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O funk [fânc][1] é um gênero musical que se originou em comunidades afro-americanas em


meados da década de 1960], quando músicos afro-americanos criaram uma nova forma
de música rítmica e dançante através da mistura de soul, jazz e rhythm and blues.
O funk tira a ênfase da melodia e da harmonia e traz um groove rítmico forte de baixo
elétrico e bateria no fundo. Como grande parte da música de inspiração africana, o funk
normalmente consiste em um groove complexo com instrumentos rítmicos tocando
grooves interligados. Funk usa os mesmos acordes estendidos ricamente coloridos
encontrados no bebop, um subgênero do jazz.
Com seu conceito desenvolvido por James Brown na década de 1960, com o
desenvolvimento de de um groove de assinatura que enfatiza o downbeat, Brown deu o
nome de "The One" (ou seja, o apoio rítmico no primeiro tempo)[2] e foi considerado o
padrinho do funk.[3] Outros grupos musicais, incluindo Sly & the Family Stone e Parliament-
Funkadelic, logo começaram a adotar e desenvolver as inovações de Brown. Enquanto
grande parte da história escrita do funk se concentra nos homens, houve notáveis
mulheres de funk, incluindo Chaka Khan, Labelle, Lyn Collins, Brides of Funkenstein,
Klymaxx, Mother's Finest e Betty Davis.
O funk pode ser melhor reconhecido por seu ritmo de batidas repetitivas sincopado, pelos
vocais de alguns de seus cantores e grupos (como Cameo, ou The Bar-Kays). E ainda
pela forte e rítmica seção de metais, pela percussão marcante e ritmo dançante. Nos anos
1970, o funk foi influência para músicos de jazz (como exemplos, as músicas de Miles
Davis, Herbie Hancock, George Duke, Eddie Harris, entre outros).
Os músicos negros norte-americanos primeiramente chamavam de funk à música com um
ritmo mais suave. Esta forma inicial de música estabeleceu o padrão para músicos
posteriores: uma música com um ritmo mais lento, sexy, solto, orientado para frases
musicais repetidas (riffs) e, principalmente, dançante. Funk era um adjetivo típico da língua
inglesa para descrever estas qualidades. Nas jam sessions, os músicos costumavam
encorajar outros a "apimentar" mais as músicas, dizendo: Now, put some stank (stink/funk)
on it! (algo como "coloque mais funk nisso!").
Os derivados de Funk incluem o funk psicodélico de Sly Stone e Parliament-Funkadelic;
o avant-funk de grupos como Talking Heads e Pop Group; boogie (ou electro-funk), uma
forma de música eletrônica; Electro, um híbrido de música eletrônica e funk; funk
metal (por exemplo, Living Colour, Faith No More); G-funk, uma mistura de gangsta rap e
funk; Timba, uma forma de música funk cubana; e funk jam (por exemplo, Phish). Os
samples de funk e os breakbeats foram utilizados extensivamente em gêneros, incluindo
hip hop, e várias formas de electronic dance music, como house music, old-school
rave, Breakbeat e drum and bass. É também a principal influência do go-go, um subgênero
associado ao funk.[4]

Índice

 1Etimologia
 2Características
 3Década de 1960
 4Década de 1970
 5Década de 1980
 6Década de 1990
 7Referências
 8Ligações externas

Etimologia
A palavra funk (pronuncia-se [fânc]) em inglês originalmente se referia de forma ofensiva, a
um forte odor. Segundo o historiador Robert Farris Thompson e antropólogo em seu livro
Flash Of The Spirit: African & Afro-American Art & Philosophy, a palavra funky tem sua raiz
semântica da palavra "lu-fuki" na língua kikongo, que significa "odor corporal". De acordo
com sua tese, "tanto músicos de jazz, como bakongos usavam funky e lu-fuki para elogiar
as pessoas certas para a integridade de sua arte, tendo trabalhado para alcançar seus
objetivos." Este sinal kongo de esforço é identificado com a irradiação de energia positiva
por essa pessoa. Por isso, "funk" no jargão do jazz americano poderia significar terreno, o
retorno ao básico, autêntico.[5] "Músicos de jazz afro-americanos originalmente utilizavam o
termo aplicada à música com um groove lento e melodioso, posteriormente, a um ritmo
duro e insistente, relacionando qualidades corporais ou carnais na música. Esta forma de
música antiga estabeleceu o padrão para músicos posteriores.[6]
É possível que o termo funk seja derivado de um cruzamento entre o termo kikongo lu-Fuki
(usado na comunidade Afro-americana) e termos em inglês stinky (odor, mau cheiros). Em
1907 já existiam canções com títulos como "Funky Butt Ballroom" de Buddy Bolden.[7] Até o
final dos anos 1950 e início dos anos 1960, quando "funk" e "funky" foram usados cada
vez mais em contexto da soul music, os termos ainda eram considerados rudes e de uso
inadequado. De acordo com uma fonte, Earl Palmer, baterista de New Orleans, foi o
primeiro a usar a palavra funk para explicar aos outros músicos que sua música deve ser
mais sincopados e dançante."[8][9][2]

