de Deus”. É a respeito também do Seu sofrimento (Lucas
22:15). Devemos relembrar o sacrifício total que Ele o fez - tanto o Seu
sofrimento como a Sua morte. O Seu sofrimento, morte e sepultura
ocorreram no dia 14 de Abibe. Os símbolos do pão e do vinho tomaram
o lugar do sacrifício dos cordeiros no Velho Testamento (Êxodo 12),
os quais eram um tipo de Jesus Cristo.
Jesus, como o Cordeiro de Deus, é a “nossa Páscoa” (1 Coríntios
5:7). O pão e o vinho representam o Seu sacrifício total – o Seu
sofrimento e a Sua morte. A morte de Jesus ocorreu na tarde do dia
14 de Abibe, mas o Seu sofrimento começou na noite anterior à Sua
morte enquanto Ele ainda estava com os Seus discípulos. “E, levando
consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se
e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de
tristeza até a morte” (Mateus 26:37-38).
A nossa prática para relembrar a morte de Cristo como a nossa
Páscoa é no começo do dia 14, a noite na qual Jesus foi traído e
observar o Festival dos Pães Ázimos, no começo do dia 15 até ao final
do dia 21, cumprindo assim as instruções dadas pelas Escrituras. O
registro bíblico é claro neste sentido e não temos nenhuma dificuldade
em discernir as sequências correctas dos eventos - após a Páscoa vêm
os dias dos Pães sem fermento.
Como Cristo é a nossa Páscoa, o pão e o vinho são lembranças do
Seu sofrimento e morte. Sendo Judeus, Jesus Cristo e os apóstolos
tinham observado a Páscoa durante toda a vida. Mas agora, há novos
símbolos. Cristo mostrou aos Seus discípulos o significado profundo da
Páscoa através dos novos símbolos e através de Seu sofrimento supremo
e morte no dia 14 do primeiro mês.
Depois de ter dito aos Seus discípulos para beberem o vinho,
Jesus disse, “Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança,
derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mateus
28 Crenças Fundamentais

26:28, Revista e Actualizada de Almeida). Cristo instituindo os


símbolos da Páscoa é consistente com a Sua responsabilidade de
“Mediador da nova aliança” (Hebreus 12:24).
Em Seu sacrifício, Ele tomou sobre Si mesmo as penalidades
dos pecados de toda a humanidade (1 Pedro 3:18). Quando
compartilhamos o pão e o vinho, reconhecemos que o Seu corpo e
o seu sangue foram dados para cobrir os nossos pecados. Através
da fé no sacrifício de Jesus Cristo somos reconciliados com o Pai. A
reconciliação dá-nos acesso ao Pai, fazendo possível que cheguemos
com coragem perante o Seu trono de graça para acharmos ajuda em
horas de necessidade (Hebreus 4:16). É por causa do Seu sacrifício
que podemos ser curados espiritualmente, fisicamente, mentalmente,
e emocionalmente (Isaías 53:4-5; Tiago 5:14).
Quando comemos o pão, simbolizamos Cristo vivendo em nós
(João 6:53-54). Mostramos também a nossa união com Cristo e com
cada membro do corpo de Cristo – a Igreja (1 Coríntios 10:16), como
também a nossa disposição em viver pela palavra de Deus.
Jesus mandou-nos observar a cerimónia da Páscoa em Sua
lembrança (Lucas 22:19-20). Paulo deixa bem claro em 1 Coríntios
11:20-26 que “reunis” na Igreja para “comerdes este pão e beberdes
este cálice.” O propósito desta cerimónia é para “anunciarmos a morte
do Senhor, até que venha” – demostrando o único caminho pelo qual o
ser humano poderá ser reconciliado com Deus Pai. Paulo também fala
que só somos reconciliados com Deus Pai pela morte de Jesus – mas
que somos salvos pela Sua vida (Romanos 5:10).
A parte do lavar dos pés, durante a cerimónia da Páscoa foi
estabelecida por Jesus. Depois de nos dar primeiramente um exemplo
pessoal de como ser servos por ter lavado os pés dos Seus discípulos,
Ele então disse-nos: “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se
as fizerdes” (João 13:17).
Todos estes três elementos – o lavar dos pés, o pão e o vinho – são
parte da cerimónia anual observada pela Igreja de Deus Unida, uma
Associação Internacional. A cerimónia é observada somente uma vez
por ano, um pouco depois do pôr-do-sol na noite do começo do dia 14
do primeiro mês do calendário Hebraico, tal como está estabelecido
pela Palavra de Deus.
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Crenças Fundamentais 29

Os Festivais de Deus
Acreditamos na observação dos sete Dias Santos anuais que
foram dados ao antigo Israel por Deus; foram guardados por
Jesus Cristo, os apóstolos e a Igreja no Novo Testamento; e
serão guardados por toda humanidade durante o reino milenar
de Cristo. Estes Dias Santos revelam o plano de salvação de
Deus (Colossenses 2:16-17; 1 Pedro 1:19-20; 1 Coríntios 5:8;
15:22-26; 16:8; Tiago 1:18; Êxodo 23:14-17; Levítico 23; Lucas
2:41-42; 22:14-15; João 7:2, 8, 10, 14; Actos 2:1; 18:21; 20:16;
Zacarias 14:16-21).
________________________

Quando Deus libertou a nação de Israel da escravidão no Egipto,


Ele ordenou-lhes que participassem em adorações especiais durante as
estações da colheita do ano (Êxodo23:14-16; Deuteronómio 16:1-17).
Deus define estas celebrações como os Seus festivais, ou “as solenidades
do SENHOR” (Levítico 23:2-4). A mensagem do evangelho e o plano
de Salvação de Deus estão enriquecidos pelo entendimento de que
colheitas físicas de safras são exemplos de colheitas espirituais de
humanos através da salvação que Deus nos oferece por meio de Jesus
Cristo (Mateus 9:37-38; João 4:35; 15:1-8; Colossenses 2:16-17).
Os sete Dias Santos anuais são Sábados anuais. Eles são
convocações santas, ou assembleias dirigidas ao povo de Deus. Estes
dias são santos porque eles são santificados (separados) por Deus.
Ele comanda o Seu povo a reunir-se para adorá-Lo e conhecê-Lo e
conhecer o Seu plano. O Seu comando vai mais além de que adorá-Lo
somente; inclui a comunhão e o regozijo em conjunto (Levítico 23:1-
4; Deuteronómio 14:23-26; Neemias 8:1-12).
O registo do Novo Testamento mostra a continuidade da observância
destes dias por Jesus Cristo e pela Igreja. Jesus observou estes festivais,
e nós como Seus seguidores somos instruídos a andar como Ele andou
(João 7:8-14; 1 João 2:6). A Igreja no Novo Testamento começou num
festival anual – o Dia de Pentecostes (Actos 2:1-4). Os apóstolos e os
30 Crenças Fundamentais

