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VIII Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas

Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

INTRODUÇÃO
Ç AO PLANEJAMENTO
GOVERNAMENTAL

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

Ementa
• Conteúdo
9 A função planejamento
• Conceitos e aspectos relevantes do processo de planejamento
• Métodos, técnicas e ferramentas
9 Planejamento no setor público
9 Experiências de planejamento governamental no Brasil
9 Os instrumentos constitucionais de planejamento governamental
9 Panorama atual do planejamento governamental no Brasil
• Objetivos
j
9 Conhecer e criticar conceitos e técnicas básicas de planejamento
9 Debater as especificidades do planejamento no setor público e fornecer uma visão geral
sobre
b o hi
histórico
tó i d do planejamento
l j t governamental
t l no B
Brasilil
9 Apresentar os instrumentos de planejamento
9 Contextualizar o debate atual sobre p
planejamento
j g
governamental.

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A FUNÇÃO PLANEJAMENTO

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O que é Planejamento (formal)

Planejamento é um processo contínuo e dinâmico que consiste em um conjunto


de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar
realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões
antecipadamente.

9 E
Estratégias
t té i organizacionais
i i i estão
tã totalmente
t t l t interligadas
i t li d com os objetivos
bj ti e as metas
t
organizacionais, oferecendo caminhos e técnicas a serem seguidos para o alcance dos
mesmos.

9 No significado em geral sobre “estratégia” observa-se que seu norte principal diz
respeito a ser capaz de posicionar-se corretamente frente às situações principalmente
quando se está diante de incertezas e turbulências do ambiente.

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Quais são os horizontes? (formal)

9Nível Estratégico (longo prazo)=> horizonte de planejamento se estende


aproximadamente a cinco anos ou mais. Auxilia decisões de natureza
estratégica, como ampliações de capacidade, alterações na linha de produtos,
desenvolvimento de novos produtos, etc.

9Nível Tático (médio prazo)=> horizonte de planejamento varia


aproximadamente de seis meses a dois anos. Esta relacionado aos Planos que
se baseiam nas previsões de metas.

9Nível Operacional (curto prazo)=> estão relacionadas com a programação


da produção dos bens e serviços e decisões relativas aos controles de
estoque.
estoque

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Quais são os horizontes?

Nível Característica Exemplo


• Direcionamentos corporativos; focos de Planejamento corporativo
atuação (negócios) e grandes opções da Petrobras
estratégicas

• Orientado para as áreas finalísticas Planejamento da área de


• Objetivos Gerais e programas Refino

• Orientado para a implementação da Planejamento do RH


estratégia
• Processos organizacionais

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O que é Planejamento Estratégico ?

O planejamento estratégico é um processo gerencial contínuo e sistemático,


que diz respeito à formulação de objetivos,
objetivos levando em conta as condições
internas e externas à organização e sua evolução esperada.
esperada

9 Análise sistemática dos pontos fortes e fracos da organização


organização, e das
oportunidades
p do meio ambiente com o intuito de estabelecer os objetivos,
j , as
estratégias, assim como ações que possibilitem um aumento da competitividade.

9 É uma ferramenta de apoio à gestão com vista ao desenvolvimento futuro da


organização, especificando a forma e os períodos de execução.

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Como se desenvolve?
9O primeiro passo para a elaboração do planejamento estratégico,
estratégico tendo
como base o modelo tradicional, é determinar com precisão questões
básicas, porém primordiais como:
‰ “Quem somos?”
‰ “Onde queremos chegar?”
‰ “Avaliamos os fatores externos?”
‰ “Como atingiremos nossos objetivos?”
9A partir daí, deve-se simular situações diversas construir cenários, não
objetivando prever o futuro, mas sim descrever possíveis acontecimentos
plausíveis que poderão ocorrer.
ocorrer Para isso é necessário levar em
consideração fatores como o histórico e resultados para ter condições de
interagir.

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O Plano Estratégico

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Métodos, Técnicas e Ferramentas de Planejamento

A áli SWOT
Análise
9 Técnica de análise de cenário que mapeia e interpreta as interações entre oportunidades e
ameaças X forças e fraquezas (Matriz de Avaliação Estratégica).

9 Caracteriza a potencialidade de atuação ofensiva da instituição, sua capacidade defensiva,


suas debilidades de atuação ofensiva e suas vulnerabilidades.

Amb. Ext.
Oportunidades Ameaças
Amb. Int.

