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ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS

PARA O PERÍODO 2022-2027

Abril de 2022
ÍNDICE

I. OS GRANDES COMPROMISSOS DO MPLA PARA COM AS ASPIRAÇÕES DO POVO ANGOLANO .... 4

II. BREVE BALANÇO DA ACTIVIDADE GOVERNATIVA NO PERÍODO 2018-2022 ................................ 4

2.1 DESEMPENHO MACROECONÓMICO E RESULTADOS DAS PRINCIPAIS REFORMAS ECONÓMICAS .................... 4


2.2 SITUAÇÃO ECONÓMICA, SOCIAL E INSTITUCIONAL .............................................................................. 14

III. EIXOS ESTRATÉGICOS DE DESENVOLVIMENTO PARA O QUINQUÉNIO 2022-2027 ..................... 39

3.1 EIXO I – CONSOLIDAR O ESTADO DEMOCRÁTICO E DE DIREITO, PROSSEGUIR A REFORMA DO ESTADO DE


DIREITO E COMBATER A CORRUPÇÃO E A IMPUNIDADE. .................................................................................. 39
3.1.1 REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DO ESTADO ..................................................................... 39
3.1.2 REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL DO ESTADO......................................................................... 42
3.1.3 JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS ................................................................................................... 43
3.1.4 COMUNICAÇÃO SOCIAL E LIBERDADE DE EXPRESSÃO ...................................................................... 45
3.1.5 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL ............................................................... 48
3.2 EIXO II – PROMOVER O DESENVOLVIMENTO EQUILIBRADO E HARMONIOSO DO TERRITÓRIO, A
DESCENTRALIZAÇÃO E A DESCONCENTRAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, A MUNICIPALIZAÇÃO E A IMPLEMENTAÇÃO
DAS AUTARQUIAS LOCAIS. .......................................................................................................................... 51
3.2.1 DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.......................................... 51
3.2.2 ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E HABITAÇÃO .............................................................................. 52
3.2.3 DESMINAGEM .......................................................................................................................... 54
3.3 EIXO III – PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO, AMPLIANDO O ACESSO AOS SERVIÇOS DE
SAÚDE, AO CONHECIMENTO E HABILIDADES TÉCNICAS E CIENTÍFICAS, PROMOVER A CULTURA E O DESPORTO E
ESTIMULAR O EMPREENDEDORISMO E A INOVAÇÃO........................................................................................ 55
3.3.1 SAÚDE .................................................................................................................................... 56
3.3.2 EDUCAÇÃO .............................................................................................................................. 60
3.3.3 ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO .................................................................. 64
3.3.4 EMPREGO, EMPREENDEDORISMO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL ........................................................ 68
3.3.5 DESPORTO............................................................................................................................... 72
3.3.6 CULTURA................................................................................................................................. 74
3.4 EIXO IV – REDUZIR AS DESIGUALDADES SOCIAIS, ERRADICANDO A FOME E A POBREZA EXTREMA,
PROMOVENDO A IGUALDADE DO GÉNERO E SOLUCIONANDO OS DESAFIOS MULTIDIMENSIONAIS E TRANSVERSAIS À
ELEVAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DAS POPULAÇÕES. ................................................................................... 77
3.4.1 PROTECÇÃO SOCIAL .................................................................................................................. 77
3.4.2 ACÇÃO SOCIAL ......................................................................................................................... 80
3.4.3 IGUALDADE DE GÉNERO ............................................................................................................. 85
3.4.4 JUVENTUDE ............................................................................................................................. 89
3.5 EIXO V- MODERNIZAR E TORNAR MAIS EFICIENTES AS INFRAESTRUTURAS DO PAÍS E PRESERVAR O AMBIENTE.
92
3.5.1 TELECOMUNICAÇÕES E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO .................................................................. 92
3.5.2 TRANSPORTES (SUBSECTORES DA AVIAÇÃO CIVIL, MARÍTIMO E PORTUÁRIO, TRANSPORTES TERRESTRES E
DA LOGÍSTICA) ......................................................................................................................................... 93
3.5.3 ENERGIA ................................................................................................................................. 98
3.5.4 RECURSOS HÍDRICOS ............................................................................................................... 100
3.5.5 OBRAS PÚBLICAS .................................................................................................................... 102
3.5.6 AMBIENTE ............................................................................................................................. 104

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3.6 EIXO VI - ASSEGURAR A DIVERSIFICAÇÃO ECONÓMICA SUSTENTÁVEL, INCLUSIVA E LIDERADA PELO SECTOR
PRIVADO. .............................................................................................................................................. 107
3.6.1 ESTABILIDADE MACROECONÓMICA E CRESCIMENTO ECONÓMICO ................................................... 108
3.6.2 AMBIENTE DE NEGÓCIOS E FINANCIAMENTO DA ECONOMIA .......................................................... 110
3.6.3 FORMALIZAÇÃO DA ECONOMIA ................................................................................................. 113
3.6.4 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA........................................................................................................ 114
3.6.5 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS ............................................................................................... 115
3.6.6 RECURSOS MINEIRAS .............................................................................................................. 118
3.6.7 AGRICULTURA E PECUÁRIA ....................................................................................................... 121
3.6.8 FLORESTA .............................................................................................................................. 125
3.6.9 PESCA E AQUICULTURA ............................................................................................................ 127
3.6.10 INDÚSTRIA ............................................................................................................................. 129
3.6.11 COMÉRCIO ............................................................................................................................ 131
3.6.12 TURISMO .............................................................................................................................. 133
3.7 EIXO VII – ASSEGURAR A DEFESA DA SOBERANIA, DA INTEGRIDADE E DA SEGURANÇA NACIONAL E PROMOVER
A IMAGEM E O PAPEL DE ANGOLA NO CONTEXTO REGIONAL E INTERNACIONAL. ............................................... 135
3.7.1 DEFESA NACIONAL E VETERANOS DA PÁTRIA .............................................................................. 135
3.7.2 INTERIOR E SEGURANÇA PÚBLICA .............................................................................................. 139
3.7.3 POLÍTICA EXTERNA E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL ..................................................................... 143

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I. OS GRANDES COMPROMISSOS DO MPLA PARA COM AS ASPIRAÇÕES DO POVO
ANGOLANO

II. BREVE BALANÇO DA ACTIVIDADE GOVERNATIVA NO PERÍODO 2018-2022

01. No presente capítulo apresenta-se, de modo sumário, a situação política, económica, social e
institucional do país, com base na avaliação (i) do desempenho macroeconómico e dos resultados
das principais reformas económicas; (ii) da situação económica, social e institucional; e (iii) da
Reforma do Estado.

2.1 Desempenho Macroeconómico e Resultados das Principais Reformas Económicas

2.1.1 Sector Real e Preços

02. A economia nacional segue, desde o ano 2016, uma trajectória contraccionista, justificada,
essencialmente, por factores externos adversos, por contracção dos níveis de produção
petrolífera e pelos efeitos do ajustamento macroeconómico e de reformas estruturais em curso
que implicaram um menor consumo das famílias e níveis baixos de investimentos públicos. Entre
2018 e 2021, o PIB registou uma contracção média anual de cerca de 1,8%.

03. Por outro lado, o desempenho da economia foi fortemente influenciado pelo sector petrolífero,
incluindo o gás, que contraiu, em média, 8% ao ano com o pico de queda em 2021 (-11,6%). As
reduções dos níveis de produção decorrem, essencialmente, dos seguintes factores: (i)
maturidade dos poços de produção; (ii) problemas operacionais recorrentes; e redução dos níveis
de investimentos.

04. Entretanto, o sector não petrolífero da economia continuou a apresentar taxas de crescimento
positivas, até ao ano de 2019, tendência que foi invertida em 2020, devido aos efeitos negativos
decorrentes da pandemia da COVID-19, tendo contraído 4% e a retoma de um crescimento
robusto em 2021 (6,4%). Em relação à dinâmica dos sectores produtivos, destacam-se o
desempenho dos sectores descriminados abaixo:

A. Sector da Agricultura, Pecuária, e Florestas com um peso médio na estrutura económica


de 6%, apresentou um crescimento médio anual de 2,3%, no período 2018-2021. Porém,
o custo elevado dos factores de produção (sementes melhoradas, fertilizantes,
pesticidas) e equipamentos diversos, os constantes episódios de estiagem, doenças
animais e pragas ( gafanhoto, tuta absoluta e outros) e, a disponibilidade reduzida dos
factores de produção, a limitação no acesso a água, o número reduzido de técnicos e a
necessidade de especialização dos mesmos, a reduzida abrangência da assistência
técnica aos produtores, para o fomento da agropecuária, o difícil acesso a determinadas
zonas de produção (pelo mau estado das vias) , as limitantes para o acesso ao
financiamento, sobretudo nos últimos cinco (5) anos, interferiram no desempenho do
sector, que apesar de ter sido positivo, tem espaço para maior crescimento, de forma
célere, se imprimir todos os esforços para a materialização das metas preconizadas. Na
produção pecuária, o país apresenta um nível satisfatório de produção de ovos e carne
caprina, apesar de existirem desafios no que concerne a produção de carne bovina,
frango e leite, onde a demanda ainda é bastante elevada. A disponibilidade de ração
animal, também é bastante incipiente. A falta de insumos para o fomento da produção
pecuária, também constitui uma grande preocupação. Nos últimos anos tem-se registado
a deterioração dos pastos em Angola, por várias razões, destacando-se entre estas, a falta
de chuvas, as queimadas descontroladas e o pisoteio intensivo dos pastos pelo gado. Na
exploração florestal, a superfície florestal é formada fundamentalmente por florestas
naturais de cerca de 69.3 milhões de hectares. O aumento da taxa de desflorestação, sem
considerar a necessidade de repovoamento florestal, tem sido uma preocupação
constante do sector. Nos últimos anos tem se registado uma retracção na actividade de
extração de madeira, devido a melhoria nos mecanismos de controle, agora realizados
com maior rigor. O processo de fiscalização obriga o cumprimento da lei em vigor. A
produção de mel tem registado um momento de grande expansão, com o aumento do
número de colmeias melhoradas.

B. O Sector das Pescas, com peso de 3% na estrutura económica, enfrentou sérios desafios
para retomar a trajectória de crescimento dos anos anteriores. No período de 2017 -
2019 o sector registou sucessivas taxas de variações negativas, com o pico de queda em
2018 (-17%) devido a um conjunto de factores, dentre os quais: (i) deficiências no serviço
de fiscalização marítima (das actividades piscatórias e descarga dos produtos
pesqueiros), bem como, no controlo e gestão dos recursos financeiros provenientes da
exportação dos produtos pesqueiros; (ii) deficiência no método de recolha de dados
estatístico; (iii) número reduzido de técnicos; (iv) inoperância das infra-estruturas de
fomento da produção aquícola construídas pela estado. Em 2021, com os esforços
empreendidos e fruto de um processo de reestruturação, o sector reverteu o quadro de

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recessão, apresentando uma taxa de crescimento muito forte (68%). O segmento da
produção do sal também tem registado, nos últimos anos, um comportamento bastante
positivo, sendo o que mais tem crescido, no sector das pescas, embora exista a
necessidade de reforço e investimentos, para o fomento da produção de sal refinado.
Contudo, é necessário promover a gestão sustentável dos recursos aquáticos vivos,
através de um aumento controlado das capturas da pesca industrial, semi-industrial e
artesanal e promover a competitividade na produção de sal (grosso, refinado, ionizado e
não Ionizado) e na aquicultura, de modo sustentável”.

C. O Sector da Indústria Transformadora, com um peso médio de 7% na estrutura


económica, apresentou uma taxa de crescimento média anual de 3%, no período de
2018-2021, impulsionado essencialmente pelo aumento dos níveis de produção das
classes das massas alimentícias, bolacha, ração animal, leite pasteurizado, farinha de
trigo, e da classe dos produtos de higienização, como é caso dos detergentes sólidos, dos
detergentes líquidos, do sabão e lixívia, e da produção de livros.

D. O Sector do Comércio representa, em média, 18% do PIB, sendo por isso o maior gerador
de valor acrescentado para a economia nacional, quando excluído o sector dos Petróleos,
é um dos sectores com potencial para criar elevado número de empregos. Em termos
médios, no período de 2018 a 2021, o sector do comércio registou um crescimento de
1,1%, impulsionado pela recuperação do sector agropecuário e pelo desempenho
positivo do sector da indústria, não obstante a redução das importações em cerca de 45%
no período referenciado.

E. O Sector da Extração de Diamantes e Minerais Metálicos representa, em média, cerca


de 3% na estrutura do PIB e o seu desempenho, à semelhança do sector petrolífero, está
dependente do comportamento dos preços nos mercados internacionais, ou seja, às
condições de procura e oferta. Entre 2018 a 2021, o sector cresceu em média 1,2%,
havendo por assinalar a forte contração de 13%, em 2020, devido aos efeitos negativos
da COVID-19.

F. O Sector da Construção representa, em média, 11% da estrutura do PIB e o seu


desempenho está muito dependente da capacidade do Sector público executar a despesa
pública. Entre 2018 e 2021, o sector cresceu em média 0,1%, impulsionado,

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essencialmente, pela execução dos projectos estruturantes de infraestruturas
rodoviárias e habitação social, assim os projectos inscritos no Plano Integrado de
Intervenção nos Municípios (PIIM).

G. O Sector dos Transportes representa, em média, 2% do PIB. Entre 2018-2021, o sector


registou uma contracção média de 2,1%, não obstante a forte contracção registada em
2020 (38,7%) devido aos efeitos negativos da pandemia da COVID-19, que implicou a
interdição da circulação, reduzindo a quantidade de pessoas e de carga transportadas
nos mais diversos serviços (aéreo, rodoviário e marítimo).

H. A nível de Outros Serviços, o destaque recai para os serviços de correios e


telecomunicações que, entre 2018 e 2021, cresceram em média 1,9%, impulsionados
pelo aumento da utilização dos serviços de correios e pela necessidade de realização de
actividades no regime de teletrabalhos, dadas as restrições impostas pela COVID-19.

05. Em relação ao nível geral de preços, após a inflação ter atingido o pico de cerca de 42%, em 2016,
registou-se uma tendência de redução, ao fixar-se em 17,1%, em 2019, fruto de uma melhor
coordenação entre a política monetária e fiscal, assim como do aumento da produção interna,
com destaque para a produção agrícola. Porém, a tendência de redução foi invertida em 2020,
tendo a inflação se fixado em 22,4%, devidos aos efeitos negativos da COVID-19, mantendo-se em
níveis elevados em 2021 (27,03%), devido às disrupções na cadeia de distribuição mundial que
tem provocado o aumento dos preços das commodities alimentares nos mercados internacionais.

2.1.2 Sector Fiscal

06. A nível do sector fiscal, entre 2018 a 2021, foram efectuadas reformas importantes que
permitiram, entre outros, o alcance dos seguintes resultados:

A. Política Fiscal
i. Para os anos de 2018 e 2019, registou-se a inversão da trajectória de défices nos saldos
fiscais para superavites, mas, devido aos efeitos negativos da COVID-19, registou-se em
2020 um défice de 1,9%. No entanto, em 2021, os dados preliminares apontam para o
registo de um saldo fiscal global superavitário de 3,0% do PIB;
ii. Redução do défice primário não-petrolífero de 12,9% do PIB, em 2017, para 5,4 % em
2020;

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iii. Aumento das receitas fiscais na ordem dos 65,4%, ,7%, 7,74% e 48,5%, nos anos de
2018, 2019, 2020 e 2021, respectivamente;
iv. Controlo da despesa pública, tendo esta crescido em média 16,8%, enquanto que a
receita aumentou 33,3%;
v. Inversão da trajectória da Dívida Pública, tendo o stock da dívida, em moeda
estrangeira, passado de USD 78,7 mil milhões, em 2017, para USD 70,4 mil milhões, em
2021.
vi. Melhoria dos procedimentos de contratação pública (Ajustamento do quadro Legal - Lei
dos Contratos Públicos -LCP e Contratação Pública Electrónica);
vii. Adopção de uma Política de Transferência de Rendimentos mais eficaz (Reforma dos
subsídios à preços universais e Transferências Sociais de Rendimentos - Programa
Kwenda);
viii. Reforço dos instrumentos de Gestão das Finanças Pública mediante à aprovação da Lei
da Sustentabilidade da Finanças Públicas, a qual confere maior transparência na
implementação da política fiscal, bem como confere maior previsibilidade e disciplina
fiscal por via da instituição do Quadro Fiscal de Médio Prazo, Quadro de Despesa de
Médio Prazo e regras fiscais, assim como garante maior articulação entre os
instrumentos de planeamento;
ix. Implementação de uma estratégia para a redução dos atrasados internos, bem como
limitação do potencial de surgimento de novos atrasados através da criação do
controlador financeiro para ampliar a monitorização das unidades orçamentais recém-
criadas e do asseguramento de que toda a despesa orçamental esteja em conformidade
com as regras de execução da despesa e seja adequada e atempadamente registada no
SIGFE.
B. Reforma do Sistema Tributário
i. No âmbito das reformas tributárias, em especial no que concerne ao alargamento da
base tributária, em substituição do anterior imposto de consumo, foram introduzidos o
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e o Imposto Especial de Consumo (IEC).
Para mobilização de mais receita não petrolífera foi implementado o IVA de forma
prudente e gradual, tendo-se introduzido primeiramente o regime geral, aplicável às
grandes empresas e àquelas com maiores níveis de organização, e posteriormente
incluindo o regime simplificado para outras empresas, vindo suceder o então o regime
transitório. A introdução do IVA permitiu eliminar o impacto negativo do efeito cascata

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do anterior imposto de consumo, alargar a base tributária, potenciar a receita fiscal
não-petrolífera, bem como combater a fraude e a evasão fiscal, para garantir uma maior
justiça tributária. Quanto ao IEC, este incide sobre os bens referentes no objecto que
constam no Código do IEC, produzidos no território nacional, importados e introduzidos
no consumo, ainda que provenientes de actividades ilícitas. Em particular, este imposto
visa tributar, de forma agravada, determinados bens de consumo por serem
considerados produtos de luxo, supérfluos e nocivos à saúde e ao meio ambiente;
ii. A nível do Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT), isentou-se os rendimentos mais
baixos (≤ 70 mil kwanzas) para dar mais disponibilidade financeira aos que menos
ganham; introduziu-se a tributação progressiva dos rendimentos mais elevados,
aumentando a carga fiscal para funcionários que tenham salários acima de 200 mil
kwanzas; eliminou-se a isenção do IRT aos militares e aos trabalhadores maiores de 60
anos, bem como sobre os subsídios de Natal e de férias, alargando assim a base
tributária do IRT.
iii. Em relação ao Imposto Industrial, desonerou-se a carga fiscal das empresas para
estimular o crescimento económico, reduzindo a taxa geral do IIº escalão, de 30% para
25% (para o sector agrícola reduziu-se de 15% para 10% e para as empresas petrolíferas
de 50% para 35%); simplificou-se os procedimentos dos pequenos contribuintes com o
volume de facturação anual inferior ao equivalente em Kwanzas a 250 mil USD
(adequando-o ao regime de não sujeição do IVA), tornando o Sistema Fiscal mais
coerente; e estendeu-se o período de reporte de prejuízos de 3 para 5 anos;
iv. No âmbito do Imposto Predial (IP), procedeu-se ao alargamento da base tributária,
mediante tributação de todos os imóveis, incluindo também prédios rústicos e terrenos
para construção; introduziu-se a tributação dos terrenos agrícolas improdutivos sem
qualquer aproveitamento e tributação agravada e progressiva dos imóveis
desocupados que se encontrem fechados por muito tempo e terrenos para construção
abandonados sem aproveitamento, bem como os prédios em elevado estado de ruína;
o novo IP assiste-se à aplicação de uma taxa progressiva até aos 0,6% do valor tributário
do imóvel ao contrario do anterior Imposto Predial Urbano que cobrava taxa única de
0,5% do valor patrimonial tributário do prédio urbano.

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C. Dívida Pública
i. Redução do Stock da Dívida Pública denominada em moeda estrangeira, de USD 78,7
mil milhões, em 2017, para USD 70,4 mil milhões, em 2021. No entanto, quando
denominada em moeda nacional verifica-se um aumento do stock em Kz 26 090,29 mil
milhões, passando de Kz 12 997,85 mil milhões, em 2017, para Kz 39 088,14 mil milhões,
em 2021. Essa tendência é justificada pelo forte ajustamento cambial que se verificou
no período em análise, tendo a taxa de câmbio média passado de Kz 163,66/USD, em
2017 para Kz 554,98/USD, em 2021;
ii. Redução do Stock da Dívida Interna denominada em moeda estrangeira, passando de
USD 34,72 mil milhões, em 2017, para USD 19,79 mil milhões, em 2021. No entanto,
quando denominada em moeda nacional verifica-se um aumento do stock em Kz 5.3
mil milhões, passando de Kz 5 732,65 mil milhões para Kz 10 984,97 mil milhões. Essa
tendência é justificada pelo forte ajustamento cambial que se verificou no período em
análise;
iii. Inversão da tendência de investimento em instrumentos de dívida de curto-prazo. O
stock dos Bilhetes do Tesouro que representava 19% do stock da dívida interna em
2017, passou a representar 5% em 2021. Esta redução dos instrumentos de curto-prazo
permitiu ao tesouro, por um lado, reduzir os constrangimentos de liquidez e, por outro
lado, fomentar o investimento em instrumentos de mais longo-prazo, catalisando o
mercado de capitais em Angola;
iv. Redução das obrigações do Tesouro indexadas à taxa de câmbio. O stock destes
instrumentos, em 2017, era de USD 14,74 mil milhões, tendo reduzido para USD 3,5mil
milhões, em 2021. A redução destes instrumentos teve um carácter estratégico, pois
eles criam distorções no mercado, reduzem a eficácia da política cambial, aumentam os
custos do tesouro nacional e limitam a modernização do sistema financeiro nacional;
v. Aumento do Stock da Dívida Externa de USD 38,7 mil milhões, em 2017, para USD 46,4
mil milhões, em 2021. Contudo, este aumento melhorou os níveis de transparência e
permitiu um engajamento mais pragmático com as entidades Multilaterais e com o
mercado de capitais, cujo stock combinado subiu de USD 3,6 mil milhões, em 2017, para
USD 15,4 mil milhões, em 2021, verificando-se uma alteração na estrutura de
financiamento externo, com a redução dos créditos bilaterais e com fornecedores
(estes financiamentos tendem a terem prazos mais curtos e serem mais onerosos);

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vi. Redução do stock de dívida pública garantida com petróleo, no montante de USD 3,98
mil milhões, tendo passado de USD 22,28 mil milhões, em 2017, para USD 18,3 mil
milhões, em 2021, onde se destaca o pagamento antecipado da dívida com o Brasil.
D. Regularização de Atrasados
i. Atrasados Internos. No âmbito da estratégia de regularização de atrasados incorridos
entre o período de 2013 a 2017, projectou-se a regularização de atrasados no valor de
Kz 1 240 mil milhões, em 2019, dos quais Kz 482,30 mil milhões correspondiam a
atrasados registados no SIGFE e Kz 757,77 mil milhões de atrasados não registados no
SIGFE. Entretanto, de 2018 a 2020 foram regularizados atrasados internos no montante
de Kz 1,687,3 mil milhões, correspondente a 136,1% do projectado, sendo Kz 650 mil
milhões, em 2018, Kz 558,3 mil milhões, em 2019 e Kz 479 mil milhões, em 2020.

ii. Atrasados Externos. No início do Programa com o FMI, Angola tinha um total de USD
3,7 mil milhões em atrasados externos: USD 2,1 mil milhões a um credor comercial
estrangeiro que foi reestruturado; USD 1,3 mil milhões a um fornecedor público
estrangeiro – tendo sido assegurados recursos para saldá-los; USD 0,3 mil milhões a
fornecedores estrangeiros privados – a maioria remonta ao conflito civil, tendo as
autoridades contactado as respectivas embaixadas para ajudar a identificá-los no
sentido de fechar acordos de regularização.

iii. Atrasados Cambiais. A eliminação dos pedidos não atendidos de compra de divisas era
uma das metas estruturais do programa com o FMI (EFF) e foi cumprida em Abril de
2019 (Segunda Avaliação do EFF – Dezembro de 2019). As estimativas apontavam para
um valor acumulado de USD 3 mil milhões no final de 2016 (artigo IV de 2016) e de USD
2,5 mil milhões no final do primeiro trimestre de 2018 (Artigo IV de Junho de 2018).

2.1.3 Sector Externo e Cambial

07. Em 2018, iniciou-se um processo de reformas ao mercado cambial, incluindo a alteração do


regime cambial para uma taxa de câmbio flexível, de modo a constituir um amortecedor eficaz
contra os choques, reestabelecer o equilíbrio, garantir uma afectação eficiente dos escassos
recursos cambiais, melhorar a competitividade da economia e apoiar a diversificação económica.

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08. O ajustamento cambial também teve impacto positivo sobre as Reservas Internacionais Líquidas
(RIL), tendo-se registado uma menor contração entre 2018-2021, em cerca de 7%, inferior à queda
de quase 49% registada no período 2014-2017.

09. As Reservas Internacionais Líquidas (RIL), no final de 2021, fixaram-se em USD 9,86 mil milhões,
comparativamente aos USD 8,77 mil milhões no final de 2020, representando um aumento de
12,1%. Por seu turno, o stock das Reservas Internacionais Brutas situou-se em USD 15,51 mil
milhões, no final de 2021, contra USD 14,88 mil milhões no final de 2020, equivalente a 9,78 meses
de importação de bens e serviços.

10. Por outro lado, o gap existente entre o mercado secundário e mercado informal de divisas reduziu
significativamente, de 150% no final de 2017, para cerca de 4% no final do ano de 2021.

11. No final de 2021, a moeda nacional apreciou-se face ao dólar norte-americano no mercado
primário em 18,24%, situando-se em USD/Kz 554,98, o que realça uma notável estabilidade do
mercado cambial.

12. A nível do sector externo, registou-se a inversão da trajectória deficitária da conta corrente da
balança de pagamento, de 2014 a 2017 (-USD 4,43 mil milhões, em média), para superavites
consistente no período de 2018 a 2021 (USD 4,78 mil milhões, em média), em resultado das
medidas de política que visaram a redução dos níveis de importação (-45%) com vista a estimular
a produção nacional.

2.1.4 Sector Monetário

13. Em relação ao sector monetário, em 2018, foi aprovado um novo quadro operacional para a
política monetária, caracterizado por um regime de metas monetárias, incorporando alguns
princípios do regime de metas de inflação. A base monetária foi definida como nova âncora
nominal da política monetária.

14. O novo regime monetário permitiu melhorar a capacidade de previsão dos fluxos de liquidez e o
aprofundamento dos instrumentos de política monetária, sendo que a base monetária em moeda
nacional apresentou um comportamento expansionista, com destaque para o ano de 2019 cuja
expansão foi de 33%.

15. A taxa directora passou de 18% em 2017, para 20% no final de 2021. Por outro lado, observou-se
um alinhamento entre a Taxa BNA e a taxa de cedência de liquidez e reavaliou-se a exposição
cambial dos bancos comerciais em relação aos fundos próprios regulamentares.

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2.1.5 Sector Financeiro

16. Em 2018, o crédito malparado atingiu 25,6% devido à fraca actividade económica registada entre
2015 e 2017, a práticas deficientes de gestão de risco em alguns bancos e à depreciação da moeda
nacional que deterioraram a solidez do sector bancário, elevando os níveis de riscos do sistema
financeiro. Para mitigar esses riscos, o BNA, com a assistência do FMI, tomou várias medidas para
reduzir as vulnerabilidades do sector bancário, incluindo o crédito malparado, as pressões das
relações da banca de correspondência e o reforço do quadro legal, nomeadamente:

i. Foi triplicado o capital social mínimo regulamentar para os bancos garantirem o


cumprimento dos requisitos prudenciais, e revogada as licenças de três bancos que não
cumpriram com os referidos requisitos;
ii. Adicionalmente, foi realizada a Avaliação da Qualidade de Activos (AQA) dos 13 maiores
bancos comerciais no final de 2019, tendo-se identificado dois bancos públicos que
apresentam riscos sistémicos, estando em curso a identificação da estratégia adequada
para abordá-los;
iii. Foi criado um Fundo de Garantia de Depósitos com o propósito de proteger os
depósitos dos contribuintes;
iv. Foi reforçada a actuação da Recredit, com a limitação do seu mandato para o BPC e no
período de 10 anos e a aprovação de instrumentos jurídicos que assegurem que os
activos sejam transferidos ao justo valor e com base num due diligence;
v. Melhorada a supervisão dos bancos em termos de viabilidade, corporate governance e
gestão de riscos;
vi. Implementação de Planos de Reforma e Capitalização dos Bancos Públicos;
vii. Actualizou-se a Lei de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais (AML/CFT),
com enfoque nas pessoas politicamente expostas;
viii. Foi promulgada e aprovada a nova Lei das Instituições Financeiras (LIF) que irá
possibilitar o estabelecimento de uma estrutura regulatória e prudencial mais forte
para os bancos;
ix. Aprovada a Nova Lei do Banco Nacional de Angola (BNA) como Banco Central, que
confere independência funcional, administrativa e patrimonial.

17. No essencial, as reformas levadas a cabo pelo Executivo, no âmbito do Programa de


Estabilização Macroeconómica com o apoio do FMI, de 2018 a 2021, visaram a correcção de um
conjunto de desequilíbrios macroeconómicos, por forma a assegurar a sustentabilidade das
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finanças públicas (equilíbrio interno) e das contas externas (equilíbrio externo), enquanto
condições necessárias para o crescimento económico sustentável.

2.2 Situação Económica, Social e Institucional

18. A avaliação da situação económica, social e institucional é feita com base nas acções sectoriais
desenvolvidas ao longo do período 2018-2021, visando alcançar os objectivos estabelecidos nos
programas de acção do Plano de Desenvolvimento Nacional, cujas orientações políticas
emanaram do programa de governação sufragado nas eleições gerais de 2017.

2.2.1 Domínio Económico

19. Agricultura e Pescas. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e
resultados:

i. Aumento dos níveis de produção de cereais de 2 508,0 mil toneladas, em 2017, para
3.065,7 mil toneladas em 2021;
ii. Aumento dos níveis de produção de raízes e tubérculos de 10 805 mil toneladas, em
2017, para 12.141,2 mil toneladas, em 2021;
iii. Aumento dos níveis de produção de leguminosa e oleaginosas, de 567 mil toneladas,
em 2017 para 600,7 mil toneladas em 2021;
iv. Aumento dos níveis de produção de frutas, de 5 153,0 mil toneladas, em 2017, para
5.768,8 mil toneladas em 2021;
v. Aumento dos níveis de produção de cana de açúcar, de 509, 0 mil toneladas, em 2017,
para 938,09 mil toneladas em 2021;
vi. Implementada um total de 1 566,7 Escolas de Campo (ECA´S), criados 925,5 campos de
demonstração, e construídas 46 Estações de Desenvolvimento Agrário (EDA´S), desde
2017;
vii. Aumento da produção de carne de 167,6 mil toneladas, em 2017, para 255,46 mil
toneladas em 2021;
viii. Aumento da produção de ovos, de 564 milhões de ovos, em 2017, para 1 785,5 milhões
de ovos em 2021;
ix. Aumento da produção de leite, de 3,9 milhões de litros, em 2017, para 5,5 em 2021;
x. Expansão do volume de captura de pesca industrial e semi-industrial de 299 mil
toneladas, em 2017, para 336,55 mil toneladas, em 2021;
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xi. Aumento do volume de captura de pesca artesanal marítima, de 207 mil toneladas, em
2017, para 232,9 mil toneladas, em 2021;
xii. Aumento do volume de captura de pesca artesanal continental, de 23 mil toneladas,
em 2017, para 25,7 mil toneladas, em 2021;
xiii. Aumento da produção de Sal, passando de 106 mil toneladas, em 2017, para 201,75 mil
toneladas, em 2021;
xiv. Aumento da produção aquícola, de 1 200 toneladas, em 2017, para 2.808 toneladas em
2021.