Características
O funk cria um groove intenso através do uso de riffs poderosos e linhas de baixo. Como
as gravações da Motown, as canções de linhas de baixo do funk eram usadas como o
tema central das canções. Tocando o baixo mediante a técnica do slap, tocados com o
polegar e outros notas altas tocadas com os outros dedos, permitindo assim que o baixista
tenha um papel rítmico semelhante ao da bateria, o que se tornou um elemento central do
funk. Alguns dos solistas mais conhecidos e qualificados no funk tinha uma influencia
significativo do jazz. O trombonista Fred Wesley e o saxofonista Maceo Parker estão entre
os músicos mais notáveis do funk, tendo ambos tocado com músicos como James
Brown, George Clinton e Prince. Algumas das bandas de funk mais distintivas das
décadas de 1960 e 1970 são Kool & The Gang, The Meters, Tower of Power, Earth, Wind
& Fire, The Blackbyrds, The Ohio Players, The Brothers Johnson e Charles Wright & the
Watts 103rd Street Rhythm Band.

Linha de baixo funk


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Exemplo de linha de baixo funk
usando a técnica do slap

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Os acordes utilizadas em canções do funk tipicamente envolver um


modo dórico ou mixolídio, em oposição aos tons maiores ou menores usuais da música
popular. O teor de melodia foi derivada a partir da mistura destes modos com a escala dos
blues. Na década de 1970, o jazz fundido ao funk veio para criar um novo subgênero, jazz-
funk, que pode ser ouvida em gravações por Miles Davis[10] e Herbie Hancock.[11]
Jazz-funk
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Exemplo de gravação jazz-funk

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Nas bandas do funk, os guitarristas tipicamente tocam um estilo percussivo, muitas vezes
usando o som de um pedal wah-wah e silenciam as notas em seus riffs para criar um som
percussivo. O guitarrista Ernie Isley de The Isley Brothers e Eddie
Hazel do Funkadelic foram fortemente influenciados pelos solos improvisados Jimi
Hendrix. Eddie Hazel, que trabalhou com George Clinton, é um dos mais significativos
guitarristas solo de funk. Ernie Isley aprendeu com o próprio Jimi Hendrix, que em seus
primeiros anos, trabalhou com The Isley Brothers.[12] Jimmy Nolen e Phelps Collins são
conhecidos como guitarristas rítmicos e ambos trabalharam com James Brown.

Década de 1960
Somente com as inovações de James Brown em meados dos anos 1960 é que
o funk passou a ser considerado um gênero distinto. Na tradição do rhythm and blues,
estas bandas bem ensaiadas criaram um estilo instantaneamente reconhecível, repleto de
vocais e coros de acompanhamento cativantes. Brown mudou a ênfase rítmica 2:4
do soul tradicional para uma ênfase 1:3, anteriormente associada com a música
dos brancos - porém com uma forte presença da seção de metais.[13] Com isto, a batida 1:3
virou marca registrada do funk tradicional. A gravação de Brown feita em 1965 de seu
sucesso "Papa's Got a Brand New Bag" normalmente é considerada como a que lançou o
gênero funk, porém a canção "Out of Sight", lançada um ano antes, foi claramente um
modelo rítmico para "Papa's Got a Brand New Bag, contudo, para outros a canção "Cold
Sweat" de 1967, composta por Brown em parceria com o saxofonista Alfred "Pee Wee"
Ellis, foi o primeiro exemplo de um canção funk legítima.[14]
Muitos creditam a criação do gênero ao baterista Chuck Connors, que assim como Earl
Palmer, fora baterista de Little Richard.[15][16] Após a saída temporária de Little Richard
da música secular para se tornar um evangelista, alguns dos membros da banda de
Richard se juntaram a Brown e à sua banda Famous Flames, começando uma sequência
de sucessos, a partir de 1958.[2]
Em meados da década de 1960, o grupo Sly and Family Stone promoveu uma mistura
de soul, rock psicodélico e funk.[17][18] A banda The Isley Brothers com o então
desconhecido Jimi Hendrix, havia feito uma fusão de rock e soul na canção Testify
(1964).[19]

Década de 1970

George Clinton e Parliament Funkadelicem 2006 no Granada Theater in Dallas, Texas.