(I) Potencialidades (II)


Forças
de Atuação Ofensiva Capacidade Defensiva

(III) Debilidades (IV)


Fraquezas
de Atuação Ofensiva Vulnerabilidades

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Métodos, Técnicas e Ferramentas de Planejamento

Balanced Scorecard (BSC)

O principal objetivo do BSC é o alinhamento do planejamento


estratégico com as ações operacionais da organização. Esse objetivo
é alcançado pelas seguintes ações:

9 Esclarecer a traduzir a visão e a estratégica;

9 Comunicar a associar objetivos e medidas estratégicos;

9 Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas;

9 Melhorar o feedback e o aprendizado estratégico.

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Métodos, Técnicas e Ferramentas de Planejamento

MODELO LÓGICO
Ó

• Análise do Problema
9Identificar os Problemas relacionados à situação analisada

9Focar a análise no Problema Principal

9Formular o Problema como um Estado Negativo

9Não
Não confundir o Problema com a Ausência de Solução

Exemplos: Falta um semáforo no cruzamento

Há uma alta taxa de acidentes

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Baixa Qualidade de Vida Baixa Produtividade

Altos Custos de Atenção Alta Taxa de Ausência ao


Altos Custos de Reparos Perda de Votos
à Saúde Trabalho

Grandes Danos à Descontentamento com a


Alta Mortalidade Muitos Feridos
Propriedade Autoridade de Trânsito

Alta taxa de acidentes no cruzamento

Grande Número de
Excesso de Velocidade Visibilidade Limitada Sinalização Inexistente
Pedestres Cruzando

Não há Semáforo
ncia dos

ncia dos
stância

eículos

Não há Siinal de
abaixo
áforos

nados
Travessia de
Conduttores

ente

Prioridade
Pedesttres

Pedesttres
inexiste
Grande dis
dos semá

Muitos Ve
acima e a

Estacion
Imprudên

Imprudên

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Convertendo Plano em Ação


PRINCIPAIS ENTRAVES

Apenas 10% das Estratégias


são Implementadas

Barreiras à implementação das estratégias

Barreira da Visão Barreira da Motivação Barreira Cultural Barreira do orçamento

Apenas 5% dos Apenas 25% dos 85% dos dirigentes 60% das organizações
colaboradores
l b d di i
dirigentes
t têtêm d di
dedicam menos d de não
ã estabelecem
t b l
entendem incentivos associados uma hora por mês um link entre o
a estratégia à estratégia discutindo a estratégia orçamento e a estratégia

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Planejamento Estratégico, outras visões.


Apesar de alguns avanços obtidos nos últimos anos com as abordagens prescritivas de
planejamento estratégico, como a tentativa de organizar processos em uma abordagem
racional voltada para a análise do mercado e da concorrência, na prática esse instrumento
de gestão apresentou sérias limitações. Alguns autores renomados da Ciência da
Administração e da Ciência Política, como Mintzberg, Idenburg, Quinn e Wildavsky,
acreditam que o modelo e as formulações dele decorrentes (ex: orçamento
orçamento-programa),
programa), da
maneira como foram concebidos, não dão conta de todas as variáveis ambientais que
permitem a sua própria execução, em especial na dimensão pública.

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Planejamento Estratégico, outras visões.


Idenburg
Idenburg defende que o modelo de planejamento estratégico normativo pressupõe um ambiente controlado,
altamente previsível, e trabalha em uma orientação formal de cima para baixo (estratégia, tática e operacional) sem
considerar o aspecto político envolvido e as variáveis operacionais. A limitação do modelo é seu distanciamento da
execução, pois não considera toda complexidade do ambiente. O autor sugere outras abordagens estratégicas para
suprir as lacunas desse modelo, em especial o incrementalismo lógico de Quinn e a estratégia emergente de
Mintzberg.
Mintzberg
Variáveis internacionais
Pressão da sociedade
EAL

olado
NTE RE

Orrientação
o
nte contro

Questões
Aspectos políticos
econômicas
MBIEN

Ambien

Entraves ambientais
AM

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Planejamento Estratégico, outras visões.


Quinn
Quinn aborda que o planejamento estratégico normativo é um instrumento
insuficiente para seu fim. Mesmo as estratégias sendo definidas por uma
cúpula administrativa, as mesmas não são seguidas com estrita obediência,
conforme o planejado. Assim, ocorrem diversas decisões estratégicas de
execução em outros níveis da organização,
execução, organização que interferem e/ou modificam a
estratégia inicial de modo incremental (modelo incrementalismo lógico).

g q
O autor advoga que este trabalho incremental deve criar atmosferas de
consenso, capacitando a organização (aprendizado histórico), em um
movimento oportuno em direção às metas pretendidas, negociando sempre
com as forças incontroláveis do ambiente,
ambiente considerando também outros
fatores que materializam a consecução da estratégia, como os políticos e os
sociais.