discípulos da recém criada Igreja continuaram a observar os festivais


muito além, após a morte e ressurreição de Jesus (Actos 18:21; 20:16;
27:9; 1 Coríntios 5:8). Paulo mantém a observância das cerimónias
e apresenta-as como “sombras” contínuas ou esboços dos grandes
eventos no plano de salvação de Deus que estão ainda para acontecer
(Colossenses 2;16-17). Ele também instruiu a congregação em
Coríntios dizendo, “Por isso façamos a festa” (1 Coríntios 5:8).
Através da observação destas festas, o povo de Deus medita e
lembra-se durante o ano da obra de Jesus o Messias. É através da
pregação do evangelho do Reino de Deus e a chamada divina para um
novo caminho de vida (João 6:44) que vemos o desenvolvimento da
Igreja como a família de Deus. Através de Cristo como nosso ponto
focal, começamos a entender o significado especial das festas anuais.
Durante o curso dos sete festivais anuais há sete Dias Santos, os
quais são Sábados anuais. Estes Dias Santos são o primeiro e último
dia dos Pães Ázimos, a Festa de Pentecostes, a Festa de Trombetas, o
Dia de Expiação, o primeiro dia da Festa de Tabernáculos e o Último
Grande Dia. Apesar da Páscoa ser um festival, não é um Sábado
anual.
O plano de salvação revelado nas Sagradas Escrituras está descrito
no significado dos sete festivais anuais.
• A Páscoa ensina-nos que Jesus Cristo não pecou e, como o
verdadeiro Cordeiro de Deus, deu-nos a Sua vida para que os pecados
da humanidade possam ser perdoados e a penalidade da morte removida
(1 Coríntios 5:7; 1 Pedro 1:18-20; Romanos 3:25). A Páscoa, apesar de
não ser observada como um Dia Santo, é o primeiro festival do ano.
• A Festa dos Pães Ázimos (Festa dos Pães Sem Fermento)
ensina-nos que fomos chamados para rejeitarmos a iniquidade e para
nos arrependermos do pecado. Temos que viver por cada palavra de
Deus e de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo (1 Coríntios
5:8; Mateus 4:4). Durante este festival, o fermento simboliza o pecado
e, como tal, é removido das nossas casas durante os sete dias da festa
(1 Coríntios 5:7-8; Êxodo 12:19). Comendo pães sem fermento,
mostramos viver uma vida com sinceridade e verdade, livres do
pecado.
• A Festa de Pentecostes, ou primeiros frutos, ensina-nos que Jesus
Cristo veio para construir a Sua Igreja. Este festival simboliza a vinda
do Espírito Santo e o estabelecimento da Igreja. Os primeiros frutos
Crenças Fundamentais 31

são aqueles que receberão a salvação no regresso de Cristo. Eles têm


recebido o poder do Espírito Santo, que cria um novo coração em cada
um e a natureza de viver conforme os mandamentos de Deus (Êxodo
23:16; Actos 2:1-4, 37-39; 5:32; Tiago 1:18).
• A Festa das Trombetas ensina-nos que Jesus Cristo retornará
visivelmente à terra no final desta era. Nessa altura Ele ressuscitará
os santos que já não vivem e instantaneamente transformará aqueles
santos que ainda estão vivendo, em seres espirituais imortais (Mateus
24:31; 1 Coríntios 15:52-53; 1 Tessalonissenses 4:13-17). Este festival
comemora o toque das trombetas que precederá Seu regresso. Sete
anjos com sete trombetas estão descritos em Apocalipse 8-10. Cristo
regressará com o toque da sétima trombeta (Apocalipse 11:15).
• O Dia de Expiação ensina-nos que Jesus Cristo deu a Sua vida para
expiar os pecados de toda humanidade. Também aponta para o tempo
quando Satanás será preso por 1.000 anos (Levítico 16:29-30, 20-22;
Apocalipse 20:1-3). Este Dia Santo descreve o nosso Sumo Sacerdote,
Jesus Cristo, fazendo a expiação pelos nossos pecados, deixando-nos
ser reconciliados com Deus e entrar no “santo dos santos” (Hebreus
9:8-14; 10-19-20). Ao jejuarmos neste dia, aproximamo-nos mais de
Deus e mostramos a reconciliação da humanidade com Deus. Cristo é
essencial neste processo como nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 4:14-
15; 5:4-5, 10) e nosso eterno sacrifício para o pecado (Hebreus 9:26-
28).
• A Festa de Tabernáculos ensina-nos que quando Jesus Cristo
regressar, uma nova sociedade será estabelecida com Cristo como
Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Cristo, ajudado pelos santos
ressuscitados, estabelecerá o Seu governo na terra por 1.000 anos
(Apocalipse 19:11-16; 20:4; Levítico 23:39-43; Mateus 17:1-4;
Hebreus 11:8-9). O governo de acordo com as Suas leis espalhar-
se-á de Jerusalém para todo o mundo introduzindo um período sem
precedentes de paz e de prosperidade (Isaías 2:2-4; Daniel 2:35, 44;
7:13-14).
• O Último Grande Dia, ou oitavo dia, ensina-nos que Jesus Cristo
completará a Sua colheita de humanos levantando-os dos mortos e
estendendo a salvação a todo o ser humano que tenha morrido no
passado e que não tenha tido a total oportunidade para a obtenção
dessa salvação (Ezequiel 37:1-14; Romanos 11:25-27; Lucas 11:31-
32; Apocalipse 20:11-13).
32 Crenças Fundamentais

O ciclo anual da celebração dos festivais e Dias Santos relembra


aos discípulos de Cristo que Ele está a trabalhar no Seu plano para
estender a salvação do pecado e da morte e a oferecer o presente da
vida eterna na família de Deus para toda humanidade, que viveu no
passado, que vive no presente e que viverá no futuro.

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As Leis Alimentares
de Deus
Acreditamos que certos animais que estão classificados por
Deus como “imundos” em Levítico 11 e Deuteronómio 14 não
devem ser comidos.
_____________________

A Escritura revela que Deus criou o vasto número de animais


que vivem neste planeta e além disso diz que alguns animais foram
criados para o propósito específico de suprir alimento para o ser
humano (1 Timóteo 4:3). Apesar de um Cristão não estar obrigado a
comer qualquer carne, o vegetarianismo nas suas várias formas, se for
praticado como um requisito religioso, é considerado uma fraqueza
espiritual (Romanos 14:2).
Não há nenhuma declaração de quando Deus primeiro revelou a
diferença entre os animais que estão designados como “imundos” e
aqueles que não o são. A ausência de um mandamento claro nesta
matéria não deve ser interpretada como prova que nenhuma instrução
foi dada. Há poucos mandamentos claros nas primeiras páginas da
Bíblia, mas os exemplos que estão registados revelam que os padrões
do certo e do errado eram claramente entendidos. Por exemplo, não há
um mandamento claro contra assassinato antes do assassinato de Abel
Crenças Fundamentais 33

