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Bacias Sedimentares Brasileiras

Produtoras de Hidrocarbonetos
Curso de Geologia
Disciplina Geologia do Petróleo

Eduardo Luís Carneiro de Oliveira


M.Sc., Engenheiro Geólogo
• Solimões
• Amazonas
• Parnaíba
• Barreirinha
• Ceará
• Potiguar
• Sergipe-Alagoas
• Recôncavo-Tucano
• Espírito Santo
• Campos
• Santos
• Paraná
Bacia do Ceará - Localização
Bacia do Ceará – Histórico Exploratório
Bacia do Ceará – Histórico Exploratório
Bacia do Ceará – Histórico Exploratório
Bacia do Ceará – Histórico Exploratório
Bacia do Ceará - Campos
Bacia do Ceará – Evolução Tectonoestratigráfica
Bacia do Ceará – Evolução Tectonoestratigráfica
Bacia do Ceará – Evolução Tectonoestratigráfica
Bacia do Ceará – Rochas Geradoras
Bacia do Ceará – Rochas Geradoras
Bacia do Ceará – Rochas Reservatórios
Bacia do Ceará - Selos
Bacia do Ceará - Trapas
Bacia do Ceará - Trapas
Bacia do Ceará - Trapas
Bacia do Ceará - Plays
Bacia do Ceará - Plays
Bacia do Ceará - Plays
Bacia do Ceará - Plays
Bacia do Ceará – Seção Sísmica
Bacia Potiguar
• A Bacia Potiguar localiza-se na porção mais oriental da
região nordeste do Brasil, estendendo-se pelos estados
do Rio Grande do Norte e do Ceará;
• A área sedimentar na porção emersa é de
aproximadamente 26.700 km², enquanto que a porção
submersa soma aproximadamente 195.400 km²;
• Geologicamente, limita-se a leste com a Bacia de
Pernambuco-Paraíba, pelo Alto de Touros, a noroeste
com a Bacia do Ceará pelo Alto de Fortaleza e ao sul com
rochas do embasamento cristalino;
• A porção emersa da bacia é classificada como madura e é
subdividida em sete setores terrestres: SPOT-T1A, SPOT-
T1B, SPOT-T2, SPOT-T3, SPOT-T4, SPOT-T5 e SPOT-T6;
Bacia Potiguar - Localização
Bacia Potiguar – Histórico Exploratório
• A exploração de hidrocarbonetos na bacia teve início
em 1949, com mapeamentos de superfície e
levantamentos gravimétricos e magnetométricos
conduzidos pelo Conselho Nacional do Petróleo
(CNP);
• Em 1956, sob o auspício da Petrobrás, foram
perfurados dois poços na porção emersa da bacia que
apresentaram indícios de petróleo;
• Na década de 1970, no contexto da primeira crise do
petróleo, foram retomadas as atividades
exploratórias na bacia com a aquisição sísmica nas
suas porções marinha e terrestre.
Bacia Potiguar – Histórico Exploratório
• Estes levantamentos resultaram na descoberta dos
campos de Ubarana (1973) e de Agulha (1975) na
plataforma continental e do Campo de Mossoró
(1979) na porção terrestre;
• A partir destas descobertas, a Bacia Potiguar
experimentou grande incremento exploratório que
resultou em importantes descobertas como os campo
de Fazenda Belém (1980), Alto do Rodrigues (1981),
Estreito, Fazenda Pocinho, Guamaré, Serraria (1982),
Lorena, Upanema (1984), Canto do Amaro (1985)m
entre outros.
Bacia Potiguar – Histórico Exploratório
• O período entre 1980 e 1990 corresponde à fase de
maior investimento exploratório na bacia;
• Foram perfurados 675 poços exploratórios, os quais
representam aproximadamente 52% do total
perfurado na bacia até o momento;
• Após a criação da ANP em 1997, a Bacia Potiguar foi
objeto de levantamentos não exclusivos realizados
pelas empresas de aquisição de dados (EAD) e objeto
das licitações de petróleo e gás da ANP, com blocos
ofertados em quase todas as rodadas;
• Atualmente estão em concessão 22 blocos
exploratórios, 13 em terra e 9 em mar.
Bacia Potiguar – Histórico Exploratório
Bacia Potiguar – Poços Exploratórios
Bacia Potiguar – Dados exploratórios
Bacia Potiguar – Dados de Produção
• Dados de abril de 2015 indicam que a Bacia Potiguar
conta com 102 campos de produção e em
desenvolvimento e atualmente produz um total de
1,74 milhão de bbl/mês de petróleo e 37,52 milhões
de m³/mês de gás natural;
• O volume original in situ de petróleo é de 5,88 bilhões
de bbl e a produção acumulada é de 840, 80 milhões
de bbl.
