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Uma nova origem para o universo

Sandro Eduardo Marshhausen Pereira


Antes de mais e tudo: Poeta
Eng. Civil, Mestre em Geomática (UERJ),
Doutorando em Meio Ambiente (UERJ)
smarschhausen@yahoo.com.br
As teorias de início do universo são diversas. Cada mitologia das épocas de hoje, pelo que vejo, é
interpretada que o universo iniciou com uma grande explosão de expansão, mas que já havia algo antes
dele. A hipótese de uma grande implosão não é levada em consideração. Mesmo Hawking trabalha,
publicamente, sobre esta teoria. Ele nos apresentou a teoria da expansão do universo e uma possível
retração até o retorno ao início do big-bang.

Entretanto, faz-se necessária uma pesquisa sobre a origem do universo para cada veio mitológico
e cada expressão do religare e das interpretações para poder afirmar com convicção o dito acima.

Fato curioso é que as religiões são unânimes em um quesito sobre a origem do universo: no início
era a vibração (verbo, som, om etc.): onda. O que era ondulatório tornou-se matéria.

No fato do ondulatório tornar-se matéria podemos apresentar as teorias inciadas por Plank e
continuadas por Bohr, Prygogine, Einstein, Nicolescu, Hawking, Morin, Goswami onde afirmam que
as partículas ondulátorias, quando se tornam partícula, suas velocidades e vibrações reduzem.

Einstein nos demonstrou que a velocidade máxima de um corpo físico é a da luz, acima dessa o
corpo físico é convertido em energia, ou seja, onda. Pensando em desaceleração ao invés de pensar em
aceleração: a matéria física é energia abaixo da velocidade da luz, ou seja, se E=mc^2 então m=E/c^2.
De onde assumirei que toda a matéria existente é a condensação da energia latente do universo.

A complexidade, reinserida em nossas temáticas atuais pela física quântica, apresenta em seus
princípios básicos o indeterminismo, pelo qual não se pode deduzir com precisão a velocidade e a
posição de um objeto quântico ao mesmo tempo.

Os teóricos da física quântica consideram que mente é sinônimo de consciência, um equívoco à


luz da teoria do kardecismo, para o qual a mente existe enquanto há alma, que é o espírito encarnado.
Com o desencarne o espírito dissocia-se da carne, desfazendo-se a alma e, por extensão, a mente,
contudo, a consciência manter-se-á até o nível em que ela mesma dissolver-se-á no uno, mas isso é uma
outra discussão.

Irei assumir nesse discurso que a mente é dissociada da consciência, a consciência prevalece à
carne e à mente. Fonseca, na discussão sobre física quântica e espiritualidade, apresenta que tanto a
carne quanto o espírito são níveis distintos de condensação da consciência. Não entrarei no mérito da
discussão sobre consciência, contudo, assumirei a teoria apresentada por Laércio da vida ser uma
expressão de níveis de condensação da consciência para assumir que no inicio houve a consciência e
que a natureza primordial da consciência é ondulatória.

Observação de suma importância: pela Tábua de Esmeraldas o cosmos foi criado com a
consciência, pela ausência de falta de compreensão.

A Tábua de Esmeraldas foi trazida aos homens pelo próprio deus egípcio Toth, o deus da
Sabedoria, também conhecido na forma humana como Hermes Trimegistus ou I’m Hotep (TRAZZI,
1999).
Os teóricos da complexidade/quântica nos transmitem que algo só existe pela consciência de sua
existência, que somos todos tendências de existência e que o fato da consciência da existência da
partícula ondulatória, pela medição, já altera seu comportamento e insere infinitas possibilidades à sua
existência. Ou seja, quando se mede um elétron isso é suficiente para alterar a natureza de sua
existência e o seu vir-a-ser.

Um outro fator é importante, tanto para a religião quanto para a metafísica, quanto para a
complexidade/quântica antes do universo havia algo, para o qual adotarei o conceito quântico Caos,
que considerarei correlato a Uno.

No início havia o caos, quando surgiu a consciência, que alterou o vir-a-ser caótico e condensou a
energia em massa que a partir desse instante passou a se expandir, e assim será até que toda matéria
volte a ser onda e a consciência se dissolva no caos. Ou seja, o universo não teve início em uma
explosão (expansão), mas que seu início foi em uma fusão, uma condensação energética com variação
de tempo tendendo a zero (big-crunch).

As contribuições que deixo para toda a discussão acerca do início do universo: 1. no lugar do
big-bang tivemos o big-crunch; 2. apesar de se expandir lentamente o universo não irá se contrair
lentamente quando a expansão chegar ao seu máximo e 3. a consciência talvez retorne ao caos ou
talvez tenhamos um outro big-crunch.

Palavras Chave: 1. Origem do Universo; 2. Condensação da consciência; 3. Big-bang; 5. Big-crunch

Em 28 de outubro de 2009

Algumas Referências
BOHR, N. 1885-1962. Física atômica e conhecimento humano: ensaios 1932-1957. Tradução Vera
Ribeiro. Rio de Janeiro: Contra-ponto, 1995.
FONSECA, L. Física quântica e espiritualidade. Vídeo. Disponível em
<http://video.google.com/videoplay?docid=2062090977598577669>, acesso em 28 de out de 2009.
GOSWAMI, A.; REED, R. E. e GOSWAMI M. O universo autoconsciente: como a consciência cria o
mundo material. 6 ed. Rio de Janeiro: Record Rosa dos Tempos, 2003. Tradução de Ruy Jungmann
HAWKING, S. W. O Universo em uma casa de noz. RJ: Ediouro, 2007.
HENRY, J. A revolução científica e as origens da ciência moderna. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed.,
1998. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges.
KUHN, T.S. O Caminho desde a estrutura: Ensaios filosóficos, 1970-1993, com uma entrevista
autobiográfica. SP: Editora UNESP, 2006.
MORIN, E. O pensamento complexo: um pensamento que pensa. In MORIN, E.; Le MOIGNE,
Jean-Louis. A inteligência da complexidade. São Paulo: Peirópolis, 2000, pp. 199-213.
NICOLESCU, B. O manifesto da transdisciplinaridade. Tradução de Lucia Pereira de Souza. São
Paulo: TRIOM, 1999.
PRIGOGINE, I. O fim das certezas. Tempo, caos e as leis da natureza. São Paulo: EDUNESP, 1996
TRAZZI, G. L. Gnose. 1 ed. Porto Alegre: FEEU, 1999. 565p

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