pelo seu irmão Caim, mas ninguém pode concluir que o homicídio
era no entanto aceitável antes deste ponto. O livro de Génesis pode
ser descrito como o livro dos inícios. Este livro foi escrito por Moisés
para dar um registo histórico do que aconteceu, não como um livro de
leis. Os seus leitores não devem assumir que a lei não existia desde
do início.
As primeiras declarações a respeito de animais “limpos” e
“imundos” são achadas em Génesis 7:2, quando Noé foi instruído para
recolher sete pares de animais limpos e somente um par de animais
imundos. Quando Deus falou a Noé para construir uma arca gigantesca,
Ele deu instruções explicitas no tamanho, composição e desenho, no
entanto Deus não precisou de instruir Noé sobre quais os animais que
seriam limpos e quais animais que seriam imundos. A instrução de
Deus e a reposta de Noé indicam claramente que Noé entendia e sabia
quais as criaturas que eram limpas e as que não eram.
No fim do grande dilúvio, Deus falou a Noé: “Tudo quanto se
move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado
como a erva verde” (Génesis 9:3). O assunto falado neste versículo
é que conquanto poucos homens tivessem sobrevivido, e grandes e
perigosos animais fossem preservados, Noé e sua família não precisava
de temer tais animais. O versículo 3 mostra que os animais eram para
benefício do homem. Eles foram dados para o controle do homem da
mesma maneira que foram as plantas verdes. Algumas plantas verdes
são aceitáveis para alimento, algumas são aceitáveis para construir
materiais, algumas para beleza e alegria, e algumas são venenosas e
podem causar doença ou morte quando comidas. Da mesma maneira,
alguns animais são aceitáveis como alimento, enquanto outros
providenciam fibras para roupa, outros ajudam no trabalho da terra ou
na protecção de perigos.
Sempre que os animais são mencionados nas Escrituras como uma
origem de alimento ou em conexão com sacrifícios antes do Monte
Sinai, eles são invariavelmente referentes a animais limpos (Génesis
15:9 - bezerra, cabra, carneiro, rola; Génesis 22:13 - carneiro; Êxodo
12:5 - cordeiro ou cabrito). A lei dos animais limpos e imundos é
claramente anterior à data da Antiga Aliança, indiferentemente do tipo
de papel que eles tiveram dentro daquela aliança.
Quando o sistema Levítico foi estabelecido, foi necessário codificar
um número de assuntos que já estavam em vigor há algum tempo.
34 Crenças Fundamentais

Duas passagens das Escrituras, Levítico 11:1-47 e Deuteronómio 14:3-


21, mostram claramente quais são as criaturas que foram separadas e
identificadas por Deus como sendo aceitáveis para alimento e as que
não o foram, no entanto estas passagens compilam simplesmente uma
prática que já existia há muito tempo, antes do sistema Levítico. O
termo ʻlimpoʼ é usado para designar aqueles animais que têm carnes
aceitáveis como alimento, enquanto que o termo ʻimundoʼ é usado
para os outros animais que não são aceitáveis como alimento.
As escrituras não revelam exactamente porque Deus designou
certas carnes de animais como alimento aceitável enquanto que outras
carnes não são aceitáveis. Seja qual for a razão, Deus sabe o porquê
já que Ele criou cada animal, e Ele designou certas substancias como
boas para alimento enquanto que outras não.
Várias passagens no Novo Testamento indicam que as leis dos
animais limpos e imundos eram ainda observadas por Jesus Cristo
e Seus seguidores. Apesar do desejo ardente dos líderes religiosos,
em quererem acusar Jesus de violar as suas interpretações das leis
religiosas, não há nenhum registo de que eles jamais o tivessem
confrontado sobre ensinamentos ou praticas sobre este assunto. Se Ele
tivesse defendido a ideia de que poderíamos comer animais imundos,
isso seria um argumento ideal para destruir a Sua reputação perante a
multidão, pois eles ficariam horrorizados com essa ideia. As palavras
de Jesus na passagem de Marcos 7, que é frequentemente citada
erroneamente, teriam insultado os líderes religiosos, se eles tivessem
interpretado a Sua declaração da mesma maneira que muitas pessoas
a explicam hoje em dia. O uso de Marcos 7:19, como base para a
dedução de que se pode comer animais imundos, surgiu dum uso
gramatical diferente achado em poucos manuscritos Gregos.
Actos 10, ilustra poderosamente o entendimento que havia no
começo da Igreja no Novo Testamento sobre as carnes limpas e
sobre as carnes imundas, apesar desse não ser o propósito principal
da visão. Pedro recebeu uma visão de Deus que o instruiu a levar
a mensagem do evangelho a todas as nações e povos fora da
comunidade Judaica. Durante esta visão, Pedro três vezes recusou
compartilhar dos animais imundos que lhe foram mostrados e ficou
pensativo sobre o significado da visão até que Deus revelou que era
a respeito de pessoas e não a respeito de animais limpos ou imundos.
Foi revelado a Pedro que nenhum homem pode ser considerado
Crenças Fundamentais 35

“comum ou imundo” (versículos 28-29).


Este capítulo termina com o Espírito Santo a ser dado aos da casa de
Cornélio como prova de que o evangelho daquele momento em diante
seria para todas as nações (ver. 44-48). Esta secção das Escrituras
tem sido usada como permissão para comer animais imundos, no
entanto e apesar disso, foi claramente indicado o contrário. Embora
este evento tenha acontecido muitos anos após o início da história
da Igreja no Novo Testamento, Pedro ainda rejeitou a ideia de comer
animais imundos, até mesmo protestando dizendo que “nunca comi
coisa alguma comum e imunda” (ver. 14).
Paulo escreveu das criaturas “que Deus criou para os fiéis, e
para os que conhecem a verdade a fim de usarem deles com acções
de graças” e descreveu que toda a criatura “pela palavra de Deus e
pela oração, é santificada” (1 Timóteo 4:3,5). A palavra usada para
descrever estas criaturas, santificada, comporta uma dupla conotação
como sendo separar de alguma coisa como também separar por alguma
coisa. Os animais limpos são aqueles que claramente foram separados
pela Palavra de Deus de todos os animais e podem ser usados para a
nutrição do homem. A carne de todas criaturas que estão ordenadas
como aceitáveis para alimento é para ser recebida com agradecimento
pelos crentes que crêem e conhecem a verdade.
Desta maneira, a Igreja de Deus Unida ensina a abstinência de
animais imundos com base nas instruções e exemplos descritos
acima.

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• What Does the Bible Teach About Clean and Unclean Meats? )
36 Crenças Fundamentais

O Serviço Militar
e a Guerra
Acreditamos que os Cristãos estão proibidos pelos
mandamentos de Deus de tirar uma vida humana directa ou
indirectamente e que carregar armas é contrário a esta crença
fundamental. Por isso, acreditamos que os Cristãos não devam
voluntariamente servir em nenhum tipo de serviço militar.
Se eles tiverem que involuntariamente fazer serviço militar,
acreditamos que devem de recusar conscienciosamente em
carregar armas e se possível, recusar estar sob qualquer tipo
de autoridade militar (Êxodo 20:13; Mateus 5:21-22; 1 Coríntios
7:21-23; Actos 5:29).
_____________________

O caminho de Deus é o caminho do amor, do sacrifício e de


compartilha (Romanos 12:1, 10). O ensinamento de Deus para um
indivíduo a respeito de tirar uma vida humana está resumido no Sexto
Mandamento, no qual diz, “Não matarás” (Êxodo 20:13). Cristo
repetiu um grande princípio quando Ele disse, “Amarás o teu próximo
como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Paulo disse, “O amor não faz mal
ao próximo” (Romanos 13:10).
Jesus declarou, “O meu reino não é deste mundo; se o meu reino
fosse deste mundo, lutariam os meus servos...” (João 18:36). O Israel
espiritual de Deus não é mais composto pelas 12 tribos físicas. Povos
de todas as nações estão enxertados neste Israel espiritual (Romanos
9:1-8) e fazem parte do Corpo espiritual de Cristo (Romanos 2:25-29).
Como Cristãos, nós devemos sair da escuridão, do poder de Satanás
para o poder do Reino de Deus (Actos 26:28, Colossenses 1:11-13).
Agora temos a cidadania no céu (Filipenses 3:20). Temos que
imitar as acções de Jesus (1 Pedro 4:1, 13-16). Cristo não respondeu
com insultos quando foi insultado, e Ele não ameaçou quando sofria.
Crenças Fundamentais 37