• O volume original in situ de gás total na bacia é de
97,74 bilhões de metros cúbicos e a produção
acumulada é de 27,25 bilhões de metros cúbicos.
Bacia Potiguar – Dados de produção
Bacia Potiguar – Dados de produção
Bacia Potiguar – Evolução Tecnoestratigráfica
• A Bacia Potiguar faz parte do Sistema de Riftes
Cretáceos do Nordeste Brasileiro;
• Sua formação relaciona-se ao processo de
estiramento crustal que resultou no rompimento do
Supercontinente Gondwana, a partir do Mesozoico, e
que culminou com a separação entre as placas Sul-
Americana e Africana e a formação do Oceano
Atlântico;
• A porção emersa do Rifte Potiguar alonga-se segundo
a direção ENE-WSW e compreende três unidades
básicas: grábens, altos internos e plataformas do
embasamento.
Bacia Potiguar – Mapa estrutural da porção emersa da Bacia Potiguar – Angelim et al. 2006
Bacia Potiguar – Evolução Tecnoestratigráfica
• Os Grábens do Apodi, Umbuzeiro, Guamaré e Boa
Vista correspondem a feições de direção NE-SW que
apresentam forma assimétrica e são limitados a
sudeste e sudoeste por falhas que podem ultrapassar
5.000 metros de rejeito;
• Os altos internos, representados pelos Altos de
Quixaba, Serra do Carmo e Macau, correspondem às
cristas alongadas do embasamento que se
apresentam dispostas paralelamente à direção do
eixo-principal do rifte e separam os principais
grábens.
Bacia Potiguar – Evolução Tecnoestratigráfica
• As plataformas rasas do embasamento, Aracati e
Touros, bordejam, respectivamente as porções oeste
e leste do Rifte Potiguar;
• Nessas porções o embasamento é pouco afetado por
falhas e esta unidade é geralmente recoberta por
sedimentos do Aptiano e Cretáceo Superior;
• O embasamento da bacia é formado por rochas pré-
cambrianas da Província Borborema, constituída pelo
amalgamento de blocos crustais arqueanos e
proterozóicos compostos por sequências
litoestratigráficas de rochas ígneas e metamóficas
(Pedrosa Junior et al., 2010)
Bacia Potiguar – Evolução Tecnoestratigráfica
• De acordo com Araripe e Feijó (1994) as rochas
sedimentares da Bacia Potiguar estão organizadas em
três grupos: Areia Branca, Apodi e Agulha;
• A maior parte destas unidades litoestrigráficas foi
definida com base na interpretação de dados de poço
e de sísmica, uma vez que a exposição em
afloramentos só contempla as rochas das formações
Açu, Tibau e Barreiras;
• O preenchimento da bacia desenvolveu-se de acordo
com cada uma das diferentes fases de sua evolução
tectônica: fase rifte I, fase rifte II, fase pós-rifte e fase
termal, correspondendo a três supersequências
propostas por Pessoa Neto et al. (2007).
Bacia Potiguar – Mapa geológico
Bacia Potiguar – Carta Estratigráfica
Bacia Potiguar – Evolução Tecnoestratigráfica
•A primeira supersequência estratigráfica,
denominada de Supersequência Rifte, corresponde às
fases rifte I e rifte II;
• A fase rifte I se estende do Neoberriasiano ao
Eobarremiano e caracteriza-se por um regime
tectônico de estiramento crustal, com
desenvolvimento de falhas normais de grande rejeito
que definem meio-grábens assimétricos e altos
internos de direção geral NE-SW;
• Os grábens foram preenchidos pelos sedimentos
lacustrinos, flúvio-deltaicos e fandeltaicos da
Formação Pendência.
Bacia Potiguar – Seção Geológica Esquemática
Bacia Potiguar – Evolução Tecnoestratigráfica
• Na fase rifte II, que se estende do Neobarremiano ao
Eo-Aptiano, implanta-se um regime transcorrente-
transformante ao longo da futura margem equatorial,
ocasionando mudança na cinemática do rifte e
provocando um deslocamente do eixo de rifteamento
para a porção submersa da Bacia Potiguar;
• O registro sedimentar da fase rifte II na bacia é
restrito à sua porção submersa e é representada pela
parte superior da Formação Pendência e pela
Formação Pescada.