20. Recursos Minerais Petróleo e Gás. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes
acções e resultados:

 No subsector dos Recursos Minerais.


i. Aumento da produção de rochas ornamentais, de 64,6 mil m³, em 2017, para 83,34 mil
m³, em 2021;
ii. Definição do novo modelo de governação do sector, o que contribuiu para a melhor
gestão e desburocratização na atribuição de direitos mineiros;
iii. Aumento da capacidade de prospecção decorrente dos resultados do PLANAGEO;
iv. Fomento, promoção, acompanhamento e orientação das actividades geológicas e
mineiras no âmbito da prospecção de diversos recursos minerais, com destaque para
os diamantes, ouro, ferro, cobre, manganês nióbio, elementos de terras raras, metais
ferrosos, metais não ferrosos, metais básicos, calcário, areia siliciosa, gesso, granito,
mármore, gnaisse, basalto, fosfato, fluorite, berílio entre outros;
v. Início da produção de ferro, ouro e manganês e aumento da capacidade de produção
de rochas ornamentais, materiais de construção e agro-minerais;
vi. Início de acções que permitirão o início da produção de terras raras, cobre, fosfatos e
nióbio;
vii. Aprovação da nova política de comercialização de diamantes e respectivo regulamento
técnico, com o objectivo de garantir maior transparência no processo de compra e
venda de diamantes brutos e assegurar uma maior competitividade e atractividade no
que respeita à captação de investimentos na indústria diamantífera;
viii. Aprovação do regulamento para a exploração semi-industrial de diamantes que
estabeleceu um conjunto de regras e procedimentos no âmbito da exploração e
comercialização dos diamantes brutos oriundos da exploração semi-industrial;

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ix. Criação do Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo na província da Lunda
Sul, com a finalidade de congregar o fomento e dinamização de empresas ligadas ao
desenvolvimento do segmento de corte e lapidação em Angola.
 No subsector de Petróleo e Gás
i. Aumento da produção média diária de gás natural liquefeito de 22 Mil BOE/dia, em
2016, para 95,5 em 2021;
ii. Aumento da capacidade de armazenagem de combustíveis e lubrificantes em terra de
358,51 mil m3 em 2017 para 675,968 mil m3 em 2021;
iii. Implementação de reformas legislativas para o relançamento das actividades
produtivas, nomeadamente: a simplificação no processo de contratação; a realização
de exploração dentro das áreas de desenvolvimento; a atribuição de incentivos fiscais
mais atractivos para o desenvolvimento de campos marginais; a promoção da
exploração e monetização do gás natural não associado, que no passado quando
descoberto não era acessível ao investidor; o estabelecimento de regras e
procedimentos das actividades de abandono de poços e desmantelamento das
instalações de petróleo e gás;
iv. Aprovação e implementação da Estratégia Geral de Atribuição de Concessões
Petrolíferas para o período 2019 – 2025, que prevê a licitação de mais de 50 blocos até
2025, tendo sido adjudicados 6 blocos offshore em 2019 e está em curso o processo de
atribuição de 9 blocos onshore das Bacias do Congo e do Kwanza;
v. Aprovação do Decreto Presidencial para a oferta permanente de blocos que permite a
promoção e negociação permanente de blocos licitados, não adjudicados, áreas livres
em blocos concessionados e concessões atribuídas à Concessionária Nacional;
vi. Aprovação e Implementação da Estratégia de Exploração de Hidrocarbonetos para o
período de 2020 a 2025, que visa impulsionar e intensificar a reposição de reservas, e
desta forma, atenuar o declínio de produção;
vii. Implementação de projectos estruturantes para a promoção, desenvolvimento e
produção do gás, com particular destaque para a criação do Novo Consórcio de Gás que
terá como objectivo assegurar o fornecimento contínuo de gás à Angola LNG e às
centrais térmicas à gás, e sustentar a implementação de outros projectos industriais
(fábricas de fertilizantes, siderurgias, etc);
viii. Aprovação e implementação de uma estratégia de refinação que visa a construção de
três refinarias, nomeadamente, em Cabinda, Soyo e Lobito e a ampliação e

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modernização da Refinaria de Luanda, com o objectivo de quadruplicar a produção
diária de gasolina, de 300 TM para 1.200 TM, através da construção de uma unidade de
platforming;
ix. Liberalização do Sector dos Derivados do Petróleo, abrindo espaço para outros
operadores desenvolverem a actividade de logística, distribuição e comercialização de
produtos refinados;
x. Regulamentação das reservas estratégicas e de segurança de derivados do petróleo;
xi. Mapeamento Nacional dos Postos de Abastecimento de Combustíveis, visando a
implementação dessas infraestruturas nas zonas que carecem desses equipamentos
sociais;
xii. Optimização da armazenagem de combustíveis líquidos, tendo-se eliminado a
armazenagem flutuante, e implementado a construção da primeira fase do projecto do
terminal Oceânico da Barra do Dande, no âmbito da ampliação da capacidade de
armazenagem de combustíveis em terra;
xiii. Aprovação da Lei do Conteúdo Local, que visa a criação de emprego e qualificação da
mão de obra nacional, bem como o fomento e a dinamização da cadeia de fornecimento
de bens e serviços, com a finalidade de aumentar a participação de empresas nacionais
no Sector, promovendo a competividade da indústria nacional.

21. Comércio e Indústria. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e
resultados:

i. Incremento do grau de cobertura do consumo nacional de farinha de milho por


produção interna de 13 %, em 2017, para 64%, em 2021;
ii. Aumento do grau de cobertura do consumo nacional de farinha de trigo por produção
interna de 10%, em 2017, para 82% em 2021;
iii. Aumento do grau de cobertura da produção nacional de leite pasteurizado por
produção interna de 10%, em 2017, para 50,9%, em 2021;
iv. Aumento do grau de cobertura do consumo nacional de massas alimentares por
produção interna de 29% em 2018, para 96%, em 2021;
v. O excedente de produção nacional de cimento exportado fixou-se 25,31%, em 2021
contra os 5% registados em 2019;
vi. O excedente da produção nacional de sumos e refrigerantes exportado, em 2021, foi
de 24,8% contra os 5% registados em 2019;

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vii. Instaladas 124 novas empresas industriais nos Polos de Desenvolvimento Industrial
(PDI), somando-se 430 empresas existentes em 2021.

22. Turismo. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e resultados:

i. Elaborados dois (2) novos roteiros turísticos (“Rota da Fortaleza de S. Miguel ao Cabo
Ledo” e a “Rota Turística do Açude em Catumbela, Benguela”), juntando-se aos quatros
(4) existentes em 2017;
ii. Lançada a campanha promocional e de sensibilização “Juntos e todos pelo Turismo, no
âmbito da implementação de pacotes de turismo interno;
iii. Implementado o Acordo de Cooperação com a Organização Mundial do Turismo, com
vista a assistência técnica relativamente ao Plano Director do Turismo, Cadeia de Valor
do Turismo e Estatísticas do Turismo; e
iv. Implementado o Programa de Desenvolvimento e Fomento de Aldeias Turísticas Rurais.

23. Apoio e Fomento à Produção. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções
e resultados:

i. Celebrados 2.230 contratos de compra da produção nacional pelos Operadores de


Comércio e Distribuição;
ii. Financiadas um total de 1.020 empresas, nas províncias de Luanda, Benguela, Huambo,
Huíla, Cuanza Sul, Cuando Cubango, Bengo, Bié, Uíge Lunda Sul, Malanje, Cunene,
Namibe, Cabinda, Lunda Norte, Cuanza Norte, Zaire e Moxico;
iii. Beneficiadas com crédito um total de 409 cooperativas; e
iv. Cadastrados 35.241 produtores no Portal da Produção Nacional.

2.2.2 Domínio Social

24. Acção Social. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e resultados:

i. Integrados 75.551 cidadãos em actividades geradoras de rendimento, dos quais 12.298


ex-militares;
ii. Cadastradas 536.333 famílias, das quais 302.044 beneficiaram de transferências
monetárias directas (no âmbito do Projecto Kwenda);
iii. Beneficiadas 18.069 crianças com transferência monetária, no âmbito Programa
Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza; e

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iv. Criadas e postas em funcionamento 359 redes de protecção dos direitos da criança nas
comunidades.

25. Família e Promoção da Mulher. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções
e resultados:

i. Aumento do número de famílias assistidas com cesta básica de alimentos de 6.117


famílias, em 2017, para 132.742 famílias, em 2021;
ii. Aumento do número de pessoas idosas assistidas com cesta básica de alimentos de
2.015, em 2017, para 34.527 idosos, em 2021;
iii. Sensibilizadas 44.196 pessoas sobre questões de género;
iv. Capacitados 2.802 mobilizadores e activistas de género;
v. Capacitadas 3.032 jovens mulheres em pequenos negócios;
vi. Capacitadas 4.449 parteiras tradicionais;
vii. Resolvidos 4.368 casos de violência doméstica; e
viii. Sensibilizadas 72.276 famílias sobre competências familiares.

26. Juventude e Desporto. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e
resultados:

i. Aumento do número de associações juvenis e estudantis de 74 associações, em 2017,


para 121 associações, em 2021;
ii. Aumento do número de associações juvenis e estudantis apoiadas de 19 associações,
em 2017, para 65 associações em 2021;
iii. Cadastradas no sistema de controlo e apoio ao voluntariado juvenil 41 Associações de
Voluntariado Juvenil;
iv. Apoiados 86 projectos e iniciativas de voluntariado;
v. Aumento do número de praticantes de recreação desportiva de 155 mil praticantes em
2017, para 250,7 mil praticantes em 2021;
vi. Aumento do número de espaços desportivos de proximidade disponibilizados à
população de 12 em 2017, para 29 em 2021;
vii. Aumento do número de monitores desportivos em actividade de 7.000 em 2017, para
15.058 em 2021;
viii. Aumento do número de novos atletas federados de 53,9 mil em 2017, para 198,5 mil
em 2021; e
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ix. Aumento do número de árbitros de desporto federado de 1.000 em 2017 para 1.745
em 2021.

27. Cultura. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e resultados:

i. Reabilitados e abertos ao público 3 museus, designadamente: (i) Museu de História


Militar na Província de Luanda, (ii) Museu Regional da Huíla, e (iii) Museu Regional do
Huambo;
ii. Aumento do número de visitantes aos museus e casas de cultura de 95.700 visitantes
em 2017, para 253.240 visitantes em 2021;
iii. Disponibilizado ao público um novo Arquivo Histórico Nacional em Luanda; e
iv. Financiados 18 projectos culturais.

28. Saúde. No período entre 2018 a 2021, destacam-se os seguintes acções e resultados:

i. Aumento do número de camas na rede hospitalar pública de 22.281 em 2017, para


29.878 camas existentes em 2021;
ii. Reduzida a taxa de mortalidade materna institucional de 199 por cem mil nascidos vivos
em 2017, para 187 por cem mil nascidos vivos registados em 2021;
iii. Aumento da percentagem da população com acesso aos serviços de saúde de 50%, em
2017, para 60% em 2021;
iv. Aumento da percentagem de Unidades Sanitárias Municipais que dispõem do pacote
integrado de cuidados e serviços de saúde de 30% em 2017 para 60% em 2021;
v. Aumento da taxa de cobertura nacional de vacinação em crianças menores de 1 ano
com a “Penta 3” de 40% em 2017, para 64,35% em 2021;
vi. Entrada em funcionamento de 51 unidades de saúde (das quais 37 no âmbito do PIP e
14 no âmbito do PIIM);
vii. Redução da taxa de mortalidade por malária de 43,3% em 2017, para 34,0% em 2021;
e
viii. Aumento da taxa de tratamentos de casos de Tuberculose com sucesso de 64%
registados em 2017, para 76% em 2021.

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29. Educação e Formação Profissional. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes
acções e resultados:

i. Aumento da taxa líquida de escolarização no ensino primário de 74,2% em 2017, para


76,1% em 2021;
ii. Aumento da taxa de conclusão no ensino primário de 50,2% existente no ano 2017,
para 74,58% no ano 2021;
iii. Aumento do número de salas de aula do Ensino Primário de 35.645 salas em 2017, para
41.259 em 2021;
iv. Aumento do número de salas de aulas do 1º Ciclo do Ensino Secundário de 10.857 salas
existentes em 2017, para 16.069 salas em 2021;
v. Aumento do número de salas de aula do IIº Ciclo do Ensino Secundário de 3.203 em
2017, para 11.895 salas em 2021;
vi. Aumento da taxa de conclusão no Ensino Secundário Geral de 18% em 2017, para
35,37% em 2021;
vii. Aumento do número de alunos diplomados nos cursos do Ensino Técnico-Profissional
de 29.650 em 2017, para 37.886 alunos diplomados em 2021;
viii. Formados, 218.498 técnicos pelo Sistema Nacional de Emprego e Formação Profissional
(SNEFP); e
ix. Colocados em funcionamento 6 novos Centros de Formação Profissional,
nomeadamente: Matala (Huíla), Cabinda (Cabinda), Malanje (Malanje), Luena (Moxico),
Kikolo (Luanda) e Songo (Uíge), e 1 Pavilhão de Artes e ofícios, perfazendo um total de
149 Centros de Formação Profissional em funcionamento.

30. Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as
seguintes acções e resultados:

i. Aumento do número de graduados no ensino superior de 20.027 em 2017, para 50.962


alunos em 2021;
ii. Aumento do número de bolsas de estudo internas de graduação de 5.500 em 2017,
para 18.500 bolsas atribuídas até 2021;
iii. Aumento do número de bolsas de estudo a alunas carenciadas do ensino secundário
que frequentam cursos que dão acesso ao ensino superior nas áreas das ciências,

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tecnologias, engenharias, matemática, ciências médicas e da saúde, de 250 em
Fevereiro de 2019 para 610 em 2021;
iv. Seleccionados 433 estudantes com a implementação do Programa de envio anual de
300 licenciados e mestres angolanos com elevado desempenho e mérito académico
para as melhores universidades do mundo, tendo sido enviados 153 estudantes para as
melhores universidades do mundo, maioritariamente para Portugal, Brasil, Reino
Unido, Estados Unidos da América, Rússia e Canadá e está em processamento o envio
dos candidatos seleccionados no ano de 2021, assim como dos restantes bolseiros dos
anos precedentes;
v. Criadas as condições para o envio do primeiro grupo de bolseiros de Doutoramento (12)
e de Pós-Doutoramento (3), no âmbito do Projecto de Desenvolvimento de Ciência e
Tecnologia (PDCT).;
vi. Formados 183 doutores e 931 mestres, até 2021;
vii. Capacitados 1.449 docentes universitários com cursos de agregação pedagógica, até
2021;
viii. Actualizadas as categorias de 907 docentes do ensino superior, mediante provimento
administrativo excepcional;
ix. Criadas 11 (onze) Instituições de Ensino Superior privadas e 1 (um) instituto público,
nomeadamente: (i) Instituto Superior Politécnico do Bengo (criada em 2020 Público);
(ii) Instituto Superior Politécnico Ombaka (criado em 2021 Privado Benguela); (iii)
Instituto Superior Politécnico do Bita (criado em 2021 Privado Luanda); (iv) Instituto
Superior Politécnico do Bié (criado em 2020 Privado Bié); (v) Instituto Superior
Politécnico Ndunduma (criado em 2019 Privado Bié); (vi) Universidade do Cuanza
(criado em 2020 Privado Bié); (vii) Instituto Superior Politécnico Crescente (criado em
2019 Privado Huambo); (viii) Instituto Superior Politécnico Nelson Mandela (criado em
2019 Privado Luanda); (ix) Instituto Superior Politécnico do Moxico (criado em 2020
Privado Moxico); (x) Instituto Superior Politécnico Zenzo Estrela (criado em 2021
Privado Uíge); (xi) Instituto Superior Politécnico Nimi Ya Lukeni (criado em 2021 Privado
Zaire); e (xii) instituto politécnico do Bengo (público);
x. Concluído e inaugurado o Instituto Superior de Tecnologia Agroalimentar, assim como
concluídas as infraestruturas do Instituto Superior Politécnico do Bengo;
xi. Reabilitados 54 laboratórios de química, física e biologia de escolas do ensino
secundário das 18 províncias (apoio para o fortalecimento da formação de base para

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promover o acesso ao ensino superior nas áreas das ciências, tecnologias, engenharias,
matemática, ciências médicas e da saúde).;
xii. Aprovados 52 projectos de investigação científica, dos quais 26 já financiados;
xiii. Financiado o acesso a artigos de revistas científicas internacionais indexadas à base de
dados da Elsevier (Scopus e Science Direct) para 3.000 docentes do ensino superior e
investigadores científicos de 40 instituições públicas de ensino superior e de
investigação e desenvolvimento, por um período de três anos (PDCT);
xiv. Financiado um estudo sobre a Disparidade do género na ciência e tecnologia em Angola,
bem como o estudo sobre a Propriedade Intelectual em Angola (o relatório final estará
pronto em Abril de 2022 (PDCT);
xv. Financiado equipamentos e software informático de alto desempenho, instalado no
Instituto Angolano de Propriedade Industrial, que permitirá a melhoria da gestão da
propriedade intelectual em Angola (PDCT);
xvi. Financiamento das edições de 2019 e 2021 da Conferência Nacional de Ciência e
Tecnologia e da Feira de Ideias, Invenções, Inovação e Empreendedorismo de Base
Tecnológica (a próxima edição será em 2023);
xvii. Em curso o processo para a construção do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) em
Luanda, tendo sido finalizado o projecto de arquitectura e modelo de negócio;
xviii. Em curso o processo para a reabilitação e apetrechamento de 6 laboratórios do Centro
Nacional de Investigação Científica (CNIC), nomeadamente: Laboratório de
Biomedicina, Laboratório de Biotecnologia Agroalimentar, Laboratório de Princípios
Activos, Laboratório de Química, Laboratório de Microbiologia e Laboratório de
Informática;
xix. Implementada a Academia de Ciências de Angola e criada a Fundação para o
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDECIT), para o financiamento de
actividades de investigação científica;
xx. Criados 45 projectos de inovação de start-ups/spin-off ou empresas nas IES, bem como
dois grupos de programas de incubação, com um total de 20 projectos.

31. Protecção Social Obrigatória. No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções
e resultados:

i. Assegurada, até 2021, a cobertura pelos serviços de protecção social a 19,8% da


população empregada;

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ii. Atendidos, até 2021, 193 391 pensionistas pelos serviços de Protecção Social
Obrigatória;
iii. Implementados 2 novos regimes da Protecção Social Obrigatória (o de protecção social
obrigatória, bem como a publicação da legislação dos trabalhadores de pequenas
actividades agrícolas e pescas), passando de 4 regimes em 2017, para 6 em 2021;
iv. Criado o Fundo de Reserva e Estabilização da Protecção Social Obrigatória;
v. Inscritos até 2021, um total de 209 153 contribuintes no Sistema de Protecção Social
Obrigatória (PSO); e
vi. Criados 3 novos centros de atendimento especializado para os grandes contribuintes,
sendo, um localizado na Cidade Financeira (Município do Talatona), um no Edifício
King’s Tower (Junto ao edifício sede do MAPTSS) e um localizado no Município do
Sambizanga (nas instalações do Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão da
Centralidade da Marconi).

2.2.3 Domínio das Infraestruturas e Ambiente

32. Construção e Obras públicas: No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e
resultados:

i. Asfaltados 1 404,80 Km de estradas da rede primária no período de 2018 a 2021;


ii. Construídos ou reabilitados 3 799 metros de pontes no período de 2018 a 2021;
iii. Contruídas 1 217,8 Km de estradas de terra no período de 2018 a 2021;
iv. Asfaltados 244,00 Km de estradas da rede secundária no período de 2018 a 2021;
v. Asfaltados 144,24 Km de estradas de vias urbanas no período de 2018 a 2021;
vi. Conservadas 1.553 Km de estradas;
vii. Avaliadas 1 054 Km de Estradas;
viii. Construídos e/ou reabilitados de 13 edifícios públicos, e aumentado o número de
equipamentos sociais construídos ou reabilitados, passando de 12, em 2017, para 138,
em 2021; e
ix. Estabilizados 227 hectares de zonas ravinadas e 8,3 hectares de áreas de risco de
deslizamento.

33. Ordenamento do Território e Habitação: No período entre 2018 a 2021, destacam-se as


seguintes acções e resultados:

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i. Construídos 110,51 Km de infra-estruturas externas das Centralidades até 2021;
ii. Aumento do número de equipamentos sociais construídos ou reabilitados de 12 em
2017, para 138 até 2021;
iii. Aumento de novos lotes disponibilizados em reservas fundiárias infra-estuturadas de
165, em 2017, para 887 em 2021;
iv. Aumento de reservas fundiárias infra-estruturadas de 25 hectares em 2017 para 108
em 2021;
v. Concluídos, até 2021, de 5 015 fogos de habitação social;
vi. Cedidos, até 2021, 1 708 lotes para auto-construção dirigida;
vii. Construídas 2 urbanizações até 2021, no Cazenga (Marconi e Calauenda);
viii. Concluída a construção de 12 centralidades, até 2021, designadamente: Zango 0 e
Zango 5 (Luanda); Baía Farta, Luhongo e Lobito (Benguela); Andulo (Bié); Quibaula
(Cuanza-Sul); Caála (Huambo); Quilemba (Huíla); 5 de Abril e Praia Amélia (Namibe);
Quilomoço (Uíge);
ix. Alienados 14 799 imóveis habitacionais do Estado/propriedade resolúvel, no período
de 2018 a 2021; e
x. Implementados 28 Planos Directores Municipais.

34. Transporte: No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e resultados:

i. Entraram em circulação 1 201 novos autocarros para reforço do transporte urbano


colectivo;
ii. Colocados em operação 1 154 vagões;
iii. Colocadas em operação 3 Lanchas Hidrográficas, que se encontram em
operacionalidade em vários portos;
iv. Atingido 63% do grau de execução da Construção do Novo Aeroporto Internacional de
Luanda, até 2021;
v. Atingido 46,7% do grau de implementação da Construção do Porto Caio em Cabinda,
até 2021;
vi. Atingido 25% do nível de execução para a obra construção do Aeroporto de M’Banza
Congo;
vii. Alcançado 50% do nível de implementação para a Concessão da Rede Nacional de
Aeroportos;

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viii. Atingido 39%, do grau de implementação do plano de transformação digital do sector
dos Transportes;
ix. Foram implementadas reformas dos quadros legais dos seguintes órgãos dependentes
do sector:
(a) Subsector da Aviação Civil: a liberalização da origem dos operadores da
actividade de transporte aéreo; a transformação da TAAG em Sociedade
Anónima (S.A.); a cisão da ENANA E.P., dando lugar ao surgimento da SGA S.A. e
da ENNA E.P.; a aprovação da Estratégia Global para o Sistema Aeroportuário e
a Lei de Bases das Concessões Aeroportuárias; aprovação da alteração da Lei da
Aviação Civil e do Estatuto da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) como
entidade administrativa independente;
(b) Subsector Marítimo e Portuário: a alteração da Lei nº 27/12 - Lei da Marinha
Mercante, Portos e Actividades Conexas; a aprovação do Estatuto Orgânico da
Administração Marítima Nacional (AMN), resultante da fusão do Instituto
Marítimo Portuário de Angola (IMPA) e do Instituto de Hidrografia e Sinalização
Marítima de Angola (IHSMA);
(c) Subsector Terrestre: a criação da Agência Nacional dos Transportes Terrestres
(ANTT), resultante do processo de fusão do Instituto Nacional dos Transportes
Rodoviários (INTR) e do Instituto Nacional dos Caminhos de Ferro de Angola
(INCFA); a elaborado o Plano Director Nacional do Sector de Transportes e
Infraestruturas Rodoviárias.

35. Energia e Águas: No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e resultados:

i. Expansão da taxa de electrificação de 36,0%, em 2017, para 42,0% em 2021;


ii. Expansão da taxa mínima de electrificação provincial de 8,0%, em 2017, para 9,5% em
2021;
iii. Aumento da potência instalada das Centrais PRODEL de 2,467 GW, em 2017, para 5,889
GW em 2021;
iv. Aumento do grau de cobertura em todos os sistemas de produção de 104% em 2017,
para 110,8% em 2021;
v. Transportada 303,70 MW de Energia pelo Sistema Norte, até 2021;
vi. Aumento da taxa de cobertura de águas nas áreas urbanas de 60%, em 2017, para 72%
em 2021;

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vii. Aumento da produção de água potável nas sedes provinciais e municipais de 828 mil
m3/dia em 2017, para 1 318 mil m3/dia em 2021;
viii. Aumento da taxa de cobertura do abastecimento de água nas áreas rurais de 66,0% em
2017, para 70,4% em 2021.

36. Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação: No período entre 2018 a 2021,


destacam-se as seguintes acções e resultados:

i. Aumento da taxa de teledensidade digital de 20,7% em 2017, para 24,4% em 2021;


ii. Aumento da população coberta pela rede digital nas zonas rurais de 34,0%, em 2017,
para 47,2% em 2021;
iii. Aumento das estações meteorológicas automáticas instaladas de 42 em 2017, para 48
em 2021.

37. Ambiente: No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e resultados:

i. Aumento das intervenções de contenção em áreas ravinadas de 2 hectares, em 2017,


para 227,6 hectares em 2021;
ii. Concluída a 2ª Fase do Projecto Carvão Vegetal, nas Províncias do Cuanza Sul e Huambo,
com objectivo de minimizar o prejuízo causado pela exploração de Recursos Florestais;
iii. Elaborado os mapas de susceptibilidade de vulnerabilidade para a orla costeira nacional
(www.projectoorla.com), assim como criada a Comissão Intersectorial para a
Implementação do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação
(PANCOD);
iv. Plantadas 84 375 árvores, nas províncias do Cuanza Sul, Cuanza Norte, Huambo,
Luanda, Lunda Norte, Namibe e Cabinda;
v. Beneficiados 500 mil cidadãos com treinamento em agricultura resiliente aos efeitos
das alterações climáticas;
vi. Formados 314 extensionistas, nos municípios de Cuanhama, Namacunde e Cuvelai
(Cunene), com a implementação de 11 Oficinas de Alterações Climáticas, em parceiria
com a ADPP;
vii. Beneficiados 292 mil cidadãos, com práticas alternativas para a melhoria da resiliência
das comunidades às cheias, secas e outros efeitos das alterações climáticas; e
viii. Capacitadas (2) duas associações para o programa piloto de recolha selectiva de
resíduos, designadamente: (i) Associação Nação Verde, com projecto “Meu Resíduo,
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minha Responsabilidade”; e (ii) Associação Eco Angola, com projecto “Angola sem
Plástico”.

2.2.4 Domínio Institucional

38. Justiça e Direitos Humanos: No período entre 2018 e 2021, destacam-se as seguintes acções e
resultados:

i. Alcançado, até 2021, 44% do grau de implementação do novo Mapa Judiciário;


ii. Reabilitada, apetrechada e inaugurada a 2ª Conservatória do Registo Predial, sita no
Kilamba, município de Belas;
iii. Inaugurado o Posto de Identificação Civil e Criminal do Zango 0 - Vila Pacifica, bem como
o posto de identificação do Km 44;
iv. Inaugurados os seguintes Postos de Identificação na diáspora: Kinshasa e Matadi (RDC),
Ponta Negra (R. Congo), Harare (Zimbabué), Rio de Janeiro e São Paulo (Brasil), Lion
(França), Bruxelas (Bélgica), Berna (Suíça), Roterdão (Holanda), Berlim (Alemanha), e
Houston e Nova Iorque (EUA);
v. Instituído o Centro de Resolução Extrajudicial de Litígios, tendo sido resolvidos 538
processos, no período de 2018 a 2021;
vi. Criados quatro (4) Centros Integrados de Atendimento à Criança e ao Adolescente
(CIACA), nas províncias de Malanje, Huíla, Moxico e Luanda;
vii. Implantados 94 Comités de Direitos Humanos nas 18 Províncias do País, sendo 18
provinciais, 75 comités municipais e 1 comunal, no âmbito da Plano de Acção dos
Direitos Humanos; e
viii. Alcançada a 35ª posição no ranking de Boa Governação em África em matéria de
Direitos Humanos “Índice Mo Ibrahim”, num leque de 54 países avaliados.

39. Administração Pública: No período entre 2018 e 2021, destacam-se as seguintes acções e
resultados:

i. Aumento das acções inspectivas sobre condições de trabalho, de 5 300 em 2017, para
9 088 em 2021, perfazendo um total de 32 174 acções inspectivas realizadas;
ii. Aumento das acções de sensibilização para a melhoria das condições de trabalho, de 50
em 2017, para 985 em 2021;

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iii. Realizadas várias campanhas de sensibilização dirigidas às entidades empregadoras e
trabalhadores, que permitiu a redução da taxa de acidentes de trabalho em 21,08%;
iv. Criados, até 2021, dois (2) centros de mediação de conflitos laborais, localizados nas
instalações dos Serviços Integrado de Atendimento ao Cidadão (SIAC) do Kalawenda,
no Município do Cazenga e no SIAC da Marconi, localizado no Município do Sambizanga.

40. Administração do Território: No período entre 2018 e 2021, destacam-se as seguintes acções e
resultados:

i. Assegurado o funcionamento de 7 799 Unidades Territoriais com Comissões de


Moradores, nos termos da Lei;
ii. Assegurado o funcionamento regular dos Conselhos de Auscultação da Comunidade nas
18 províncias;
iii. Elaborado o Plano de Capacitação dos Órgãos da Administração Local e capacitados
15917 Recursos Humanos da Administração Local;
iv. Transferidos 10 serviços de licenciamento, sendo 3 dos Recursos Minerais, Petróleo e
Gás (Subsector do Recurso Minerais e dos Derivados do Petróleo) e 1 do serviço de
publicidade, os 6 restantes afectos aos seguintes sectores: Sector da Indústria e
Comércio, Sector dos Transportes, Sector da Agricultura e Pescas (Subsector das Pescas,
Subsector da Agricultura e Florestas), Sector das Obras Públicas e Ordenamento do
Território (Subsector das Obras Públicas; Subsector do Ordenamento do Território),
Sector da Cultura, Turismo e Ambiente (Subsector da Cultura, Subsector do Turismo,
Subsector do Ambiente), e Sector da Energia e Água (Subsector da Energia, Subsector
da Água);
v. Implementado os Estatutos Orgânicos nas 164 Administrações Municipais;
vi. Capacitados 2 500 membros dos Conselhos de Auscultação da Comunidade (CAC’s) em
matérias relacionadas com a formulação, acompanhamento e avaliação das políticas
públicas;
vii. Implementada 596 Unidades Territoriais com sistema de comunicação da fixação e
alteração da residência dos cidadãos, correspondendo igualmente ao número de
Balções de Atendimento Público (BUAP´s), em 164 Municípios, 518 Comunas e 44
Distritos Urbanos;
viii. Implementado 3 Actos e Procedimentos de Prestação de Serviços Municipais
simplificados, nomeadamente: a) Instituído o procedimento de solicitação/emissão

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oficiosa do registo criminal entre os entes públicos, b) Instituído o procedimento de
reconfirmação oficiosa da matrícula escolar; c) Descontinuidade da emissão física do
Atestado de Residência, substituindo-o pelo Cartão de Munícipe;
ix. Aprovado o Decreto Presidencial 104/21, de 08 de Julho sobre a Alteração da Divisão
Político-Administrativa, das províncias do Cuando Cubango, Lunda Norte, Malanje,
Moxico e Uíje, tendo de seguida se efectuado auscultação pública;
x. Realizados trabalhos de campo visando actualização da Divisão Político Administrativa
nas províncias do Cuando Cubango, Lunda Norte, Malanje, Moxico e Uíge;
xi. Concluída a proposta de descrição das Comunas não descritas na Lei n.º18/16, de 17 de
Outubro;
xii. Institucionalizado o Orçamento Participativo em 140 Municípios por via do Decreto
Presidencial nº234/19 de 22 de Julho;
xiii. Aprovado o Decreto Presidencial nº158/19 de 17 de Maio, Regulamento da Lei Orgânica
sobre a Organização e Funcionamento das Comissões de Moradores;
xiv. Aprovado o Decreto Executivo nº170/20 de 5 de Maio, aprova o Plano Estratégico de
Revitalização das Comissões de Moradores;
xv. Desenvolvido o Sistema de Registo e Cadastro das Comissões e Conselhos de
Moradores e actualizado o módulo de gestão do software de Registo e Cadastro das
Comissões de Moradores pelos Coordenadores das Comissões de Moradores e pelos
Moradores;
xvi. Assinados 244 termos de transferência de competências entre os Departamentos
Ministeriais e Governos Provinciais, e 3.092 entre os Governos Provinciais e as
Administrações Municipais;
xvii. Elaborado e implementado o Plano estratégico para a implementação das autarquias
locais, tendo como linhas estruturantes (i) a realização do registo eleitoral oficioso, (ii)
a certificação da residência do cidadão, (iii) a eliminação e correção de dados dos
cidadãos falecidos, interditos e presos na Base de Dados dos Cidadãos Maiores, (iv) a
realização do registo eleitoral presencial e (v) a recolha de dados para a emissão do
bilhete de identidade; e
xviii. Iniciado o processo de construção e/ou reabilitação de 8 infraestruturas autárquicas e
de 36 complexos residenciais administrativos em 12 províncias.