Ele sofreu por fazer o bem e aguentou o sofrimento pacientemente


porque desejava agradar a Deus (1 Pedro 2:19-24). Ele ensinou que
ter raiva do seu irmão pode resultar em pecado (Mateus 5:21-22).
Devemos amar os nossos inimigos e fazer o bem àqueles que nos
odeiam (ver. 43-44). Não devemos vingar-nos; a vingança pertence a
Deus (Romanos 12;19).
A nossa guerra como Cristãos está na arena espiritual (Efésios 6:10-
20). Não guerreamos contra a carne (2 Coríntios 10:3), mas ”contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12).
Devemos ser bons soldados espirituais de Jesus Cristo (2 Timóteo 2:3-
4). Nesta vida, esta é a nossa chamada. Como tal, um Cristão tem às
vezes que encarar um conflito entre as leis do homem e as leis de Deus
Todo Poderoso. Quando isso acontece, o cristão tem que obedecer às
leis de Deus (Actos 5:29; 1 Pedro 2:13-14).
Na maior parte dos países, os militares têm as suas próprias leis e
regulamentos. Uma pessoa militar não está em liberdade de decidir
o que ele ou ela poderá fazer. A decisão mais sábia a tomar é a de
não nos colocarmos nessa posição, já que as pessoas militares estão
sujeitas à sua própria autoridade e poderão ser chamadas para tirar
vidas humanas. O apóstolo Paulo disse que não devemos de vir a ser
escravos do homem (1 Coríntios 7:23).
Por essa razão, a Igreja de Deus Unida, uma Associação
Internacional apoia a objecção consciente dos seus membros em não
participar dos serviços militares e da guerra.

Promessas a Abraão
Acreditamos na justiça duradoura de Deus. Esta justiça é
demonstrada pela lealdade de Deus em preencher todas as
promessas que Ele fez ao pai da fé, Abraão. Como prometido,
Deus multiplicou os descendentes da linha genealógica de
Abraão e assim, Abraão tornou-se literalmente o “pai” de
muitas nações. Acreditamos que Deus, como prometeu, fez
38 Crenças Fundamentais

prosperar materialmente os descendentes da linhagem de


Abraão, nomeadamente de Isaque e de Jacob (cujo nome Ele
mudou mais tarde para Israel). Acreditamos que Deus, através
do Descendente (da Posteridade) de Abraão, Jesus Cristo, está
oferecendo a salvação a toda a humanidade não dependendo
assim da linhagem física. A salvação não é portanto, um
privilégio do nascimento. Ela está livremente aberta a todos os
que Deus chama, e aqueles que são vistos como descendentes
de Abraão são aqueles da fé, herdeiros de acordo com as
promessas. Acreditamos que o conhecimento, de que Deus
tem cumprido e continua a cumprir as promessas físicas a
Abraão e a seus filhos, e que Ele está cumprindo as promessas
espirituais através de Jesus Cristo, é importantíssimo para
compreendermos a mensagem dos profetas e a sua aplicação
ao mundo (Salmos 111:1-10; Romanos 4:16; 9:7-8; Gálatas
3:16; Génesis 32:28).
_____________________

Deus fez promessas físicas e espirituais a Abraão. As promessas


físicas envolvem grandezas físicas para os seus descendentes: “E far-
te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome”
(Génesis 12:1-2). Estas promessas físicas incluíam garantias de terra
ou território e outras bênçãos (Génesis 12:7; 13:14-17; 15:18).
Elas foram formalmente passadas para os descendentes de Abraão.
Primeiro passaram para Isaac (Génesis 26:1-4). Depois para Jacob
(Génesis 28:3-4, 13-14). E então foram passadas a José e finalmente
para os dois filhos de José, Efraim e Manassés (Génesis 48:15-
19). Mas, por causa da escravidão de Israel, o cumprimento destas
promessas físicas foi retardado.
Antes que alguém da descendência de Abraão herdasse a promessa
da terra, eles tornaram-se escravos no Egipto (Êxodo 1:7-11). A nação
de Israel gemeu por causa do seu estado de escravidão e Deus ouviu-
os. Em sua lealdade, Deus determinou soltar Israel da sua escravidão
cumprindo as promessas, que fez a Abraão, a Isaac e a Jacob, de que
os seus descendentes, os descendentes de Abraão seriam fisicamente
abençoados e que se tornariam num grande povo na terra (Êxodo 2:23-
25; 6:7-8; 13:5; Deuteronómio 9:4-6).
A seguir vemos as promessas da bênção física sendo oferecidas a
Crenças Fundamentais 39

Israel. Somente se os Israelitas obedecessem a Deus e se observassem a


aliança, eles poderiam receber tais promessas. Se eles não obedecessem
aos termos da aliança, as bênçãos seriam adiadas e pragas viriam em
seu lugar (Êxodo 19:5-6; Levítico 26:3-39; Deuteronómio 28:1-68).
Por causa dos pecados de Israel e de Judá, as bênçãos foram adiadas.
Houve apenas poucos momentos de grandeza quando alguns reis justos
reinaram. Mas, por causa da lealdade de Deus, Ele eventualmente
abençoaria os descendentes de Abraão com grandeza. Os descendentes
de Efraim e Manassés (Grã-Bretanha e Estados Unidos) receberam
a benção da ascendência à grandeza nacional. Efraim tornou-se uma
associação de nações, e Manassés tornou-se uma grande nação. É
através destas duas nações que as profecias Bíblicas a respeito de
Israel estão sendo cumpridas (Génesis 48:16; 49:22-26).
Contida nas promessas de Abraão estava a promessa de salvação a
todos os homens de se tornarem do “Descendente” (da posteridade, da
descendência) de Abraão. Através de Abraão a todas as famílias da terra
foi dado acesso ás bênçãos de Deus (Génesis 12:3). Deus confirmou
esta promessa de Abraão porque ele obedeceu os mandamentos de
Deus (Génesis 22:18).
Estas promessas de Abraão não foram limitadas a benções físicas,
mas incluíam as bênçãos espirituais estendidas a toda humanidade.
Paulo entendeu que a salvação não foi somente para Judeus ou Israelitas,
mas para toda humanidade. A ele foi mostrado que o “Descendente” se
referia a Jesus Cristo (Gálatas 3:8, 14-16).
Zacarias, no nascimento de João Batista, profetizou que Deus se
lembraria do Seu juramento, que Ele jurou a Abraão (Lucas 1:69-73).
Paulo registou que Jesus Cristo veio para confirmar as promessas
feitas aos pais (Romanos 15:8). A promessa da salvação veio de
Deus através do Espírito Santo como uma parte da Nova Aliança
sendo disponível para nós através da morte e da ressurreição de Jesus
Cristo. O Espírito Santo é a chave para “melhores promessas” que
veio na “nova” e “melhor” aliança e que foi estabelecida em melhores
promessas (Hebreus 8:6).
Foi dito aos apóstolos para esperarem em Jerusalém por esta
promessa melhor (Actos 1:4, 8). Eles esperaram para serem selados
pelo Espírito Santo “da promessa,” o qual era a garantia da herança
deles (Efésios 1:13-14). É pelo Espírito Santo de Deus que sabemos
que somos filhos de Deus (Romanos 8:9, 14-17) e assim somos
40 Crenças Fundamentais

descendentes de Abraão (espiritualmente) e herdeiros da salvação de


acordo com a promessa (Gálatas 3:28). Esta promessa não é baseada
em raça, mas na chamada de Deus e no arrependimento individual,
não dependendo de raça ou origem nacional.