Bacia Potiguar – Evolução Tecnoestratigráfica
• A Supersequência Pós-Rifte, que corresponde à fase de
mesmo nome, é caracterizada por um regime tectônico
de relativa quietude e pela passagem gradativa de
sistemas continentais para marinhos;
• O registro sedimentar compreende os sedimentos
transicionais da Formação Alagamar de idade Aptiana até
Albiano Inferior;
• Esta sequência é constituída por sedimentos fandeltaicos
e flúvio-deltaicos (Membros Canto do Amaro e Upanema)
e por folhelhos transicionais (Membro Galinhos);
• Nesta sequência transgressiva, ocorre um evento de
máxima transgressão, constituída por folhelhos pretos e
calcilutitos ostracoidais com ampla distribuição pela
bacia, chamada de Camada Ponta do Tubarão (CPT).
Bacia Potiguar – Evolução Tecnoestratigráfica
• A Supersequência Drifte, depositada entre o Albiano
e o Recente, durante a fase de subsidência termal, é
constituída por uma sequência flúvio-marinha
transgressiva recoberta por uma sequência clástica e
carbonática regressiva;
• A fase transgressiva é representada pelos sedimentos
siliciclásticos das formações Açu (proximal) e
Quebradas (distal), e pelo desenvolvimento de uma
plataforma carbonática denominada de Formação
Ponta do Mel.
Bacia Potiguar – Evolução Tecnoestratigráfica
• A transgressão máxima é caracterizada pela
deposição de folhelhos na porção submersa e pelo
afloramento dos sistemas fluviais e esturianos na
porção emersa da bacia, seguido pela implantação de
uma plataforma carbonática denominada de
Formação Jandaira;
• As sequências marinhas regressivas correspondem a
sistemas de plataformas rasas com borda carbonática
e sistemas de talude/bacia e são representadas pelos
sedimentos das formações Barreiras, Tibau, Guamaré
e Ubarana.
Bacia Potiguar – Evolução Tecnoestratigráfica
• Também ocorreram eventos magmáticos
representados pelas formações Rio Ceará Mirim
(relacionado à gênese do rifte), Serra do Cuó
(Turoniano) e Macau, com pulsos do Eoceno ao
Mioceno.
Bacia Potiguar – Sistema Petrolífero
Bacia Potiguar – Plays
Bacia Potiguar – Seção Geológica Esquemática
Campo Serraria – Play Rifte
Bacia Potiguar –Play Rifte
Bacia Potiguar –Play Pós-Rifte
Bacia Potiguar –Play Paleogeomórfico
Bacia Potiguar –Seção Sísmica
Bacia de Sergipe-Alagoas
• A Bacia de Sergipe-Alagoas está situada na margem
continental da região nordeste do Brasil, abrangendo
parte dos estados de Sergipe e Alagoas;
• Em mapa, tem forma alongada na direção NE com
350 km de extensão e 35 km de largura média em
terra;
• Sua porção marítima apresenta área de 31.750 km²
até a cota batimétrica de 3.000 m;
• Limita-se a norte, pelo Alto de Maragogi, com a Bacia
de Pernambuco-Paraíba e, a sul, tem seu limite
geográfico com a Bacia de Jacuípe representado pela
Plataforma de Estância na porção emersa e pelo
sistema de falhas do Vaza-Barris na porção oceânica.
Bacia de Sergipe-Alagoas
Bacia de Sergipe-Alagoas
• O limite oeste, com o embasamento cristalino
precambriano, é marcado por sistemas de falhas
distensionais e estruturas associadas;
• O limite interno entre as sub-bacias de Sergipe e Alagoas
é dado pelo Alto de Jaboatã-Penedo;
• Atualmente a porção marítima da Bacia de Sergipe-
Alagoas possui nove campo de petróleo e/ou gás natural;
• Destes, oito estão na fase de produção e um na fase de
desenvolvimento;
• Registram-se na porção marítima da Bacia de Sergipe-
Alagoas 11 blocos de concessão, todos na sub-bacia de
Sergipe.