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41. Comunicação Social: No período entre 2017 e 2021, destacam-se as seguintes acções e
resultados:

i. O índice de pluralidade na comunicação social atingiu uma média de 93,28%, em 2021;


ii. Alcançado, em 2021, 75% do Índice de isenção na Comunicação Social;
iii. Aumento do número de comunicações institucionais na televisão, rádio e jornais, de 50
em 2017, para 600 em 2021;
iv. Aumento da percentagem de jornalistas com superação em acções de formação, de 7%
em 2017, para 32,35% em 2021;
v. Alcançados 47,5% da taxa de cobertura do sinal de rádio até 2021;
vi. Registados 69% da taxa de cobertura do sinal de televisão até 2021; e
vii. Aumento do número de municípios em que os títulos das Edições Novembro são
distribuídos pelo menos uma vez por semana, de 23 em 2017, para 30 em 2021.

42. Interior e Segurança Pública: No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e
resultados:

i. Concluída as obras de construção e apetrechamento das Direcções Provinciais do


Serviço de Migração e Estrangeiro (SME)das províncias do Bengo e Cuanza Sul;
ii. Actualizada a legislação sobre a organização e funcionamento do Ministério (MININT) e
seus órgãos centrais, provinciais e municipais, bem como a legislação específica, com
destaque para a Lei das Acções Encobertas e da Protecção das Vítimas, Testemunhas e
Arguidos Colaboradores e da Identificação ou Localização de Celular e da Vigilância
Electrónica;
iii. Construídas e apetrechadas 8 novas instalações Policiais de investigação criminal e de
Migração;
iv. Reforçados 8 Estabelecimentos Penitenciários com sistemas de reabilitação de
reclusos;
v. Concluídas e apetrechadas 2 Instalações de investigação criminal e de migração;
vi. Concluídas 3 unidades de Centros Integrados de Segurança Pública Nacional, nas
províncias de Luanda, Benguela e Huambo, devidamente apetrechados e em
funcionamento;
vii. Modernizadas tecnologicamente as instalações de investigação criminal, com
equipamento de geolocalização celular, estação forense digital, e campo de tiro virtual;

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viii. Adquiridos 1 892 meios autos-motorizados e equipamentos de mobilidade;
ix. Formados 42 584 efectivos em matéria de investigação criminal, migração,
penitenciaria e proteção Civil;
x. Prestado apoio ao sistema penitenciário em projectos agropecuários, nos campos de
produção penitenciários, com destaque para os Projectos Suave-Caboxa e Agri-Damba,
nas províncias do Bengo e Malanje, respectivamente;
xi. Desenvolvidos três projectos de construção de casas sociais para os efectivos, tendo
sido concluídas as obras de construção de 180 fogos habitacionais, nos projectos Joias
do Camama, Zango e Benfica;
xii. Realizadas acções de ressocialização, assistência médica e medicamentosa a 5 000
reclusos internados nos estabelecimentos penitenciário do país;
xiii. Incrementado o número de efectivos da Polícia Nacional de Angola, num total de 127
319 efectivos, oriundos do processo de desmobilização das Forças Armadas Angolana,
assim como da sociedade civil;
xiv. Implementados 2 novos postos de controlo de fronteira com a funcionalidade da
plataforma de gestão migratória;
xv. Actuliazada a legislação migratória, com destaque para: (i) Diplomas sobre o Passaporte
Eletrónico; (ii) Direito de Asilo e o Estatuto do Refugiado; (iii) Regime Jurídico de
Estrangeiros, Política Migratória de Angola; (iv) Regime Jurídico de Nomeação e
Colocação de Oficiais de Ligação de Migração nas Missões Diplomáticas; (v) Regime de
Isenção e Procedimentos de Simplificação dos Actos Administrativos para Concessão de
Visto de Turismo; (vi) Conselho Nacional de Refugiados e Centro de Acolhimento de
Refugiados, do Requerente de Asilo; e (vii) Acordo sobre o Estabelecimento e Livre
Circulação de Pessoas e Bens entre a Republica de Angola, a Republica do Congo e a
Republica Democrática do Congo;
xvi. Instituído o site do SME para interação com os cidadãos, e instalados dois postos de
atendimento sendo um 1 (um) para o investidor junto da Sede da Agência de
Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), em Luanda, e outro no
edifício sede do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, para agilizar o
processo de solicitação e concessão de vistos para este sector da economia nacional;
xvii. Formados 78 efectivos de migração, em especialidades diplomáticas e relações
internacionais, no âmbito da nomeação e colocação nos principais Postos Consulares
dos Oficiais de Ligação e Migração;

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xviii. Capacitados 1 905 efectivos de migração em matéria de “fraude documental, táctica e
técnicas policiais, práticas exemplares de atendimento ao público”;
xix. Construídas seis (7) infraestruturas de Protecção Civil e Bombeiros nas seguintes
províncias: Bengo (1), Moxico (1), Malange (1), Cuanza Sul (1), Lunda Norte (1); e Luanda
(2);
xx. Concluídas e apetrechadas 2 instalações de Protecção Civil e Bombeiros; e
xxi. Aprovada a Lei de Protecção Civil, Lei n.º 14/20, de 22 de Maio.

43. Defesa Nacional: No período entre 2018 a 2021, destacam-se as seguintes acções e resultados:

i. Alcançado, até 2021, 52,8% do grau de execução do Plano de Reequipamento,


Manutenção e Potenciação das FAA;
ii. Aumento de milhas da costa vigiadas em tempo real de 200 mil, em 2017 para 254,56
mil, em 2021;
iii. Produzido um total de 22 116 fardas de campanha, para os efectivos paras FAA;
iv. Controlados um total de 146 697 assistidos, a nível do território Nacional, dos quais 76
113 antigos combatentes, 22 291 deficientes de guerra, 33 295 órfãos, 7 498 viúvas, 3
636 ascendentes e 864 acompanhantes;
v. Concluído o processo de recadastramento e prova de vida nas 18 províncias do País,
tendo-se apurado 77 519 assistidos, dos 162 300 cadastrados até 2021;
vi. Atribuídas habitações, nas diferentes centralidades e projectos habitacionais, a 393
assistidos, com a seguinte distribuição por províncias: Bengo 79, Benguela 42, Cuanza
Sul 42, Luanda 160, Huambo 12, Namibe 54 e Uíge 4;
vii. Registadas e apoiadas 120 (Cento e Vinte) Cooperativas, ocupando uma extensão de
terra de 56.397 hectares, localizadas em 118 Municípios, com uma força de trabalho
que ronda aos 8.007 associados. Estas cooperativas estão divididas em três orientações
produtivas a saber: pesca 15, agricultura 30 e agropecuária 75 cooperativas, e
distribuídas nas seguintes províncias: Bengo 9, Benguela 7, Cabinda 2, Cunene 10,
Cuanza Norte 5, Cuanza Sul 3, Cuando Cubango 7, Luanda 3, Huambo 4, Luanda Norte
16, Luanda Sul 7, Malange 8, Moxico 13, Namibe 5, Huíla 11, Uíge 7 e Zaire 3;
viii. Concluídas as obras de construção do edifício para o Simulador K8W, a construção e
apetrechamento do edifício Hangares para Aeronaves K8W, o Instituto Superior de
Defesa na Província da Huíla, assim como o Centro de Hemodiálise na Província de
Cabinda, com a capacidade de atendimento até 420 pacientes/dia;

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ix. Aprovada a Lei n.º 15/21, de 10 de Junho, Lei sobre o envio de Contingentes Militares
e Forças Militarizadas Angolanas ao exterior do País, que estabelece o regime jurídico
regulatório que deve ser observado pelo Estado Angolano em missões de ajuda
humanitária, operações de apoio à paz, bem como em missões decorrentes de
compromissos internacionais assumidos pelo estado Angolano.

44. Política Externa e Cooperação Internacional: No período entre 2018 a 2021, destacam-se os
seguintes acções e resultados:

i. Melhorada a representação de Angola em organismos internacionais, consolidada a


relação de Angola com as instituições financeiras internacionais, melhorada as
condições de financiamento da economia angolana e da melhoria da gestão dos
acordos bilaterais e multilaterais;
ii. Realizadas várias cimeiras sobre a Situação Política, Segurança e Paz na Região dos
Grandes Lagos, renovando o engajamento dos Chefes de Estado e de Governo da
Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) para privilegiar o
diálogo e a concertação permanente entre os actores políticos e a sociedade civil na
região;
iii. Reforçadas as relações político-diplomáticas e comercias com os países parceiros e
amigos de Angola e organizações regionais e internacionais;
iv. Melhorada a coordenação, implementação e acompanhamento dos programas de
cooperação existentes, a nível bilateral, com a realização de várias Comissões Bilaterais,
e a nível multilateral, junto da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da
África Central (CEEAC) e da CIRGL;
v. Impulsionada a relação com a diáspora, procurando mantê-la informada e capacitada
para contribuir nos esforços do País em todos os aspectos da vida nacional;
vi. Realizada a XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Luanda, tendo sido eleito Sua Excelência Sr.
João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República de Angola, como Presidente
da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, para o biénio 2021-2023.

45. Combate à corrupção e à impunidade: No período entre 2018 a 2021, destacam-se os seguintes
acções e resultados:

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i. Apreendidos e/ou arrestados bens móveis e imóveis, constituídos com fundos públicos
ou com vantagens do crime, no valor equivalente a cerca de USD 4.232.320.000,00,
bem como fábricas, supermercados, edifícios, imóveis, residências, hotéis,
participações sociais em instituições financeiras em diversas empresas rentáveis,
material de electricidade, etc;
ii. Melhorados 19 lugares no Índice de Transparência Internacional;
iii. Recuperados cerca de USD 5 329 007 842,82, dos quais em dinheiro foram USD 2 709
007 842,82 (Dois Mil, Setecentos e Nove Milhões e Sete Mil, Oitocentos e Quarenta e
Dois Dólares e Oitenta e Dois Cêntimos dos Estados Unidos da América), e em imóveis
(habitacionais, escritórios, edifícios, fábricas, terminais portuários, participações sociais
em empresas, etc) avaliados em USD 2 620 000 000,00 (Dois Mil, Seiscentos e Vinte
Milhões de Dólares dos Estados Unidos da América);
iv. Recuperado um total de 10 bens imóveis nas seguintes províncias e com a seguinte
caracterização: Luanda 1 hotel – Vila Alice; 1 edifício – Talatona; 5 apartamentos – 2 em
Talatona, 2 na Ilha de Luanda e 1 nas Ingombotas (Mutu-ya-Kevela);1 Loja – Ingombotas
(Mutu-ya-Kevela);1 Condomínio – Cabo Ledo e na província da Huila também 1
Condomínio;
v. Apreendidos mais de 38 bens imóveis, nomeadamente: 13 vivendas em Luanda; 6
apartamentos na Maianga; 1 Complexo do Kikuxi em Viana; 1 Centro de Estágio de
Futebol no Sequele; 2 torres no Eixo Viário; 5 edifícios; 1 centro de sinistros no Morro
Bento; 6 imóveis/Sodimo na Praia do Bispo; 1 hotel na Marginal de Luanda; 1 prédio na
Urbanização Nova Vida; 1 terreno no Benfica;
vi. Apreendidos os Hotéis IU e IKA em todo território nacional;
vii. Elaborado um Manual de Boas Práticas para Magistrados do Ministério Público na
Instrução Preparatória que está em fase de adaptação aos novos Código Penal e Código
de Processo Penal;
viii. Reforçado o quadro jurídico e institucional, bem como os processos e procedimentos
para prevenir e combater a corrupção e o crime económico e financeiro, bem como
escrutinar a gestão e funcionamento do sistema judiciário e advogar os diferentes casos
de fórum judicial e social que se revelarem oportunos.

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2.2.5 Reforma do Estado

46. No período 2018 a 2021, foram efectuadas reformas importantes que permitiram, entre outros,
o alcance dos seguintes resultados.

A. No âmbito da simplificação de actos e procedimentos na Administração Pública –


SIMPLIFICA 1.0: (i) Aprovado, através do Decreto Presidencial n.º 189/20, de 23 de
Julho –o diploma que define as orientações para o processo de simplificação de
procedimentos na Administração Pública; e (ii) Aprovado, através do Decreto
Presidencial n.º161/21, de 21 de Junho, o rojecto de Simplificação de Actos e
Procedimentos na Administração Pública, tendo sido arrolados, no Projecto
SIMPLIFICA 1.0, 32 actos que resultaram no seguinte: (a) eliminação de 121
requisitos, dos 291 actualmente existentes; (b) unificação de 13 documentos que
incidem sobre matérias idênticas e transversais; (c) alargamento do prazo de
validade de 10 documentos e licenças; e (d) integração de 20 procedimentos
realizados actualmente por serviços diferentes;
B. No domínio do Redimensionamento da Estrutura Interna dos Departamentos
Ministeriais: (i) Aprovado, através do Decreto Legislativo Presidencial n.º 11/20, o
novo paradigma dos serviços da Administração Central do Estado, com uma
estrutura de órgãos e serviços mais simplificada, passando a comportar 21 (vinte e
um) departamentos ministeriais;
C. No domínio da Reforma e Redimensionamento dos Institutos Públicos: (i) Reduzido
o número total dos institutos públicos até então existentes, tendo sido assegurado
a manutenção de 84, a extinção de 15, a fusão de 29 e a transformação de 6; e (ii)
Aprovado, através do Decreto Presidencial n.º 80/21 o Instituto de Modernização
Administrativa (IMA), serviço especializado encarregue pela modernização da
Administração Pública;
D. No domínio da Unificação das Inspecções às Actividades Económicas: (i) Aprovada,
através do Decreto Presidencial n.º 267/20, Autoridade Nacional de Inspecção e
Segurança Alimentar (ANIESA); (ii) Aprovado, através do Decreto Presidencial n.º
268/20 o Regime de Afectação das Receitas arrecadas pela ANIESA e demais
entidades do sistema de inspecção económica, no exercício da actividade de
inpecção e fiscalização; e (iii) Institucionalizado, a nível dos órgãos da Administração

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Local, entidade inspectiva única às actividades económicas (Luanda, caso
paradigmático);
E. No domínio da Reforma do Procedimento de Ingresso de Quadros na Administração
Pública: foi aprovado, através do Decreto Presidencial n.º 207/20, a entidade
Recrutadora Única, tendo sido materializada a sua institucionalização;
F. No domínio da Reforma do Sistema de Gestão Territorial e Urbana: (i) Extinguido o
Gabinete Técnico de Reconversão Urbana do Cazenga (GTRUC ), tendo-se
transferido o activo e o passivo para a Administração Municipal do Cazenga; (ii)
Extinguido o Gabinete de Desenvolvimento e Aproveitamento hidráulico do Kikuxi
(GADHAKI); (iii) Transferido para o Governo Provincial de Luanda a
superintendência do Gabinete de Coordenação para a Construção e
Desenvolvimento Urbano do Kilamba, Camama e Cacuaco (GCKCC ); e (iv) Reduzido
o perímetro da ZEE/Luanda-Bengo, tendo sido devolvido os espaços que a mesma
ocupa às Administrações Municipais confinantes;
G. No domínio da Reforma da Função Inspectiva na Administração Pública: (i)
Extinguido o modelo de autoinspecção, através da concentração da função
inspectiva no IGAE; (ii) Efectuada o levantamento do pessoal da Administração Local
do Estado que integra a carreira inspectiva; (iii) Aprovado através do Decreto
Presidencial n.º 242/20, o Estatuto Orgânico da Inspecção Geral da Administração
do Estado; (iv) Aprovado, através do Decreto Presidencial n.º 244/20, o Regime
Remuneratório da Carreira Especial da Inspecção Geral do Estado; (v) Aprovadas
através do Decreto Presidencial n.º 245/20as Regras de Transição para a Carreira
Especial de Inspecção Geral do Estado; (vi) Efectuada a transição do pessoal que
integra a carreira inspectiva dos Ministérios e Governos Provinciais para a IGAE
(uma tarefa ainda em curso); e (vii) Instituídos os serviços locais de representação
da IGAE (Delegações Provinciais) em 11 Províncias (uma tarefa ainda em curso);
H. No domínio da Institucionalização das Entidades Administrativas Independentes
(EAI): foi aprovada, através da Lei n.º 27/21, a Lei de Bases das Entidades
Administrativas Independentes, que estabelece os princípios e as bases gerais sobre
a criação, organização e funcionamento das Entidades Administrativas
Independentes;

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I. No domínio da Reforma do Quadro Institucional dos Fundos Públicos: foi elaborada
a proposta de Lei de Autorização Legislativa sobre o Regime Jurídico dos Fundos
Públicos; e
J. No domínio da Reforma do Procedimento de Concessão do Estatuto de Utilidade
Pública: (i) Aprovado, através do Decreto Presidencial n.º 183/21, o Regime Geral
de Concessão e Cessação do Estatuto de Utilidade Pública; (ii) Elaborado o relatório
sobre a avaliação das actuais Organizações de Utilidade Pública, à luz do novo
Regime legal; e (iii) Elaborada uma proposta de concessão de estatuto de utilidade
pública a novas organizações.

Página 38 de 145
III. EIXOS ESTRATÉGICOS DE DESENVOLVIMENTO PARA O QUINQUÉNIO 2022-
2027

3.1 Eixo I – Consolidar o Estado Democrático e de Direito, Prosseguir a Reforma do


Estado de Direito e Combater a Corrupção e a Impunidade.

47. Domínios de Intervenção: Reforma do Estado; Justiça e Direitos Humanos; Comunicação Social
e Liberdade de Expressão; Administração Pública.

3.1.1 Reforma da Administração Central do Estado

48. Acções Estratégicas: Tornar Angola um Estado moderno e democrático em África, capaz de
planear o seu desenvolvimento, implementar políticas públicas bem-sucedidas, gerir recursos
limitados com eficiência e transparência e prestar serviços de elevada qualidade a todos os
cidadãos e em todo o país.

49. Para o período 2023-2027, pretendemos que Angola seja uma referência como um país moderno
e democrático na África austral, capaz de planear e implementar políticas públicas bem-
sucedidas, gerir recursos limitados com eficiência e transparência, e prestar serviços de elevada
qualidade a todos os cidadãos e em todo o país, alcançando os melhores padrões no âmbito do
Estado de Direito, dos direitos humanos e da participação da sociedade civil e afirmando Angola
como uma grande democracia da África austral do século XXI. Para isso:

i. Vamos rever o nosso sistema institucional, o perfil do País e o papel do Estado –


incluindo a sua intervenção na economia e na sociedade;
ii. Vamos reorganizar as instituições públicas, bem como melhorar a governação e a
regulamentação nos organismos da administração directa e indirecta nos municípios;
iii. Construiremos um Estado moderno e eficiente que esteja bem estruturado para
promover a paz, a segurança e o bem-estar dos cidadãos;
iv. Pretendemos continuar a modernizar os nossos serviços públicos, assegurando a sua
cobertura, eficiência e acessibilidade;
v. Estimularemos a participação dos cidadãos, reforçando a transparência e o escrutínio e
um maior envolvimento dos Angolanos nos processos de tomada de decisão;
vi. Reforçaremos os mecanismos, os recursos e as alterações culturais necessários para
controlar a corrupção e fortalecer a imagem e o posicionamento de Angola e do Estado
angolano no mundo;
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vii. Alcançaremos um Estado em que se estará em melhores condições para governar
eficazmente; implementaremos políticas públicas sólidas em todos os domínios;
atrairemos investimentos; criaremos oportunidades de crescimento económico;
prestaremos serviços que estimulem o desenvolvimento, a coesão social e o bem-estar
dos cidadãos; e assumiremos uma maior responsabilidade pela paz e pela segurança na
região;
viii. Reforçaremos a confiança dos cidadãos no Estado e nas instituições públicas,
melhorando a qualidade da democracia, apoiando o envolvimento entre o Estado e os
cidadãos, reforçando a qualidade dos serviços públicos, construindo a confiança entre
a administração e as partes interessadas e combatendo a corrupção e a criminalidade
económica;
ix. Impulsionaremos um governo electrónico, a digitalização e a simplificação dos
procedimentos administrativos; com objectivo de levar a cabo uma avaliação prévia dos
investimentos em tecnologias digitais e a aceleração da integração de serviços públicos
aos cidadãos e às empresas num portal único (SEPE), articulado com a rede de balcões
únicos físicos SIAC;
x. Reformaremos o modelo da administração pública, flexibilizando-o e adaptando-o às
finalidades operacionais, com ênfase na satisfação do utilizador e do cidadão, na
transparência e na responsabilização;
xi. Apoiaremos as carreiras dos funcionários públicos, reforçando as qualificações e
formação dos mesmos, e monitoraremos os progressos alcançados, promovendo
avaliações orientadas para os resultados;
xii. Modernizaremos a gestão do Estado, para assegurar a estabilidade das estruturas de
administração, bem como a adopção de um paradigma de gestão por resultados e de
gestão de projectos na administração pública;
xiii. Reformaremos as carreiras e capacitaremos os funcionários ao serviço do Estado,
mediante uma matriz de emprego público adaptada às funções a exercer e à sua
duração;
xiv. Maximizaremos o uso do SINGERH e das TIC para melhorar a gestão de recursos
humanos e a avaliação de desempenho, reavaliar os níveis remuneratórios da
administração pública, rever o regime dos cargos dirigentes da administração pública e
reforçar as suas competências e formação obrigatória.

50. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:


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i. Até 2027, o Índice do Estado de Direito do Projecto de Justiça Mundial, Direitos
Fundamentais melhorará de 0,38, em 2021, para 0,60;
ii. Até 2027, o Índice Ibrahim para Justiça Eleitoral e Democracia melhorará de 34,7%, em
2021, para 43,7%;
iii. Até 2027, o Índice Ibrahim para Participação da Sociedade melhorará de 27%, em 2021,
para 34,3%;
iv. Até 2027, o Índice de Estado de Direito aumentará de 13,9%, em 2021, para 17,6%;
v. Até 2027, o Índice de Estabilidade Política aumentará de 34,8%, em 2021, para 39,9%;
vi. Até 2027, o Índice de Eficiência do Governo aumentará de 13,9%, em 2021, para 19,9%;
vii. Até 2027, o Índice de Qualidade Regulatória aumentará de 13%, em 2021, para 18,7%;
viii. Até 2027, o Índice de Capacidade de Gestão aumentará de 4, em 2021, para 5,2;
ix. Até 2027, o Índice de Eficiência de Recursos aumentará de 3,7, em 2021, para 5,2;
x. Até 2027, o Índice de Serviços Públicos On-line aumentará de 0,41, em 2021, para 0,5;
xi. Até 2027, o Índice de Estado de Direito do Projecto de Justiça Mundial, Governo Aberto
aumentará de 0,37, em 2021, para 0,64;
xii. Até 2027, o Índice de Voz e Responsabilidade aumentará de 22,7%, em 2021, para
29,2%; e
xiii. Até 2027, o Índice de Controlo da Corrupção aumentará de 11,5%, em 2021, para 55%.

51. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 1. Metas no domínio da Reforma da Administração Central do Estado para o período 2023-2027
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Índice do Estado de Direito do Projecto de 0,57
0,38 0,40 0,43 0,46 0,49 0,51 0,54 0,50 0,6
Justiça Mundial, Direitos Fundamentais (0-1)
Índice Ibrahim de Governação Africana da
Fundação Mo Ibrahim, Justiça Eleitoral e 34,7 35,7 36,7 37,7 38,7 39,7 40,7 41,7 42,7 43,7
Democracia (%)
Índice Ibrahim de Governação Africana
da Fundação Mo Ibrahim, Participação da 27 27,8 28,6 29,4 30,2 31,1 31,9 32,7 33,5 34,3
Sociedade Civil (%)
Banco Mundial, Índice de Estado de Direito (%) 13,9 14,3 14,7 15,3 15,95 16,3 16,7 17,1 17,5 17,6
Banco Mundial, Índice de Estabilidade Política (%) 34,8 35,4 35,9 36,4 37,0 37,6 38,1 38,7 39,3 39,9
Banco Mundial, Índice de Eficiência do Governo
13,9 14,6 15,2 15,9 16,2 16,8 17,5 18,1 18,8 19,9
(%)
Banco Mundial, Qualidade Regulatória (%) 13 13,6 14,3 14,9 15,5 16,2 16,8 17,4 18,1 18,7
Índice de Transformação Bertelsmann, 4,5 4,9
4 4,1 4,3 4,4 4,7 4,8 5,1 5,2
Capacidade de Gestão (0-10)
Índice de Transformação Bertelsmann, 4,2 4,9
3,7 3,9 4,0 4,4 4,5 4,7 5 5,2
Eficiência de Recursos (0-10)
0,48
UNDESA, Serviços Públicos On-line (0-1) 0,41 0,42 0,43 0,44 0,45 0,46 0,47 0,49 0,5
Índice do Estado de Direito do Projecto de 0,46 0,58
0,37 0,40 0,43 0,49 0,52 0,55 0,61 0,64
Justiça Mundial, Governo Aberto (0-1)
Banco Mundial, Índice de Voz e Responsabilidade 27,7
22,7 23,4 24,1 24,8 25,5 26,3 27,0 28,4 29,2
(%)

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Banco Mundial, Índice de Controlo da Corrupção 45,2
11,5 16,3 21,13 25,9 30,7 35,6 40,4 50,1 55
(%)

3.1.2 Reforma da Administração Local do Estado

52. Acções Estratégicas: institucionalizar o poder local e reforçar os órgãos locais para permitir o
exercício dos direitos civis. Vamos também integrar as tradições políticas locais na organização
administrativa do Estado e garantir o acesso de todos os cidadãos aos serviços sociais básicos.

53. Para o período 2023-2027, pretendemos reforçar e consolidar o papel dos Balção único de
Atendimento ao Público (BUAP´s), como um canal de aproximação e integração de serviços,
visando modernizar e optimizar a prestação de serviços a nível dos órgãos da Administração
Local. Entretanto, para o alcance deste desiderato, estão previstas as acções abaixo indicadas:

i. Descontinuar a emissão do Cartão de Eleitor;


ii. Aperfeiçoar o sistema de comunicação dos BUAP´s ao nível das 18 províncias e 164
municípios,
iii. Transferir a gestão dos BUAPS para os Municípios;
iv. Realizar capacitações aos Técnicos dos 164 Municípios no âmbito do BUAP.

54. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a base de dados de bilhete de identidade estará interliga à base de dados dos
cidadãos maiores;
ii. Até 2027, os BUAP´S com sistema de comunicação autónoma (eficiente) passarão de
79, em 2021, para 596;
iii. Até 2027, os Municípios com gestão Municipalizada dos BUAP´s passarão de 23, em
2021, para 596; e
iv. Até 2027, os operadores capacitados dos BUAP´s passarão de 66, em 2021, para 1 788.

55. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 2. Metas no domínio da Reforma Administração Local do Estado para o período 2023-2027

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Base de dados de bilhete de identidade e de


0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
cidadãos Maiores interligadas

BUAP´S com sistema de comunicação


19 39 59 79 99
Autónoma 119 238 357 476 596

Municipalizada a gestão dos BUAP´s 8 12 17,5 23 27 33 66 99 135 164

Operadores dos BUAP´s capacitados 17 33 66 83 99 198 297 405 1788


49

3.1.3 Justiça e Direitos Humanos

56. Acções Estratégicas: Assegurar a redução exponencial dos níveis de criminalidade e da


corrupção, projectando o país para os patamares superiores dos principais indicadores
internacionais em matéria de direitos humanos e de um verdadeiro Estado Democrático e de
Direito.

57. Para o período 2023-2027, pretendemos uma Angola alinhada com as melhores práticas
internacionais em matéria de direitos, liberdades e garantias e de boa governação na gestão dos
recursos públicos que assegurará uma redução exponencial dos níveis de criminalidade e da
corrupção, projectando Angola para os patamares superiores dos principais indicadores
internacionais em matéria de Direitos Humanos e de Estado de Direito Democrático. Para isso:

i. Ambicionamos concretizar uma progressão substancial da classificação de Angola nos


rankings internacionais, passando da posição 110 (último quartil) do Rule of Law Index
do World Justice Project para posição 92 em 2027;
ii. Vamos aprovar e implementar uma legislação que modernize o sistema judicial,
viabilize a cooperação internacional no combate à corrupção, encoraje a adesão formal
de Angola às orientações e instrumentos internacionais de combate à evasão fiscal e
promova a introdução de mecanismos eficazes para garantir a legalidade e
transparência dos procedimentos públicos;
iii. Aumentaremos a oferta de magistrados judiciais para 1,87 em 2027 por 100 mil
habitantes; de promotores para 1,34 em 2027 por 100 000 habitantes; e de advogados
registados para 0,90 em 2027 por 10 000 habitantes;
iv. Implementaremos medidas concretas de reforço da independência da Magistratura,
designadamente, através da representação diversificada nos órgãos que formam os
processos de designação dos membros superiores da magistratura e das entidades que

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a fiscalizam e supervisionam, dando preferência a processos de eleição em detrimento
de processos de nomeação directa;
v. Asseguraremos a aprovação e implementação de diplomas essenciais à reforma e
modernização do sistema judicial com objectivo de tornar mais eficaz o investimento
público no sector, reduzindo a despesa com ordem e segurança dos actuais 2,42% do
PIB para níveis consentâneos com a média continental situada em 1%, melhorando,
simultaneamente, o índice de eficiência do Tribunal Supremo dos actuais 8,8 para 7,7
processos concluídos em 2027;
vi. Eliminaremos as causas subjacentes à violação dos prazos de prisão preventiva e de
detenção sem apresentação ao juiz, designadamente, os atrasos na investigação
criminal e na recolha de indícios e de prova, a morosidade do sistema de acusação do
Ministério Público e dos tribunais e a ineficácia de meios ágeis de reacção,
designadamente, o pedido de habeas corpus com objectivo de reduzir a taxa de pré-
detenção dos actuais 46% para 41,7% em 2027, através do aumento da eficiência do
sistema de justiça e da adopção de medidas que protejam os direitos dos acusados e
que promovam a reintegração de reclusos;
vii. Trabalharemos para fazer de Angola uma referência como uma das grandes
democracias da África Subsaariana no século XXI.

58. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a posição de Angola no Índice de Estado de Direito (Rule of Law Index)
melhorará de 104, em 2021, para 92;
ii. Até 2027, a posição de Angola no Ranking de Transparência Internacional (Índice de
Percepção de Corrupção) melhorará de 144, em 2021, para 138;
iii. Até 2027, o Índice de Eficiência das Câmaras do Tribunal Supremo passará de 8,43, em
2021, para 7,77;
iv. Até 2027, o número de juízes por 100 mil habitantes aumentará de 1,82, em 2021, 1,87;
v. Até 2027, o número de procuradores por 100 mil habitantes aumentará de 1,28, em
2021, para 1,34);
vi. Até 2027, o número de advogados por 10 mil habitantes aumentará de 0,88, em 2021,
para 0,90);
vii. Até 2027, a taxa de detenção pré-julgamento reduzirá de 44,5%, em 2021, para 41,7%.

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59. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 3. Metas no domínio da Justiça e Direitos Humanos para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Posição no Índice de Estado 110 /
de Direito (Rule of Law Último 108 106 104 102 100 98 96 94 92
Index) quartil
146 /
Posição no Ranking
Último 146 145 144 143 142 141 140 139 138
Transparência Internacional
quartil
Índice de Eficiência das
Câmaras do Tribunal 8,8 8,65 8,54 8,43 8,32 8,21 8,10 7,99 7,88 7,77
Supremo
Nº de Juízes por 100 mil
1,8 1,8 1,81 1,82 1,83 1,84 1,85 1,86 1,87 1,87
habitantes

Nº de Procuradores por 100


1,26 1,26 1,27 1,28 1,29 1,30 1,31 1,32 1,33 1,34
mil habitantes

Nº de Advogados por 100


0,88 0,88 0,88 0,88 0,88 0,88 0,89 0,89 0,89 0,9
mil habitantes

Taxa de Detenção Pré-


46,0 45,5 45 44,5 44 43,6 43,1 42,6 42,1 41,7
Julgamento (%)

3.1.4 Comunicação Social e Liberdade de Expressão

60. Acções Estratégicas: Garantir o acesso dos cidadãos a uma Informação cada vez mais plural,
rigorosa, isenta, inclusiva e participativa, melhorando e diversificando os conteúdos de
informação noticiosa, a qualidade dos programas e dos seus conteúdos, e promovendo a
diversificação das fontes, de forma a contribuir para a consolidação do Estado Democrático e de
Direito, a afirmação da cidadania e o enaltecimento dos valores da angolanidade.