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• The United States and Britain in Bible Prophecy. )

O Propósito de Deus
para a Humanidade
Acreditamos que o propósito de Deus para a humanidade
é preparar aqueles que Ele chama – e aqueles que decidam
responder a essa chamada através de uma vida da conquista
ao pecado, desenvolvimento de carácter justo e crescimento
em graça e conhecimento - para possuírem o Reino de Deus
e tornarem-se reis e sacerdotes reinando com Cristo no Seu
regresso. Acreditamos que a razão da existência humana é
para nascermos literalmente como seres espirituais na família
de Deus (Romanos 6:15-16; 8:14-17, 30; Actos 2:39; 2 Pedro
3:18; Apocalipse 3:5; 5:10).
_____________________

É o desejo de Deus que todos os homens se tornem membros da Sua


família, no Reino de Deus (2 Pedro 3:9). Como parte deste processo,
Deus está agora chamando alguns indivíduos para herdar a vida eterna
no regresso de Jesus Cristo à terra (1 Coríntios 1:26-28; Mateus 20:16;
João 6:44, 65), com outros a serem chamados mais tarde. Aqueles
que estão sendo escolhidos agora aceitarão Cristo como seu Salvador,
entregando os seus desejos aos desejos de Deus e esforçando-se para
eliminar o pecado nas suas vidas (Apocalipse 3:21).
Jesus Cristo é referido como “o primogénito entre muitos irmãos”
Crenças Fundamentais 41

(Romanos 8:14-17, 29; Apocalipse 1:5-6; Colossenses 1:15-18).


Na ressurreição durante o regresso de Cristo, “sabemos que quando
ele se manifestar, seremos semelhantes a ele...” (1 João 3:2). Nesse
tempo, aqueles que morreram em fé serão ressuscitados, e aqueles que
vivem na fé serão mudados. Ambos tornar-se-ão seres espirituais e
membros da família de Deus (2 Coríntios 6:18; 1 Coríntios 15:42-53).
Eles depois disto servirão com Cristo na terra como reis e sacerdotes
durante o Seu reinado no Milénio (Apocalipse 5:10; 20:4)
Rei e sacerdote são ambos cargos de Cristo. Ele é Rei dos Reis e
Senhor dos Senhores (Apocalipse 19:15-16). Ele é também o nosso
Sumo Sacerdote (Hebreus 3:1; 4:14-16; 5:5-6; 6:20; 7:24-28; 8:1-
6; 9:11; 10:12). Outros compartilharão as Suas responsabilidades,
também como reis e sacerdotes, servindo debaixo Dele para levar a
cabo o desejo do Pai (Apocalipse 5:10).
Aqueles que forem sacerdotes no milénio serão responsáveis pelo
ensinamento das pessoas para discernir entre “o imundo e o limpo,”
uma frase na qual inclui o conceito de ajudá-los a discernir o bem
do mal (Ezequiel 22:26; 44:23-24). Como mensageiros de Deus, eles
ensinarão a lei de Deus e farão saber qual o seu significado e aplicação
(Malaquias 2:7-9).
Uma das responsabilidades de um Rei no Velho Testamento era
escrever as palavras das leis de Deus num livro e “nele lerá todos os
dias da sua vida” para que ele pudesse cuidadosamente observa-las e
não deixar de segui-las (Deuteronómio 17:18-20). Os que vierem a
ser reis e sacerdotes no reino de Deus serão aqueles que permitiram
Deus escrever as Suas leis nos seus corações e mentes enquanto seres
humanos (Hebreus 8:10-11; Jeremias 31:33).
Como reis durante o Milénio, eles ensinarão o caminho de vida
de Deus aos humanos que ainda viverem (Isaías 30:20-21). Eles
administrarão o governo de Deus nas áreas que Jesus Cristo lhes der
responsabilidades (Mateus 19:27-28; Lucas 19:11-19). Eles estarão
completamente sujeitos à vontade de Cristo, da mesma maneira que
Ele está à do Pai (João 5:30). Como co-herdeiros com Cristo, eles
ajudá-Lo-ão no ensino e no governo dos mortais na terra (Apocalipse
5:10).
O grande plano de Deus inclui toda a humanidade. O Julgamento
do Grande Trono Branco, descrito em Apocalipse 20:11-13, revela
que todos os seres humanos que morreram sem jamais ter entendido
42 Crenças Fundamentais

este grande plano serão ressuscitados e o verdadeiro destino deles lhes


será revelado. O plano de Deus abrange todos. Toda a humanidade
terá a oportunidade de aprender a verdade de Deus e de se arrepender
(1 Timóteo 2:4; 2 Pedro 3:9). Este será o tempo depois do milénio
quando a grande maioria da humanidade for ressuscitada dentre os
mortos para que possa receber a sua oportunidade de salvação. Aqueles
que se arrependerem e aceitarem Cristo como seu Salvador receberão
o presente da vida eterna na família de Deus, finalmente atingindo o
destino que lhes é oferecido por Deus.

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• What Is Your Destiny? )

A Igreja
Acreditamos que a Igreja é aquele corpo de crentes que
tem recebido e estão sendo guiados, pelo Espírito Santo. A
verdadeira Igreja de Deus é um organismo espiritual. O seu
nome bíblico é “a Igreja de Deus.” Acreditamos que a missão da
Igreja é a de pregar o evangelho (as boas novas) da chegada
do Reino de Deus a todas as nações como uma testemunha
e ajudar a reconciliar com Deus as pessoas que estão agora
sendo chamadas. Acreditamos também que é missão da
Igreja de Deus, fortalecer, edificar e nutrir os filhos de Deus em
amor e exortação a nosso Senhor Jesus Cristo (Actos 2:38-
39, 47; 20:28; Romanos 8:14; 14:19; Efésios 1:22-23; 3:14;
4:11-16; 1 Coríntios 1:2; 10:32; 11:16, 22; 12:27; 14:26; 15:9;
2 Coríntios 1:1-2; 5:18-20; Gálatas 1:13; 1 Tessalonissenses
2:14; 2 Tessalonissenses 1:4; 1 Timóteo 3:5, 15; Marcos 16:15;
Mateus 24:14; 28:18-20; João 6:44, 65; 17:11, 16).
_____________________