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Planejamento Estratégico, outras visões.


Mintzberg
Mintzberg também enxerga limites no modelo racional-compreensivo de planejamento estratégico
(mecanicista). Como proposta, o autor parte do pressuposto de que já existe um status-quo legítimo, assim,
há necessidade
id d de
d se negociar
i sempre com a incerteza,
i estabelecendo-se
b l d pequenos passos incrementais
i i
para satisfazer os diversos atores envolvidos. Neste modelo adaptativo, as decisões são desconexas e
fragmentadas, ainda que flexíveis para se adaptar às necessidades do momento.

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Planejamento Estratégico, outras visões.


Mintzberg
Portanto, o autor acredita que não existe um modo único de definição estratégica. Defende que o estrategista
deve conhecer o ambiente em que está envolvido e os instrumentos disponíveis 9legais institucionais, etc..)
para conseguir detectar estratégias emergentes, ou seja, padrões não planejados mas que podem
interferir no resultado final. O autor defende que, na prática, a elaboração da estratégia anda sobre 2 pés
devidamente equilibrados, um deliberado, fundamentado na segurança e no controle; e outro emergente,
mais flexível e adaptativo, que facilita o processo de aprendizagem e o tratamento de variáveis políticas.

Deliberada
Estratégia Pretendida Estratégia Realizada

Não Realizada Emergente


Em uma linha mais crítica, para Mintzberg, o planejamento estratégico, como vem sendo praticado, tem sido
uma programação estratégica, podendo ser útil como instrumento de análise para formulação de estratégias,
nada além disso.

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Planejamento Estratégico, outras visões.


Wildavsky
De acordo com o cientista político Aaron Wildavsky o modelo de Orçamento-Programa, fruto
do planejamento racional-compreensivo adotado nos últimos anos, é um descrédito à análise de
políticas públicas, pois a lógica de alocação de recursos enviesa o planejamento para o controle
e para a eficiência (controle do orçamento), em detrimento da eficácia e da efetividade das
ações de Governo. Além disso, não considera (de forma explícita) variáveis políticas e sociais que
fundamentam o processo decisório.

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Planejamento Estratégico, outras visões.


Wildavsky
A lógica do orçamento-programa induz a criação de
procedimentos, atributos e sistemas de informações, devidamente
apropriados pela burocracia em arranjos processuais, que não
contribuem para a execução (prática) das políticas públicas e
que inviabilizam, por vezes, o aprimoramento da tomada de
decisão nas instâncias superiores devido a própria complexidade
sistêmica.

O resultado
l d deste
d arranjo, de
d acordo
d com o autor, é um plano l
formal, burocrático, descolado da racionalidade política, que não
indica as principais escolhas do Governo e baseado unicamente
em uma racionalidade técnica ou econômica. Para Wildavsky,
deveria ser anulado o casamento forçado entre análise de
políticas e orçamento.
ç

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Considerações
Percebe-se, das abordagens dos autores citados, que o modelo
prescritivo até então adotado de planejamento estratégico é
limitado. Os avanços obtidos em termos organizacionais e de
gestão ainda são úteis, mas não podem restringir ou limitar uma
visão mais ampla de planejamento, não devem ser um fim em si
mesmo. As variáveis políticas, sociais e a própria flexibilidade de
execução precisam ser consideradas na tentativa de quebrar o
atual paradigma de planejamento,
planejamento onde,
onde por vezes,
vezes os próprios
instrumentos se sobrepõem à ação de planejar. (Ex: orçamento)

p
O resultado esperado do pplanejamento
j público são p
p políticas
públicas efetivas, portanto, para o alcance desse fim, devem-se
considerar todas as variáveis envolvidas no complexo meio
político social e cultural onde elas são implementadas.
político, implementadas

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PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO

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Considerações
9Planejamento federal
PPA B
PPA, Brasilil 2022 (SAE)
Agendas Prioritárias: PDE, PAC
e Agenda Social
PNBL e outros
Participação Social, atores.