Nos anos 1970, influenciado por Jimi Hendrix[20][21] e Sly and Family Stone,[22] George
Clinton, com suas bandas Parliament e, posteriormente, Funkadelic, desenvolveu um tipo
de funk mais pesado, influenciado pelo jazz e pelo rock psicodélico. As duas bandas
tinham músicos em comum, o que as tornou conhecidas como Parliament-Funkadelic. O
surgimento do Parliament-Funkadelic deu origem ao chamado P-funk, que se referia tanto
à banda quanto ao subgênero que desenvolveu.[23]
O Movimento Funk era inicialmente desconhecido para o público branco, ele finalmente
consegue espaço, especialmente graças à música disco, na segunda metade da década
de 1970.[24]
Outros grupos de funk surgiram nos anos 1970: Mandrill, B.T. Express, Average White
Band, The Main Ingredient, The Commodores, Earth, Wind & Fire, War, Lakeside, Brass
Construction, KC and the Sunshine Band, Kool & The Gang, Chic, Cameo, Fatback, The
Gap Band, Instant Funk, The Brothers Johnson, Ohio Players, Wild Cherry, Skyy, e
músicos/cantores como Jimmy "Bo" Horne, Rick James, Chaka Khan, Tom Browne, Kurtis
Blow (um dos precursores do rap) e os popstars Michael Jackson e Prince, esse último
formou o Time, originalmente concebido como um ato de abertura para ele e baseado em
seu "som de Minneapolis", mistura híbrida de funk, R&B, rock, pop e new wave.[25]
A música disco dividia opiniões, enquanto James Brown se intitulou o The Original Disco
Man no disco homônimo de 1979,[26] no Brasil, Tim Maia gravou o álbum Tim Maia Disco
Club (1978), com a participação da Banda Black Rio e produção de Lincoln
Olivetti,[27] George Clinton compôs "(Not Just) Knee Deep" (1979), um manifesto contra o
estilo.[28]
O funk foi também exportado para a África, e se fundiu com canto e ritmos africanos para
formar o afrobeat. O Músico nigeriano Fela Kuti, que foi fortemente influenciado pela
música de James Brown, é considerado o criador do estilo.[29]

Década de 1980
Na década de 1980, em grande parte como uma reação contra o que foi visto como o
excesso da música disco, muitos dos elementos principais que formam a base da fórmula
P-Funk começou a ser usurpado por máquinas eletrônicas e sintetizadores.[24][30] Naipes de
metais foram substituídos por teclados sintetizadores, e os metais que permaneceram
receberam linhas simplificadas, e poucos solos. Os teclados clássicos do funk, como
o órgão Hammond B3, o clavinete Hohner /ou o piano Fender Rhodes começaram a ser
substituídos pelos novos sintetizadores digitais como o Yamaha DX7. Caixas de
ritmos como a Roland TR-808 começaram a substituir os "bateristas funk" do passado, e o
estilo slap e pop de tocar baixo eram muitas vezes substituídos por linhas de baixo do
sintetizador . As letras das canções do funk começaram a mudar a partir de duplos
sentidos sugestivos para o conteúdo mais gráfico e sexualmente explícito.
Nessa época, surgiram também algumas derivações do funk como o electro que fazia
grande uso de samplers, e sintetizadores. Tais ritmos se tornaram combustível para os
movimentos break e hip hop.
Seus derivados, o rap e o hip hop, porém, começaram a se espalhar, com bandas
como Sugarhill Gang e Soulsonic Force (em parceria com Afrika Bambaataa). A partir do
final dos anos 1980, com a disseminação dos samplers, partes de antigos sucessos
de funk (principalmente dos vocais de James Brown, conhecidos como Woo! Yeah! e a
bateria de seu single Funky Drummer, executada por Clyde Stubblefield)[31] começaram a
ser copiados para outras músicas pelo novo fenômeno das pistas de dança, a house
music.[32][33] Outra canção copiada foi "Amen, Brother" da banda The Winstons, o solo
copiado passou a ser conhecido como Amen break.[34]

Os anos 1980 viram também surgir novos artistas fazendo as fusões funk rock, uma
mistura entre guitarras distorcidas de rock ou heavy-metal e a batida do funk, em grupos
como Red Hot Chili Peppers (rock)[24] e Primus (heavy metal), a banda Red Hot Chili
Peppers inclusive teve o segundo álbum produzido por George Clinton.[28]

Década de 1990
Na década de 1990, artistas surgem do movimento acid jazz que moldaram bandas
como Brand New Heavies, Incognito, Galliano, Omar e Jamiroquai, que se inspiraram em
elementos importantes do funk. No entanto, eles nunca chegaram perto de alcançar o
sucesso comercial do funk em seu auge, com a exceção de Jamiroquai, cujo
álbum Travelling without Moving vendeu cerca de 11,5 milhões copias.
Desde meados da década de 1990 emerge a cena nu-funk, intimamente relacionada com
o ambiente "deep funk", produzindo um novo material influenciado pelo som de raridades
do funk, que não tiveram sucesso mainstream.