A palavra igreja é traduzida da palavra grega ekklesia, que tem


Crenças Fundamentais 43

origem no verbo kaleo (que significa “chamar”) e com o prefixo ek


(uma preposição que significa “para fora de”). Isto quer dizer um corpo
de pessoas que foram “chamadas para fora de,” tal como a nação de
Israel foi chamada para fora do Egipto para se reunir perante Deus
(Actos 7:38). Na primeira ocorrência de ekklesia no Novo Testamento,
Jesus prometeu “construir [Sua] igreja.” É a presença do Espírito
Santo nas mentes dos membros (1 Coríntios 2:12-13; Efésios 4:3-6)
que identifica a Igreja de Deus como uma única reunião de pessoas.
A Igreja de Deus começou no Dia de Pentecostes depois da
ascensão de Jesus Cristo. Deus derramou o Seu Espírito nos discípulos
que estavam reunidos naquele dia obedecendo à ordem de Cristo para
ficarem em Jerusalém (Lucas 24:49; Actos 2:1-4, Actos 5:32). Durante
os dias seguintes, “todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles
que se haviam de salvar” (Actos 2:47).
Jesus disse, “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não
trouxer” (João 6:44) e a não ser se pelo Pai “lhe for concedido” (ver.
65). Por isso, ninguém pode “associar-se” à Igreja. Mais propriamente,
Deus inicia o processo levando uma pessoa a arrepender-se e a ser
batizado para a remissão dos pecados dando-lhe o presente do Espírito
Santo (Actos 2:38), através do qual uma pessoa é colocada na Igreja.
Visto que é através da presença do Espírito Santo numa pessoa que
identifica e une o povo de Deus (1 Coríntios 12:12-13), a Igreja é então
um organismo espiritual. Efésios 2:19-22 descreve a Igreja como um
“templo santo.” Cada membro individual é também um “templo do
Espírito Santo” (1 Coríntios 6:19).
Jesus Cristo é a Cabeça vivente da Igreja, a qual é frequentemente
descrita como “o corpo de Cristo” (1Coríntios 12:27; Efésios 1:22-
23; 4:12; Colossenses 1:18). A Bíblia refere-se ao completo Corpo de
Cristo ou a uma congregação individual como “a igreja de Deus,” ou as
“igrejas de Deus” quando se refere a mais do que uma congregação.
Jesus tem encarregado os Seus discípulos a pregar o evangelho
para o mundo (Marcos 16:15) e fazer discípulos em todas as nações
(Mateus 28:19). Cristo chamou-nos para sairmos dos males deste
mundo (João 17:15-16) e separou-nos pela verdade da Palavra de
Deus (ver. 17). Ele também nos manda ao mundo (ver. 18) para pregar
o Reino de Deus como uma testemunha (Mateus 24:14).
O trabalho da pregação da Igreja, associado com o testemunho
agrupado das vidas individuais dos membros da Igreja, estabelece uma
44 Crenças Fundamentais

mensagem poderosa de esperança e iluminação a um mundo escurecido


(Filipenses 2:15; Mateus 5:14-16). Os membros da Igreja de Deus são
o Seu “povo especial” (Tito 2:14; 1 Pedro 2:9), transformado pela
renovação das suas mentes através do poder do Espírito Santo de Deus
(Romanos 12:2).
A Igreja também proporciona um ambiente para solidariedade
(Actos 2:42; 1 João 1:7), encorajamento (Hebreus 3:13; 10:24) e
alimentação espiritual (Efésios 5:29; Colossenses 2:19). Deus tem
dado graças espirituais a todos os membros para a edificação do
corpo (Romanos 12:3-8; 1 Coríntios 12:4-28; Efésios 4:7-8, 11-16).
Estas graças devem de ser exercitadas com amor (1 Coríntios 12:1-3).
Amar uns aos outros estabelece a credibilidade dos membros como
discípulos de Jesus Cristo (João 13:34-35).
O nome bíblico para a Igreja é mostrado como sendo “Igreja de
Deus.” Em 12 ocasiões no Novo Testamento o termo Igreja de Deus é
usado para identificar o organismo espiritual identificado como povo
de Deus, Israel espiritual. O precedente para usar frases descritivas
junto com o nome “Igreja de Deus” está claramente estabelecido
na Escritura. Lemos “À igreja de Deus que está em Coríntios” (1
Coríntios 1:2; 2 Coríntios 1:1), “às igrejas de Galácia” (Gálatas 1:2), e
“...na igreja que está em Cencreia” (Romanos 16:1).
Jesus prometeu que a Sua Igreja nunca morreria (Mateus 16:18)
e que Ele nunca nos deixaria e nem nos largaria (Hebreus 13:5). Ele
prometeu estar com o Seu povo “até à consumação dos séculos”
(Mateus 28:19-20), dando-nos poder para fazer a Sua obra. Quando
Cristo regressar à terra para estabelecer o Reino de Deus, a Sua Igreja
governará com Ele (Apocalipse 2:26; 3:21; 5:10; Daniel 7:22, 26-27),
tendo-se tornado mestres e juizes ( 1 Coríntios 6:1-3).

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• The Church Jesus Built • This Is the United Church of God )
Crenças Fundamentais 45

O Dízimo
Acreditamos no dízimo como uma forma de honrar a Deus
com os nossos meios materiais e como um meio de servi-Lo na
pregação do evangelho, nos cuidados da Igreja, na observação
dos festivais e na ajuda aos necessitados (Provérbios 3:9-
10; Génesis 14:17-20; 1 Coríntios 9:7-14; Números 18:21;
Deuteronómio 14:22-29).
_____________________

O “dízimo” (significando em ambos Hebreu e Grego “dar ou pegar


um décimo”) significa dar um décimo de “todo o fruto” (Deuteronómio
14:22) derivado do que se produz, ou da nossa propriedade, ou salário,
para o apoio de propósitos religiosos. A motivação para dar o dízimo
é um reconhecimento de adoração a Deus como o Criador e Dono da
terra e tudo que nela está, inclusive nós mesmos.
Embora o dízimo viesse a ser uma lei codificada, ou escrita na
aliança que Deus fez com Israel, ele já era historicamente praticado
entre os que eram fiéis a Deus antes dessa aliança. Abraão, depois
de ter vencido os quatro reis, dizimou dos despojos da guerra a
Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo (Génesis 14:18-22).
Abraão obviamente entendeu que dar um décimo era a maneira
própria de honrar a Deus com as posses materiais de uma pessoa. Vale
a pena notar também que Abraão deu um décimo a Melquisedeque,
um representante do Deus Criador.
Abraão reconheceu a premissa essencial de dar um dízimo a Deus:
Ele é o actual “Possuidor dos céus e da terra” e Ele tornou todas as
vitórias e todas bênçãos possíveis a Abraão. Deus lembra-nos através da
Bíblia, e o povo de Deus respeitosamente reconhece, que tudo pertence
a Deus (Êxodo 19:5; Jó 41:11; Salmos 24:1; 50:12; Ageu 2:8). Disse
Moisés a Israel: “Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, que ele é o
que te dá força para adquirires poder...” (Deuteronómio 8:18). O dízimo
é então, primeiro e acima de tudo, um acto de adoração reconhecendo
46 Crenças Fundamentais

Deus como a nossa fonte de existência, benção e providência.