9 Planejamento Setorial
PNLT PNE
PNLT, PNE, PNM 2030

9 Planejamento Estadual

9 Planejamento Municipal

9 Sociedade Civil
9 C
Conselhos,
lh C
Conferências,
f ê i ONG’
ONG’s, etc.
t

9 OBJETIVO: BEM ESTAR SOCIAL


9 Art. 3º da CF ((Objetivos
j da República)
p )

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Constituição Federal

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre


livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade
e quaisquer outras formas de discriminação.
discriminação

Toda a atividade governamental, especialmente o planejamento, deve estar


orientada para cumprir os objetivos da República e os fundamentos do Estado
Democrático de Direito (art. 1º CF)

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Ambiente do Setor Público

Sistema político (adesão x oposição?)


Burocracias estruturadas
Ideologia (adesão x oposição?)
Insulamento
Lucro x Cidadania
Processualista Problemas ambíguos
Foco no controle Re
Recursos
o limitados
li it do
Ritualismo Assimetria de informações
Alternativas turvas
Política
o t ca x téc
técnica
ca

Conclusões:
1) complexidade
l id d não
ã t
tem aderência
d ê i absoluta
b l t à caixas,
às i cronogramas,
retângulos, físico-financeiro, etc.
2) Modelo não ensina a pensar, mas pode ajudar ou atrapalhar
3) E pode ser neutro?

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Ambiente público - Burocracia


Essencial à atividade pública
modelo racional-legal
continuidade da administração pública

Publico x Privado
Observância das normas (previsibilidade)
Hierarquia
Meritocracia
Tradução do conhecimento aos planos e normas que serão implementadas a partir da
hierarquia (cada um sabe exatamente o que vai fazer, e fará adequadamente, em estrito
cumprimento de normas)
Falsa crença
ç de qque os funcionários servem exclusivamente aos interesses gerais
g
interesses gerais transcendem os privados ?
funcionários definem os interesses do estado ?

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Disfunções da Burocracia

i. observação estrita de regras e normas, é reativa a mudanças


ii. rigidez
iii.baixa capacidade de adaptação a novas situações
iv. esse rigor tende a subverter o fim da organização (cumpri objetivos x cumprir as
normas)
v. o desenvolvimento demasiado das normas impede p a adaptação
p ç a novas situaçõesç não
previstas pelos que redigiram as leis
vi. ao final do processo as regras que eram estabelecidas para produzir eficácia terminam
produzindo ineficácia porque as regras perdem utilidade e têm de ser alteradas
alteradas,
flexibilizadas.

Racionalidade burocrática = racionalidade formal


CONSEQUENCIA:
Racionalidade burocrática não é suficiente para garantir eficácia

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Críticas à Burocracia
Herbert Simon:
racionalidade burocrática é limitada
questiona o fundamento da racionalidade burocrática

Michel Crozier:
incapacidade das organizações burocráticas para adaptar-se incrementalmente às
mudanças do ambiente
existencia de poderes informais dentro da estrutura formal

Niskanen
os burocratas não são servidores do Estado
servem aos seus próprios interesses
parcialidade política, econômica, social e real dos servidores do Estado

CONSEQUÊNCIA:
Racionalidade burocrática não é suficiente para garantir eficiência, eficácia e efetividade

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O que é Planejamento mesmo?

d fi i objetivos
definir bj ti ou resultados
lt d a serem alcançados;
l d

definir meios para possibilitar a realização de resultados;

interferir na realidade,, p
para p
passar de uma situação
ç conhecida a
uma situação desejada, dentro de um intervalo definido de tempo;

tomar no presente decisões que afetam o futuro;

processo de
d elaboração
l b ã de
d planos
l para tentar
t t controlar
t l o futuro
f t
(estabelece objetivos, faz planos, executa os planos).

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Apropriações do conceito de Planejamento


Economia: papel do Estado, fiscalistas, desenvolvimentista
fiscalistas: funções do estado reduzidas, foco no controle de gastos, espaço de atuação do mercado
desenvolvimentista: Estado indutor, provedor, foco no crescimento econômico

Ad i i
Administração:
ã organização
i ã dos
d processos, estabelecimento
b l i de
d metas, prazos,
responsáveis contabilidade: registro de informações, comparação de dados especialmente quantitativo

Direito: normas
normas, regras (tradição legalista)

Ciências Sociais: papel do Estado, disputa pelo poder do Estado, Estado como instrumento de poder da
classe dominante, poder de fazer escolhas (o que escolher? para quem? como prover?), democracia
(tensão política x burocracia), arenas e tipos de política, etc

Ciências Militares: disputa pelo território, estratégia, arma de guerra, arte dos generais

Arquitetura + geografia: planejamento espacial (cidades)

E qual é o conceito mais adequado?

