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HISTÓRIA DVD do aluno

DAS CAVERNAS BIBLIOTECA DO ESTUDANTE • Leitura complementar


AO TERCEIRO MILÊNIO UNIDADE 51 OAfazer
era das
história
revoluções
Patrícia Ramos Braick
Patricia
Myriam Becho Mota
Capítulo126 AAconstrução
Capítulo independência
da história
das Américas inglesa e espanhola 1

BIBLIOTECA DO ESTUDANTE
26.1 Leitura complementar

Um novo Tea Party?


Em 2009, surgiu, nos Estados Unidos, um movimento político no interior do Partido Republicano
defendendo o retorno aos tradicionais “valores da América”. Entre esses valores, destacam-se a defesa
da população branca, protestante e de classe média norte-americana, a adoção de políticas rígidas
contra a imigração para o país e a diminuição do papel do Estado em todos os níveis da vida nacional.
O novo agrupamento diz ser um “renascimento” do movimento da Festa do Chá de Boston (Boston
Tea Party), um dos eventos que iniciaram o processo de independência dos Estados Unidos. Leia a seguir
uma reportagem de Manuela Franceschini, que apresenta alguns objetivos desse grupo político.

BRENDAN SMIALOWSKI/GETTY IMAGES

Manifestantes durante o Tea Party Express, protesto contra os gastos do governo e o aumento de impostos, em
Washington, nos Estados Unidos, 12 de setembro de 2009.

O cenário político norte-americano com o surgimento do Tea Party

“ O movimento Tea Party foi criado em fevereiro [de 2009]. Com ajuda das redes sociais,
teve um resultado quase imediato – alcançou pessoas simples, que não entendem muito de
política, mas não se sentem representadas pelo governo, não gostam de como as coisas
estão se saindo e só precisavam ser encorajadas. O chamado decisivo veio em fevereiro de
2009, quando o apresentador de televisão Rick Santelli, da rede CNBC, falou exatamente
o que esse público queria ouvir. Durante seu programa, Santelli disse: ‘Esta é a América!
Quantos de vocês estão dispostos a pagar a hipoteca do vizinho que tem um banheiro
extra e agora não pode pagar as contas?’. Ele sugeriu, então, que fizessem um ‘Chicago
Tea Party’. A ideia unia a cidade onde Obama morava e o episódio da história americana,
conhecido como Tea Party, que batizou o movimento.
O discurso inflamado do apresentador virou hit no Youtube, chegou ao Twitter, ao
Facebook, à ala radical do partido Republicano e o movimento nasceu. Em algumas
semanas, protestos intitulados Tea Party surgiram pelo país. Em 15 de abril de 2009,
HISTÓRIA DVD do aluno

DAS CAVERNAS BIBLIOTECA DO ESTUDANTE • Leitura complementar


AO TERCEIRO MILÊNIO UNIDADE 5 A era das revoluções
Patrícia Ramos Braick
Myriam Becho Mota
Capítulo 26 A independência das Américas inglesa e espanhola 2

os militantes fizeram manifestações em 750 cidades aproveitando o Tax Day, Dia do


Imposto – último dia em que os contribuintes podem declarar seus bens para o cálculo
do imposto de renda. Na ocasião, em frente à Casa Branca, manifestantes jogaram caixas
de chá pelo portão.
Em 12 de setembro, uma multidão de 100.000 pessoas foi mobilizada em uma marcha
em Washington, considerada o maior protesto contra Obama até [...] [aquele momento].
‘O Tea Party não representa a opinião do partido, nem da opinião pública, que é muito
mais ampla do que isso’, disse [...] o cientista político da Universidade de Columbia, Robert
Erikson. ‘Geralmente, fenômenos como esse acontecem em uma situação de fraqueza do
opositor, como é o caso de Obama agora. Mas esses movimentos não duram muito, são
abafados no partido e não passam das primárias. Eles não representam o que pensa a
sociedade americana.’
História – Em 16 de dezembro de 1773, um grupo de colonos americanos, ainda sob o
comando da Coroa inglesa, se revoltou contra as altas taxas de impostos cobradas pelos
colonizadores sobre a comercialização do chá inglês. Vestidos de índios, invadiram os navios
carregados de chá e jogaram toda a mercadoria no mar. O dia ficou conhecido como Festa
do Chá, Tea Party. Três anos depois, as Treze Colônias seriam declaradas independentes
e formariam os Estados Unidos da América. ”
FRANCESCHINI, Manuela. Tea Party, o novo protagonista político americano.
Disponível em http://veja.abril.com.br. Acesso em 17 maio 2012.

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