Jacob também seguiu o exemplo do seu avô Abraão. Quando Deus
lhe confirmou as promessas que fez a Abraão, Jacob prometeu a Deus,
“e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo” (Génesis
28:20-22).
A prática do dízimo foi mais tarde incorporada dentro da aliança
com Israel como uma lei escrita. A tribo de Levi, à qual não foi dada
nenhuma herança da terra de onde os Levitas pudessem ter fruto
(Números 18:23), passou a receber o dízimo dos produtos de agricultura
pelos seus serviços eclesiásticos à nação. Os Levitas, baseados no que
tinham recebido em dízimos do povo, por sua vez davam um dízimo à
família sacerdotal de Aarão (Números 18:26-28).
Com o passar do tempo, o dízimo foi negligenciado descuidadamente
por Judá após o exílio, pelo que Deus repreendeu severamente a nação
(Malaquias 3:8-10). Não dar o dízimo, segundo Deus, era o equivalente
a roubá-Lo e o povo foi consequentemente amaldiçoado. No entanto
Ele também prometeu que a obediência de dar o dízimo resultaria em
bênçãos tão abundantes que “não haja (haveria) lugar suficiente para
as recolherdes.”
Alguns séculos mais tarde, Jesus, de forma clara, manteve esta
prática do dízimo. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que
dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante
da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas,
e não omitir aquelas” (Mateus 23:23).
Em vez de aproveitar esta oportunidade esplêndida para anular a
prática do dízimo, Cristo, pelo contrário, confirmou plenamente o Seu
desejo de que dar o dízimo deveria realmente ser praticado, juntamente
com a sincera adesão de fazer outras coisas “mais importantes” [coisas
espirituais] que eles estavam claramente negligenciando.
Como os dízimos e as ofertas em Israel foram dados à tribo de Levi
para o seu sustento e os seus serviços a Deus, assim também a Igreja
no Novo Testamento forneceu apoio financeiro aos ministros para
executar os seus trabalhos. Exemplos e princípios acerca desta prática
encontram-se em Lucas 10:1, 7-8; 1 Coríntios 9:7-14; 2 Coríntios
11:7-9; Filipenses 4:14-18 e Hebreus 7.
De Deuteronómio 14, podemos identificar outras duas razões do
dízimo: para ir às festas de Deus (Levítico 23; Deuteronómio 14:22-27)
e para atender as necessidades dos pobres e necessitados (ver. 38-39).
Crenças Fundamentais 47

Como acreditamos em observar os festivais de Deus e acreditamos em


cuidar das necessidades dos pobres e dos necessitados, reconhecemos
a continuidade desta prática.
Hoje em dia a Igreja de Deus Unida continua a ensinar que o dízimo
é uma lei universal e que a obediência da boa vontade duma pessoa
a esta lei reflecte a natureza altruísta e generosa do nosso Criador e
Provedor.
A respeito da administração desta lei, é o dever da Igreja ensinar
as pessoas o princípio de dar o dízimo, mas é a responsabilidade do
indivíduo em obedecer. O dízimo é uma coisa pessoal de fé entre o
indivíduo e seu Criador. Ensinamos que qualquer pessoa zelosa em
seguir a Deus deve obedecê-Lo neste caminho fundamental, mas não
é responsabilidade da Igreja nem forçar nem regular o pagamento do
dízimo. Por causa das complexidades económicas das sociedades de
hoje, a Igreja regularmente recebe muitas perguntas técnicas a respeito
do dízimo, e procuramos dar direcção administrativa informada de
acordo com o desejo e direcção de Deus.
Dando dízimo com sentimentos de alegria e de boa vontade
(2 Coríntios 9:6-8), nós tanto honramos a Deus como apoiamos as
necessidades físicas para fazer a Sua obra: pregando o evangelho
ao mundo e fazendo discípulos de todas as nações (Mateus 24:14;
28:19-20). Ele tem-nos suprido um sistema financeiro perfeito que
providencia as necessidades da Sua obra, a necessidade pessoal de
observar os Seus festivais e a necessidade de cuidar dos pobres.

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• What Does the Bible Teach About Tithing? )
48 Crenças Fundamentais

As Ressurreições
Acreditamos que a única esperança da vida eterna para os
mortais humanos está na ressurreição através da presença do
Espírito Santo dentro de nós. Acreditamos que no regresso de
Jesus Cristo uma ressurreição para a vida espiritual acontecerá
a todos que tenham sido leais servos de Deus. Acreditamos
que, depois de Jesus Cristo reinar na terra por 1.000 anos,
haverá uma ressurreição para a vida física da maior parte das
pessoas que jamais viveram. Acreditamos que, depois destas
pessoas terem tido uma oportunidade de viver uma vida física,
se elas se converterem, também, receberão a vida eterna.
Acreditamos, também, que aqueles que rejeitarem a oferta
de Deus para a salvação colherão a morte eterna (1 Coríntios
15:19, 42-52; Actos 23:6; João 5:21-29; Romanos 6:23; 8:10-
11; 1 Tessalonissenses 4;16; Ezequiel 37:1-14; Apocalipse
20:4-5, 11-15; João 3:16; Mateus 25:46).
_____________________

A ressurreição dos mortos é uma das doutrinas fundamentais que


leva à perfeição e à vida eterna (Hebreus 6:1-2). Sem a ressurreição
dos mortos, Cristo não teria ressuscitado e a nossa fé seria em vão
(1 Coríntios 15:12-19). Os seres humanos são mortais, pois não têm
neles a imortalidade. Mais, o homem é incapaz de dar a vida eterna a
si mesmo; por causa disso precisamos da ressurreição.
Vemos em 1 Coríntios 15 que a ressurreição é a esperança de toda
a humanidade. A Ressurreição significa levantar ou levantamento.
Biblicamente, refere-se ao levantamento dos mortos novamente para
a vida. As escrituras ensinam a ressurreição de “todos os que estão
nos sepulcros” (João 5:28), mas há uma ordem na qual os mortos
serão ressuscitados (1 Coríntios 15:23). A Bíblia revela que uns serão
ressuscitados para a vida eterna e outros serão sentenciados à morte
eterna (Daniel 12:2-3; Apocalipse 20:13-15).
As ressurreições são possíveis porque Deus tem o poder de dar
Crenças Fundamentais 49