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Planejamento Governamental
Para construir o conceito mais adequado deve-se:
a) associar ao conceito o espaço público com todas as suas determinações e nuances:
Estado, poder, legitimidade, conflito, política, hegemonia, ideologia, etc.
b) ir além das definições mais simples apropriadas especialmente pelo campo da administração.

Portanto, o centro do debate sobre planejamento governamental deve estar inserido nas relações
entre Estado, sociedade civil e esfera pública, o papel do Estado, a relação entre política e análise
de políticas e os dilemas que decorrem dessas relações e etc.

3 dimensões do Planejamento Governamental:


1) diagnóstico: quais dinâmicas foram e são responsáveis pela atual configuração da nossa
realidade?
2) escolhas: o que devemos fazer para conduzir a sociedade a um patamar mais desenvolvido?
3) organização dos meios: organizar e garantir a materialização daquilo que foi previsto.

Logo, Planejamento Governamental é uma função do Estado que deve anteceder e condicionar a
ação do Estado de modo a viabilizar as escolhas políticas.

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EXPERIÊNCIAS DE PLANEJAMENTO
GOVERNAMENTAL NO BRASIL

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DÉCADAS DE 1930 E 1940


• Conselho Federal de Comércio Exterior
• Considerado
C id d o primeiro
i i organismo
i governamentall com funções
f õ típicas
í i d um
de
órgão de planejamento.

• Departamento Administrativo
D Ad i i i d Serviço
do S i Públi
Público (DASP)
• Elabora o primeiro plano quinquenal do Brasil: O Plano Especial de Obras
Públicas e Reaparelhamento da Defesa Nacional (1939-1943).
• O Plano
Pl E
Especial
i l foi
f i revisto
i e substituído
b i íd pelo
l Pl
Plano d
de Ob
Obras e
Equipamentos (POE).

• C
Comissão
i ã Mista
Mi B
Brasil-Estados
il E d Unidos
U id (Comissão
(C i ã Abink)
Abi k)
• Atribuição de identificar os pontos de estrangulamento ao desenvolvimento da
economia brasileira.

• Plano SALTE (1949-1953)

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DÉCADA DE 1950
• Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico (Plano Lafer)
• Melhoria da infraestrutura e o fortalecimento das indústrias de base, que
seriam alvo de investimentos com recursos do Fundo Nacional de
Reaparelhamento
p Econômico entregue g à administração
ç do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE).

• Plano de Metas (1956


(1956-1961)
1961)
• 30 metas (físicas) em 5 setores (energia , transportes, alimentação,
indústria de base e formação de técnicos).
• Coordenação entre o setor público e o privado,
privado estímulo à industrialização
•Arranjo financeiro: 60% dos recursos eram do Governo Federal, 30% da
iniciativa privada e 10% dos governos estaduais.

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DÉCADAS DE 1960 E 1970


• Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social
• Diagnóstico abrangente da situação econômica do país.
•Modelo de Substituição de importações

• Plano de Ação e Bases do Governo (PAEG)


• Reformas para a modernização do Estado e a recuperação de sua
capacidade de intervir direta e indiretamente na economia.
economia
• Mecanismos de financiamento: criação do FGTS e de fundos fiscais
vinculados a investimentos em transporte, energia e telecomunicações.

• Plano Decenal (1967-1976)


• Visão estratégica dos interesses e das prioridades nacionais e expor as
medidas necessárias
á para fazer com que eles fossem respeitados.
•Continha propostas detalhadas para os primeiros quatro anos que abrangia
e indicações mais gerais para o período seguinte.

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DÉCADAS DE 1960 E 1970


• Programa Estratégico de Desenvolvimento (1967- 1970)
• Diretrizes de política econômica e setoriais
• Objetivo: iniciar a construção de um Plano Nacional de Desenvolvimento

• Programa de Metas e Bases para a ação de Governo


• Comissão de Coordenação do Planejamento e Orçamento
• Presidida pelo Ministro do Planejamento e Coordenação Geral e integrada
pelos Secretários Gerais de todos os ministérios, e elabora o primeiro
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI).
• 1ª tentativa de organizar um sistema de planejamento.
planejamento

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DÉCADA DE 1970

• I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) (1972-1974)


• Iniciou uma série de planos de governo feitos em obediência ao
estabelecido no Ato Complementar nº 43/1969,
43/1969 que obrigava a elaboração
de planos nacionais de desenvolvimento de duração igual ao mandato do
Presidente da República, que deveriam ser submetidos à aprovação do
C
Congresso N i
Nacionall no primeiro
i i ano ded cada
d Ad i i
Administração
ã e ser
complementados por OPI para os três anos seguintes do respectivo
mandato.
•Acompanhamento do Plano a cargo IPEA.
• Plano Geral de Aplicações (PGA)
• Consolida os orçamentos da União e demais entidades da Administração
Indireta, inclusive as empresas estatais.