Referências
1. ↑ Dicionário escolar da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras. 2ª edição. São
Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 614.
2. ↑ Ir para:a b c Rj Smith (2012). James Brown : sua vida, sua música. [S.l.]: Leya Brasil.
632 páginas. ISBN 9788580445466
3. ↑ Diretor americano anuncia que vida de James Brown vai virar filme
4. ↑ Vincent, Rickey (1996). Funk: The Music, the People, and the Rhythm of the One. New
York: St. Martin's Press. pp. 293–297. ISBN 978-0-312-13499-0.
5. ↑ What is the real meaning of funky
6. ↑ Merriam-Webster, Inc, The Merriam-Webster New Book of Word Histories (Merriam-
Webster, 1991), ISBN 0877796033, p. 175.
7. ↑ Who Started Funk Music Arquivado em 9 de outubro de 2009, no Wayback Machine., Real
Music Forum
8. ↑ Obituario de Earl Palmer en The Guardian
9. ↑ Rickey Vincent (2014). Funk: The Music, The People, and The Rhythm of The One. [S.l.]:
St. Martin's Griffin. 69 páginas. 9781466884526
10. ↑ Miles Davis
11. ↑ Os ensinamentos de Buda e Miles no jazz de Herbie Hancock
12. ↑ Frank Hoffmann (2005). Rhythm and Blues, Rap, and Hip-hop. [S.l.]: Infobase Publishing.
134 páginas. 9780816069804
13. ↑ Medeiros, Janaína. Funk carioca: crime ou cultura?: o som dá medo e prazer. Coleção
Repórter especial. Editora Terceiro Nome, 2006. ISBN 8587556746, 9788587556745
14. ↑ Nelson George, The Death of Rhythm & Blues (New York: Pantheon Books, 1988), 101
15. ↑ Little Richard Biography
16. ↑ Jim Payne (2010). The Great Drummers of R and B Funk and Soul. [S.l.]: Mel Bay
Publications. 9781609745820
17. ↑ André Barcinski (17 de agosto de 2015). «Sly and the Family Stone: a máquina do
som». R7
18. ↑ Amauri Stamboroski Jr. e Lígia Nogueira (14 de agosto de 2009). «G1 lista 10 artistas
essenciais para entender Woodstock». Portal G1
19. ↑ Zeca Azevedo (7 de Junho de 2006). «Isley Brothers, a primeira família do soul». Rock
Press. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2016
20. ↑ Listas - Os 100 maiores guitarristas de todos os tempos - Jimi Hendrix Revista Rolling
Stone
21. ↑ Mark Anthony Neal (2013). What the Music Said: Black Popular Music and Black Public
Culture. [S.l.]: Routledge. 113 páginas. 9781135204624
22. ↑ Sly & The Family Stone: confira os 40 Anos da Família
23. ↑ George Clinton builds fun empire
24. ↑ Ir para:a b c «Ritmo Quente - Get Up! - Parte 2». Editora Escala. Raça Brasil (140). 2010
25. ↑ Campbell, Michael (2008). Popular Music in America: The Beat Goes On. Cengage
Learning, 2008. p. 300. ISBN 0495505307.
26. ↑ Craig Hansen Werner. University of Michigan Press, ed. A change is gonna come: music,
race & the soul of America. 2006. [S.l.: s.n.] 210 páginas. ISBN 9780472031474
27. ↑ Motta, Nelson. Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia Editora Objetiva, 2007. ISBN
9788539000807
28. ↑ Ir para:a b Brian Hiatt (28 de dezembro de 2014). «Entrevista: Dentro da nave-mãe com
George Clinton». Rolling Stone
29. ↑ A origem do Afrobeat Revista Raça Brasil
30. ↑ «O padrinho do hip-hop». Editora Escala. Raça Brasil (182). 2013
31. ↑ Ex-baterista de James Brown, um dos mais sampleados do mundo, busca
reconhecimento
32. ↑ João Gabriel de Lima (2 de Outubro de 1991). «A Volta do Papa do pop». Editora
Abril. Revista Veja (1202): 94 e 95
33. ↑ Dana Ayres (2014). The Historical Seeds and Worldwide Dissemination of House Music.
[S.l.]: Lulu.com. 28 páginas. 9781312537408
34. ↑

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