Bacia de Sergipe-Alagoas
Bacia de Sergipe-Alagoas
• Dos onze blocos em concessão, oito possuem planos
de avaliação de descoberta (PAD) em andamento;
• Esses PAD referem-se às descobertas de óleo leve em
turbiditos cretácicos identificados em águas
profundas e ultraprofundas da bacia, que revelaram
um novo modelo exploratório de sucesso para a
região;
• As recentes descobertas de Barra, Farfan, Muriú,
Moita Bonita, Poço Verde e Cumbe abrem um novo
play exploratório para essa bacia, tornando um alvo
bastante atrativo para as companhias de petróleo.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Histórico Exploratório
• As atividades de exploração na bacia de Sergipe-
Alagoas iniciaram-se em 1935, com levantamento
geofísicos e perfuração do poço 2AL 0001 AL, por
intermédio do Conselho Nacional do Petróleo;
• As primeiras sondagens tiveram lugar na região norte
do estado de Alagoas, com a primeira descoberta
comercial de petróleo ocorrendo em 1957, através do
poço 1TM 0001 AL;
• Em 1963 foi descoberto o Campo de Carmópolis, na
parte terrestre da sub-bacia de Sergipe.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Histórico Exploratório
• A exploração na plataforma continental teve início na
sub-bacia de Sergipe no final da década de 1960, quando
ocorreu a primeira descoberta comercial de óleo em toda
a margem continental brasileira, através da perfuração do
pioneiro 1-SES-0001A-SE, descobridor do Campo de
Guaricema;
• Até junho de 2015 foram perfurados 5.652 poços:
4.722 na Sub-bacia de Sergipe;
930 na Sub-bacia de Alagoas;
• Sendo 1.554 poços exploratórios:
788 em Sergipe;
366 em Alagoas;
• 4.498 poços em desenvolvimento:
3.934 em Sergipe;
564 em Alagoas.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Histórico Exploratório
• A bacia é coberta por levantamento sísmicos de
reflexão, consistindo em:
72.686 km de linhas 2D pre-stack;
6.438 km² de sísmica 3D pre-stack;
16.545 km² de sísmica 3D post-stack.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Histórico Exploratório
Bacia de Sergipe-Alagoas
• Atualmente a bacia conta com 46 campos de
petróleo, sendo 40 na fase de produção e 6 na fase de
desenvolvimento;
• Desses 46 campo, 37 estão localizados na Sub-bacia
de Sergipe e 9 na Sub-bacia de Alagoas, sendo 10
campo em mar e 36 campos em terra;
• Registraram-se na Bacia de Sergipe-Alagoas 17 blocos
de concessão, todos na Sub-bacia de Sergipe, sendo 8
na sua porção terrestre e 9 na sua porção marítima.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Campos Exploratórios
Bacia de Sergipe-Alagoas - Reservas
• As reservas provadas de hidrocarbonetos na Bacia de
Sergipe-Alagoas são da ordem de 256 milhões de
óleo e 7.053 milhões de metros cúbicos de gás
natural, com reservas totais da ordem de 410 milhões
de barris de óleo e 1,03 bilhões de metros cúbicos de
gas;
• No mês de abril de 2015, a produção de petróleo na
Bacia de Sergipe Alagoas foi da ordem de 41.000
bbl/d e a produção de gás natural da ordem de
39.000 Mm³/dia
Bacia de Sergipe-Alagoas – Evolução Tectono-Estratigráfica
• O arcabouço estrutural da bacia de Sergipe-Alagoas é
caracterizado por um rifte assimétrico, alongado, com
extensão de 350 km na direção NE-SW;
• É a bacia de margem leste brasileira que apresenta a
mais completa sucessão estratigráfica, podendo ser
reconhecidas cinco supersequências, denominadas
Supersequência Paleozóica, Pré-Rifte, Rifte, Pós-rifte
e Drifte.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Evolução Tectono-Estratigráfica
Bacia de Sergipe-Alagoas – Evolução Tectono-Estratigráfica
Bacia de Sergipe-Alagoas – Evolução Tectono-Estratigráfica
• O embasamento é constituído por rochas
metamórficas proterozóicas da Faixa Sergipana,
granitóides proterozóicos do Maciço Pernambuco-
Alagoas e metassedimentos cambrianos do Grupo
Estância;
• A Supersequência Paleozóica é representada pelos
sedimentos permo-carboníferos das formações
Batinga e Aracaré em uma sinéclise intracratônica;
• Todas as outras supersequências da Bacia de Sergipe-
Alagoas são relacionadas ao processo de rifteamento
do supercontinente Gondwana e à separação das
placas africana e sul-americana, com a formação do
Oceano Atlântico Sul.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Evolução Tectono-Estratigráfica
• A Supersequência Pré-Rifte é constituída por arenitos da
Formação Candeeiro e folhelhos vermelhos da Formação
Bananeiras, de idade neojurássica, e arenitos
barremianos da Formação Serraria;
• A Supersequência Rifte, que compreende sedimentos
depositados desde o berriasiano ao neoaptiano, é
composta na base por folhelhos e arenitos lacustres da
Formação Feliz Deserto.