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DÉCADA DE 1970

• Sistema Federal de Planejamento (Decreto 71.353/1972)


71 353/1972)
• Dá um caráter formal a um processo de planejamento.
• Objetivos: coordenar a elaboração de planos e programas e acompanhar
sua execução;ã assegurar a aplicação
li ã de
d critérios
ité i té i
técnicos na escolha
lh de
d
prioridades; modernizar a administração pública; e estabelecer um fluxo
permanente de informações.
• Abrange a totalidade dos órgãos que compõem a Administração Pública
Direta e Indireta e tem no Ministério do Planejamento e Coordenação Geral
seu órgão central.
• O órgão central do sistema deve ainda articular as ações a cargo de
estados e municípios, diretamente por meio dos respectivos órgãos centrais
de pplanejamento,
j , e indiretamente mediante o relacionamento dos órgãos
g
setoriais federais com seus congêneres estaduais e municipais.

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DÉCADA DE 1970

• MP → Secretaria de Planejamento/PR
• Reforço na posição do órgão enquanto coordenador do processo de
planejamento.
• Atribuições
At ib i õ dad SP/PR:
SP/PR Coordenar
C d o sistema
i t d planejamento,
de l j t orçamentot e
modernização administrativa, inclusive acompanhamento da execução dos
planos de desenvolvimento; coordenar as políticas de desenvolvimento
econômico e social; coordenar a política nacional de desenvolvimento
científico e tecnológico; e coordenar assuntos afins e interdependentes de
interesse de mais de um Ministério.

• II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) (1975-1979)


• Representa
p o auge
g do p
planejamento
j em termos de influência na formulação
ç
e implementação das políticas de desenvolvimento econômico e social.

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VIII Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas
Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

DÉCADA DE 1980

Conjuntura: Enfraquecimento do planejamento.


planejamento Contribuíram para isso a crise fiscal
(impossibilidade do Estado sustentar o ritmo de investimentos); o enfraquecimento do
Poder Executivo na transição para a democracia; a forte campanha de desmoralização do
Estado apoiada em denuncias de malversação dos recursos públicos e desenfreada
Estado,
corrupção; o regime híbrido parlamentarista-presidencialista implantada pela CF de 1988; e
a descentralização de poder para Estados e Municípios sem a criação de instrumentos de
coordenação entre os 3 níveis de governo.
governo
• III Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) (1980-1985)
• Descontinuado por motivo de crise econômica, encerra-se um ciclo de 30
anos de
d planejamento
l j t econômico
ô i para o desenvolvimento.
d l i t
• Divergências entre Fazenda e Planejamento quanto a política econômica.

• I Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República (1985-1989)


• Esvaziamento do planejamento enquanto lócus das decisões de política
econômica e de coordenação das ações empreendidas pelo governo.

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VIII Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas


Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

DÉCADA DE 1990

• Planos de estabilização ç macroeconômicos: Plano Cruzado, Bresser,


Verão, Collor, etc.
• Programa Nacional de Desestatização; liberalização da economia; extinção e
fusão de órgãos da administração pública federal (MP+ MF + MIC = Ministério
da Economia); absorção, pelas Secretarias de Administração dos Ministérios
Setoriais das respectivas atividades de planejamento e orçamento; e forte
campanha de desmoralização do servidor público, público identificado com a
malversação dos recursos públicos, a corrupção e os privilégios.
• Plano Plurianual (1991-1995)
• Foi
F i elaborado
l b d para cumprir i a formalidade.
f lid d
• Captura do processo de elaboração e aprovação do orçamento por políticos
que dominavam a Comissão de Orçamento do CN (Escândalo dos Anões do
Orçamento) e reforço na função de controle dentro da administração pública
federal (criação da Secretaria Federal de Controle em 1992).