vida. Deus, através do Verbo, que se tornou Jesus Cristo, deu vida
ao primeiro homem, Adão. Ele tem o mesmo poder de dar vida a um
ser humano pela segunda vez. Ambos, o Pai e o Filho têm vida neles
mesmos (João 5:26). Este poder inerente de Deus pode produzir ambas
a vida física e espiritual. Deus tem poder para ressuscitar alguém da
sepultura na forma física ou espiritual (1 Coríntios 15:35-38). Deus
tem provado que tem o poder para ressuscitar para a vida física (João
11:43-44; Mateus 27:52-53) e para vida espiritual (Mateus 28:6-7).
As ressurreições são também possíveis porque Cristo ressuscitou (1
Coríntios 15:20-22). A Sua ressurreição, como um Salvador que vive,
tornou possível a salvação de todos os povos; daí, a ressurreição de
todos. O ser humano morreria e acabaria para sempre se não fosse pela
ressurreição de Cristo (Romanos 5:10; 1 Coríntios 15:26, 55).
O plano de Deus para a salvação dos seres humanos requer a
ressurreição de todos os que morreram (João 5:28). O apóstolo João
descreveu três ressurreições – uma para a vida eterna (Apocalipse
20:4-6); outra para a vida física (ver. 11-12); e a outra para a morte
no lago de fogo (ver. 13-15 [embora estes versículos não mencionem
a ressurreição especificamente, o pecaminoso incorrigível, que tenha
rejeitado a oferta de salvação de Deus, necessitará ser ressuscitado
para ser lançado no lago de fogo]). João 5:29 é um outro versículo
importante para entender o plano de Deus. Há duas ressurreições
mencionadas neste versículo, mas a Bíblia realmente refere-se a três
ressurreições.
A primeira ressurreição é chamada pelo mesmo nome: “... E
viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos... Bem-aventurado
e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes
não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e
de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Apocalipse 20:4-6). Esta
ressurreição irá acontecer na segunda vinda de Cristo quando o justo
(já morto) será ressuscitado para a imortalidade (1 Coríntios 15:50-
52); 1 Tessalonissenses 4:14-17). Isto é chamado como a “melhor
ressurreição” (Hebreus 11:35) porque é para a imortalidade e governo
com Cristo durante o milénio.
A segunda ressurreição acontecerá no final do reinado de 1.000
anos de Cristo e dos santos. “Mas os outros mortos não reviveram, até
que os mil anos se acabaram.” (Apocalipse 20:5). Esta ressurreição
está mais adiante descrita no versículo 12: “E vi os mortos, grandes e
50 Crenças Fundamentais

pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-


se outro livro, que é o [Livro] da Vida. E os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”
Esta é uma ressurreição de volta à vida física (Ezequiel 37:1-14). Ela
incluirá a grande maioria de todas as pessoas que já viveram – pessoas
que nunca conheceram Deus e Seu grande propósito para elas. Vai ser
um tempo excitante em que virtualmente todos da história humana
voltarão a viver (Mateus 11:20-24; 12:41-42). Estas pessoas terão uma
segunda oportunidade de viverem fisicamente, mas realmente será a
primeira oportunidade delas de salvação e da imortalidade gloriosa
na família de Deus. Elas terão tempo suficiente para aprenderem e
crescerem no caminho de vida de Deus. Verdadeiramente, o plano
de Deus inclui todos. Ele não está querendo que alguém pereça mas
que todos venham a arrepender-se e que sejam salvos (2 Pedro 3:9; 1
Timóteo 2:4).
A terceira ressurreição acontecerá na conclusão do plano de Deus
para com a humanidade. Esta será uma ressurreição para a vida física
de todos que tenham rejeitado a oferta de Deus para a vida eterna em
épocas passadas – uma ressurreição para a morte no lago de fogo. “E
aquele que não foi achado escrito no Livro da Vida foi lançado no
lago de fogo” (Apocalipse 20:14-15; Hebreus 10:26-29; 2 Pedro 3:10-
12). Nosso amado Deus dá a todos uma oportunidade para terem vida
eterna e deseja que ninguém pereça. Mas se eles recusarem, a punição
será a segunda morte, que terminará rapidamente e para sempre a vida
deles (Malaquias 4:1, 3; Mateus 25:46).
As três ressurreições revelam a ordem do plano e propósito
maravilhoso de Deus para toda a humanidade. É ordenado ao homem
que morra uma vez (Hebreus 9:27), mas depois disso haverá uma
ressurreição para todos os que tenham vivido.

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• What Happens After Death?
• Heaven and Hell: What Does the Bible Really Teach?
• God’s Holy Day Plan: The Promise of Hope for All Mankind. )
Crenças Fundamentais 51

O Regresso de Jesus
Cristo
Acreditamos no regresso pessoal, visível, pré-milenial, do
Senhor Jesus Cristo para governar todas as nações na terra
como Rei dos Reis e para continuar o Seu cargo de sacerdote
como Senhor dos Senhores. Nessa altura, Ele sentar-se-á no
trono de David. Durante o Seu reinado de 1.000 anos na terra,
Ele restaurará todas as coisas e estabelecerá o Reino de Deus
para sempre (Mateus 24:30, 44; Apocalipse 1:7; 11:15; 19:16;
20:4-6; 1 Tessalonissenses 4:13-16; João 14:3; Isaías 9:7;
40:10-12; Hebreus 7:24; Jeremias 23:5; Lucas 1:32-33; Actos
1:11; 3:21; 15:16; Daniel 7:14, 18, 27).
_____________________

“Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar,


virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu
estiver estejais vós também” (João 14:2-3).
O regresso de Jesus Cristo como Rei dos Reis e Senhor dos
Senhores é uma verdade frequentemente confirmada na Bíblia. É uma
realidade para o crente das Escrituras Sagradas, tal como está escrito no
Velho Testamento e no Novo Testamento (Mateus 24:30; Actos 1:11;
Apocalipse 1:7; 19:16; Isaías 40:10; Daniel 2:44; Miqueias 1:3).
Por causa disso, acreditamos completamente no regresso pessoal e
visível do Senhor Jesus Cristo pré-milenial (antes dos 1.000 anos de
reinado de Cristo). A Sua vinda não acontecerá em segredo (Mateus
24:30; Apocalipse 1:7). “Porque o mesmo Senhor descerá do céu
com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” (1
Tessalonissenses 4:16). Ele fará guerra com os reis da terra, e vencê-
los-á (Apocalipse 17:14) para trazer a paz.
“Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo
52 Crenças Fundamentais

monte; tremam todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor


vem, já está perto” (Joel 2:1). “E estava vestido de uma veste salpicada
de sangue; e o nome pelo qual se chama Palavra de Deus. E seguiam-
no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino,
branco e puro” (Apocalipse 19:13-14). E Ele disse, “Convertei-vos a
mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com
pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes” (Joel 2:12-
13); “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei... Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve (Mateus
11:28-30).
Ele sentar-se-á no trono de Seu pai (ancestral) David (Lucas 1:32;
Isaías 9:7; Jeremias 23:5) e estabelecerá o Reino de Deus na terra
para sempre (Apocalipse 11:15). Durante os primeiros 1.000 anos
deste reinado, Cristo inaugurará um tempo de refrigério, um tempo
de restauração de todas as coisas (Actos 3:19-21). Ele será ajudado
por santos ressuscitados aquando do Seu regresso. Eles tornar-se-ão
filhos imortais de Deus (1 Coríntios 15:50-53), ressuscitarão para se
encontrar com Ele nas nuvens (1 Tessalonissenses 4:17) e juntar-se-ão
a Ele como o conquistador das nações rebeldes da terra a estabelecer
o Reino de Deus (Apocalipse 5:10; 20:6), o maravilhoso mundo de
amanhã (Amós 9:13-14; Isaías 2:2-4; Miquéias 4:1-5).
Jesus Cristo veio primeiro para carregar os pecados de muitos e
como prometeu, voltará uma segunda vez (Hebreus 9:28; Actos 15:16-
17; 1 Coríntios 15:23). Os reinos deste mundo tornar-se-ão os reinos
“de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”
(Apocalipse 11:15), e “os santos do Altíssimo receberão o reino e o
possuirão para todo o sempre e de eternidade em eternidade” (Daniel
7:18), com Ele.
“E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a
cada um segundo a sua obra” (Apocalipse 22:12). Sim, Jesus Cristo
regressará. O Rei virá!

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• The Gospel of the Kingdom. )

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