• A discordância pré-Aratu separa estes dos folhelhos da
Formação Barra de Itiúba;
• Este pacote sedimentar grada lateralmente para arenitos
da Formação Penedo e conglomerados, denominados
Formação Rio Pitanga na sub-bacia de Sergipe e
Formação Poção na sub-bacia de Alagoas.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Evolução Tectono-Estratigráfica
• Sobreposto a este pacote encontram-se os bancos
carbonáticos do Membro Morro do Chaves e clásticos
terrígenos-deltaicos da Formação Coqueiro Seco;
• O topo da Supersequência Rifte é dado pelos arenitos
e folhelhos da Formação Maceió;
• A Supersequência Pós-Rifte corresponde à primeira
grande incursão marinha da bacia, com a deposição
dos sedimentos neoaptianos-eoalbianos da Formação
Muribeca;
• Litoestratigraficamente, é composta por siliciclásticos
grossos do Membro Carmópolis, evaporitos,
carbonatos e folhelhos do Membro Ibura e folhelhos
e calcilutitos do Membro Oiteirinhos.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Evolução Tectono-Estratigráfica
• A Supersequência Drifte compreende dois intervalos,
um basal transgressivo e outro superior regressivo. O
primeiro, de idade albo-santoniana, é constituído por
sedimentação predominantemente carbonática das
formações Riachuelo e Cotinguiba;
• O intervalo regressivo registra um sistema
deposicional predominantemente clástico,
constituído pelos arenitos da Formação Marituba,
carbonatos da Formação Mosqueiro e folhelhos com
arenitos turbidíticos da Formação Calumbi, que se
desenvolve até o presente.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Sistema Petrolífero
• A Bacia de Sergipe-Alagoas é produtora de óleo e gás
em diversos tipos de plays exploratórios, com vários
sistemas petrolíferos conhecidos;
• No entanto, a maior parte destes é ativa apenas para
a parte terrestre da bacia;
• Para a porção de águas profundas da bacia espera-se
encontrar a presença do sistema petrolífero
Riachuelo-Calumbi(!) e Cotinguiba-Calumbi(.).
Bacia de Sergipe-Alagoas – Migração e Geração
• Nas águas profundas da bacia, são admitidas como
rochas geradoras os folhelhos albiano-cenomanianos
da Formação Riachuelo e os folhelhos cenomaniano-
turonianos da Formação Cotinguiba, ambos
depositados já na fase drifte da bacia;
• A deposição da Fm. Cotinguiba coincide com o
período de máxima transgressão marinha em um
evento anóxico de caráter mundial, sendo portanto
considerada a mais propensa para a geração de
hidrocarbonetos;
Bacia de Sergipe-Alagoas – Migração e Geração
• Além disso, as rochas das formações Cotinguiba e
Riachuelo apresentam, em águas profundas,
espessura e soterramento adequados para a geração
de hidrocarbonetos;
• Os condutos de migração vertical são falhas normais
e lístricas, enquanto que a migração lateral se dá por
carrier beds e por superfícies discordantes, como a
discordância pré-Calumbi.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Rochas Reservatórios
• Para as águas profundas, são consideradas como
rocha reservatório os arenitos turbidíticos
neocretáceos da Formação Calumbi, a exemplo do
campo de Piranema, produtos em águas profundas
em arenitos turbidíticos campaniano-
maastrichtianos.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Rochas Selantes e Trapas
• O selo para os reservatórios de arenitos turbidíticos
da Formação Calumbi é dado pelos próprios folhelhos
da Formação Calumbi;
• A natureza das trapas atuante neste sistema
petrolífero é estratigráfica, com corpos de arenitos
isolados em uma seção de pelitos, ou truncados por
alguma superfície de discordâncias internas da
Formação Calumbi.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Rochas Selantes e Trapas
• O play é relacionado à acumulações de óleo leve e
gás em arenitos turbidíticos neocretáceos da
Formação Calumbi, cujos folhelhos atuam como
rochas selantes.
Bacia de Sergipe-Alagoas – Seção sísmica

• O horizonte verde escuro representa o topo do gerador; em amarelo, dois prováveis


campos mapeados através de anomalias de amplitudes, um deles sobre um alto
vulcânico, o que facilita a migração para o reservatório turbidítico.
Bibliografia
Bolívar Haeser, 2013. Bacia do Ceará. ANP. 11º
Rodada.
Bolívar Haeser, 2015. Bacia de Sergipe-Alagoas.
Sumário Geológico e Setores em Oferta. ANP. 13º
Rodada.
Morelatto, R., Fabianovicz, F. 2015. Bacia Potiguar.
Sumário Geológico e Setores em Oferta. ANP. 13º
Rodada.

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