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

DÉCADAS DE 1990

• Redução das funções do Estado


• privatização, descentralização, cortes e redução funcional
• o processo desorganizou o aparelho estatal e diminuiu a força e a
organicidade dos sistemas de desenvolvimento
• tentativa de integração plano-orçamento

• Plano Plurianual (1996-1999)


• Programa Brasil em Ação: conjunto de projetos prioritários que
identificam meios orçamentários para executá-los
• declarou, além das diretrizes e estratégias, objetivos e metas estruturados
por áreas temáticas

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

• Plano Plurianual (2000-2003)


• organizar a ação do governo, baseada em problemas e oportunidades, e orientá-la
para resultados (nova tentativa de implantação do orçamento
orçamento-programa)
programa)

• o programa como elo entre planejamento, orçamento e gestão das políticas

• capacitação
it ã em técnicas
té i d programação
de ã (APO + ENAP)

• a estrutura de planejamento formal a serviço, prioritariamente, do método

• esforço de institucionalização (Decreto 2829/98, Lei 10.180/01)

• fortalecimento da orientação estratégica (opções estratégicas + agendas +


macroobjetivos
bj ti + estruturantes)
t t t )

• seletividade (50 programas estratégicos)

• gerenciamento e responsabilização (modelo de gestão)

• avaliação (indicadores)

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

• PPA 2004-2007
2004 2007
• Estratégia de Desenvolvimento baseada no consumo de massa
• Participação Social
• Revisão
R i ã periódica
iódi do
d PPA
• Integração plano-orçamento-gestão (planos gerenciais)
Estado indutor do desenvolvimento:
retomada da capacidade de planejamento setorial (EPE,
valorização do salário mínimo
aumento das transferências governamentais
recuperação da capacidade do Estado
retomada do investimento (BNDES + PETROBRAS)
combate à pobreza
• PAC (2007)
• Aumento do investimento público (infraestrutura + crédito)
• Medidas institucionais (gestão de verdade: criar condições para fazer)
• Expansão do Emprego
• Melhoria das condições de vida

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

PPA 2008-2011
• Estratégia de Consumo de Massa
• PAC
• PDE
• Agenda
A d Social
S i l

2011
• Desenvolvimento Social e Erradicação da Miséria
• Direitos da Cidadania e Movimentos Sociais
• Gestão, Infraestrutura e PAC
• Desenvolvimento Econômico

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

INSTRUMENTOS CONSTITUCIONAIS DE
PLANEJAMENTO

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

PPA - Lei do Plano Plurianual


Vigência: 4 anos (início no 2º ano de mandato)
Conteúdo: Diretrizes, objetivos e metas regionalizadas para despesa de capital e para as
relativas aos programas de duração continuada.

LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias


Vigência
g anual
Conteúdo: Metas e prioridades a serem contempladas no Orçamento; orienta a
elaboração do orçamento; alterações na legislação tributária; política de aplicação das agências
financeiras de fomento

LOA - Lei Orçamentária


ç Anual
Vigência anual
Conteúdo: Fixa os recursos financeiros nos Orçamentos Fiscal; Seguridade Social e de
Investimento das Estatais, viabiliza a execução orçamentária e financeira

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

PANORAMA ATUAL DO
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

Crítica
í ao modelo formal de planejamento
¾ a aposta no programa:
• não conseguiug submeter a racionalidade p política (p
(planejamento
j de curto pprazo,,
setorializado, financista, incremental)
• não conseguiu submeter a estrutura organizacional
• os principais parceiros não compraram a ideia
• esforço
f concentrado
t d na organização
i ã da
d ação
ã (como
( colocar
l no plano,
l como relacionar
l i ao
orçamento) em detrimento do conteúdo (o que colocar no plano) e das estratégias/meios
(como implementar o plano)

¾ efeitos indesejáveis:
• o orçamento não é por programa (é por ação e por UO)
• o programa não é unidade de gestão das políticas
• o programa não
ã é referência
f ê i para alocação
l ã de
d recursos
• o programa é um classificador
• o planejamento não consegue influenciar no orçamento
• o protagonismo do método

¾ resultado:
• várias políticas implementadas à margem do modelo formal (PAC, PDE, PRONASCI,
AGENDA SOCIAL,
SOCIAL MINHA CASA MINHA VIDA,
VIDA etc)
t )

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

Crítica ao modelo formal de planejamento


• Não é aderente à racionalidade política (às margens da arena política, hierárquico e
tecnocrático)

• Não considera devidamente a dinâmica da implementação das ações (desconsidera


recursos organizacionais,
organizacionais a formação de agendas,
agendas as alternativas turvas,
turvas etc)

• Foi concebido a partir da prioridade no acompanhamento do custo de fazer


(perseguir os limites fiscais)

• Contribuiu para submeter o planejamento formal à organização metodológica

• A segmentação metodológica não permitiu que a dimensão estratégica do plano


apontasse alguns dos principais problemas do país: reforma política, regressividade
da carga tributária, capacidade institucional de estados e municípios, etc.

• Desgaste do modelo (credibilidade muito baixa)

• Resultado: necessidade de se rever o modelo formal

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

Pressupostos para o novo modelo de planejamento

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

Condições
õ ideais para o Planejamento Governamental
¾ Vontade política
9 Desejo da sociedade e da classe política (nacionalismo e desenvolvimentismo)
9 Orientação de um projeto nacional de desenvolvimento minimanente
consensuado
g
• diagnóstico, , estratégias
g ep
prioridades,, comando,, instrumentos capazes
p de
gerir e traduzir as ideias em bens e serviços entregues
9 Capacidade (Estado e burocracia aptos)
• Razoável coordenação horizontal e vertical, gestão de restrições,
tempestividade, localização adequada, conhecimento sobre a
IMPLEMENTAÇÃO

¾ Articulação política e coordenação institucional


9 Federalismo
9 Presidencialismo de coalizão
9 Multiplicidade de atores e vaidades (necessidade de consenso)

¾ Capacidade de prospecção e transformação


9 Diagnóstico,
g soluções,
ç condições
ç para a implementação
ç

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

Desenvolvimento contemporâneo

a) Combate à pobreza, redução das desigualdades, promoção da cidadania e expansão


da proteção social, eixo que combina diversas políticas dentre as quais destaca-se:
ç e expansão
criação p do Bolsa Família e valorização
ç do salário mínimo;; expansão
p da
rede de proteção social, referenciando a população no território; expansão do SUS:
acesso a medicamentos, expansão do Saúde da Família e da rede de complexidade
intermediária pré
pré-hospitalar
hospitalar em saúde (UPA e SAMU); ampliação de contribuintes do
Regime Geral da Previdência e investimentos na gestão (fim das filas); promoção da
diversidade: Lei Maria da Penha, equipamentos de atendimento à mulher, cotas,
ProUni; equipamentos sociais: Espaços Mais-Cultura, creches e pré-escolas, Praças
da Juventude, cozinhas comunitárias, restaurantes populares; Justiça e Segurança:
Territórios de Paz,, Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo,, polícia
p
comunitária, aquisição de viaturas e equipamentos, expansão dos quadros das
polícias da União; e os Territórios da Cidadania.

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

Desenvolvimento contemporâneo
b) Integração entre níveis e modalidades educacionais
educacionais, eixo que combina,
combina entre
outros, criação do FUNDEB; elevação das transferências automáticas e extensão
a todos os níveis e modalidades de ensino; retomada da expansão das redes
federais de ensino superior e profissional e tecnológica (interiorização e pólos);
responsabilização na educação com o Plano de Ações Articuladas; valorização e
formação dos profissionais de ensino; Mais Educação: integração entre projeto
pedagógico e atividades do contraturno; e novas formas de ingresso na educação
superior: ENEM e ProUni.

c) Oportunidades no campo, cujas principais políticas são Luz para Todos;


expansão dos contratos Pronaf; novos instrumentos como compra de alimentos
alimentos,
seguros, garantia de preços mínimos; sustentabilidade dos assentamentos:
infraestrutura e projetos ambientalmente sustentáveis; e o novo modelo de ATER.

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

Desenvolvimento contemporâneo
â

d) Aceleração do crescimento, dentre os quais cita


cita-se:
se: infraestrutura energética
(geração de energia, linhas de transmissão, petróleo e gás); expansão do crédito
(investimentos, pessoal, financiamento produtivo e habitacional); recuperação da
i f
infraestrutura
t t logística
l í ti (carga
( e passageiros)
i ) e integração
i t ã física
fí i do
d território;
t itó i e a
retomada de indústrias como a naval a partir das compras da Petrobrás.

e) Sustentabilidade ambiental e infraestrutura urbana, materializada a partir, entre


outros, da redução do desmatamento da Amazônia: unidades de conservação,
demarcação de terras indígenas,
indígenas fiscalização,
fiscalização controle,
controle assentamentos sustentáveis,
sustentáveis
inclusão dos produtos da sóciobiodiversidade na PGPM e regularização fundiária, etc;
da revitalização de bacias hidrográficas; dos investimentos em drenagem,
esgotamento
t t sanitário
itá i e abastecimento
b t i t de
d água;
á dos
d investimentos
i ti t em assentamentos
t t
precários e provisão habitacional; da expansão das fontes de energia renovável e
energias limpas; e da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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Oficina: 10 – Introdução ao Planejamento Governamental

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão


Secretaria de Planejamento
j e Investimentos Estratégicos
g

www.planejamento.gov.br

www.sigplan.gov.br

E-mail: spi@planejamento.gov.br

Telefones: (61) 2020-4080 / 4352

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