61. Para o período 2023-2027, os cidadãos angolanos terão acesso a informação e entretenimento
diversificados, de boa qualidade, de fontes diversas e independentes, onde a opinião dos
cidadãos é representada e onde todos têm voz activa. Para isso:

i. Asseguraremos a sustentabilidade da comunicação social pública, através de reformas


orgânico-funcionais, saneamento financeiro e modernização técnica e tecnológica das
empresas do sector empresarial público;
ii. Definiremos o envolvimento do Estado no sector de media, clarificando o modelo de
financiamento e as obrigações subjacentes à prestação de serviço público;
iii. Incentivaremos a participação da iniciativa privada no sector da Comunicação Social,
quer na área da imprensa, quer ao nível da produção de conteúdos de programas de
audiovisual, nomeadamente por parte de produtoras nacionais;

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iv. Asseguraremos a melhoria do Serviço Público de Comunicação Social, através de
políticas de formação, valorização, dignificação e capacitação dos jornalistas;
v. Revisaremos e regulamentaremos a actual legislação que rege o sector e introduzidos
outros diplomas legais que venham a se afigurar indispensáveis ao exercício da
actividade de comunicação social, com particular incidência para a media online;
vi. Promoveremos o aumento e melhoria das infra-estruturas de transmissão existentes
de forma a cobrir os aglomerados populacionais em todo o território nacional com sinal
de rádio e ampliar a cobertura por sinal de televisão e de internet;
vii. Aumentaremos a circulação de jornais em todo o País e garantida uma distribuição mais
ampla dos mesmos, através da criação de centros de distribuição de jornais regionais;
viii. Aumentaremos o número de jornalistas acreditados em Angola, que está actualmente
abaixo da média da África Subsaariana (20 face a 100 jornalistas por milhão de
habitantes), para atingir 55 por milhão de habitantes em 2027;
ix. Ampliaremos o âmbito e o enfoque dos canais de comunicação social, alterando a
concentração actual nos media tradicionais, nomeadamente televisão e imprensa, que
actualmente representam 53 por cento e 21 por cento do investimento publicitário,
respectivamente, almejando o alinhamento com a tendência no resto do mundo, onde
já hoje 47 por cento dos investimentos são afectos à publicidade online;
x. Aumentaremos o número de jornalistas acreditados em Angola, que está actualmente
abaixo da média da África Subsaariana (20 face a 100 jornalistas por milhão de
habitantes), para atingir 55 por milhão de habitantes em 2027;
xi. Melhoraremos, adicionalmente, os nossos serviços públicos de informação,
promovendo conteúdos no idioma local e programas destinados a populações rurais e
mais vulneráveis.

62. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a posição de Angola na Classificação do Índice Mundial de Liberdade de


Imprensa (num total de 180 países) melhorará de 103, em 2021, para 99;
ii. Até 2027, o número de jornalistas por milhão de habitantes passará de 30, em 2021,
para 55;
iii. Até 2027, o investimento publicitário em percentagem do PIB aumentará de 0,68%, em
2021, para 0,70%.

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63. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

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Tabela 4. Metas no domínio da Comunicação Social para o período 2023-2027
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Classificação no Índice Mundial de
Liberdade de Imprensa (num total 109 109 106 103 103 102 101 101 100 99
de 180 países)
Número de jornalistas (por milhão
20 20 25 30 35 41 45 51 53 55
de habitantes)

Investimento publicitário (%do PIB) 0,68 0,68 0,68 0,68 0,68 0,68 0,69 0,69 0,69 0,70

3.1.5 Desenvolvimento do Sistema Estatístico Nacional

64. Acção Estratégica: (i) Reforçar o quadro jurídico e institucional para melhorar o desempenho do
Sistema Estatístico Nacional (SEN) na produção e coordenação estatística; (II) Desenvolver o
sistema estatístico descentralizado; (III) Reforçar a coordenação estatística; e, (IV) Reforçar as
capacidades organizativas e operacionais do INE.

65. Para reforçar o quadro jurídico e institucional para melhorar o desempenho do SEN na produção
e coordenação estatística:

i. Garantiremos a melhoraria, o desenvolvimento, a divulgação e a aplicação do quadro


jurídico do SEN;

ii. Asseguraremos o apoio do CNEST e as comissões no desempenho eficaz das suas


funções, através da concepção e implementação de mecanismos adequados;

iii. Asseguraremos a contínua melhoraria da estrutura organizacional e operacional do


INE;

iv. Garantiremos a criação de mais ODINE´s em sectores ministeriais que reúna condições
para a delegação de competências do INE;

v. Asseguraremos a capacitação dos Recursos Humanos dos ODINE´s;

vi. Promoveremos iniciativas que reforçam a cooperação institucional e a partilha de


conhecimentos e de boas práticas;

vii. Garantiremos a criação/actualização dos instrumentos técnicos de coordenação


estatística;

viii. Asseguraremos a implementação de procedimentos de coordenação estatística


interna e externa;

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ix. Asseguraremos a certificação das estatísticas sectoriais, via reforço a coordenação
estatística;

x. Garantiremos um melhorar sistema de gestão por objectivos e resultados no INE;

xi. Consolidaremos o “Painel de Controlo” para seguimento mensal das actividades;

xii. Melhoraremos a gestão dos Recursos Humanos, garantindo condições para o aumento
e fixação do pessoal e a sua valorização profissional;

xiii. Reforçaremos a formação técnica, promovendo parcerias com outros Institutos


Nacionais de Estatística e Universidades, tanto públicas como privadas;

xiv. Fomentaremos o desenvolvimento e aplicação dos sistemas de informação que


suportam a produção e difusão das estatísticas;

xv. Melhoraremos as condições de trabalho e a gestão dos meios existentes;

xvi. Asseguraremos os recursos financeiros para um plano de acção de médio prazo


exequível.

66. Para desenvolver a produção de informação estatística de qualidade com processos eficientes:

i. Garantiremos a definição e a implementação de normas e directrizes para a qualidade


estatística ao nível do INE;

ii. Implementaremos auditorias e outros mecanismos para atestar a qualidade das


estatísticas;

iii. Asseguraremos a actualização e as classificações, metodologias e procedimentos nas


actuais actividades estatísticas, para obtenção de estatísticas nacionais e provinciais,
de acordo com as recomendações regionais e internacionais e as necessidades dos
utilizadores;

iv. Asseguraremos a melhoraria e a cobertura geográfica, institucional e de variáveis das


operações estatísticas;

v. Garantiremos a realização permanente dos actuais inquéritos com metodologias


melhoradas divulgar dados e análises em prazos oportunos;

vi. Asseguraremos a realização das actuais compilações de estatísticas com base em


dados administrativos com metodologias adequadas, desde a divulgação de dados e
sua análise em prazos oportunos;

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vii. Asseguraremos a consolidação e a compilação de dados dos agregados
macroeconómicos, sua divulgação e análise em prazos oportunos;

viii. Asseguraremos a produção de séries cronológicas harmonizadas para as variáveis e


indicadores mais relevantes;

ix. Desenvolveremos capacidades de gestão dos programas nacionais de inquéritos;

x. Asseguraremos o apoia a produção e difusão de estatísticas sectoriais oficiais anuais,


de âmbito nacional e provincial, de acordo com as recomendações regionais e
internacionais e as necessidades dos utilizadores;

xi. Garantiremos a produção e difusão das estatísticas sectoriais oficiais correntes e


estruturais, de âmbito nacional e provincial, de acordo com as recomendações
regionais e internacionais, que respondam as necessidades dos utilizadores;

xii. Garantiremos a inventariação de fontes administrativas de dados e reforçar a sua


utilização na produção de estatísticas oficiais em novas áreas, nacionais e provinciais;

xiii. Asseguraremos o alargamento, desde a produção de estatísticas conjunturais a áreas


sensíveis para a monitoria dos programas de desenvolvimento socioeconómico;

xiv. Asseguraremos a realização de inquéritos periódicos em áreas não cobertas, com


resultados nacionais e provinciais;

xv. Garantiremos a melhoraria contínua e desenvolver a compilação das Contas Nacionais;

xvi. Asseguraremos a realização do recenseamento da Agricultura, Silvicultura e Pecuária


e divulgaremos os resultados; e

xvii. Asseguramos a realização do recenseamento de Empresas e Estabelecimentos e


divulgaremos os resultados.

67. Para fomentar a procura estatística e melhorar o processo e a divulgação da informação: (i)
Asseguraremos a realização do inquérito anual de auscultação aos utilizadores para a satisfação
de necessidades prioritárias; (ii) Garantiremos o aperfeiçoamento dos procedimentos de
interacção com os utilizadores e canais de comunicação que permitam antecipar novas
necessidades de estatísticas; (iii) Propiciaremos um papel mais activo do INE e evidenciar o
desempenho do sistema estatístico; (iv) Promoveremos activamente a cooperação estatística
internacional e regional; (v) Asseguraremos a criação e a materialização contínua de uma base

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de dados actualizada e adequada para os arquivos de informação modernos; e (vi) Garantiremos
o aumentar contínuo no uso e a acessibilidade à informação estatística.

3.2 Eixo II – Promover o Desenvolvimento Equilibrado e Harmonioso do Território, a


Descentralização e a Desconcentração da Administração Pública, a Municipalização e
a Implementação das Autarquias Locais.

68. Domínios de Intervenção: Desconcentração e Descentralização da Administração Pública;


Habitação e Ordenamento do Território.

3.2.1 Desconcentração e Descentralização da Administração Pública

69. Acções Estratégicas: (i) Implementar paulatinamente uma nova Divisão Político-Administrativa,
privilegiando soluções capazes de melhor organizar as Províncias e os Municípios de modo a criar
condições para aproximar os centros de decisão politica dos cidadãos, reduzir as assimetrias
regionais, proteger as fronteiras e a integridade territorial, atrair investimentos, estimular a
fixação das populações em determinadas áreas do território nacional; e (ii) Continuar a potenciar
os Municípios para uma verdadeira autonomia local.

70. Para o período 2023-2027, teremos uma Angola com maior autonomia do poder local, com vista
a potenciar o desenvolvimento mo município. Para isso:

i. Adotaremos novas formas de participação dos cidadãos na Governação Local;


ii. Promoveremos a realização de fóruns de Prestação de Contas;
iii. Promoveremos a realizar dos fóruns de Recolha de Contribuições para elaboração do
Orçamento Geral de Estado;
iv. Definiremos a Estratégia de Modelo de Tutela e Monitorização das Autarquias Locais;
v. Criaremos um Portal informativo sobre as Autarquias Locais;
vi. Produziremos informação e conhecimento sobre as Autarquias Locais;
vii. Criaremos um Sistema de Monitorização das várias formas de participação do Cidadão
na Governação;
viii. Concluiremos o Pacote Legislativo Autárquico no âmbito da Polícia Administrativa,
Medidas de transição adoptar para a implementação das Autarquias Locais; Estatuto
Remuneratório dos Titulares dos Órgãos e Serviços das Autarquias Locais;
ix. Revisaremos 3 (três) Diplomas sobre a Organização e Funcionamento da Administração
Local do Estado;

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x. Classificaremos as unidades e circunscrições territoriais;
xi. Criaremos a base de dados geoespacial integrada para a organização do Território;
xii. Elaboraremos uma estratégia de Implementação da Toponímia;
xiii. Actualizaremos a Divisão Político Administrativa.

71. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, as unidades e circunscrições territoriais classificadas aumentarão para 69;


ii. Até 2027, a Divisão Política Administrativa será actualizada em 69 Municípios; e
iii. Até 2027, serão realizados 164 Fóruns Municipais de Prestação de Contas, anualmente;
iv. Até 2027, serão realizados 164 Fóruns Municipais de recolha de contribuições para
elaboração do OGE, anualmente.

72. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 5. Metas no domínio da Administração do Território para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Classificada unidades e circunscrições
- - - - - 20 40 55 69 69
territoriais
Actualizada a Divisão Político
- - - - - 20 40 55 69 69
Administrativa
Fóruns Municipais de Prestação de
- - - - - 164 164 164 164 164
Contas realizadas
Fóruns Municipais de Recolha de
- - - - - 164 164 164 164 164
Contribuições do OGE realizado

3.2.2 Ordenamento do Território e Habitação

73. Acção Estratégica: Promover o aumento de oferta de condições para a autoconstrução dirigida,
ajustando os custos de construção a capacidade local e melhorando o acesso à segurança de
posse jurídica sobre os terrenos e ao financiamento habitacional.

74. Para o período 2023-2027, teremos uma Angola com habitação disponível e acessível, em
virtude de um sector eficiente e capaz de reconciliar a oferta e a procura. Para isso:

i. Promoveremos os processos de elaboração dos instrumentos de ordenamento e


gestão do território, com prioridade absoluta aos instrumentos de ordenamento do
território de execução imediata;

ii. Aumentaremos a produção de habitação acessível, ajustando os custos de construção


à capacidade local, e melhorar o acesso ao financiamento habitacional;

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iii. Formalizaremos também o mercado habitacional, com vista a aumentar o número de
títulos de propriedade habitacional e reduzir as construções informais em musseques;

iv. Reduziremos a percentagem da população urbana que vive em musseques, dos actuais
56% para 49%, adoptando processos eficazes de planeamento e desenvolvimento
urbano;

v. Vamos melhorar o sistema de gestão predial incluindo a garantia do direito de posse e


transmissão de habitação, reduzir a informalidade no mercado habitacional e o risco
de crédito bancário para incentivar o acesso ao financiamento;

vi. Vamos melhorar as condições de habitação nas áreas rurais promovendo a construção
de aldeias e assentamentos rurais mais funcionais;

vii. Vamos operacionalizar as agro-vilas, conforme previsto no actual Programa Nacional


de Urbanismo e Habitação (PNUH).

75. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o défice habitacional (% de agregados familiares) diminuirá de 30,5%, em


2021, para 25%;

ii. Até 2027, a percentagem da população urbana a viver em musseques cairá de 56,5%,
em 2021, para 49%;

iii. Até 2027, os títulos de propriedade habitacional (% do total de propriedades


habitacionais) aumentarão de 39,5%, em 2021 para 45%;

iv. Até 2027, o número de novas habitações aumentará de 1.406, em 2021, para 4.500;

v. Até 2027, o número de novos lotes para autoconstrução dirigida aumentará de 837,
em 2021, para de 3.340;

vi. Até 2027, o investimento acumulado incluindo as infra-estruturas habitacionais


aumentará de 98,40 milhões de USD, em 2021 para 381,7 milhões de USD.

76. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 6. Metas no domínio da Habitação para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Défice habitacional (% de
32 31,5 31 30,5 30 29 28 27 26 25
agregados familiares)
População urbana a viver em
musseques (% da população 58 57,5 57 56,5 56 54 53 52 51 49
urbana)
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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Títulos de propriedade
habitacional (% do total de 38,0 38,5 39 39,5 40 41 42 43 44,5 45,0
propriedades habitacionais)

Número de novas habitações 5182 4010 4072 1406 2068 5453 4500 4500 5453 4500

Número de novos lotes para


ND - 871 837 2930 3000 2900 3000 2700 3340
autoconstrução dirigida
Investimento acumulado,
incluindo infraestrutura 362,7 280,7 285,4 98,4 144,7 381,7 315,0 315,0 381,7 381,7
habitacional (milhões de USD)

3.2.3 Desminagem

77. Acções Estratégicas: Apostar na continuidade das acções de delimitação e desminagem das
áreas afectadas por artefactos perigosos, criando as condições para o desenvolvimento
harmonioso do território.

78. Para o período 2023-2027, pretendemos dar continuidade do processo de desminagem em


áreas de impacte socioeconómico do País. Para isso:

i. Garantiremos que as vias rodoviárias secundárias e terciárias e Projectos de


Telecomunicações estejam completamente livre de minas e outros engenhos
explosivos;

ii. Garantiremos que áreas Agrícolas, Fundiárias, Polos Industriais e Agropecuários


estejam completamente livres de minas e outros engenhos explosivos;

iii. Garantiremos que os traçados das Linhas de Transporte de Energia Eléctrica de Média
Tensão e Condutas de Água estejam completamente livre de minas e outros engenhos
explosivos;

iv. Capacitaremos Técnicos de Desminagem, assim como, assegurar a renovação dos


mesmos por velhice e morte;

v. Promoveremos campanhas de Sensibilização sobre o Risco de Minas;

vi. Realizaremos acções pontuais de remoção e destruição de engenhos explosivos do


Risco Residual; e

vii. Criaremos um Centro de Formação de Desminagem de caris internacional.

79. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

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i. Até 2027, serão verificadas e desminadas 450 km de vias rodoviárias, caminhos-de-
ferro e projectos de telecomunicações;

ii. Até 2027, serão verificados e desminados 6.100 de hectares de áreas agrícolas,
fundiárias, industriais, ampliação de aeroportos, portos e faróis marítimos;

iii. Até 2027, serão verificados e desminados 600 km de linhas de transporte de energia
elétrica de alta e baixa tensão, barragens hidroelétricas e condutas de água;

iv. Até 2027, serão formados e capacitados 1.800 especialistas em desminagem


humanitária;

v. Até 2027, serão sensibilizados pelo menos 120.000 populares sobre o risco e perigo
que as minas e outros engenhos explosivos representam para pessoas.

80. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 7. Metas no domínio da Desminagem para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Vias rodoviárias, caminhos-de-
ferro e linhas de
- - - - - 100 120 120 80 30
telecomunicações verificadas e
desminadas
Áreas agrícolas, fundiárias,
industriais, ampliação de
aeroportos, portos e faróis - - - - - 1.440 1.220 1.220 1.220 1.000
marítimos verificadas e
desminadas
Linhas de transporte de energia
eléctrica de alta e média tensão e
- - - - - 120 140 140 100 100
condutas de água verificadas e
desminadas

Formar e capacitar especialistas


- - - - - 360 720 1.080 1.440 1.800
em desminagem humanitária

Sensibilizar, populares, sobre o


risco e perigo que as minas e
- - - - - 24.000 48.000 72.000 96.000 120.000
outros engenhos explosivos
representam para pessoas.

3.3 Eixo III – Promover o Desenvolvimento do Capital Humano, ampliando o Acesso aos
Serviços de Saúde, ao Conhecimento e Habilidades Técnicas e Científicas, Promover a
Cultura e o Desporto e estimular o Empreendedorismo e a Inovação.

81. Domínios de Intervenção: Saúde; Educação; Ensino Superior; Ciência, Tecnologia e Inovação;
Emprego, Empreendedorismos e Formação Profissional; Desporto e Cultura.

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3.3.1 Saúde

82. Acções Estratégicas: (i) Melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) o que, por sua vez,
impulsionará o aumento da produtividade, o crescimento económico e a prosperidade da Nação;
(ii) Melhorar a saúde dos angolanos e reduzir as mortes prematuras e de doenças evitáveis.

83. Para o período 2023-2027, pretendemos melhorar a saúde de todos os angolanos e reduzir as
mortes prematuras e de doenças evitáveis. Para isso:

i. Garantiremos o aumento da prevenção e tratamento de doenças, mais concretamente


nas doenças transmissíveis, com intervenções de cuidados maternos e neonatais para
melhorar o nível de saúde da População e aumentar a esperança de vida;

ii. Garantiremos cuidados maternos, neonatais, infanto-juvenil para reduzir a


mortalidade materna ligada à gravidez, parto e puerpério, neonatal e infanto-juvenil
com intervenções integradas e custo-efectivas de promoção, prevenção, tratamento e
reabilitação;

iii. Reduziremos as discrepâncias existentes na prevalência de doenças e no acesso a


cuidados de saúde entre as zonas rurais e urbanas, expandindo significativamente as
infraestruturas de saúde, incluindo a telemedicina e o reforço dos recursos humanos
capacitados, com foco nos Cuidados Primários de Saúde;

iv. Concentrar-nos-emos em programas promoção da saúde, nomeadamente a educação


da população e o aumento do acesso e a utilização de métodos modernos de
planeamento familiar para reduzir a taxa de fertilidade e melhor o estado de saúde da
população;

v. Reforçaremos o Sistema de saúde, incluindo o reforço normativo e legislativo, o


reforço do sistema de Informação e Gestão Sanitária através da modernização do
Sistema de Informação Sanitária, incluindo a vigilância sanitária e de investigação;

vi. Reformularemos o Sistema de Financiamento do Sistema Nacional de Saúde, através


da melhoria a eficiência na gestão dos recursos financeiros do Serviço Nacional de
Saúde e da implementação de um novo modelo de financiamento do Serviço Nacional
de Saúde que integre o seguro de saúde, entre outras modalidades de financiamento;

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vii. Aumentaremos em cerca de 1/3 o investimento no sector em percentagem do PIB,
passando de 3,2% para 4,2%, contando com o apoio do sector privado e a atracção da
ajuda externa para o sector no âmbito dos compromissos internacionais.

84. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a cobertura de Unidades Sanitárias que oferecem pelo menos 3 métodos
modernos de planeamento familiar aumentará de 60%, em 2021, para 70%;

ii. Até 2027, a taxa de mortalidade materna institucional reduzirá de 213%, em 2021 para
150%;

iii. Até 2027, a quarta consulta de Pré-natal aumentará de 71%, em 2021, para 75%;

iv. Até 2027, a taxa de parto institucional assistido por uma pessoa qualificada aumentará
de 29%, em 2021, para 60%;

v. Até 2027, a cobertura da vacinação contra o tétano em mulheres em idade fértil e


grávidas será de 95%;

vi. Até 2027, a cobertura de atenção integrada do adolescente aumentará de 25%, em


2021, para 95%;

vii. Até 2027, a cobertura da consulta integrada da criança aumentará de 40%, em 2021,
para 95%;

viii. Até 2027, a taxa de crianças menores de 1 ano de idade vacinadas contra o sarampo
aumentará de 85%, em 2021, para 95%;

ix. Até 2027, a cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano de idade contra a
Pentavalente 3 aumentará de 80%, em 2021, para 95%;

x. Até 2027, a taxa de malnutrição em crianças menores de cinco anos de idade reduzirá
de 9%, em 2021, para 5%

xi. Até 2027, a taxa de crianças entre os 6 meses e os cinco anos de idade que receberão
vitamina A aumentará de 40%, em 2021, para 65%;

xii. Até 2027, a taxa de mortalidade por malária reduzirá de 20%, em 2021, para 15%;

xiii. Até 2027, a taxa de grávidas que recebem 4 doses de tratamento intermitente e
preventivo (TIP) da Malária aumentará de 21%, em 2021, para 65%;

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xiv. Até 2027, os tratamentos de casos de Tuberculose com taxa de sucesso aumentarão
de 80%, em 2021, para 85%;

xv. Até 2027, a transmissão do VIH de mãe para filho reduzirá de 18,70%, em 2021, para
13,20%;

xvi. Até 2027, os doentes diagnosticados com Lepra que recebem tratamento multidroga
(MTD) aumentarão de 82%, em 2021, para 99%;

xvii. Até 2027, os casos de Tripanossomíase diagnosticados e tratados aumentarão de 75%,


em 2021, para 85%;

xviii. Até 2027, a incidência de infecções pelas formas urinária e intestinal de Schistosomiase
reduzirá de 11%, em 2021, para 5%;

xix. Até 2027, a taxa de Unidades Sanitárias que dispõem de mecanismos de rastreio e de
terapia para o tratamento da hipertensão e diabetes aumentarão de 35%, em 2021,
para 55%;

xx. Até 2027, a taxa de Unidades Sanitárias Municipais que dispõem de serviços integrados
de saúde mental passará de 20%, em 2021, para 30%;

xxi. Até 2027, os municípios do País com implementação activa do sistema de Vigilância
Integrada de Doenças e Resposta através do Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica aumentarão de 92%, em 2021, para 100%;

xxii. Até 2027, os municípios com Equipas de Respostas às Emergências de Saúde Pública
em prontidão aumentarão de 50%, em 2021, para 100%;

xxiii. Até 2027, o número de laboratórios para investigação e produção científica


construídos e apetrechados aumentarão de 2, em 2021, para 12;

xxiv. Até 2027, o número de estudos científicos sobre saúde publica em Angola publicados
aumentarão de 6, em 2021, para 30;

xxv. Até 2027, o número de médicos por 10 mil habitantes aumentará de 1,75, em 2021,
para 2;

xxvi. Até 2027, o número de enfermeiro por 10 mil habitantes aumentará de 12,46, em
2021, para 20 enfermeiros;

xxvii. Até 2027, os gastos com a saúde em percentagem do PIB aumentarão para 46,1.

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85. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 8. Metas no domínio da Saúde para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Aumentar a cobertura de Unidades
Sanitárias que oferecem pelo menos 3
30 40 40 60 61,6 63,2 64,8 66,4 68 70
métodos modernos de planeamento
familiar (%)
Reduzir a taxa de mortalidade materna
171 219 290 213 199 189,2 179,4 169,6 159,8 150
institucional
Aumentar a quarta consulta de Pré-
16 34 26 71 71,6 72,2 72,8 73,4 74 75
Natal (%)
Aumentar o parto institucional
assistido por uma pessoa qualificada 25 34 21 29 34,2 39,4 44,6 49,8 55 60
(%)
Garantida a cobertura da vacinação
com duas doses contra o tétano de em 0 0 0 0 15,8 31,6 47,4 63,2 79 95
mulheres em idade fértil e grávida (%)
Garantida a cobertura de atenção
10 10 93 25 40 51 62 73 84 95
integrada do adolescente (%)
Aumentar a cobertura da consulta
25 25 93 40 60 67 74 81 88 95
integrada da criança (%)
Aumentar a cobertura das crianças
menores de 1 ano de idade que estarão 77 76 54 85 86,6 88,2 89,8 91,4 93 95
vacinadas contra o sarampo (%)
Aumentar a cobertura vacinal em
crianças menores de 1 ano de idade 83 51 60,4 80 90 91 92 93 94 95
com a Pentavalente 3 (%)
Reduzir a taxa de malnutrição em
9 9 9 9 8,2 7,4 6,6 5,8 - 5
crianças menores de cinco anos (%)
Aumentar as crianças entre os 6 meses
e os cinco anos de idade que recebem 6 13 40,7 40 50 53 56 59 62 65
vitamina A (%)
Reduzir a taxa de mortalidade por
33 30 34 20 10 11 12 13 14 15
malária (%)
Garantir que as grávidas recebem 4
doses de tratamento intermitente e 78 30 37 21 50 53 56 59 62 65
preventivo (TIP) da Malária (%)
Aumentar a taxa de sucesso de
65 71 70 80 80,8 81,6 82,4 83,2 84 85
tratamento Tuberculose (%)
Reduzir a transmissão do VIH de mãe
para filho (%) 26 19 19 18,7 17 16 15 14 13,5 13,20

Todos os doentes diagnosticados com


Lepra recebem tratamento multidroga 20 80 100 82 85 87,8 90,6 93,3 96,2 99
(MTD) (%)
Aumentar o diagnóstico e tratamento
10 16,5 47 75 80 81 82 83 84 85
dos casos de Tripanossomíase (%)
Reduzir a incidência de infecções pelas
formas urinária e intestinal de 28 18 6 11 9 8,92 8,12 7,32 6,52 5
Schistosomiase (%)
Aumentar o número das Unidades
Sanitárias com mecanismos de rastreio
20 30 30 35 50 51 52 53 54 55
e de terapia para o tratamento da
hipertensão e diabetes (%)
Aumentar a taxa de Unidades
Sanitárias Municipais que dispõem de
5 8 9 20 21,6 23,2 24,8 26,4 28 30
serviços integrados de saúde mental
(%)
Manter os municípios do País com
implementação activa do sistema de
Vigilância Integrada de Doenças e 75 80 100 92 95 96 97 98 99 100
Resposta através do Sistema Nacional
de Vigilância Epidemiológica (%)
Manter em prontidão nos municípios
as Equipas de Respostas às 16 21 100 50 60 68 76 84 92 100
Emergências de Saúde Pública (%)

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Aumentar do número de laboratórios
para investigação e produção científica 0 0 9 2 2 4 6 8 10 12
construídos e apetrechados
Aumentar o número de estudos
científicos publicados sobre saúde 0 8 6 6 8 12 16 21 25 30
publica em Angola
Aumentar o número de médicos por
0,7 1,37 1,74 1,75 1,8 1,85 1,9 1,94 1,98 2
10 000 habitantes
Aumentar de enfermeiros por 10 000 9,3 10,9 11,5 12,6 14,6 15,5 16,9 18,5 19,7 20
Gastos com saúde em percentagem do
1,6 1,9 2,6 2,0 2,0 3,2 4,1 4,7 5,3 6,1
PIB (%)

3.3.2 Educação

86. Acções Estratégicas: (i) Melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) o que, por sua vez,
impulsionará o aumento da produtividade, o crescimento económico e a prosperidade da Nação;
(ii) Garantir aos angolanos acesso à um ensino de qualidade por meio de mais anos de
escolaridade, alcançando melhores resultados na aprendizagem.

87. Para o período 2023-2027, pretendemos que todos os Angolanos tenham acesso a um ensino
de qualidade e estejam munidos dos conhecimentos e das competências necessários de modo
a contribuir para o crescimento e o progresso nacional. Para isso:

i. Garantiremos aos angolanos mais anos de escolaridade e melhores resultados de


aprendizagem;

ii. Pretendemos aumentar a nossa pontuação na componente de educação do Índice de


Capital Humano para a melhoria da qualidade do ensino;

iii. Concentrar-nos-emos em programas de qualificação dos professores e adoptaremos


medidas que promovam e valorizem a carreira docente;

iv. Promoveremos a reforma institucional do sistema de ensino primário e secundário


para alcançarmos melhores resultados de aprendizagem;

v. Reforçaremos o ensino para adultos com vista o aumento do nível de literacia da


população, com foco na redução do analfabetismo;

vi. Ampliaremos a rede escolar, aumentando a infraestrutura e os equipamentos


adequados com vista a disponibilizar mais de 300 000 salas de aulas;

vii. Duplicaremos o investimento no sector, assegurando que a percentagem do PIB afecta


à educação passe dos 2,3% para 4,2%, contando com o apoio do sector privado e a
atracção da ajuda externa para o sector no âmbito dos compromissos internacionais.
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88. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, os anos de escolaridade aumentarão de 7,9, em 2021 para 9;

ii. Até 2027, a componente de educação do Índice de Capital Humano de uma pontuação
à escala global aumentará de 326, em 2021, para 340;

iii. Até 2027, a percentagem de Jovens e Adultos alfabetizados do EJA aumentará de


64,4%, em 2021, para 84,4%;

iv. Até 2027, a Taxa líquida de escolarização no ensino primário (1ª a 6ª) aumentará de
74,7%, em 2021, para 84,5%;

v. Até 2027, a Taxa líquida de escolarização no ensino secundário I ciclo (7ª a 9ª)
aumentará de 65,5%, em 2021, para 75,30%;

vi. Até 2027, a Taxa líquida de escolarização no ensino secundário II ciclo (10ª a 12ª)
aumentará de 28,50%, em 2021, para 38,30%;

vii. Até 2027, a Proporção de estudantes do Iº ciclo do ensino secundário a frequentarem


os cursos técnicos e profissionais aumentará de 2%, em 2021, para 11,80%;

viii. Até 2027, a Proporção de estudantes do II ciclo do ensino secundário a frequentarem


os cursos técnicos e profissionais aumentará de 20,70%, em 2021, para 30,50%;

ix. Até 2027, a Proporção de professores com qualificações mínimas exigidas no ensino
primário aumentará de 64,60%, em 2021, para 74,40%;

x. Até 2027, a Proporção de professores com qualificações mínimas exigidas no I ciclo do


ensino secundário aumentará de 54,50%, em 2021, para 64,30%;

xi. Até 2027, a Percentagem de crianças fora do sistema no ensino primário (6 -11 anos)
reduzirá de 25,30%, em 2021, para 15,50%;

xii. Até 2027, a Percentagem de crianças fora do sistema no ensino primário (12 -14 anos)
reduzirá de 30,50%, em 2021, para 24,70%;

xiii. Até 2027, a Percentagem de crianças fora do sistema no II ciclo do ensino secundário
(15-18 anos) reduzirá de 71,50% para 61,70%;

xiv. Até 2027, a Proporção de escolas com acesso a água potável (corrente) no ensino
primário aumentará de 24,60%, em 2021, para 34,40%;

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xv. Até 2027, a Proporção de escolas com acesso a água potável (corrente) no ensino
secundário I ciclo aumentará de 50,60%, em 2021, para 60,40%;

xvi. Até 2027, a Proporção de escolas com acesso a água potável (corrente) no ensino
secundário II ciclo aumentará de 59,60%, em 2021, para 69,40%;

xvii. Até 2027, a Proporção de escolas com acesso a Internet para fins pedagógicos no
ensino primário aumentará de 5,60%, em 2021, para 15,40%;

xviii. Até 2027, a Proporção de escolas com acesso a Internet para fins pedagógicos no
ensino secundário I ciclo aumentará de 16,60%, em 2021, para 26,40%;

xix. Até 2027, a Proporção de escolas com acesso a Internet para fins pedagógicos no
ensino secundário II ciclo aumentará de 27,60%, em 2021, para 37,40%;

xx. Até 2027, a Proporção de escolas com acesso a computadores para fins pedagógicos
no ensino primário aumentará de 17,60%, em 2021, para 27,40%;

xxi. Até 2027, a Proporção de escolas com acesso a computadores para fins pedagógicos
no ensino secundário I ciclo aumentará de 53,60%, em 2021, para 63,40%;

xxii. Até 2027, a Proporção de escolas com acesso a computadores para fins pedagógicos
no ensino secundário II ciclo aumentará de 69,60%, em 2021, para 79,40%; e

xxiii. Até 2027, os gastos com Educação em percentagem do PIB, aumentarão de 2,4%, em
2021, para 4,2%.

89. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 9. Metas no domínio da Educação para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Aumentar os
anos de - - - 7,9 8,0 8,3 8,4 8,6 8,8 9
escolaridade
Aumentar a
componente de
educação do
Índice de Capital - - - 326 328 330 332 335 337 340
Humano de uma
pontuação à
escala global
Percentagem de
Jovens e Adultos
64,4 64,4 64,4 64,4 67,7 71,1 74,4 77,7 81,1 84,4
alfabetizados do
EJA
Taxa líquida de
escolarização no
73,10 - - 74,70 76,40 78,00 79,60 81,30 82,90 84,50
ensino primário
(1ª a 6ª)

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Taxa líquida de
escolarização no
ensino 63,90 - - 65,50 67,20 68,80 70,40 72,10 73,70 75,30
secundário I ciclo
(7ª a 9ª)
Taxa líquida de
escolarização no
ensino 26,90 - - 28,50 30,20 31,80 33,40 35,10 36,70 38,30
secundário II
ciclo (10ª a 12ª)
Proporção de
estudantes do I
ciclo do ensino
secundário a 0,40 - - 2,00 3,70 5,30 6,90 8,60 10,20 11,80
frequentarem os
cursos técnicos e
profissionais
Proporção de
estudantes do II
ciclo do ensino
secundário a 19,10 - - 20,70 22,40 24,00 25,60 27,30 28,90 30,50
frequentarem os
cursos técnicos e
profissionais
Proporção de
professores com
qualificações
63,00 - - 64,60 66,30 67,90 69,50 71,20 72,80 74,40
mínimas exigidas
no ensino
primário
Proporção de
professores com
qualificações
mínimas exigidas 52,30 - - 53,90 55,60 57,20 58,80 60,50 62,10 63,70
no I ciclo do
ensino
secundário
Proporção de
professores com
qualificações
mínimas exigidas 52,90 - - 54,50 56,20 57,80 59,40 61,10 62,70 64,30
no II ciclo do
ensino
secundário
Percentagem de
crianças fora do
sistema no 26,90 - - 25,30 23,60 22,00 20,40 18,80 17,10 15,50
ensino primário
(6 -11 anos)
Percentagem de
crianças fora do
sistema no I ciclo
36,10 - - 34,50 32,80 31,20 29,60 28,00 26,30 24,70
do ensino
secundário (12-
14 anos)
Percentagem de
crianças fora do
sistema no II
73,10 - - 71,50 69,80 68,20 66,60 65,00 63,30 61,70
ciclo do ensino
secundário (15-
18 anos)
Proporção de
escolas com
acesso a água
23 - - 24,60 26,30 27,90 29,50 31,20 32,80 34,40
potável
(corrente) no
ensino primário
Proporção de
escolas com 49 - - 50,60 52,30 53,90 55,50 57,20 58,80 60,40
acesso a água

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
potável
(corrente) no
ensino
secundário I ciclo
Proporção de
escolas com
acesso a água
potável
58 - - 59,60 61,30 62,90 64,50 66,20 67,80 69,40
(corrente) no
ensino
secundário II
ciclo
Proporção de
escolas com
acesso a Internet
4 - - 5,60 7,30 8,90 10,50 12,20 13,80 15,40
para fins
pedagógicos no
ensino primário
Proporção de
escolas com
acesso a Internet
para fins 15 - - 16,60 18,30 19,90 21,50 23,20 24,80 26,40
pedagógicos no
ensino
secundário I ciclo
Proporção de
escolas com
acesso a Internet
para fins
26 - - 27,60 29,30 30,90 32,50 34,20 35,80 37,40
pedagógicos no
ensino
secundário II
ciclo
Proporção de
escolas com
acesso a
computadores 16 - - 17,60 19,30 20,90 22,50 24,20 25,80 27,40
para fins
pedagógicos no
ensino primário
Proporção de
escolas com
acesso a
computadores
52 - - 53,60 55,30 56,90 58,50 60,20 61,80 63,40
para fins
pedagógicos no
ensino
secundário I ciclo
Proporção de
escolas com
acesso a
computadores
para fins 68 - - 69,60 71,30 72,90 74,50 76,20 77,80 79,40
pedagógicos no
ensino
secundário II
ciclo
Gastos com a
Educação em
2,3 2,0 2,7 2,4 2,4 2,8 3,2 3,7 3,9 4,2
percentagem do
PIB (%)

3.3.3 Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação

90. Acção Estratégica: (i) Assegurar o aumento, em quantidade e qualidade, das habilidades
científicas e tecnológicas dos cidadãos; e (ii) Fortalecer e tornar mais eficiente o Sistema Nacional
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de Ciência, Tecnologia e Inovação, como elemento-base para o desenvolvimento da investigação
científica, transferência de tecnologia inovação.

91. Para o período 2023-2027, pretendemos assegurar o aumento das habilidades científicas e
tecnológicas de todos os Angolanos, com vista a munirem-se de conhecimentos e competências
necessárias para contribuírem no crescimento e no progresso nacional, bem como dinamizar o
sector de ciência, tecnologia e inovação, para estimular a criação e a difusão de conhecimento
tecnologia, em articulação com um ecossistema empreendedor e orientado para o mercado, de
modo a atrair e reter talento para o desenvolvimento do País. Para isso:

i. Estabeleceremos uma estratégia de mobilização de recursos indispensáveis para


tornar o Subsistema de Ensino Superior relevante para o percurso de desenvolvimento
e crescimento económico de Angola;

ii. Garantiremos o desenvolvimento do ensino superior, através do desenvolvimento do


capital humano e social do país, por meio de uma revolução na educação e nas
habilidades enfatizando a ciência e a tecnologia, alinhada às aspirações da Agenda
2063 da União Africana;

iii. Aumentaremos as taxas de escolarização e de eficácia formativa do ensino superior,


com foco na formação de quadros para o desenvolvimento em sectores críticos, tais
como agricultura, energia, ambiente, saúde, infraestruturas, mineração, segurança e
água;

iv. Concluiremos o processo de harmonização curricular;

v. Melhoraremos os níveis actuais de formação em ciência, tecnologia, engenharia e


matemática (STEM), ciências médicas, ciências da saúde e em tecnologias da
informação e da comunicação (TIC) para abordar a inadequação de competências,
promover a difusão da tecnologia no país e impulsionar as actividades de Investigação,
desenvolvimento e inovação nos nossos sectores tecnológicos e digitais;
Desenvolveremos um programa plurianual de investimento em infraestruturas para
instituições de ensino superior e para instituições de investigação e desenvolvimento,
de modo a impactar significativamente na qualidade dos serviços e nos resultados
colocados à disposição da sociedade;

vi. Aumentaremos o número de bolseiros internos, buscando alcançar, cada vez mais, os
estudantes mais carenciados e os estudantes com percurso académico de excelência,

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assim como privilegiaremos a formação pós-graduada na atribuição de bolsas de
estudos no exterior;

vii. Aumentaremos o número de docentes com o grau de mestrado e doutoramento;

viii. Expandiremos significativamente os cursos de formação pós-graduada, em áreas


específicas de investigação científica, para responder às nossas necessidades sociais e
económicas e para que se estabeleçam parcerias com outras instituições e respectivos
investigadores científicos;

ix. Fortaleceremos e tornaremos mais eficiente o Sistema Nacional de Ciência Tecnologia


e Inovação como elemento standard (padrão) para o desenvolvimento da investigação
científica, transferência de tecnologia e inovação de base tecnológica, bem como
avaliar o impacto da produção científica e da produção tecnológica;

x. Aumentaremos o financiamento de actividades de investigação científica e


desenvolvimento, assegurando que a percentagem do PIB para investimento em
ciência aumente substancialmente;

xi. Garantiremos uma sólida base institucional de investigação que promoverá a


qualificação de investigadores científicos, de pessoal académico e da força de trabalho
do País;

xii. Aumentaremos o dinamismo económico e a competitividade do País, investindo em


Investigação e Desenvolvimento (I&D) para manter o nosso talento e alavancar o
desenvolvimento económico e social de Angola;

xiii. Criaremos parques tecnológicos, estruturas de incubação, de prototipagem e de


produção com condições para a geração, recolha e gestão de grandes volumes de
dados de pesquisa;

xiv. Estimularemos a inovação mediante um consistente apoio ao desenvolvimento da


investigação científica e por via dereformas no ambiente de negócios com foco na
criação de um ambiente regulatório favorável e no acesso a financiamento que apoie
a ruptura do mercado;

xv. Reforçaremos a relevância a nível nacional e a integração regional do nosso ambiente


de start-ups através de uma abordagem estratégica ao ecossistema de apoio à
inovação e ao empreendedorismo de base tecnológica, estabelecendo parcerias com

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grandes redes globais de centros (hubs) de inovação tecnológica e atraindo empresas
e investidores internacionais;

xvi. Fortaleceremos os mecanismos para a consolidação e desenvolvimento do sistema de


avaliação, acreditação e certificação no Subsistema de Ensino Superior e no Sistema
Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

92. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a taxa bruta de frequência no ensino superior aumentará de 9,9%, em 2021
para 11,9%;

ii. Até 2027, a taxa de conclusão do ensino superior aumentará de 10,1%, em 2021, para
13,2%;

iii. Até 2027, a percentagem de professores do ensino superior com doutoramento


aumentará de 11,4%, em 2021, para 15,2%;

iv. Até 2027, a percentagem de professores do ensino superior com mestrado aumentará
de 38%, em 2021 para 50%;

v. Até 2027, o número de publicações científicas por milhões de habitantes aumentará


de 3, em 2021, para 4;

vi. Até 2027, o número de pedidos de patentes por milhões de habitantes aumentará de
9,7, em 2021, para 15;

vii. Até 2027, o investimento em I&D em percentagem do PIB aumentará de 0,06%, em


2021, para 0,15%; e

viii. Até 2027, os recursos humanos em I&D por milhões habitantes aumentará de 91, em
2021, para 120.

93. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 10. Metas no domínio do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação para o período 2023-2027
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Taxa bruta de
frequência do 9,3 - 9,6 9,9 10,2 10,6 11,0% 11,3 11,6 11,9
ensino superior
Taxa de
conclusão do 9,2 - 9,6 10,1 10,6 11,1 11,6 12,1 12,6 13,2
ensino superior
Percentagem de
professores do 10,0 - 10,7 11,4 12,0 12,7 13,4 14,0 14,6 15,2
ensino superior

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
com
doutoramento
Percentagem de
professores do
33,0 35,0 38,0 40,0 42,0 44,0 46,0 48,0 50
ensino superior -
com mestrado
Número de
Publicações
científicas em
2 2 3 3 3 3 4 4 4
revistas por -
milhões de
habitantes
Número de
pedidos de
patentes por 8 - 8,9 9,7 10,6 11,5 12,4 13,2 14,1 15
milhões de
habitantes
Investimento em
I&D em
0,03 - 0,045 0,060 0,075 0,090 0,0105 0,0120 0,135 0,150
percentagem do
PIB
Número de
recursos
humanos em 81,7 86 91 96 101 105 110 115 120
-
I&D por milhões
de habitantes

3.3.4 Emprego, Empreendedorismo e Formação Profissional

94. Acção Estratégica: Garantir o direito ao emprego digno e de qualidade, a qualificação profissional
e o estímulo ao empreendedorismo, especialmente para a juventude.

95. Para o período 2023-2027, pretendemos garantir maior acesso a qualificação profissional dos
jovens, criando estímulos ao empreendedorismo, permitindo maior acesso ao mercado de
trabalho para uma maior integração dos jovens na sociedade com vista a aumentar o índice de
desenvolvimento dos jovens. Para isso:

i. Garantiremos maior qualificação profissional e académica que os habilite à plena


integração no mercado de trabalho;

ii. Garantiremos aos jovens, maior acesso a formação profissional e ao desenvolvimento


de competências, ajudando-os a construir carreiras e a garantir a sua independência
financeira;

iii. Melhoraremos a qualidade e a eficiência do serviço público, através do


desenvolvimento das competências dos dirigentes e quadros técnicos a nível nacional,
necessárias ao desempenho das suas funções;

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iv. Garantiremos, no seio da juventude, força de trabalho competitiva capaz de responder
às necessidades do mercado, fornecendo ao País as capacidades e os recursos
necessários para alcançar as metas de progresso económico e social ambicionadas;

v. Aumentaremos a integração dos jovens na sociedade, promovendo a participação


política e cívica, fomentando um diálogo estruturado com os jovens e com as
organizações de que fazem parte;

vi. Promoveremos a formação profissional e alargar a rede de centros de formação


profissional;

vii. Aumentaremos a capacidade de resposta da rede de centros e serviços de emprego,


aproximando-os dos cidadãos e promovendo um melhor ajustamento entre a oferta e
a procura de emprego;

viii. Promoveremos a inserção de jovens no mercado de trabalho, através de estágios


profissionais;

ix. Apoiaremos a iniciativa e o espírito empreendedor no seio já juventude;

x. Continuaremos das acções referente ao plano de promoção da empregabilidade


(PAPE);

xi. Garantiremos a execução das políticas e estratégias de fomento, promoção e


capacitação empresarial no país;

xii. Prestaremos maior apoio à iniciativa empresarial, com destaque para as MPME’s e
cooperativas, em matérias de consultoria e assistência técnica;

xiii. Facilitaremos o acesso de mais MPME’s e cooperativas às modalidades de


financiamento ao sector privado, bem como na obtenção de outros benefícios de cariz
financeiro;

xiv. Promoveremos a inserção e consolidação de MPME’s e cooperativas no sector formal


da economia;

xv. Promoveremos os serviços de Assistência Técnica às empresas e cooperativas através


da municipalização, via Balcão Único do Empreendedor, e criaremos uma bolsa de
fornecedores para apoiar as MPMEs na contratação pública e no melhor
aproveitamento da Lei do Conteúdo Local;

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xvi. Criaremos uma Rede Nacional de Incubadoras que regule, certifique e promova as
acções de apoio ao empreendedorismo nacional; e

xvii. Facilitaremos o acesso ao crédito via instrumentos alternativos de financiamento,


nomeadamente, Leasing, Factoring, Crowdfunding, Investidores Anjos e Capital de
Risco.

96. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o número de formados pelo Sistema nacional de formação profissional


aumentará em mais de 469.000;

ii. Até 2027, o número de Centros integrados de formação profissional aumentará de 11,
em 2021, para 16;

iii. Até 2027, o número de escolas rurais de capacitação e ofícios aumentará para 10;

iv. Até 2027, o número de Centros e serviços de emprego aumentará de 50, em 2021,
para 54;

v. Até 2027, o número de Jovens inseridos no mercado de emprego por via dos Centros
e Serviços de emprego aumentará de 56.870, em 2021, para 295.000 jovens;

vi. Até 2027, o número de funcionários formados aumentará de 11.482, em 2021, para
59.200;

vii. Até 2027, as pessoas beneficiárias de kits profissionais no domínio do PAPE (Plano de
Acção de promoção a Empregabilidade) aumentarão de 57, em 2021, para 657;

viii. Até 2027, as pessoas serão beneficiadas por microcrédito para a criação de pequenos
negócios aumentarão de 6.995, em 2021, para 23.995;

ix. Até 2027, os jovens que receberão carteiras profissionais (Plano de Acção de promoção
a Empregabilidade) aumentarão de 120, em 2021, para 3.120;

x. Até 2027, as acções de formação realizadas a nível nacional aumentarão de 187, em


2021, para 1.327;

xi. Até 2027, as acções de sensibilização a legislação laboral sobre Segurança, Higiene e
Saúde no trabalho aumentarão de 985, em 2021, para 6.085;

xii. Até 2027, as acções inspectivas às empresas a nível nacional aumentarão de 9.088, em
2021, para 64.538;

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xiii. Até 2027, o número de centros de mediação de conflitos laborais em funcionamento
aumentará para mais 18;

xiv. Até 2027, os Centros de Segurança e Saúde no trabalho aumentarão em 3 unidades;

xv. Até 2027, o número de MPME’s e cooperativas capacitadas aumentará para 3.200;

xvi. Até 2027, o número de MPME´s beneficiadas de Apoio técnico (TLS) e de consultoria
para aumento da produtividade e competitividade aumentará para 1.000;

xvii. Até 2027, o número de Estudos de viabilidade e de planos de negócios para apoiar na
constituição MPME’s e cooperativas a nível nacional aumentará para 1.000;

xviii. Até 2027, o número de estudos sectoriais que caracterizam transversalmente o


ambiente de negócios envolto às MPME´s, cooperativas e Startups aumentarão para
10; e

xix. Até 2027, as MPME’s certificadas a nível nacional aumentarão para 5.000.

97. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 11. Metas de Médio Prazo no Domínio do Emprego, Empreendedorismo e Formação Profissional
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Número de Formados pelo
Sistema Nacional de 48.820 61 730 31.978 75.970 76.000 76.000 78.000 79.000 80.000 80.000
formação profissional
Nº de Centros integrados
0 0 0 11 1 1 1 1 0 1
de formação profissional
Nº de escolas rurais de
capacitação e ofícios
2 4 0 0 1 1 1 0 0 1
(Cidadelas jovens de
sucesso)
Nº de Centros e serviços
0 21 0 50 0 0 1 1 1 1
de emprego
Jovens inseridos no
mercado de trabalho por
28.818 48.821 55.302 56.870 57.000 58.000 58.000 59.000 60.000 60.000
via dos centros de
emprego
Nº de funcionários
- 16 837 6.653 11 482 11.500 11.500 11.700 12.000 12.000 12.200
formados
Pessoas beneficiadas de
0 0 61 57 100 100 100 100 100 100
Kits profissionais
Pessoas beneficiadas por
microcrédito para a
820 1400 737 6.995 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 2.000
criação de pequenos
negócios
Número de carteiras
0 0 0 120 500 500 500 500 500 500
profissionais distribuídas
Nº de acções de formação
121 81 185 187 186 186 190 192 192 194
realizadas
Número de acções de
sensibilização sobre a 193 763 550 985 850 850 850 850 850 850
legislação de SHST
Número de acções
5.700 11.300 6.086 9.088 8.000 9.000 9.500 9.600 9.650 9.700
inspectivas realizadas
Nº de centros de mediação
de conflitos laborais em 0 1 0 0 1 3 4 4 3 3
funcionamento

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Expansão dos Centros de
Segurança Higiene e Saúde 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1
no trabalho
MPME’s e cooperativas
Capacitadas a nível - - - - - 800 800 800 800
nacional
MPMEs beneficiadas de
Apoio técnico (TLS) e de
consultoria para aumento - - - - - 200 200 200 200 200
da produtividade e
competitividade
Estudos de viabilidade e de
planos de negócios para
apoiar na constituição - - - - - 200 200 200 200 200
MPME’s e cooperativas a
nível nacional
Estudos sectoriais
(caracterizam
transversalmente o
- - - - - 2 2 2 2 2
ambiente de negócios
envolto às MPMEs,
Cooperativas e Startups)
MPME’s certificadas a
- - - - - 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000
nível nacional

3.3.5 Desporto

98. Acção Estratégica: Melhorar a posição internacional de Angola ao nível da alta competição e
proporcionar acesso alargado a prática desportiva e à actividade física que contribua para um
estilo de vida saudável dos angolanos.

99. Para o período 2023-2027, pretendemos ver melhorada a posição internacional de Angola ao
nível dos desportos de alta competição e gradualmente ter um sector do Desporto dinâmico,
que proporcione acesso alargado à prática desportiva e à actividade física, alcançando um
reconhecimento internacional em eventos competitivos, contribuindo desta forma para um
estilo de vida saudável dos angolanos. Para isso:

i. Proporcionaremos o acesso à prática de exercício físico a todos, independentemente


da idade ou género, em benefício da saúde e da qualidade de vida da população, e
reforçaremos a nossa capacidade de participação em grandes eventos desportivos,
promovendo a imagem e o estatuto de Angola no estrangeiro;

ii. Reforçaremos a nossa capacidade de participar e organizar grandes eventos


desportivos, aumentando o apoio às federações desportivas, com objectivo de
alcançarmos melhores resultados em desportos de alta competição com vista a
melhorar a posição de Angola no Ranking Mundial de Desporto de Alta Competição,
bem como aspirar um maior número de medalhas em eventos internacionais e
olímpicos;

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iii. Pretendemos ainda profissionalizar o sector, mantendo-nos actualizados com as
tendências actuais, tais como apostas desportivas e o impacto das tecnologias digitais
na experiência dos atletas e do público;

iv. Criaremos um quadro legal robusto e incentivos para atracção do financiamento


privado, desenvolvendo parcerias com as empresas, com o objectivo de fortalecer o
sector;

v. Estimularemos, igualmente, o desenvolvimento de áreas económicas relacionadas


com o desporto, incluindo fontes de receitas, tais como publicidade, plataformas
digitais, nutrição desportiva, calçado, roupas, equipamento desportivo e instalações
desportivas;

vi. Pretendemos efectivar a educação física nas escolas, generalizar as actividades do


desporto escolar, potenciar os clubes recreativos, competições inter-escolas, inter-
provinciais e nacionais, bem como aumentar o número de professores de educação
física no sistema com objectivo de tirar proveito da faixa etária da nossa população
que é constituída maioritariamente por crianças (0-14) e jovens (15-34);

vii. Pretendemos promover a prática de exercício físico para todos, no sentido de melhorar
o bem-estar físico e mental da população para que as relações sociais e a promoção da
inclusão social possam ser melhoradas.

100. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o número de competições africanas à participar passará para 13;

ii. Até 2027, o número de competições da Região 5 à participar passará para 3;

iii. Até 2027, o número de competições da CPLP à participar passará para 2;

iv. Até 2027, o número de competições de Andebol à participar passará para 24;

v. Até 2027, o número de competições de Basquetebol masculino à participar passará


para 13;

vi. Até 2027, o número de competições de Basquetebol feminino à participar passará para
16;

vii. Até 2027, o número de competições de futebol à participar passará para 120;

viii. Até 2027, o número de competições de hóquei em Patins à participar passará para 5;

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ix. Até 2027, o número de competições de Judo à participar passará para 39;

x. Até 2027, o número de medalhas olímpicas à serem conquistadas será de 1;

xi. Até 2027, a percentagem da população envolvida na prática desportiva será de 0,38%;
e

xii. Até 2027, o número de medalhas paraolímpicas à serem conquistadas será de 10.

101. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 12. Metas no domínio do Desporto para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Jogos Africanos - - 14 - - - - - - 13
Jogos da Região 5 - - 4 - - - - - - 3
Jogos da CPLP - - 3 - - - - - - 2
Andebol - - 26 - - - - - - 24
Basquetebol masculino - - 15 - - - - - - 13
Basquetebol feminino - - 18 - - - - - - 16
Futebol - - 124 - - - - - - 120
Hóquei em Patins - - 6 - - - - - - 5
Ginástica - - - - - - - -
Judo - - 59 - - - - - - 39
Medalhas Olímpicas ganhas - - 0 - - - - - - 1
Percentagem da população
envolvida na prática - - 0,36 - - - - - - 0,38
desportiva (%)
Medalhas paralímpicas
- - 8 - - - - - - 10
ganhas

3.3.6 Cultura

102. Acção Estratégica: Proporcionar oportunidades para os cidadãos expressarem a sua criatividade,
reforçando a coesão nacional e projectando uma imagem positiva de Angola à escala global.

103. Para o período 2023-2027, pretendemos um sector cultural nacional estruturado e sustentável,
capaz de estimular uma ampla diversidade de artistas, géneros e modos de expressão, e de
catalisar o desenvolvimento social e económico. Para isso:

i. Abordaremos o desenvolvimento dos diferentes segmentos do sector com um


compromisso de longo prazo, garantindo a estabilidade das políticas para construir um
sector dinâmico capaz de gerar oportunidades de crescimento e desenvolvimento para
outros sectores e actividades;

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ii. Reconheceremos e intensificaremos o crescente impacto social e económico das
indústrias culturais e criativas para que parte da população realize seus sonhos e
aspirações, proporcionando maior bem-estar a todos os integrantes do sector;

iii. Daremos atenção especial a segmentos que têm capacidade limitada para gerarem
receitas e se tornarem auto-sustentáveis, apoiando o sector com recursos humanos e
financeiros e disponilizando oportunidades através da abertura de concursos para
financiamento a propostas concorrenciais;

iv. Asseguraremos o cumprimento dos compromissos internacionais de protecção,


preservação e reconhecimento do património cultural angolano no plano nacional e
internacional;

v. Reforçaremos a formação artística e técnica de jovens profissionais, promovendo o


envolvimento dos mesmos na formulação de políticas sectoriais apoiando com
possibilidades de networking e exposição internacional;

vi. Iremos incorporar com sucesso vários locais de interesse patrimonial na lista do
Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO), incluindo o Cuito Cuanavale;

vii. Continuaremos também a implementar as recomendações da UNESCO para preservar


e valorizar o Mbanza Congo como Património Mundial, reforçando assim o perfil
internacional de Angola;

viii. Formularemos políticas com foco na inovação, acelerando assim a modernização do


sector e a sua capacidade para gerar bens e serviços;

ix. Articularemos as nossas estratégias culturais e de turismo, para benefício mútuo, e


garantindo financiamento adicional para preservação do património, reabilitação dos
centros históricos e patrocínio gratuitos de eventos culturais;

x. Trabalharemos para que no médio/longo prazo Angola seja reconhecida


mundialmente pela originalidade da nossa cultura e formas de expressão, desde as
tradições locais às formas de arte e danças tradicionais únicas, incluindo o kizomba, o
kuduro, a kazukuta e a kabetula;

xi. Maximizaremos o potencial dos nossos artistas, oferecendo-lhes uma plataforma para
a comunidade lusófona e os públicos globais;

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xii. Trabalharemos no sentido de incorporar com sucesso vários locais de interesse
patrimonial, na lista do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO);

xiii. Continuaremos a implementar as recomendações da UNESCO para preservar e


valorizar Mbanza Congo como Património Mundial, reforçando assim o perfil
internacional de Angola;

xiv. Iremos desenvolver a economia criativa, estimulando as cadeias de valor directas e


indirectas do sector e desenvolvendo a cultura popular urbana e rural como activo
social e económico;

xv. Promoveremos o acesso à cultura, apoiando a criação de um mercado interno para


produtos culturais, articulando a política cultural com os meios de comunicação social,
articulando a política cultural com o ensino e com o desenvolvimento do País e
apoiando a diversidade étnico-cultural e a unidade nacional;

xvi. Desenvolveremos um eco-sistema cultural, impulsionando a autonomia dos agentes e


a respectiva projecção regional e global, promover o envolvimento das organizações
na definição de estratégia, reforçar as instalações culturais e criar um eco-sistema de
organizações do Sector; e

xvii. Criaremos condições técnicas e administrativas para a instalação nas diferentes


regiões do País de infraestruturas culturais, nomeadamente Centros Culturais, Casa de
Cultura, Bibliotecas e Arquivos.

104. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a percentagem de bens e serviços criativos sobre o total das exportações
aumentará de 0,002%, em 2021, para 0,016%; e

ii. Até 2027, a percentagem da população activa empregada no sector cultural e criativo
aumentará de 0,14%, em 2021, para 0,29%.

105. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

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Tabela 13. Metas no domínio da Cultura para o período 2023-2027
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Bens e serviços criativos
como
0,008 0,009 0,001 0,002 0,009 0,08 0,010 0,012 0,014 0,016
percentagem do total das
exportações (%)
Percentagem da
população empregada no
- 0,18 0,15 0,14 0,20 0,22 0,24 0,26 0,28 0,29
sector cultural e criativo
(%)

3.4 Eixo IV – Reduzir as Desigualdades Sociais, Erradicando a Fome e a Pobreza Extrema,


Promovendo a Igualdade do Género e Solucionando os Desafios Multidimensionais e
Transversais à Elevação da Qualidade de Vida das Populações.

106. Domínios de Intervenção: Protecção Social; Igualdade de Género; e Juventude.

3.4.1 Protecção Social

107. Acção Estratégica: Implementar um sistema de protecção social que proteja os mais vulneráveis,
elimine os ciclos de pobreza e contribua para a realização do potencial humano de todos os
cidadãos Angolanos.

108. Para o período 2023-2027, pretendemos que Angola tenha um sistema de protecção social
sustentável, com um suporte credível e confiável para a protecção dos cidadãos que dele
necessitem, resgatando pessoas do ciclo da pobreza e contribuindo para a redução dos níveis de
desigualdade. Para isso:

i. Priorizaremos a protecção social de base para assegurar o apoio constante e confiável


às famílias e cidadãos mais vulneráveis em todo o País;

ii. Aumentaremos o investimento em protecção social de base, assegurando que pelo


menos 1,6 milhões de angolanos abandonem a situação de pobreza, em 2027;

iii. Asseguraremos a permanência da sustentabilidade à medida que a população


envelhece e a taxa de dependência aumenta, promovendo o aumento da base
contributiva que decorrerá de mais emprego formal;

iv. Estimularemos tanto o lado da oferta, como o lado da procura, com o objectivo de
disponibilizar aos cidadãos um maior controle do seu futuro, apoiando e incentivando
a criação de fundos de pensões privados e uma cultura de aforro para a reforma, de
modos a garantir uma protecção social complementar;

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v. Desenvolveremos sistemas de informação integrados com ferramentas analíticas que
incluam a criação de um Cadastro Social Único, agregador de todos os dados da
protecção social por individuo, melhorando assim a monitorização e o
acompanhamento dos resultados de melhoria do capital humano;

vi. Aumentaremos a coordenação entre as diferentes entidades envolvidas na protecção


social, clarificando as funções, responsabilidades e o modelo de governação das
mesmas, melhorando e simplificando as relações entre estes intervenientes,
aproveitando as sinergias entre os programas e recursos, evitando a duplicação de
esforços;

vii. Maximizaremos o âmbito das Transferências Sociais Monetárias, com a atribuição de


subsídios em dinheiro, no âmbito do Programa Kwenda;

viii. Removeremos as barreiras à formalização, criando canais para apoiar a disponibilidade


e adesão remota, estabelecendo canais protegidos para os empregados pedirem
apoios, no caso de o empregador não proceder ao seu registo;

ix. Continuaremos a flexibilizar o quadro de contribuições para facilitar a formalização dos


trabalhadores sazonais, com regimes aplicáveis às micro-empresas, aumentando os
pontos de contacto para pessoas que trabalham por conta própria;

x. Criaremos mecanismos de controlo para reforçar as equipas de inspectores fiscais e de


inspecção do trabalho, aplicando penalizações exemplares à pessoas ou entidades que
reiteradamente evadam o sistema;

xi. Aumentaremos o número de Centro de Empreendedorismo e Serviços de Emprego


(CLESE) e a capacidade dos mesmos em acompanharem os desempregados ou
empresários, garantindo que todos se inscrevem na segurança social;

xii. Aumentaremos a cobertura pessoal, com a inscrição de mais segurados e


contribuintes, com o consequente alargamento da base contributiva;

xiii. Reforçaremos a articulação do INEFOP com o CLESE e com os empregadores,


promovendo mudanças rápidas na oferta de formações, de acordo com as
necessidades reais e existentes, e uma rápida identificação dos cidadãos que não
dispõem de competências e requerem requalificação;

xiv. Reforçaremos o cumprimento de obrigações, com (i) o fortalecimento do INSS que


passará pela promoção do cumprimento de obrigações legais e redução de fraudes; (ii)
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a melhoria da comunicação com os contribuintes para assegurar e educar novos
empregadores e empregados; (iii) a simplificação dos canais de suporte aos
pagamentos, assegurando que as plataformas de interacção com os intervenientes-
chave sejam simples e intuitivas e facilitem o acesso através de meios digitais;

xv. Reforçaremos a proximidade o acesso a canais remotos, como portais online, centros
de atendimento telefónico e redes sociais, para que todos os empregados acedam;

xvi. Apoiaremos a educação financeira, através da sensibilização sobre a importância da


poupança e do incentivo ao investimento na protecção social complementar,
promovendo a cultura de poupança e avaliando os incentivos fiscais para os
aforradores aumentarem a sensibilização e educação financeira a vários níveis.

109. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o investimento em protecção social de base aumentará para 0,91 mil
milhões;

ii. Até 2027, a percentagem da população que vive abaixo do limiar de pobreza cairá de
48%, em 2021 para 46%;

iii. Até 2027, o número de contribuintes no sistema de Protecção Social Obrigatória


aumentará de 20.915 milhões, em 2021 para 32.900 milhões;

iv. Até 2027, o número de segurados aumentará de 2,130 milhões, em 2021 para 3,0
milhões;

v. Até 2027, o número de Pensionistas aumentará de 193,39 mil, em 2021 para 313,0 mil;

vi. Até 2027, a percentagem da População empregada coberta pela PSO aumentará de
19,8, em 2021 para 40,5;

vii. Até de 2027, serão realizadas 100 acções de sensibilização no domínio da PSO;

viii. Até de 2027, serão implementados 5 Regimes de PSO;

ix. Até 2027, os gastos com a Protecção Social, em percentagem do PIB, aumentarão de
1,3, em 2021 para 3,5%

x. Até 2027, os activos em fundos da Protecção Social Complementar, aumentará de 1,51


mil milhões de dólares, em 2021 para 3,61 mil milhões.

110. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

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Tabela 14. Metas no domínio da Protecção Social para o período 2023-2027
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Investimento em
protecção social
(mil de milhões de 0,48 - - - - - - - - 0,91
USD)
Percentagem da
população que vive
abaixo do limiar de 48 48 48 48 - - - - - 46
pobreza (%)
Número de
contribuintes
- 17,922 18,512 20,915 22,900 24,900 26,900 28,900 30,900 32,900
(milhões)
Número de
segurados
- 1,849 1,967 2,130 2,330 2,430 2,630 2,830 2,930 3,000
(milhões)
Número de
Pensionistas
- 142,81 160,16 193,39 213,00 233,00 253,00 273,00 293,00 313,00
(milhares)
% da População
empregada
- - 12 19,8 22,5 25,5 27,5 30,5 35,5 40,5
coberta pela PSO
Acções de
sensibilização no
- - - - 20 20 20 20 20 20
domínio da PSO
Regimes de PSO
implementados 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1
Activos em fundos
da Protecção Social
Complementar (mil 1,51 1,51 1,51 1,51 1,86 2,21 2,56 2,91 3,36 3,61
de milhões de USD)
Gastos com a
Protecção Social
2,6 1,7 1,3 1,3 1,3 2,9 2,4 2,8 3,0 3,5
em percentagem
do PIB (%)

3.4.2 Acção Social

111. Acção Estratégica: (i) Fortalecer as estruturas familiares, mediante a informação e sensibilização
das populações sobre as competências familiares, com vista a mitigar o risco social e a
desestruturação das famílias, através de mecanismos que estimulem métodos inovadores de
educação e consciencialização pública, e combater à pobreza extrema das famílias e pessoas em
situação de vulnerabilidade; (ii) Combater e proteger a criança contra actos de violência e de
violação dos seus direitos, com realce para os casos de abuso sexual, exploração do trabalho
infantil, instrumentalização, acusação de práticas de feitiçaria, rapto e tráfico de criança,
casamento e gravidez precoce; (iii) Implementação da Política Nacional do Agente de
Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (ADECOS); (iv) Implementação do Programa de
Fortalecimento da Protecção Social; e (V) Implementação do Programa de Formação dos Quados
do IDL-FAS e Administração Local.

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112. Para o período 2023-2027, teremos de fortalecer as estruturas familiares, combater à pobreza
extrema das famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade, combater e proteger a criança
contra actos de violência e de violação dos seus direitos. Para isso:

i. Implementaremos a figura do ADECOS nos novos municípios de intervenção do


Programa KWENDA, identificando-os, treinando-os e integrando-os no quadro
municipal);

ii. Potenciaremos a inclusão produtiva de famílias pobres e vulneráveis, através da


facilitação e/ou capacitação de transferências de recursos, com o objectivo de
promover o autoemprego e o empreendedorismo;

iii. Asseguraremos a Municipalização da Acção Social (MAS), a ser materializada pelos


Centros de Acção Social Integrada (CASI);

iv. Criaremos competências por meio de acções de formação no IDL-FAS e na


Administração Local, que levem a uma acção integrada que gere valor económico local;

v. Asseguraremos o reforço de atribuição de meios de compensação e/ou de ajudas


técnicas às pessoas com deficiência;

vi. Garantiremos maior e melhor acesso da pessoa com deficiência aos bens e serviços;

vii. Reforçaremos a protecção social da pessoa com deficiência, com a atribuição de


subsídios mensais, com vista a operacionalização da Lei n.º 6/98 de 7 de Agosto;

viii. Garantiremos orçamentos Municipais para a promoção das acessibilidades para a


pessoa com deficiência;

ix. Fomentaremos o autoemprego, no seio das pessoas com deficiência;

x. Garantiremos maior e melhor protecção social aos pais com filhos de espectro de
autismo, enquadrando-os em actividades geradoras de renda;

xi. Efectuaremos um Inquérito Nacional de caracterização sociodemográfica da


população com deficiência e, criaremos um Banco de Dados sobre a Deficiência.

xii. Reduziremos o número de crianças vítimas de violência e desprotegidas acolhidas em


centros de acolhimento e famílias substitutas;

xiii. Aumentaremos o número de pessoas sensibilizadas sobre os direitos da criança; e,


aumentaremos o número de estabelecimentos de rede de protecção e promoção dos
direitos da criança;
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xiv. Garantiremos a atribuição de subsídio de velhice a 30% dos idosos;

xv. Aumentaremos os Equipamentos Sociais de Protecção e Assistência a Pessoa Idosa


sem amparo familiar, para maior conforto e dignidade dos vulneráveis;

xvi. Expandiremos a Municipalização da Acção Social e criaremos Centros de Acção Social


Integrado, em todos os Municípios de Angola para garantir o cadastramento e
referenciamento das famílias vulneráveis a outros serviços;

xvii. Criaremos instrumentos legais que garantam a atribuição de subsídio a pessoas idosas
e com deficiência, que não contribuíram para segurança social;

xviii. Criaremos mecanismos para a criação de fundos de solidariedade social, para o apoia
a pessoas em situação de vulnerabilidade;

xix. Aumentaremos os mecanismos de controle e acompanhamento das Organizações não


Governamentais;

xx. Aumentaremos as cooperativas de Inclusão Produtiva para as famílias vulneráveis e as


refugiadas em Angola, para garantir a sustentabilidade e aumento de recursos
financeiros;

xxi. Divulgaremos a Lei 25/1, Lei sobre Protecção e Desenvolvimento Integral da Criança e
os 11 Compromissos para que sejam efetivamente conhecidos e assumidos em todo o
território nacional;

xxii. Reforçaremos o papel interventivo da administração local, na promoção dos direitos


da criança e implementação dos 11 compromissos com a criança;

xxiii. Asseguraremos o reforço da sociedade civil e do sector privado para uma intervenção
mais actuante, em relação a implementação dos 11 compromissos para protecção
integral e desenvolvimento da criança;

xxiv. Trabalharemos na elaboração das políticas de inclusão, protecção e empoderamento


socioeconômico e cultural das comunidades minoritárias, primando pela preservação
das línguas nativas, enquanto principal veículo da cultura e da memória colectiva;

xxv. Implementaremos acções educativas e culturais que visam sensibilizar,


consciencializar as populações e incentivar as denúncias de práticas de violência
doméstica e descriminações por conta do sexo, idade, condição física, social ou
económica e que rompam com a tolerância da sociedade frente ao fenómeno;

Página 82 de 145
xxvi. Garantiremos a protecção das vítimas em situação de violência, por meio da criação e
reforço de serviços especializados (Casas-Abrigo; Centros de Aconselhamento Familiar;
Gabinetes Especiais de Atendimento às Vítimas, nas esquadras de Polícia e nos Serviços
de Saúde; Linhas de Denúncias Rápidas - SOS violência doméstica), e da
constituição/fortalecimento da Rede de Atendimento, bem como, a articulação do
Governo com a sociedade, no sentido de garantir a integralidade do atendimento.

113. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, 20 novos municípios beneficiam de ADECOS formados e integrados no


quadro municipal;

ii. Até 2027, novos ADECOS serão formados e integrados no quadro municipal,
aumentando de 1.182, em 2021 para 2.175;

iii. Até 2027, o número de beneficiários (directos e indirectos) cadastrados no Programa


KWENDA, passará dos 1,05 milhões para os 5,00 milhões;

iv. Até 2027, as Transferências Social Monetárias (TSM) aos agregados familiares
selecionados passarão dos 210 mil agregados, em 2021 para 1,60 milhões;

v. Até 2027, serão beneficiados 50.000 cidadãos, no âmbito da componente de IP


Programa KWENDA;

vi. Até 2027, º número de Centros de Acção Social Integrados (CASI) em funcionamento,
passará dos 3 centros, em 2021 para 49;

vii. Até 2027, º número de novas acções de formação, desenvolvidas no âmbito da


Municipalização da Acção Social do Programa KWENDA, aumentará das 3 acções, em
2021 para 49;

viii. Até 2027, o número de técnicos formados, no âmbito da Municipalização da Acção


Social do Programa KWENDA, passará de 400, em 2021 para 1.600;

ix. Até 2027, serão sensibilizados pelo menos 1,00 milhão de pessoas, sobre os direitos da
criança;

x. Até 2027, estarão em funcionamento nas comunidades, 1.080 redes de protecção e


promoção dos direitos da criança, como modelo de intervenção de sinalização e
respostas de casos de violência contra a criança;

Página 83 de 145
xi. Até 2027, serão assistidas 150 mil pessoas com deficiência, com meios de
compensação e ajudas técnicas;

xii. Até 2027, o número de pessoas em situação de vulnerabilidade (pessoas com


deficiência, jovens mulheres, ex-militares e famílias em situação de vulnerabilidade)
integradas em actividades geradoras de renda e/ou autoemprego, aumentará de
1.200, para 7.000;

xiii. Até 2027, serão beneficiadas mais de 5.000 pessoas com deficiência de
subsídios mensais; e

114. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 15. Metas no domínio da Acção Social para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Número de novos
municípios com
ADECOS formados e
enquadrados, no 0 0 5 23 37 42 46 50 54 58
âmbito do Programa
KWENDA (fluxo
cumulativo)
Número de novos
ADECOS formados e
enquadrados, no
- - 150 1.182 1.538 1.666 1.794 1921 2.048 2.175
âmbito do Programa
KWENDA (fluxo
cumulativo)
Número de
beneficiários
(directos e
indirectos)
cadastrados na
Componente de
- - 53,37 1.050,00 1.768,79 2.415,03 3.061,27 3.707,51 4.353,75 5.000,00
Transferências
Sociais Monetárias
do Programa
KWENDA (fluxo
cumulativo)
(milhares)
Número de
Agregados
Familiares pagos
âmbito da
Componente de
Transferência - - 10,67 302,04 700,00 900,00 1.100,00 1.300,00 1.454,00 1.608,00
Sociais Monetárias
do Programa
KWENDA (fluxo
cumulativo)
(milhares)
Número de
beneficiários
(directos) apoiados
pela Componente de
0 0 16.924 23.924 30.924 37.924 43.962 50.000
Inclusão Produtiva
do Programa
- -
KWENDA (fluxo
cumulativo)
Número de Centros
de Acção Social 2 3 14 21 28 35 42 49
- -
Integrados (CASI)

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
apoiados pela
Componente da
Municipalização da
Acção Social do
Programa KWENDA
(fluxo cumulativo)
Número formações
da Municipalização
da Acção Social
- - 0 6 10 12 14 16 18 20
realizadas no
Programa KWENDA
(fluxo cumulativo)
Número de Técnicos
formados nas acções
de formação da
Municipalização da
- - 50 400 1.062 1.200 1.300 1.400 1.500 1.600
Acção Social
realizadas no
Programa KWENDA
(fluxo cumulativo)
Pessoas
sensibilizadas sobre
- - - - - 200 400 600 800 1.000
os direitos da criança
(milhares)
Redes de protecção
e promoção dos
- - - - - 220 440 660 880 1.080
direitos da criança
em funcionamento
Pessoas com
deficiência assistidas
com meios de
- - - - - 30 60 90 120 150
compensação e
ajudas técnicas
(milhares)
Número de Pessoas
em situação de
vulnerabilidade
enquadradas em
4.037 1.300 1.159 1.200 - 1.500 3.000 4.500 6.000 7.000
actividades
geradoras de
rendimento e /ou
auto - emprego
Número de pessoas
com deficiência
- - - - - 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000
beneficiárias de
subsídios mensais

3.4.3 Igualdade de Género

115. Acção Estratégica: Promover a transformação da sociedade onde as raparigas e as mulheres têm
igualdade de oportunidades no acesso à educação, aos cuidados de saúde, ao trabalho formal e
remunerado, ao progresso na carreira, a participação política e aos cargos de liderança.

116. Para o período 2023-2027, pretendemos que Angola registe avanços significativos no
empoderamento feminino, tornando-as mais empoderadas e livres para atingirem todo o seu
potencial, num país que ofereça igualdade de oportunidades e promove a igualdade de género
como um objectivo. Para isso:

Página 85 de 145
i. Melhoraremos a igualdade de género em Angola para um nível equiparável aos
melhores da região, para que possa representar um incremento potencial de 11 mil
milhões de dólares no PIB;
ii. Definiremos a posição estratégica da pasta da Igualdade de Género, no organograma
governativo para facilitar a coordenação das políticas de igualdade de género entre
todos os sectores;
iii. Reforçaremos a capacidade de coordenação para a implementação da Política
Nacional para a Igualdade e Equidade de Género e fortaleceremos as medidas de
prevenção e combate à violência baseada no género, para a integração da igualdade
de género, nos diferentes sectores da acção governativa;
iv. Institucionalizaremos uma rede de Organizações da Sociedade Civil (OSC) com foco nas
dimensões da igualdade de género, que nos permitirá a elaboração de programas e
projectos para a criação de políticas de igualdade e equidade de género;
v. Criaremos o Observatório de Género, como mecanismo nacional de
acompanhamento, avaliação e de reporte dos progressos em matéria de igualdade e
equidade de género;
vi. Garantiremos o acesso à escolaridade, de modo a que Angola atinja a paridade de
género na educação e melhor se posicione no ranking da dimensão Educação, do
Índice de Igualdade de Género;
vii. Promoveremos a literacia digital precoce, garantindo a disponibilidade de cursos
básicos de TIC para crianças em todas as escolas primárias, e lançaremos um programa
de bolsas de estudo dirigido às raparigas para o ensino superior;
viii. Introduziremos quotas para o acesso a cursos de formação profissional, promovendo
a integração de mais jovens e mulheres, especialmente nas áreas com maior retorno
económico e potencial de emprego;
ix. Garantiremos o acesso à saúde reprodutiva, instruindo as Mulheres e as Jovens na
utilização de métodos contraceptivos modernos, nas áreas urbanas e rurais, para
evitarem gravidez indesejada e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST);
x. Potenciaremos a participação económica das mulheres, incrementando um programa
de formação e tutoria para apoiar a criação de Pequenas e Médias Empresas para a
criação do seu próprio emprego;

Página 86 de 145
xi. Levaremos a cabo programas para incentivar a formalização da actividade das
mulheres nas indústrias criativas e a organização e iniciativas empreendedoras das
trabalhadoras rurais;
xii. Promoveremos a criação de cooperativas e associações de mulheres nas zonas rurais
com o objectivo de formalizar os seus negócios;
xiii. Estabeleceremos programas de mentores para o empreendedorismo,
proporcionando acesso a empreendedoras mais experientes que possam oferecer
apoio nas diferentes fases do negócio e no acesso ao crédito.

117. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a pontuação do Índice Global de Desigualdade de Género do Fórum


Económico Mundial reduzirá de 0,66, em 2021 para 0,70 (o índice tem um valor
máximo possível de 1, que significa a total ausência de diferença entre géneros em
qualquer uma das três dimensões: empoderamento, educação e actividade
económica);

ii. Até 2027, a percentagem de mulheres em idade reprodutiva com acesso a métodos
modernos de planeamento familiar aumentará de 13%, em 2021 para 18%;

iii. Até 2027, o Índice Global de Desigualdade de Género do Fórum Económico Mundial –
pontuação de Habilitações Escolares, alcançando paridade de género (Ensino primário)
aumentará de 0,76, em 2021 para 0,81;

iv. Até 2027, o Índice Global de Desigualdade de Género do Fórum Económico Mundial –
pontuação de Habilitações Escolares, alcançando paridade de género (Ensino
secundário) aumentará de 0,81, em 2021 para 0,84.;

v. Até 2027, o índice Global de Desigualdade de Género do Fórum Económico Mundial –


pontuação de Habilitações Escolares, alcançando paridade de género (Ensino superior)
aumentará de 0,83, 2021 para 0,87.

vi. Até 2027, o número de mulheres representadas na Assembleia Nacional aumentará


dos actuais 30%, em 2021 para 36%;

vii. Até 2027, o número de mulheres entre os 15 e 49 anos vítimas de violência física e/ou
sexual nos últimos 12 meses reduzirá de uma taxa actual de 25,9%, em 2021 para
17,5%;

Página 87 de 145
viii. Até 2027, o Índice Global de Desigualdade de Género do Fórum Económico Mundial –
pontuação da dimensão de Participação e Oportunidades aumentará dos 0,64, em
2021 para 0,67;

ix. Até 2027, a proporção de mulheres no total de trabalhadores profissionais e técnicos


aumentará de 0,54, em 2021 para 0,58.

118. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 16. Metas no domínio da Igualdade de Género para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Pontuação do Índice
Global de Desigualdade
0,66 0,66 0,66 0,66 - 0,66 0,67 0,68 0,69 0,70
de Género do Fórum
Económico Mundial
A percentagem de
mulheres em idade
reprodutiva com acesso
- - - 13 13 14 15 16 17 18
a métodos modernos
de planeamento
familiar aumentará
Índice Global de
Desigualdade de
Género do Fórum
Económico Mundial –
pontuação de 0,76 0,76 0,76 0,76 0,77 0,77 0,78 0,79 0,80 0,81
Habilitações Escolares,
alcançando paridade de
género (Ensino
primário)
Índice Global de
Desigualdade de
Género do Fórum
Económico Mundial –
pontuação de 0,81 0,81 0,81 0,81 0,81 0,815 0,82 0,825 0,83 0,84
Habilitações Escolares,
alcançando paridade
de género (Ensino
secundário)
Índice Global de
Desigualdade de
Género do Fórum
Económico Mundial –
pontuação de 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,84 0,85 0,855 0,86 0,87
Habilitações Escolares,
alcançando paridade
de género (Ensino
superior)
Representação de
mulheres na
30 30 30 30 31 32 33 34 35 36
Assembleia Nacional
(%)
Mulheres vítimas de
violência física e/ou
25,90 25,90 25,90 25,90 25,90 23 21 19 18 17,50
sexual nos últimos 12
meses (%)
Índice Global de
Desigualdade de
Género do Fórum
Económico Mundial – 0,64 0,64 0,64 0,64 0,64 0,645 0,65 0,655 0,66 0,67
pontuação da dimensão
de Participação e
Oportunidade
Proporção de mulheres
0,54 0,54 0,54 0,54 0,54 0,55 0,55 0,56 0,57 0,58
no total de

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
trabalhadores
profissionais e técnicos

3.4.4 Juventude

119. Acção Estratégica: Melhorar o Índice de Desenvolvimento Jovem, conferindo aos jovens maior
acesso à saúde, à formação, à qualificação profissional e académica que os habilite à plena
integração no mercado de trabalho.

120. Para o período 2023-2027, como forma de se continuar o processo de respostas concretas às
necessidades e expectativas geradas no seio dos jovens, em conformidade com a dinâmica que
envolve a sociedade angolana, far-se-á sempre apelo à transversalidade das acções para
benefício desta franja, por meio de ferramentas e mecanismos capazes de acudir as suas
debilidades e necessidades, contribuir para diversificação da economia, resgate dos valores
morais e cívicos e reforço da cultura de Paz e da cidadania assentes em três eixos principais: (i)
Melhoria da qualidade de vida dos jovens; (ii) Integração dos jovens na vida activa (iii)
Participação dos jovens no desenvolvimento social do país. Para isso:

i. Promoveremos acções que previnam o surgimento de comportamentos de risco entre


os jovens;

ii. Desenvolveremos campanhas de prevenção ao consumo excessivo de bebidas


alcoólicas e outras drogas;

iii. Expandiremos as infra-estruturas básicas para a juventude (Casas e Centros


Comunitários da Juventude, Parques Regionais de Campismo e Centros Integrados de
Apoio à Juventude);

iv. Apoiaremos a realização de actividades sobre educação ambiental;

v. Fomentaremos acções de educação e prevenção rodoviária;

vi. Apoiaremos iniciativas de associações juvenis especializadas e de voluntariado;

vii. Reforçaremos as acções de sensibilização e prevenção à delinquência juvenil, violência


no género e tráfico de seres humanos;

viii. Intensificaremos as acções de educação sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens


(gravidez precoce, DTS e VIH);

ix. Apoiaremos às iniciativas das associações juvenis especializadas e de voluntariado;


Página 89 de 145
x. Promoveremos o acesso dos jovens à habitação condigna por meio de concurso às
centralidades, à auto-construção dirigida e ao crédito bonificado;

xi. Realizaremos de consultorias, orientação e aconselhamento aos jovens


empreendedores;

xii. Apoiaremos Start ups juvenis e à criação e funcionamento de micro incubadoras de


negócios; e à constituição de cooperativas produtivas juvenis;

xiii. Fomentaremos o cooperativismo rural juvenil (agricultura, avicultura, pesca, etc).;

xiv. Reforçaremos as acções de educação e inclusão financeira para os jovens;

xv. Apoiaremos às acções de promoção da cidadania e patriotismo no seio dos jovens;

xvi. Apoiaremos à realização de acampamentos juvenis; e

xvii. Revisaremos o Regime Jurídico das Associações Juvenis e Estudantis.

121. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a taxa de acções que previnam o surgimento de comportamentos de risco


entre os jovens aumentará para 0,56;

ii. Até 2027, o número de infra-estruturas básicas para a juventude (Casas e Centros
Comunitários da Juventude, Parques Regionais de Campismo e Centros Integrados de
Apoio à Juventude) aumentará de 10 unidades, em 2021 para 20;

iii. Até 2027, o índice das acções de Educação Ambiental alcançará os 0,8;

iv. Até 2027, o índice de Reforço das acções de sensibilização e prevenção à delinquência
juvenil, violência no género, ao tráfico de seres humanos registará os 0,72;

v. Até 2027, o índice das acções de educação sexual e reprodutiva de adolescentes e


jovens (gravidez precoce, DTS e VIH) aumentará para 0,77;

vi. Até 2027, o número de iniciativas das associações juvenis especializadas e de


voluntariado apoiadas, aumentará de 60, em 2021 para 120 iniciativas;

vii. Até 2027, o índice de apoio às Start ups juvenis e à criação e funcionamento de micro
incubadoras de negócios aumentará de 0,16, em 2021 para 0,66;

viii. Até 2027, o índice de fomento ao cooperativismo rural juvenil (agricultura, avicultura,
pesca, etc) aumentará de 0,25, em 2021 para 0,75;

Página 90 de 145
ix. Até 2027, a taxa de reforço das acções de educação e inclusão financeira para os jovens
aumentará de 0,16, em 2021 para 0,83;

x. Até 2027, o índice de apoio às acções de promoção da cidadania e patriotismo no seio


dos jovens passará dos 0,16, em 2021 para 0,66;

xi. Até 2027, o número de jovens com acesso ao crédito bonificado, com vista ao reforço
da classe empresarial jovem, aumentando significativamente o financiamento aos seus
projectos e negócios aumentará de 260, em 2021 para em mais de 2500 jovens.

122. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 17. Metas no domínio da Juventude para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Taxa de acções que previnam o
surgimento de comportamentos de 0,06 - - - - 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
risco entre os jovens.
Número de infra-estruturas básicas
para a juventude (Casas e Centros
Comunitários da Juventude, Parques 10 10 10 10 - 2 2 2 2 2
Regionais de Campismo e Centros
Integrados de Apoio à Juventude)
Índice das acções de Educação
0,2 - - - - 0,1 0,1 0,1 0,1 0,8
Ambiental
Índice de Reforço das acções de
sensibilização e prevenção à
0,22 - - - - 0,1 0,1 0,1 0,1 0,77
delinquência juvenil, violência no
género, ao tráfico de seres humanos.
Índice das acções de educação sexual
e reprodutiva de adolescentes e 0,27 - - - - 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
jovens (gravidez precoce, DTS e VIH).
Número de iniciativas das
associações juvenis especializadas e - - - 60 - 12 12 12 12 12
de voluntariado apoiadas.
Índice de apoio às Start ups juvenis e
à criação e funcionamento de micro - - - -0,16 - - - - - 0,83
incubadoras de negócios.
Índice de fomento ao cooperativismo
rural juvenil (agricultura, avicultura, - - - 0,25 - - - - - 0,75
pesca, etc).
Taxa de reforço das acções de
educação e inclusão financeira para - - - 0,16 - - - - - 0,83
os jovens.
Índice de apoio às acções de
promoção da cidadania e patriotismo - - - 0,33 - - - - - 0,66
no seio dos jovens.
Número de jovens com acesso ao
crédito bonificado, com vista ao
reforço da classe empresarial jovem,
- - - 260 - 448 448 448 448 448
aumentando significativamente o
financiamento aos seus projectos e
negócios.

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3.5 Eixo V- Modernizar e Tornar mais Eficientes as Infraestruturas do País e Preservar o
Ambiente.

123. Domínios de Intervenção: Telecomunicações e Tecnologias de Informação; Transportes


(subsectores da Aviação, Ferroviário, Marítimo e Rodoviário); Energia; Recursos Hídricos; Obras
Públicas; e Ambiente.

3.5.1 Telecomunicações e Tecnologias de Informação

124. Acção Estratégica: Expansão da infraestrutura, a conectividade e a inclusão digital, assegurando


previamente a criação e implementação do quadro regulatório do sector das Tecnologias da
informação e comunicação (TIC) e contribuir para o desenvolvimento do capital humano.

125. Para o período 2023-2027, pretendemos melhorar o acesso à tecnologia de telefonia móvel e
internet, principalmente nas áreas rurais, criando um ecossistema digital moderno, com vista a
canalizar investimentos para o desenvolvimento de competências em TIC e estimular a inovação.
Para isso:

i. Criaremos condições para aumentar a conectividade e a inclusão digital, expandir a


indústria e desenvolver o capital humano do nosso país, para colmatar as insuficiências
actuais ao nível das qualificações na área das TIC;

ii. Desenvolveremos um quadro regulatório que atrairá investimento com impacto ao


nível da promoção da concorrência e da rentabilidade no sector;

iii. Elaboraremos a Estratégia Nacional que regulará as aquisições governamentais de


produtos de tecnologia avançada para as TIC;

iv. Apoiaremos a implementação de centros de inovação e serviços relacionados,


incluindo offshoring e fabrico ou montagem de equipamentos, de modo a acrescerem
os serviços indirectos associados à actividade dos operadores, como o mobile money,
e-learning e e-medicine, que representam um catalisador importante para o
desenvolvimento deste ecossistema;

v. Aumentaremos o investimento no sector, assegurando que a percentagem do PIB


afecta ao processo de criação de um ecossistema digital moderno passe de 1,4% para
1,7%.

126. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

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i. Até 2027, a cobertura da rede 3G em percentagem da população aumentará de
73,84%, em 2021 para mais de 90%;

ii. Até 2027, a cobertura da rede 4G em percentagem da população aumentará de


21,97%, em 2021 para mais de 31,71%;

iii. Até 2027, o número de assinaturas de internet por 100 habitantes aumentará de 26,22,
em 2021 para 38,62;

iv. Até 2027, o número de assinaturas de telemóvel por 100 habitantes aumentará de
46,95, em 2021 para 56,71.

127. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 18. Metas no domínio da Telecomunicações e Tecnologias de Informação para o período 2023-2027
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Cobertura de rede 3G (% da
61% - 71,00 73,84 76,79 79,87 83,06 86,38 89,84 > 90
população)

Cobertura de rede 4G (% da
5% - 20,73 21,97 23,29 24,69 26,17 27,74 29,41 31,17
população)

Número de assinaturas de
14 - 22,06 26,22 26,48 29,80 31,57 34,51 36,01 38,62
internet por 100 habitantes
Número de assinaturas de
45 - 47,05 46,95 49,11 50,51 51,98 53,50 55,08 56,71
telemóvel por 100 habitantes

3.5.2 Transportes (Subsectores da Aviação Civil, Marítimo e Portuário,


Transportes Terrestres e da Logística)

128. Acções Estratégicas: (i) Promover a consolidação das transformações do Subsector da Aviação
Civil, através da liberalização efectiva do mercado aéreo e promoção da conectividade em África,
transformação do Regulador e estabilização da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC),
execução de projectos estruturantes, no âmbito do Programa de Gestão e Controlo do Espaço
Aéreo Civil (PGCEAC), atracção do Sector Privado na Gestão Aeroportuária e
Reestruturação/Capitalização da TAAG; (ii) Promover um transporte marítimo e serviços
portuários mais seguros e eficientes sobre mares, cada vez mais limpos e com operações
portuárias eficientes. Adicionalmente, deverá ser promovido o transporte de cabotagem a nível
nacional, bem como a especialização dos nossos portos, dando continuidade aos processos de
concessão e envolvimento do sector privado; (iii) Promover a extensão dos corredores
ferroviários e a ligação das linhas férreas, em especial, o desenvolvimento do projecto de ligação
do caminho de ferro de Luanda ao corredor do Lobito, com expansão da linha férrea entre
Malanje a Saurimo e ao Luena; (iv) Dinamizar os transportes colectivos urbanos e estimular a

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competitividade, bem como coordenar a melhoria do transporte e das infraestruturas rodoviárias
a nível nacional; (v) Promover a operacionalização da Rede Nacional de Plataformas Logísticas e
a certificação de carga para os diferentes sectores produtivos ou não-produtivos.

129. Para o período 2023-2027, pretendemos um sector de transportes sustentável que actue como
catalisador do crescimento económico e da competitividade, da mobilidade dos cidadãos e da
integração regional. Para isso:

i. Daremos continuidade ao processo de reestruturação das Linhas Aéreas de Angola-


TAAG, garantindo a sua estabilidade financeira, enquanto é preparada a privatização e
uma nova fase de crescimento;

ii. Garantiremos que o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro em Luanda disponha das


infraestruturas necessárias enquanto o Novo Aeroporto Internacional de Luanda
(NAIL) estiver em construção;

iii. Atrairemos agentes privados para gerir activos no sector aeroportuário, a fim de
garantir uma maior produtividade e eficácia ao nível dos custos;

iv. Desenvolveremos o nosso sistema ferroviário, com vista a impulsionar o


desenvolvimento nas regiões que este liga e atravessa, aumentando a utilização da
rede ferroviária;

v. Construiremos e renovaremos secções de linhas existentes com potencial para apoiar


a indústria mineira;

vi. Maximizaremos o potencial das infraestruturas dos terminais portuários para a


garantir o alinhamento com as estratégias nacionais e/ou regionais;

vii. Promoveremos o financiamento privado de infraestruturas portuárias não


concessionáveis, recorrendo a parcerias público-privadas;

viii. Criaremos uma Rede Nacional de Plataforma Logísticas, para clarificação das
obrigações das empresas portuárias e o reforço da descentralização e
operacionalização dos serviços públicos de transporte urbano e sub-urbanos;

ix. Maximizaremos o potencial da infraestrutura rodoviária, reduzindo os custos de


construção, manutenção e reabilitação da rede rodoviária nacional;

x. Dinamizaremos os transportes colectivos com estímulo à competitividade,


formalizando-os através de sistemas de incentivos positivos, como por exemplo a

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emissão de títulos de transporte recorrendo a mobile money, e da supervisão de
aspectos operacionais, como por exemplo as áreas de paragem e delimitação de rotas;

xi. Implementaremos, faseadamente, o Projecto Metro de Superfície de Luanda (MSL),


com vista a redução do tempo de viagem, a melhoria da mobilidade na Cidade de
Luanda, bem como a sua transformação urbanística, o fomento de novos negócios e a
criação de empregos e a promoção da qualidade de vida dos citadinos, com soluções
ambientais sustentáveis;

xii. Continuaremos a reforçar a segurança e adoptaremos políticas de liberalização dos


direitos de tráfego de forma sustentável;

xiii. Promoveremos a integração das Plataformas Logísticas na Rede Nacional de


Plataforma Logísticas, com vista ao alcance da integração logística multissectorial,
gerando menores custos de transporte e serviços de transporte de mercadorias mais
rápidos e fiáveis, bem como benefícios económicos mais amplos, como a redução dos
custos de congestionamento, crescimento económico regional e geração de emprego;

xiv. Reforçaremos a descentralização e operacionalização dos serviços públicos de


transporte urbano e suburbanos;

xv. Implementaremos o Projecto Integrado de Desenvolvimento da Baia de Moçâmedes


que consiste na revitalização da Baia de Moçamedes, expansão do Porto do Namibe e
reabilitação do Terminal Mineraleiro do Sacomar;

xvi. Implementaremos faseadamente o projecto do Terminal Integrado de


Desenvolvimento da Barra do Dande e da Zona Franca (TIDBD-ZF), incluindo a
construção de uma nova cidade e de um novo terminal oceânico;

xvii. Desenvolveremos a Cidade Aeroportuária, um projecto de desenvolvimento baseado


no conceito urbanístico de ‘Aeroporto Cidade’, numa área de cerca de 13.700 hectares
(incluindo o Novo Aeroporto Internacional de Luanda “NAIL”);

xviii. Daremos continuidade ao projecto de construção e concessão do Terminal de Águas


profundas do Porto de Cabinda no Caio Litoral.

130. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o número de passageiros transportados no subsector Rodoviário aumentará


de 146,152, em 2021 para 193,652 Milhões;

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ii. Até 2027, o número de passageiros da aviação civil irá aumentará de 0,928 milhões,
em 2021 para 4,478 milhões;

iii. Até 2027, a carga Transportada no Subsector Ferroviário aumentará de 543,35, em


2021 para 2.837,80 Mil Toneladas;

iv. Até 2027, a carga Transportada no Subsector Marítimo Portuário aumentará de 10,642
milhões de Toneladas, em 2021 para 13,523 milhões;

v. Até 2027, concluir a Construção do Terminal de águas profundas do Porto de Cabinda


no Caio Litoral;

vi. Até 2027, concluir a implementação do projecto de Desenvolvimento da Baía de


Moçâmedes (Requalificação da Baía de Moçâmedes, expansão do Porto do Namibe e
reabilitação do Terminal Mineraleiro do Sacomar);

vii. Até 2027, o grau de implementação da 1ª fase do Projecto Metro de Superfície de


Luanda passará dos 6%, em 2021 para 85%%;

viii. Até 2027, implementar-se-á o Programa de Gestão e Controlo do Espaço Aéreo Civil
(PGCEAC);

ix. Até 2027, será concluída a construção de 1 novo Terminal Marítimo/Fluvial de


Cabotagem;

x. Até 2027, serão infraestruturadas novas Plataformas Logísticas (energia, água e acesso
rodoviário);

xi. Até 2027, serão concessionadas novas Plataformas Logísticas;

xii. Até 2027, teremos a abertura da exploração e gestão aeroportuária para o sector
privado por via de contractos de concessão;

xiii. Até 2027, teremos a dinamizado os corredores e interligado as linhas férreas, com os
seguintes troços: Malange-Saurimo e Saurimo-Luena;

xiv. Até 2027, será concluído a implementação do projecto de reabilitação de 215 Km da


linha do CFL (Zenza-Cacuso);

xv. Até 2027, será concluído a implementação do projecto de construção da ligação


ferroviária (ramal) CFB-Zâmbia.

131. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

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Tabela 19. Metas no domínio dos Transportes para o período 2023-2027
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Passageiros
Transportados no
Subsector 129,191 118,925 86,033 146,152 141,751 151,998 158,078 169,143 180,983 193,652
Rodoviário.
(Milhões)
Passageiros
Transportados no
Subsector da 3,579 3,485 0,866 0,928 1,687 1,991 2,349 2,866 3,583 4,478
Aviação Civil.
(Milhões)
Carga
Transportada no
Subsector 358,917 298,264 460,135 543,351 653,301 1.778, 6 2.011,4 2.308, 0 2.598,2 2.837,8
Ferroviário.
(Milhares de Ton)
Carga
Transportada no
Subsector
10.151,6 10.072, 5 9.077,5 10.642, 4 10.572, 9 11.043, 9 11.535, 5 12.164, 1 12.826, 1 13.523, 2
Marítimo -
Portuário.
(Milhares de Ton)
Grau de
implementação
da Construção do
Terminal de
- - 15 31,69 11,31 17 20 5 - -
águas profundas
do Porto de
Cabinda no Caio
Litoral. (%)
Grau de
implementação
do projecto de
Desenvolvimento
da Baía de
Moçâmedes
(Requalificação
da Baía de - - 10 10 10 20 20 25 5 -
Moçâmedes,
expansão do
Porto do Namibe
e reabilitação do
Terminal
Mineraleiro do
Sacomar ). (%)
Grau de
implementação
da 1ª fase do
- - 15 6 9 12,5 12,5 15 20 10
Projecto Metro
de Superfície de
Luanda. (%)
Grau de
implementação
do Programa de
Gestão e
- - 7 11 17 25 25 15 - -
Controlo do
Espaço Aéreo
Civil (PGCEAC).
(%)
Construção de
Terminais
Marítimos - - - - - - - - - 1
/Fluviais de
Cabotagem. (Nº)
Infraestruturação
das Plataformas
Logísticas
- - - - - 1 1 1 1 1
(energia, água e
acesso
rodoviário). (Nº)

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Concessionar
Plataformas - - - - - 1 1 1 1 1
Logísticas. (Nº)
Abertura da
exploração e
Gestão
Aeroportuária
- - - - - 1 1 1 1 1
para o Sector
Privado por via de
contractos de
concessão. (Nº)
Dinamização dos
corredores e
interligação das
linhas férreas,
com os seguintes - - - - - - - - 1 1
troços: Malange-
Saurimo e
Saurimo-Luena.
(Nº)
Grau de
implementação
da reabilitação de
- - - - - 5 15 35 35 10
215 Km da linha
do CFL (Zenza-
Cacuso). (%)
Grau de
implementação
da construção da
ligação - - - - - - 7,5 20 22,5 50
ferroviária
(ramal) CFB-
Zâmbia. (%)

3.5.3 Energia

132. Acção Estratégica: Desenvolver um sector de energias mais sustentável, eficiente e inclusivo, que
apoie o desenvolvimento, impulsione o crescimento económico e atraia investimento privado em
grande escala.

133. Para o período 2023-2027, pretendemos que todos os Angolanos tenham acesso a energia
eléctrica, principalmente nas áreas rurais, com vista a impulsionar o crescimento económico e
atrair investimento privado em grande escala. Para isso:

i. Aumentaremos a taxa de electrificação on-grid, tanto em áreas urbanas como rurais,


juntamente com a introdução da electrificação off-grid, para a redução das assimetrias
e desigualdades regionais;

ii. Diversificaremos as nossas fontes de energia, aumentando a contribuição das energias


renováveis, incluindo a energia hidroeléctrica;

iii. Reduziremos as perdas comerciais por falta de pagamento, criando um sistema de


notificação de pagamento para particulares. Isto ajudará a fazer face às causas comuns

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da falta de pagamento, incluindo clientes não facturados, embora activos,
clientes inactivos esquecidos, e clientes que não pagam;

iv. Atrairemos investimento do sector privado para adicionar capacidade de geração


renovável e redes de transmissão e distribuição, alavancando o modelo de parcerias
público-privadas (PPP) no sector e atraindo capital de instituições multilaterais, como
o Banco Mundial;

v. Desenvolveremos um plano nacional de electrificação, aplicando critérios de


investimento que avaliem as contrapartidas entre a criação de novas capacidades e a
interligação de redes, tendo em consideração as necessidades energéticas industriais;

vi. Adoptaremos uma abordagem em duas fases para garantir soluções off-grid para a
população rural, no curto-médio prazo, forneceremos energia à população e à
indústria e no médio-longo prazo, procuraremos assegurar a sustentabilidade do
sistema;

vii. Daremos resposta às necessidades de curto-médio prazo, convertendo centrais


térmicas em híbridas, que causam menos danos ambientais e são economicamente
mais eficientes; e

viii. Implementaremos sistemas de pequena escala ou individuais suficientes para


satisfazer níveis de electrificação básicos, como a alimentação de telemóveis,
televisores e lâmpadas, fornecendo electricidade à população rural de forma
economicamente mais viável.

134. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a taxa de electrificação aumentará de 42%, em 2021 para 50%;

ii. Até 2027, o fornecimento de energia aumentará de 5,9, em 2021 para 10,8 GW;

iii. Até 2027, a percentagem de energias renováveis no total de energia fornecida


aumentará de 61%, em 2021 para 71%; e

iv. Até 2027, o investimento cumulativo no sector aumentará de 1,1 mil milhões, em 2021
para 9 mil milhões de USD.

135. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

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Tabela 20. Metas no domínio da Energia para o período 2023-2027
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Taxa de electrificação (on-grid) 42 - 42 42 44,1 45,7 46,4 47,7 48,9 50
Fornecimento de energia (GW) 5,6 - 5,8 5,9 6,3 6,4 7,3 8,4 9,2 10,8
Energias renováveis (incluindo
hidroeléctrica) em percentagem 60 - 60,36 61 62 62 64 67 69 71
do fornecimento de energia (5)
Investimento (cumulativo, mil
- - 1,2 1,1 0,853 2,353 4,353 6,253 8,153 9
milhões de USD)

3.5.4 Recursos Hídricos

136. Acção Estratégica: Desenvolver um modelo de gestão integrada dos recursos hídricos para
assegurar a utilização eficiente de recursos hídricos renováveis, equidade na atribuição da água
para os vários sectores utilizadores, e a protecção dos ecossistemas e recursos hídricos.

137. Para o período 2023-2027, pretendemos uma gestão integrada dos recursos hídricos do País
orientada para responder às necessidades dos vários sectores da economia, bem como da
população em crescimento. Para isso:

i. Implementaremos políticas ambientais eficazes que contribuam para a preservação


dos recursos naturais e promovam o desenvolvimento sustentável, com os olhos
postos no bem-estar das gerações futuras;

ii. Daremos continuidade ao processo de construção de barragens para fazer face à


variabilidade sazonal da precipitação;

iii. Garantiremos a sustentabilidade dos sistemas de abastecimento de água e


saneamento, tendo em mente as implicações económicas, financeiras e sociais
associadas;

iv. Desenvolveremos estudos e projectos em domínios de intervenção ligados ao (i)


planeamento e gestão sustentável da procura e da oferta; (ii) gestão integrada e
conhecimento do domínio hídrico; e (iii) mitigação e redução da vulnerabilidade aos
impactos decorrentes de fenómenos hidrológicos extremos e das alterações
climáticas, para o aumentar e aprofundar os conhecimentos sobre gestão dos recursos
hídricos;

v. Desenvolveremos mecanismos financeiros e instrumentos de apoio ao investimento


em gestão ambiental, incluindo, águas e resíduos;

Página 100 de 145


vi. Definiremos um modelo de financiamento e mobilizaremos os investimentos
necessários para o sector, incluindo, programas subvencionados e parcerias com
instituições financeiras e fundos de investimento e a regulamentação e supervisão da
utilização da água por meio de Parcerias Público-Privadas e de Iniciativas de
Financiamento Privado;

vii. Asseguraremos a supervisão da preparação de projectos e a execução de obras de


abastecimento de água e saneamento, garantindo assistência técnica e apoio
financeiro à projectos de investimento que promovam o acesso e a utilização eficiente
da água;

viii. Promoveremos o micro-crédito como forma de financiamento de pequenas obras que


assegurem o acesso a uma fonte segura de água potável e a sistemas de saneamento
básico, especialmente nos meios rurais.

138. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o abastecimento de água para responder às necessidades da população e


economia deverá crescer de 1.266 hm3, em 2021 para 3.249 hm3;

ii. Até 2027, a capacidade de armazenamento de água aumentará de 317 m3 per capita,
em 2021 para 343 m3 per capita;

iii. Até 2027, a Produção de Água aumentará de 1.318 milhões de m3/dia, em 2021 para
2.464 milhões de m3/dia;

iv. Até 2027, a percentagem da população com acesso a serviços básicos de água potável
passa de 56%, em 2021 para 66%;

v. Até 2027, a capacidade de tratamento de águas residuais/Lamas Fecais passa de


118.691 m3/dia, em 2021 para 197.947 m3/dia;

vi. Até 2027, o nível de sustentabilidade das Empresas Publicas de Água e Saneamento
(Custos Operacionais cobertos pelas Receitas) passa de 75%, em 2021 para 93%;

vii. Até 2027, a percentagem da população com acesso a serviços básicos de água potável
aumentará de 56%, em 2021 para 62%;

viii. Até 2027, a percentagem da população com acesso ao saneamento básico aumentará
de 50%, em 2021 para 57%;

139. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.
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Tabela 21. Metas no domínio dos Recursos Hídricos para o período 2023-2027
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Abastecimento de água para responder às
necessidades da população e da economia 1 266 1 266 1 266 1 266 1 560 1 928 2 259 2 590 2 920 3 249
angolanas (hm3)
Capacidade de armazenamento de água
317 317 317 317 321 325 330 334 339 343
(m3/per capita)
Aumento da Produção de Água (milhões
- - - 1.318 1.318 1.352 1.492 1.592 1.851 2.464
de m3/dia)
Percentagem da população com acesso a
56 56 56 56 56 57 59 61 63 66
serviços básicos de água potável
Capacidade de tratamento de águas
- - - 118,69 118,69 139,57 147,71 147,71 155,20 197,94
residuais/Lamas Fecais (Mil m3/dia)
Sustentabilidade das Empresas Publicas de
Água e Saneamento – Custos Operacionais - - - 75 75 81 85 88 90 93
cobertos pelas Receitas (%)
Percentagem da população com o acesso
50 50 50 51 52 53 54 55 56 57
ao saneamento básico

3.5.5 Obras Públicas

140. Acção Estratégica: (i) Construir novas estradas, pontes, viadutos e edifícios públicos e assegurar
a manutenção e reparação das infraestruturas existentes.

141. Para o período 2023-2027, pretendemos um sector das Obras Públicas que actue como
catalisador do crescimento económico e da competitividade e continuaremos a implementar o
Plano Rodoviário Nacional. Para isso:

i. Asseguraremos a actividade técnica e científica do Laboratório de Engenharia de


Angola (LEA), dotando esta instituição de capacidade técnica, através da
implementação de um programa de reequipamento e reforço de recursos humanos
capacitados, para satisfazer a demanda das actividades de ensaios, controlo de
qualidade, pesquisa científica e técnica;
ii. Promoveremos o fortalecimento e consolidação das estruturas responsáveis pelo
planeamento e gestão da rede de estradas, nomeadamente, INEA, Administrações
Municipais e Autarquias, de forma a melhorar o processo de formulação de políticas
de planeamento e gestão da rede de estradas;

iii. Maximizaremos o potencial da infraestrutura rodoviária, reduzindo os custos de


construção, manutenção e reabilitação da rede rodoviária nacional;

iv. Desenvolveremos o modelo operacional e financeiro para parcerias público-privadas


para melhorar o desempenho das acções descritas no Plano Rodoviário Nacional;

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v. Melhoraremos a qualidade da infraestrutura rodoviária, assegurando uma construção,
manutenção e reabilitação eficiente;

142. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, serão construídos mais 1 000 novos Km de estradas da Rede Primária;

ii. Até 2027, serão construídos mais 95 novos Km de estradas da Rede Secundária;

iii. Até 2027, serão asfaltados mais 185 Km de vias urbanas;

iv. Até 2027, serão reabilitados mais 2 985 Km estradas da Rede Primária;

v. Até 2027, serão reabilitados mais 395 Km estradas da Rede Secundária;

vi. Até 2027, serão reabilitadas mais 185 km de Vias Urbanas;

vii. Até 2027, serão construídos mais 1 060 kms de Pontes;

viii. Até 2027, serão construídos mais 15 kms de Viadutos e Túneis;

ix. Até 2027, o investimento acumulado na reabilitação e manutenção da rede rodoviária


principal será de 0,60 mil milhões de dólares;

x. Até 2027, o investimento acumulado na reabilitação e manutenção da rede rodoviária


complementar será de 0,34 mil milhões de USD.

143. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 22. Metas no domínio das Obras Públicas para o período 2023-2027
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Estradas Novas (Kms) - - - - 155 250 260 240 255 275
Estradas da Rede Primária
- - - - 120 200 200 200 200 200
asfaltadas
Estradas da Rede Secundária
- - - - 15 20 15 20 15 25
asfaltadas
Vias Urbanas asfaltadas - - - - 20 30 45 20 40 50
Estradas Reabilitadas (Kms) 965 530 126,5 170,85 551 685,08 720 720 720 720
Estradas da Rede Primária
769 478 49,7 107,41 456 565,08 605 605 605 605
Reabilitadas
Estradas da Rede Secundária
161 36 32 15 69 75 80 80 80 80
Reabilitadas
Vias Urbanas Reabilitadas 35 16 44,8 48,44 26 45 35 35 35 35
Pontes (Kms) 1 450 1 468 237 644 203 180 220 180 230 250

Viadutos e Túneis (Kms) 1 1 1 0 2 3 3 3 3 3


Investimento acumulado na
reabilitação e manutenção da rede
- - - - 0,30 0,70 0,80 0,70 0,60 0,60
rodoviária principal (milhões de
USD)
Investimento acumulado na
reabilitação e manutenção da rede
- - - - 0,18 0,20 0,30 0,25 0,30 0,34
rodoviária complementar (milhões
de USD)

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3.5.6 Ambiente

144. Acção Estratégica: Introduzir a economia circular no modelo de gestão de resíduos, e o


fortalecimento da capacidade institucional de governação ambiental em alguns sectores da vida
económica e social do País.

145. Para o período 2023-2027, pretendemos uma Angola em sintonia com a Agenda de
Desenvolvimento Sustentável, mediante uma política ambiental proactiva que reconheça a
interdependência do desenvolvimento económico e da sustentabilidade ambiental. Para isso:

i. Reforçaremos a nossa capacidade de conservação dos ecossistemas naturais,


beneficiando da repovoação dos nossos parques e reservas naturais, potenciando
biodiversidade existente no país, extraindo significativamente mais valor económico
dos recursos naturais, através da gestão sustentável dos recursos florestais e
pesqueiros e do desenvolvimento do eco-turismo;

ii. Alargaremos, consideravelmente, o acesso à recolha de lixo nas áreas urbanas e rurais,
sendo que o sistema de recolha de lixo oferecerá oportunidades óptimas para reduzir,
reutilizar e reciclar os materiais recolhidos, e, sempre que possível, converteremos os
resíduos orgânicos em energia (ou seja, adoptaremos um modelo de economia
circular);

iii. Melhoraremos a governação ambiental, aumentando a qualidade, eficácia e


transparência da governação ambiental em áreas como a energia, os resíduos, as águas
residuais e a biodiversidade e ajustaremos os nossos modelos organizacionais nessas
áreas, reforçaremos os sistemas de informação ambiental e melhoraremos a
capacidade institucional.

iv. Estimularemos o desenvolvimento de estudos na área de economia ambiental e


ecológica e incluiremos temáticas sobre biodiversidade nos conteúdos escolares no
ensino geral;

v. Introduziremos campanhas que incentivem as famílias a evitar a utilização de lenha


nas habitações para cozinhar e para aquecimento, em paralelo com a electrificação das
zonas rurais, e a substituição de fogões ineficientes por outros mais eficientes que
utilizem combustíveis menos nocivos;

vi. Promoveremos ainda a investigação científica e o conhecimento sobre o património


natural, baseado em sistemas de informação geográfica;
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vii. Estabeleceremos a programação das acções de prevenção dos fogos florestais para
cada área protegida e implementaremos planos de recuperação das áreas ardidas;

viii. Promoveremos a integração de acções para a conservação da biodiversidade nos


programas sectoriais e garantiremos a inclusão de áreas protegidas na Lista Verde de
Áreas Protegidas e Conservadas da União Internacional para a Conservação da
Natureza (IUCN);

ix. Criaremos novas áreas de conservação marinhas e terrestre, canalizando


investimentos para a capacitação da comunidade local tendo em vista a correta gestão
dessas áreas, bem como na criação de equipas de gestão, fiscalização e monitorização
do impacto nas áreas marinhas protegidas;

x. Promoveremos também práticas agrícolas e agro-pecuárias resilientes e sustentáveis,


adaptadas à realidade regional angolana, de modo a combater a desertificação e o uso
insustentável dos terrenos agrícolas, contribuindo, deste modo, para a produção local
de alimentos e para a melhoria da segurança alimentar no País;

xi. Continuaremos a localização da georreferenciação e caracterização das áreas


degradadas;

xii. Continuaremos a revisão/actualização da zonagem agro-ecológica de Angola;

xiii. Continuaremos as análises detalhadas das projecções climáticas para Angola, à escala
nacional e local, considerando os cenários mais relevantes, e sua inclusão numa base
de dados do Sistema Integrado de Gestão;

xiv. Aumentaremos a qualidade, a eficácia e a transparência da governação ambiental em


áreas como a energia, os resíduos, as águas residuais e a biodiversidade. Nesse sentido,
iremos ajustar os nossos modelos organizacionais nessas áreas, reforçando os sistemas
de informação ambiental e melhoraremos igualmente a coordenação interministerial;

xv. Preveniremos e controlaremos a poluição atmosférica, introduzindo no médio prazo


impostos sobre as emissões de dióxido de carbono (CO2), produzidos pelos veículos e
pela indústria, de acordo com as respectivas emissões;

xvi. Introduziremos uma economia circular no modelo de gestão de resíduos, aplicando um


modelo de economia circular para a gestão de resíduos, destacando o encerramento
de lixeiras sem controlo sanitário e a sua substituição por aterros sanitários;

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xvii. Aumentaremos as instalações de recolha selectiva, com o objectivo de aumentar
substancialmente as taxas de reciclagem de resíduos sólidos urbanos no longo prazo;

xviii. Melhoraremos a protecção e conservação da biodiversidade, acelerando o processo


de expansão das nossas reservas naturais, instituindo a primeira área de conservação
marinha do País, entre a Baía dos Tigres e a Cidade do Tômbwa, na Província do
Namibe, tendo em vista o desenvolvimento de uma estratégia de conservação e gestão
sustentável do espaço marinho;

xix. Estabeleceremos plataformas comuns para o registo e comunicação de eventos


naturais, bem como aumentaremos a nossa capacidade de adaptação a eventos
extremos;

xx. Implementaremos sistemas de drenagem de água em zonas urbanas expostas a risco


de inundação e desenvolveremos um sistema de monitorização da evolução do
sistema costeiro e das utilizações do espaço costeiro;

xxi. Desenvolveremos um programa de prevenção e monitorização de queimada para


reduzir o risco de incêndios;

xxii. Regulamentaremos o serviço público de concessão de limpeza urbana em todas as


capitais e província;

xxiii. Aprovaremos a Estratégia Nacional de Combate ao Plástico, Diplomas Legais e suas


medidas;

xxiv. Terminaremos a requalificação das valas de drenagem, com a inserção de redes de


contenção principalmente na Província de Luanda.

146. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a classificação global de Angola no índice de desempenho ambiental a


aumentará de 26,2, em 2021 para 34,1;

ii. Até 2027, a pontuação na categoria qualidade do ar aumentará de 21,4, em 2021 para
31,3;

iii. Até 2027, a pontuação na categoria biodiversidade e habibat aumentará de 28,3, em


2021 para 45,1;

iv. Até 2027, a pontuação no índice mundial de risco passará de 8,2, em 2021 para 8,82;

v. Até 2027, a intensidade carbónica da electricidade será de 1,44 MtCO2/TWh;


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vi. Até 2027, a concentração de partículas por milhão de volume reduzirá de 32,4, em
2021 para 23,16;

vii. Até 2027, a percentagem de zonas marinhas protegidas aumentará de 0,002%, em


2021 para 0,04%;

viii. Até 2027, a percentagem de zonas protegidas aumentará de 12,6%, em 2021 para
16,4%;

ix. Até 2027, a percentagem de recolha de resíduos urbanos aumentará de 41%, em 2021
para 57%; e

x. Até 2027, a água residual tratada será de 20,3%.

147. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 23. Metas no domínio do Ambiente para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Classificação global no Índice de
- - 29,7 26,2 27,4 30,9 31,8 32,5 33,2 34,1
Desempenho Ambiental (EPI)
Pontuação na categoria Qualidade do
- - 26,8 21,4 23,7 27,6 28,4 29,5 30,7 31,3
Ar do EPI
Pontuação na categoria
- - 39,3 28,3 30,2 41,3 42,9 43,8 44,6 45,1
Biodiversidade e Habitat do EPI
Pontuação no Índice Mundial de
10,6 - 10,4 8,2 9,5 4,48 5,76 6,34 7,47 8,82
Risco
Intensidade carbónica da
2,1 - - - - - - - - 1,44
electricidade (MtCO2/TWh)
Concentração de partículas > 2,5 µm
- - - 32,4 30,1 29,3 27,0 25,8 24,7 23,16
(partes por milhão de volume)
Zonas marinhas protegidas (% da
0,005 - 0,003 0,002 0,006 0,009 0,01 0,02 0,03 0,04
área das águas territoriais)
Zonas protegidas (percentagem da
- - - 12,6 13,2 13,9 14,2 15,3 15,9 16,4
área do País)
Recolha de resíduos (% de resíduos
- - - 41 - 14,25 14,2% 14,25 14,25 57
urbanos)

Águas residuais tratadas (%) 0 - - - - 5,075 5,075 5,075 5,075 20,30

3.6 Eixo VI - Assegurar a Diversificação Económica Sustentável, Inclusiva e Liderada pelo


Sector Privado.

148. Domínios de Intervenção: Estabilidade Macroeconómica e Crescimento Económico; Ambiente


de Negócios e Financiamento da Economia; Formalização da Economia Administração Pública;
Produção de Petróleo e Gás; Extracção Mineira; Agricultura e Pecuária; Floresta; Pesca e
Aquicultura; Indústria; Comércio; Turismo.

Página 107 de 145


3.6.1 Estabilidade Macroeconómica e Crescimento económico

149. Acções Estratégicas: (i) Garantir a solidez das finanças públicas, com ajuste fiscal gradual,
promotor de maior qualidade da despesa pública, da estabilidade da estrutura tributária e
consistente com a agenda de diversificação económica, em linha com a Lei n.º 37/20, de 30 de
Outubro, Lei da Sustentabilidade das Finanças Públicas; (ii) Promover sustentabilidade das
contas externas, a estabilidade da taxa de câmbio real efectiva e alavancar a competitividade
externa da economia angolana; (iii) Assegurar o equilíbrio das contas monetárias e reduzir a taxa
de inflação para níveis baixos e estáveis; (iv) Tornar o sistema financeiro mais sólido, minimizar
os riscos sistémicos para a economia produtiva e finanças públicas e melhorar as condições
financeiras da economia angolana em prol de um melhor ambiente de negócios e do
financiamento da economia; (v) Fomentar o investimento privado para promover a diversificação
da económica, inclusiva e resiliente às mudanças climáticas.

150. Para o período 2023-2027, a nossa aposta será impulsionar o crescimento económico e,
consequentemente, o aumento da qualidade de vida dos angolanos, via estabilização
macroeconómica e financiamento da economia, cingindo-se na continuidade do processo de
diversificação económica com vista ao aumento das receitas tributárias não petrolíferas,
melhoria da qualidade da despesa pública e garantia de finanças públicas mais sólidas, na
redução e estabilidade da taxa de inflação, no reforço da estabilidade da taxa cambial, e
melhoria da competitividade da economia angolana, e no fortalecimento do sistema financeiro
e na melhoria das condições financeiras para o investimento e para as famílias angolanas. Para
isso:

i. Ancoraremos a política fiscal à agenda da diversificação da economia, promovendo


uma gestão fiscal orientada para:

 Sustentabilidade das finanças públicas, de modo a termos finanças públicas


mais sólidas assentes numa estrutura tributária e despesas públicas mais
previsíveis e mais estáveis para o crescimento económico, promovendo o
fortalecimento da capacidade de arrecadação de receitas públicas, com
especial destaque na receita não petrolífera, protecção das finanças públicas
contra a volatilidade do preço do petróleo, bem como na melhoria contínua da
qualidade da despesa pública e exigindo cada vez mais uma maior efectividade
em termos de provisão do serviço público aos cidadãos;

Página 108 de 145


 Estrutura fiscal que fortaleça o crescimento, assegurando uma composição das
despesas públicas, tributação e tamanho do Governo que impactem mais
eficientemente no crescimento;

 Estabilidade fiscal, de modo a fortalecer o papel e a contribuição da política


fiscal na promoção da estabilidade macroeconómica, melhoria das condições
financeiras da economia e no crescimento, através de uma gestão fiscal que
assegure a suavização dos impactos procíclicos da política fiscal e a contenção
da sua exposição à volatilidade do preço do petróleo, envolvendo a criação de
amortecedores fiscais, bem como promovendo uma gestão mais abrangente
dos riscos fiscais, mais integrada do quadro de gestão de activos e passivos
para reduzir vulnerabilidades das finanças públicas e seus impactos sobre o
sector real da economia; e

 Transparência Fiscal, promovendo uma maior comunicação das finanças


públicas e da prestação de contas públicas.

ii. Garantiremos uma maior participação do sector privado, em particular através de


Investimento Directo Estrangeiro (IDE), implementando medidas que estabilizem a
receita tributária, reduzindo a dependência da sua componente petrolífera;

iii. Asseguraremos o desenvolvimento do mercado de capitais como uma estratégia


importante para o pleno “amadurecimento” do sistema financeiro nacional, a fim de
atender as inúmeras necessidades dos investidores.

iv. Garantiremos maior inclusão financeira, com reformas que permitam alargar as
garantias bancárias e as infraestruturas do mercado de crédito, promovendo um maior
acesso aos angolanos, ao financiamento e a micro-finanças;

v. Aumentaremos o crédito ao sector privado, passando de 20% do PIB não-petrolífero


para cerca de 24% até 2027, melhorando os processos de registo de garantias e
cobrança;

vi. Vamos manter o controlo do crescimento da despesa pública em níveis compatíveis


com a sustentabilidade da dívida e focando em áreas de maior dividendo para o
crescimento diversificado;

Página 109 de 145


vii. Continuaremos a potencializar outros sectores da Economia com maiores
investimentos, no âmbito do processo de diversificação económica, com vista a reduzir
a dependência do sector petrolífero;

viii. Garantiremos aos angolanos menores níveis de inflação com enfoque aos produtos
alimentares e bens de primeira necessidade e de amplo consumo das populações.

151. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o rácio de dívida em percentagem do PIB deverá cair de um nível de 78%,
em 2021, para um nível inferior a 60% do PIB, em linha com a Lei n.º 37/20, de 30 de
Outubro, Lei da Sustentabilidade das Finanças Públicas;

ii. Até 2027, o défice primário não petrolífero, deverá reduzir de 4,6%, em 2021, para
0,3% do PIB;

iii. Fortalecer a capacidade de arrecadação da receita não petrolífera, promovendo o


aumento do seu peso para níveis acima dos 12% do PIB não petrolífero, em 2027;

iv. Até 2027, a taxa de inflação deverá reduzir para 1 dígito, a fim de alinhá-la às metas
da Região da SADC; e

v. Até 2027, O PIB global deverá registar um crescimento real médio anual de 3,8%.

152. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 24. Metas de Médio Prazo no Domínio da Estabilidade Macroeconómica


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Rácio de dívida Governamental
84,8 113 120 78 67 73 67 63 58 55
sobre PIB (percentagem)
Receitas não-petrolíferas (% do PIB
9 9 12 11,3 11,3 11,5 11,7 12,2 12,6 13
não petrolífero)
Défice primário não petrolífero (%
- 7,18 - 5,94 - 5,65 -4,67 -5,30 -4,41 - 3,06 - 1,96 - 1,25 - 0,36
do PIB)
Taxa de Inflação (%) 18,6 17,1 25,1 27,0 18,0 14,3 9,9 7,0 7,0 7,0
Taxa de crescimento do PIB (%) -2,0 -0,6 -5,6 0,7 2,7 3,6 3,9 4,0 3,9 3,8

3.6.2 Ambiente de Negócios e Financiamento da Economia

153. Acções Estratégicas: Promover a atracção do investimento directo estrangeiro não petrolífero,
para criar emprego e aumentar a qualidade da produção nacional para padrões internacionais
que potenciem o aumento das exportações.

154. Para o período 2023-2027, garantiremos um melhor ambiente de negócios, com vista a uma
maior atracção de investimentos directo estrangeiro, sendo a mesma uma importante estratégia
na geração de postos de empregos aos angolanos. Para o efeito:
Página 110 de 145
i. Garantiremos melhorias no nosso ambiente de negócios essencialmente para atrair
investimento directo estrangeiro, e impulsionar o crescimento económico em todos os
sectores da nossa economia, tornando angola em uma nação mais aberta aos negócios,
com uma economia forte e diversificada e assim garantir um aumento do IDE per capita
de 741 dólares para 850 dólares em 2027;

ii. Implementaremos reformas dirigidas aos obstáculos e desincentivos que dificultam a


nossa capacidade de atrair investimento, com vista a um aumento do IDE, em
percentagem do PIB, de -0,4% para 1% em 2027;

iii. Implementaremos, igualmente, reformas estruturais, garantindo a coordenação dos


projectos de investimento e o funcionamento dos mecanismos de repatriação de
capitais e dividendos;

iv. Colocaremos em prática soluções específicas para cada sector, concentrando-nos em


melhorar a transparência, aumentando o investimento para compensar a falta de
infraestrutura; e

v. Melhoraremos as dez dimensões do ranking Business Enabling Environment 1, de


modos a garantir a subida de posição continuada no referido ranking.

155. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a posição de Angola no ranking Business Enabling Environment do Banco


Mundial passará de 136, até 2021, para 130;

ii. Até 2027, o IDE per capita aumentará de 534 dólares, em 2021, para 850 dólares;

iii. Até 2027, o IDE em percentagem do PIB aumentará de 8,9% em 2018 para 15%;

iv. Até 2027, a posição no ranking do Índice de Competitividade Global de melhorará de


136 para o top 125;

v. Até 2027, o stock de crédito ao sector privado em percentagem do PIB não petrolífero
irá aumentar de 14,5% em 2021 para 24% e;

vi. Até 2027, o IDE não petrolífero em percentagem do PIB não petrolífero irá aumentar
de 2% em 2019 para 8%;.

1
Por confirmar a nova metodologia
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vii. Até 2027, o número de empresas financiadas aumentará de um total de 607, até 2021,
para 3.000;

viii. Até 2027, o número de startups financiadas aumentará para um total de 300;

ix. Até 2017, o número de MPME’s com acesso às modalidades de financiamento e à


obtenção de outros benefícios aumentará para 2500;

x. Até 2027, mais de 15 contratos em regime de PPP serão rubricados;

xi. Até 2027, mais de 10 Zonas Franca serão concessionados;

xii. Até 2027, mais de 8 projectos da Economia Circular serão implementados;

xiii. Até 2027, Angola deverá captar 275 milhões de euros no âmbito da cooperação
biliteral com a União Europeia; e

xiv. Até 2027, serão financiadas 1 000 novas cooperativas.

156. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 25. Metas de Médio e Longo Prazo no domínio Ambiente de Negócios


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Situar Angola entre os 130 primeiros
lugares do ranking Business Enabling 136 - - - 135 134 - 133 132 131 130
Environment do Banco Mundial
Melhorar a posição de Angola no
ranking Doing Business do Banco - - - 177 177 179 178 179 179 180
Mundial

IDE per capita (USD) - 741 554 534 643 675 732 750 790 850

Aumentar o IDE em percentagem do 14


7,4 9,7 11,1 8,9 10 11 12 13 15
PIB

Melhorar a posição no ranking do


136 136 136 136 134 132 130 128 127 125
Índice de Competitividade Global
Número de MPME’s com acesso às
modalidades de financiamento e à - - - - - 500 500 500 500 500
obtenção de outros benefícios.
Stock de crédito ao sector privado (%
- 20 18,7 14,5 16 18 20 21 23 24
do PIB não petrolífero) %

Número de empresas financiadas - 14 417 176 500 500 500 500 500 500

Número de startups financiadas - - - - 50 300 300 300 300 300

Número de cooperativa financiadas - - 230 185 175 165 165 165 165 165

IDE não petrolífero (% do PIB não


- 2 - - 2 2 2 2 2 8
petrolífero)

Contratos em Regime de PPP


- - - - 1 4 4 4 4 15
(número de contratos rubricados)
Contratos de Concessões de Zonas
Franca (número de contratos - - - - 2 2 3 3 3 10
concessionados)

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Número de projetos da Economia


- - - - 3 2 2 2 2 >8
Circular

Recursos a captar a nível da


cooperação bilateral
Montante destinados à
Diversificação Económica Sustentável - - - 67,75 67,75 - - - 135,5
(Milhões de Euros)
Montante destinados à Governança
transparente, responsável e eficaz - - - 27,5 27,5 - - - 55
(Milhões de Euros)
Montante destinados ao
Desenvolvimento humano (Milhões - - - 27,5 27,5 - - - 55
de Euros)
Montante destinados às Medidas de
- - - 13,75 13,75 - - - 27,5
apoio (Milhões de Euros)

3.6.3 Formalização da Economia

157. Acções Estratégicas: (I) Contribuir para o crescimento económico-social e para a promoção do
trabalho decente e redução da pobreza; (II) Reduzir os índices de informalidade da economia; (III)
Reforçar o diálogo social, a capacidade de governança e eficácia da política pública de transição
da economia; (IV) Expandir a cobertura dos serviços de formalização centrais e municipais, assim
como a rede de balcão único; e, (VI) Criar um quadro legal e de assistência técnica de incentivo
para a constituição de cooperativas nos sectores das pescas, comércio, transportes e habitação
em funcionamento.

158. Para o período 2023-2027, garantiremos a continuidade e a dinamização da formalização da


economia, servindo desta como fonte alternativa de arrecadação de receitas não petrolíferas e
parte significativa para a contribuição do PIB global. Para o efeito:

i. Garantiremos a transição gradual da economia informal para o sector formal, através


da implementação de um programa integrado;

ii. Asseguraremos o rendimento e as condições de segurança, trabalho e higiene;

iii. Fomentaremos a competitividade e a produtividade das unidades económicas


(formalizadas) e MPME’s incrementadas;

iv. Publicaremos, trimestralmente, as estatísticas sobre a informalidade, por género,


grupo etário, zona de residência (urbano/rural), sub-sector e tipo de actividade;

v. Aumentaremos o volume médio de microcrédito concedidos por tipologia (género,


grupo etário e por zona rural ou urbana);

Página 113 de 145


vi. Fomentaremos o aumento da taxa de cobertura do nº BI atribuídos (por género e
grupo etário);

vii. Aumentaremos o número total de trabalhadores formalizados através de


cooperativas; e

viii. Asseguraremos a cobertura de mais pessoas economicamente activa no sistema de


protecção social (tipo de cobertura, género, grupo etário, zona urbana ou rural,
situação de vulnerabilidade, sector de actividade, região e província.

159. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o número de agentes económicos informais apoiados para adesão aos
programas de formalização e reconversão da economia informal aumentará para 2000;

ii. Até 2027, o número de operadores e microempresas, a nível nacional,registadas e


formalizadas aumentará para um total de 3,7 milhões;

160. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 26. Metas de Médio e Longo Prazo no domínio da Formalização da Economia


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Agentes económicos
informais apoiados para
adesão aos programas
- - - - - 400 400 400 400 400
de formalização e
reconversão da
economia informal
Número de
microempresas que
transitam do sector - - 250 43.800 - 740.000 740.000 740.000 740.000 740.000
formal para o sector
informal

3.6.4 Administração Pública

161. Acções Estratégicas: Desburocratizar e simplificar a prestação de serviço, disponibilizando


condições físicas e ambientais adequadas aos cidadãos; uniformizar os padrões de atendimento
quer no sector público administrativo quer no sector privado, integrando vários organismos do
sector público administrativo e do sector empresarial público e privado, proporcionando um
vasto leque de serviços em prol do cidadão.

162. Para o período 2023-2027, teremos uma Angola com um sector público administrativo
simplificado, com um vasto leque de serviços para o cidadão. Para isso:

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i. Garantiremos a qualidade na prestação de serviços públicos e privados e aos agentes
económicos e sociais, através de inovação dos serviços e dos procedimentos de
atendimento;
ii. Buscaremos a satisfação plena do utente (cidadão) e a relação de proximidade com a
instituição; e
iii. Desenvolveremos iniciativas que têm como foco a participação dos funcionários em
acções de apoio a organizações que promovam o bem-estar no contexto da sociedade
civil.

163. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o número de atendimento anual, no Serviço Integrado de Atendimento ao


Cidadão (SIAC) deverá aumentar de 2,5 milhões, em 2021, para 2,6 milhões; e
ii. Até 2027, o número de SIAC’s deverá aumentar de total de 3, até 2021, para mais 5
novas unidades.

164. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 27. Metas no domínio da Administração Pública para o período 2023-2027


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Atendimento na rede
3.360 2.328,81 2.526,77 2.500,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00 2.600,00
SIAC (mil) -
Expansão rede SIAC 2 1 0 0 1 1 1 1 1
-

3.6.5 Produção de Petróleo e Gás

165. Acções Estratégicas: (i) Continuar a implementação da estratégia de exploração de


hidrocarbonetos, para impulsionar e intensificar a reposição de reservas e consequentemente
atenuar o declínio da produção de Petróleo e Gás; (ii) Continuar a implementação da estratégia
geral de atribuição de concessões petrolíferas e definir nova estratégia de atribuição de
concessões com base nos resultados da estratégia de exploração; (iii) Assegurar o fornecimento
contínuo de gás à fabrica de gás natural liquefeito (Angola LNG), e a disponibilidade de gás
natural para a geração de energia, produção de fertilizantes, aço, entre outros, mediante a
conclusão do projecto Sanha Lean Gas Connetion, implementação dos projectos do Novo
Consórcio de Gás e de um projecto de desenvolvimento fast track de recursos de gás natural no
Bloco 1/14. (iv) atrair investimentos para indústrias de mid-downstream, como a da refinação,
petroquímica, armazenamento, distribuição e comercialização de derivados do petróleo, que
Página 115 de 145
oferecem oportunidades de crescimento e desenvolvimento económico; (v) Contribuir para a
diversificação da matriz energética nacional, com a implementação de projectos de energias
renováveis.

166. Para o período 2023-2027, pretende-se continuar a implementar acções que visam garantir a
sustentabilidade de produção de petróleo e gás, atrair investimentos para outras indústrias de
downstream, como a da refinação e petroquímica, que oferecem oportunidades de crescimento
e desenvolvimento económico. Para o efeito, prevê-se:

i. Acelerar o programa de licitações em curso, tanto para blocos onshore como offshore,
bem como negociar novos contratos de concessão para exploração nos campos
maduros, com termos melhorados;

ii. Implementar o Decreto Presidencial sobre a Oferta Permanente de Blocos que permite
a promoção e negociação permanente de Blocos Licitados Não Adjudicados, Áreas
Livres em Blocos Concessionados e Concessões Atribuídas à Concessionária Nacional

iii. Fomentar projectos nas áreas em produção, com o desenvolvimento de campos


maduros e marginais;

iv. Reforçar a implementação da estratégia de gestão de integridade dos activos


existentes de forma que possam albergar a produção de novos campos com maior
sustentabilidade;

v. Concluir a elaboração do Plano Director para o Gás e implementar a sua execução,


criando um quadro para atracção de investimento das IOCs para o aproveitamento do
gás e atracção de novos investidores para as indústrias do downstream (petroquímica,
fertilizantes, geração de energia e aço);

vi. Continuar a implementação da estratégia integrada de refinação para o País,


acelerando a execução dos principais projectos em curso e avaliar a implementação de
uma biorefinaria;

vii. Desenvolver um Plano de Expansão de Distribuição de Produtos Refinados, alinhado à


estratégia de refinação, visando penetrar no mercado regional da SADC, de forma
concorrencial;

viii. Continuar com a implementação de postos de abastecimento (PA) no território


nacional, sobretudo nas localidades onde os mesmos não existem;

Página 116 de 145


ix. Concluir a construção do Terminal Oceânico da Barra do Dande e acelerar a construção
de novas infraestruturas de armazenagem, visando aumentar a capacidade de
estocagem em terra, de derivados para a satisfação do consumo nacional e para
exportação;

x. Consolidar a Liberalização do sector dos derivados do petróleo e do gás, com a


implementação do novo mecanismo de determinação dos preços dos combustíveis,
baseado na paridade de importação e exportação para todos os produtos,
consubstanciada na eliminação gradual do gap actual entre o preço de mercado e o
preço fixado;

xi. Implementar o Decreto Presidencial sobre o Conteúdo Local, e criar um fundo para o
seu financiamento, convindo acelerar a inserção do empresariado nacional na cadeia
de fornecimento de bens e serviços, fomentar o emprego e o desenvolvimento de
carreira dos quadros nacionais, num ambiente de sã competitividade;

xii. Desenvolver projectos de energia solar, de hidrogénio e biocombustíveis tendo


presente a transição energética, as alterações climáticas e a crescente preocupação
ambiental;

xiii. Concluir o estudo de competitividade do Sector Petrolífero para tomada de decisão


relativamente a pertinência da revisão do regime legal e fiscal actual do sector
petrolífero por forma a torná-lo mais competitivo;

xiv. Implementar medidas que visam captar oportunidades de partilha de infraestruturas


logísticas, gestão integrada de equipamentos, de formas a obter sinergias e otimização
de custos.

167. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a produção de petróleo deverá manter-se acima de 1 milhão de barris/dia,


contando com a entrada em produção de novas oportunidades;

ii. Até 2027, o investimento total por ano na exploração e produção de petróleo bruto irá
aumentar de USD 3,9 mil milhões, 2021, para USD 8 mil milhões;

iii. Até 2027, a contribuição do gás para o PIB aumentará de 0,7, em 2021, para 1,9%;

iv. Até 2027, a produção de gás irá aumentar de 120 mil BOEPD, em 2021, para 163,65 mil
BOEPD;

Página 117 de 145


v. Até 2027, o investimento total por ano na exploração e produção de gás irá situar-se
em cerca de 0,3 mil milhões de USD.

vi. Até 2027, a capacidade de armazenagem de combustíveis em terra aumentará de


675,968 mil m3, em 2021, para 1 260 476 mil m3;

vii. Até 2027, estarão em estado operacional 898 postos de abastecimento de


combustíveis.

168. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 28. Metas de Médio Prazo no domínio do Petróleo e gás


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Produção de
petróleo 1,010
1,479 1,383 1,271 1,125 1,147 1,204 1,183 1,110 1,010
(Milhões
Barris/dia)
Investimento
total por ano em
4,9 4,76 2,92 3,93 5,33 6,46 8,6 9,09 7,82 8,08
petróleo (mil
milhões de USD)
Contribuição do
gás em
1,54 1,28 0,54 0,7 0,9 1,2 1,4 1,6 1,8 1,9
percentagem do
PIB (% do PIB)
Produção de gás
(equivalentes a
114 202 117,04 120 116,33 136,98 161,90 162,88 149,17 163,65
mil barris de
petróleo/ dia)
Investimento por
ano em gás (mil - - - 0,07 0,32 0,67 0,64 0,27 0,02 0,3
milhões de USD)
Capacidade de
armazenagem de
358,51 680,011 680,011 675,968 605,54 677,968 677,968 1 260,476 1 260,476 1 260,476
combustíveis em
terra (Mil m3)
Número de
postos de
abastecimento
1013 971 951 876 981 878 883 888 893 898
de combustíveis
em estado
operacional

3.6.6 Recursos Mineiras

169. Acções Estratégicas: (i) Atrair, captar investimento e fomentar a indústria de recursos minerais;
(ii) Dar continuidade aos estudos geológicos para o aumento do conhecimento e promoção de
investimento no sector; (iii) Aumentar a produção de diamantes e desenvolver a sua cadeia de
valor; (iv) Dar continuidade a produção de metais ferrosos e ouro, aumentar a capacidade de
produção de rochas ornamentais e iniciar com a produção de metais não ferrosos, metais nobres,
minerais de elementos de terras raras e desenvolver as respectivas cadeias de valor; (v) Dar

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continuidade a reestruturação do subsector diamantífero; (vi) Proceder a revisão e atualização
da Legislação Mineira.

170. Para o período 2023-2027, pretendemos continuar a consolidar o sector mineiro e atrair mais
investimentos. Para isso:

i. Aumentar a atracção e captação de investimentos por via da melhoria do quadro


jurídico-legal e da informação geológica, visando garantir o aumento sustentável da
actividade de prospecção, exploração e beneficiamento dos recursos minerais;

ii. Continuar com a investigação geológica mineira a escala regional e local para o
alargamento das áreas com potencial para exploração mineira e criação de prospectos
para investimento;

iii. Elaborar um programa específico para a melhoria do conhecimento geológico


referente aos minerais necessários para a transição energética, por exemplo minerais
de lítio, níquel, zinco, nióbio, tântalo e minerais de elementos de terras raras;

iv. Optimizar a produtividade dos projectos diamantíferos afim de se alcançar os níveis de


produção programados e aproximarmo-nos aos lugares cimeiros de produção mundial;

v. Elaborar a Lei do Conteúdo Local no Sector de Recursos Minerais e criar mecanismos


para o seu financiamento, visando o fomento, a capacitação, a valorização e inserção
do capital humano e empresariado nacional na cadeia de fornecimento de bens e
serviços, geração de emprego e no desenvolvimento de carreira dos quadros nacionais,
num ambiente de sã competitividade.

171. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a contribuição do sector mineiro para o PIB USD 1 aumentará de mil milhões,
2021, para2,1 mil milhões;
ii. Até 2027, a contribuição do sector mineiro para o PIB aumentará de 1,3%, em 2021, para
2,1%;
iii. Até 2027, o investimento acumulado no sector mineiro excluindo diamantes irá situar-se
em 2 mil milhões de USD;
iv. Até 2027, o emprego formal directo e indirecto pelo sector aumentará de 12 milhares de
empregos, em 2021, para 33 milhares de empregos;
v. Até 2027, a Classificação no Índice Fraser será de “TOP 80”;

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vi. Até 2027, a produção de diamantes aumentará de 8,723 milhões, em 2021, para 17,530
milhões de quilates em 2027;
vii. Até 2027, a produção de rochas ornamentais aumentará de 83,34 mil m³, em 2021, para
134,22 mil m³;
viii. Até 2027, a produção de ouro aumentará de 1,37 mil onças, em 2021, para 25 mil onças;
ix. Até 2027, a produção anual de fosfatos alcançará 90 milhares de toneladas;
x. Até 2027, a produção de calcário dolomítico aumentará de 15,75, em 2021, para 44,6;
xi. Até 2027, a produção anual de ferro aumentará de 15,8 milhares de toneladas, em 2021,
para600 milhares de toneladas;
xii. Até 2027, a produção de manganês aumentará de 47 toneladas, em 2021, para 100
toneladas;
xiii. Até 2027, a produção anual de nióbio alcançará 700 mil toneladas;
xiv. Até 2027, a produção anual de terras raras alcançará 30 milhares de toneladas;
xv. Até 2027, a produção anual de cobre situar-se-á em 250 milhares de toneladas;
xvi. Até 2027, o investimento no sector diamantífero aumentará de USD 0,261, em 2021, para
USD 1,6 mil milhões.

172. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 29. Metas de Médio Prazo no domínio dos Recursos Minerais


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Contribuição do sector mineiro
0,79 0,85 0,93 1,00 1,13 1,23 1,28 1,35 1,5 2,1
para o PIB (mil milhões de USD)
Contribuição do sector mineiro
0,78 1,01 1,65 1,34 1,14 1,3 1,5 1,7 1,9 2,1
para o PIB (% do total)
Investimento acumulado no
sector mineiro excluindo - - - - - - - - - 2
diamantes (mil milhões de USD)
Emprego formal directo e
12 12 12 12 16 20 23 26 30 33
indirecto (milhares)
Classificação no Índice Fraser - - - - - - - - - Top 80

Produção de diamantes (milhões


9,4 9,122 7,91 8,723 10,055 12,408 14,642 15,130 16,208 17,530
de quilates)
Produção de rochas ornamentais
50,9 44,83 71,69 83,34 61,63 91,674 100,84 110,93 122,02 134,22
(mil metros cúbicos)
Produção de ouro (mil onças) - 0,750 1,887 1,37 13,00 5,00 9,00 15,00 22,00 25,00
Produção fosfatos (milhares de
- - - - - 50,0 50,0 75,0 80,0 90,0
toneladas)
Produção de calcário dolomítico
32.8 25,0 18,81 15,75 35,5 20,0 25,0 30,0 35,0 44,36
(mil metros cúbicos)
Produção de ferro (milhares de
- - - 157,83 800,0 400,0 400,0 500,0 500,0 600,0
toneladas)
Produção de manganês (milhares
- - - 47 50 50 75 75 80 100
de toneladas)
Produção de nióbio (milhares de
- - - - - - - 220,0 660,0 700,0
toneladas)
Produção de terras raras
- - - - - 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
(milhares de toneladas)

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Produção de cobre (milhares de
- - - - - 150,0 150,0 200,0 250,0 250,0
toneladas)
Investimento no sector
diamantífero (mil milhões de - 0,126 0,194 0,261 0,267 0,534 0,801 1,068 1,335 1,6
USD)

3.6.7 Agricultura e Pecuária

173. Acções Estratégicas: (i) Satisfazer as necessidades alimentares da população, através do fomento
da produção agrícola e pecuária; (ii) Melhorar os serviços de extensão rural, (iii) implementar
programas de fomento da produção agropecuária; (vi) Criar mecanismos para melhorar o acesso
à equipamentos e factores de produção (sementes melhoradas, fertilizantes, pesticidas, e
correctivos para o solo), vacinas, ração animal, e introduzir animais de raças melhoradas; (v)
Fomentar a mecanização agrícola com equipamentos de pequeno e grande porte, com vista a
atender a procura junto dos produtores; (vi) Garantir a reactivação dos investigação e pesquisa
agro-pecuária; (vii) Recrutar recursos humanos, para fazer face às lacunas existentes, nas
diferentes especialidades do sector; (viii) Melhorar os serviços de sanidade animal e vegetal; (xi)
Assegurar a instalação de sistemas de irrigação, para o fomento da produção agropecuária, com
prioridade às zonas afectadas pela estiagem.

174. Para o período 2023-2027, garantiremos uma melhor assistência técnica aos produtores, para
impulsionar o aumento da produtividade, com a implementação de mecanismos que propiciarão
maior acesso aos factores de produção, introduzindo uma melhor dinâmica comercial, que
permita aos produtores um papel mais activo no processo produtivo, e impulsionaremos
melhorias significativas nos seus ambientes de negócios, como mecanismo chave, para
potencializar o sector produtivo agropecuário familiar e empresarial, com vista ao aumento da
participação do sector agropecuário na estrutura do PIB. Para isso:

i. Garantiremos um sector da agricultura e pecuária próspero, como força motriz do


crescimento económico inclusivo e impulsionador da produtividade nacional, com
vista a consolidação da diversificação económica de Angola, via sector produtivo
agropecuário;

ii. Criaremos os mecanismos necessários para o reforço da capacidade institucional e


admissão de novos quadros, principalmente nas especialidades em que o número de
quadros é insuficiente para os desafios do sector;

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iii. Criaremos mecanismos para melhorar a produtividade do sector e consequentemente,
a situação económica e social dos mais de 2,8 milhões de famílias, que se ocupam desta
actividade, assegurando a disponibilidade, acessibilidade e qualidade dos produtos
agrícolas no País, para assim melhorar a segurança alimentar e a saúde de todos os
cidadãos angolanos;

iv. Apostaremos na facilidade de acesso e na melhoria do uso dos principiais insumos


agropecuários, cuja utilização encontra-se abaixo dos nossos pares regionais e
mundiais;

v. Continuaremos a actuar na criação e promoção de políticas de financiamento, que


permitam uma produção, em maiores escalas e retornos mais viáveis;

vi. Trabalharemos junto com os produtores, no sentido de encontrarmos solução dos


problemas cruciais, evidenciados, essencialmente, pela dificuldade de escoamento da
produção;

vii. Investiremos para tornar possível a existência de centros de investigação agronómica


e veterinária, em zonas estratégicas do país, bem equipados e com capital humano
capaz de atender a demanda junto dos produtores;

viii. Reforçaremos o processo de implementação de Escolas de Campo (ECA), como


metodologia de transmissão de conhecimento aos produtores e garantiremos que esta
assistência técnica seja permanente;

ix. Aumentaremos abrangência da assistência técnica aos produtores, através da


implementação e expansão de novos projectos;

x. Criaremos mecanismos que propiciem o aumento da produtividade, com vista a


transição de uma agricultura de subsistência, para a agricultura comercial;

xi. Impulsionaremos o crescimento do sub-sector empresarial, tornando-o destacado,


sobretudo nas culturas intensivas que obrigam a produção em grande escala em
maiores extensões de terra, com maiores investimentos e a técnicas mais complexas;

xii. Envidaremos todos os esforços para o combate às doenças transfronteiriças, quer de


origem animal, quer de origem vegetal, com vista a garantir o aumento da oferta de
bens alimentares a nível interno e acesso aos mercados regionais e fora do continente;

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xiii. Criaremos mecanismos para a certificação dos produtos e garantiremos a qualidade,
para melhorar a competitividade no mercado externo;

xiv. Criaremos mecanismos para a constituição de uma equipa de trabalho multissectorial,


para o controlo e combate de pragas e doenças animais e para intervenção rápida e
situações de surto.

175. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a contribuição da agricultura, em percentagem do PIB, aumentará de 5,2%,


em 2021, para 7,2%;

ii. Até 2027, a contribuição da pecuária, em percentagem do PIB, aumentará de 0,3%, em


2021, para 0,6%;

iii. Até 2027, o número de explorações agrícolas familiares aumentará de 2,8 milhões,
2021, para 3,2 milhões;

iv. Até 2027, a produção de cereais aumentará de 3 234 mil toneladas, em 2021, para
4 225,8 mil toneladas;

v. Até 2027, a produção de Raízes e Tubérculos aumentará de 13 581 mil toneladas, em


2021 para 16 981,9 mil toneladas;

vi. Até 2027, a produção de Leguminosas a Oleaginosas aumentará de 780 mil toneladas,
em 2021, para 812,7 mil toneladas;

vii. Até 2027, a produção de Frutas aumentará de 6 387 mil toneladas, em 2021 para
7 619,8 mil toneladas;

viii. Até 2027, a produção de Café atingirá as 5 633 toneladas;

ix. Até 2027, o número de explorações agrícolas empresariais aumentará de 8,8, em 2021,
para 13,8 mil;

x. Até 2027, a produção de cana-de-açúcar aumenta em 1 354,8 mil toneladas;

xi. Até 2027, serão criadas 1.374 novas escolas de campo dos Agricultores, passando para
3.282 escolas de campo;

xii. Até 2027, serão criadas 51 novas Estações de Desenvolvimento Agrário, passando para
182;

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xiii. Até 2027, a área média de terra de cultivo por exploração agrícola empresarial
aumentará de 62,7, em 2021, para 66,8 hectares;

xiv. Até 2027, a produção de carne aumentará de 215 mil toneladas, em 2021, para 477,44
mil toneladas;

xv. Até 2027, a produção pecuária irá aumentar de 137, em 2021, para 545 toneladas;

xvi. Até 2027, o investimento acumulado na agricultura será de 11,1 mil milhões de USD;

xvii. Até 2027, a produção de ovos aumentará de 1 839 milhões, em 2021, para 4 350, 29
milhões de ovos;

xviii. Até 2027, a produção de leite aumentará de 5,8 milhões de litros, 2021, para 8,4
milhões de litros;

xix. Até 2027, a área média de terra de cultivo por exploração agrícola familiar aumentará
de 2,1, em 2021 para 4,5hectares.

176. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 30. Metas de Médio Prazo no domínio da Agricultura e Pecuária


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Contribuição da
agricultura (% do 5,2 5,2 5,2 5,2 5,58 5,91 6,24 6,57 6,9 7,2
PIB)
Contribuição da
pecuária para o PIB 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 0,6
((% do PIB)
Número de
explorações
2,8 2,8 2,8 2,8 2,9 3 3,15 3,2 3,25 3,2
agrícolas familiares
(milhões)
Produção de Cereais
2 885,2 2 902,62 3 086,0 3 623,2 3 234, 0 3 411,7 3 599,1 3 796,9 4 005,6 4 225,8
(Mil Toneladas)
Produção de Raízes
e Tuberculos 10 877 11 136 11 823 13 581 12 836, 6 13 573,1 14 353 ,2 15 179,5 16 054,7 16 981,9
(Mil Toneladas)
Produção de
Leguminosas a
571 575 606,69 780 631 520 663 987 698 230 734 356 772 480 812 724
Oleaginosa
(Mil Toneladas)
Produção de Frutas
5 212,0 5 315,0 5 579,0 6 387 6 042,1 6 328 ,5 6 628,8 6 943,7 7 273,8 7 619,8
(Mil Toneladas)

Produção de Café 6 510,0 5 315,0 6 000,0 5 339 5 229 5 308 5 387 5 468 5 550 5 633

Número de
explorações
agrícolas 8,8 8,8 8,8 8,8 9,6 10,4 11,3 12,1 13 13,8
empresarial
(milhares)
Produção de Cana-
de-Açucar 0 984 1 180 890,2 998, 2 1 061,1 1 127,9 1 199,0 1 274,5 1 354,8
(Hectares)
Escolas de Campos
dos Agricultores 204,0 66,0 204,0 568,0 1 374 2 010 2 328 2 646 2 964 3 282
(ECA's)

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
(Nº)
Estações de
desenvolvimento 131 131 131 131 139 148 156 165 173 182
Agrário (EDA's)
Área média de terra
de cultivo por
exploração agrícola 62,7 62,7 62,7 62,7 63,4 64,0 64,8 65,4 66,1 66,8
empresarial
(hectares)
Produção de Carne
172,7 171,5 185,5 215 283 019 313 781 348 129 386 509 429 425 477 445
(Mil Toneladas)
Produção pecuária
137 137 137 137 205 273 341 409 477 545
(mil toneladas)
Capex para o sub-
sector da agricultura
- - - - - - - - - 11,1
(cumulativo, mil
milhões de USD
Produção de Ovos
738 1 016 1 440,9 1 839 2 071,2 2 402,6 2 787,0 3 232,9 3 750,2 4 350,2
(Milhões)
Produção de Leite
4,8 3,1 3,33 5, 8 6,1 6,4 67 7, 1 7,4 8,4
(Milhões Litros))
Área média de terra
de cultivo por
2,00 2,1 2,17 2,1 3,6 3,8 4,0 4,2 4,3 4,5
exploração agrícola
familiar (hectares)

3.6.8 Floresta

177. Acções Estratégicas: (i) Garantir o cumprimento da legislação em vigor, com o reforço das
brigadas de fiscalização, com vista a salvaguardar o uso e gestão sustentável dos recursos
florestais, principalmente, a exploração da floresta natural; (ii) Assegurar os níveis
recomendados de povoamento e repovoamento florestal, com vista a combater a desflorestação
e melhor gestão dos recursos florestais; (iii) Preservar e criar condições para o reforço da
capacidade técnica dos fiscais, de formas a garantir a supervisão das áreas de exploração
florestal a área da floresta, quer natural quer plantada; e (vi) Promover o aumento da produção
de mel e da cera e apostar na introdução e disseminação de tecnologia de processamento do
mel; Apostar na certificação do mel, como produto de exportação de grande procura no mercado
internacional.

178. Para o período 2023-2027, trabalharemos na melhoria dos mecanismos estratégicos de


preservação dos recursos já existentes, bem como, na adoção de práticas de gestão melhoradas
para promover a gestão sustentável dos recursos florestais, com vista a promoção da
sustentabilidade, e o aumento da produtividade das florestas plantadas. Para isso:

i. Garantiremos um sector sustentável assente na exploração responsável da floresta


natural e plantada, geradora de riqueza para a população, e indutora de valor para a
indústria e comércio;

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ii. Garantiremos a preservação das espécies em extinção e velaremos pela redução dos
níveis de caça furtiva;

iii. Atrairemos investimentos privados nacional e estrangeiro para operações à escala


industrial orientadas para o crescimento da área plantada, especialmente de espécies
de elevado rendimento nas condições climáticas e do solo de Angola, tal como o
eucalipto, e que se prestam a integração em actividades transformadores com maior
valor acrescentado, nomeadamente a indústria de pasta e papel;

iv. Garantiremos o reforço das brigadas de fiscalização florestal, de formas a garantir a


protecção da biodiversidade e preservação dos ecossistemas.

179. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a contribuição do sector das florestas aumentará de 0,1%, até 2021, para
0,4% sobre o PIB;

ii. Até 2027, a produção de madeira em toro aumentará de 43 mil m³, 2021, para51,2 mil
m³;

iii. Até 2027, a exportação de madeira serrada aumentará ligeiramente de 100, , mil m³,
em 2021, para 100,1 Mil m³;

iv. Até 2027, a cera produzida passará de 1,3 toneladas, em 2021, para 3,3 toneladas; e

v. Até 2027, o sector terá um investimento acumulado de 0,1 mil milhões de dólares.

180. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 31. Metas de Médio Prazo no domínio das Florestas


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2027 2027
Contribuição do Sector das
florestas para o PIB (mil milhões 0,1 - - - - - - - - 0,4
de USD)
Produção de Madeira em toro
202 126 43,44 200 39,8 41,8 44,0 46,3 48,7 51,2
(Mil m³)
Exportação de Madeira Serrada
44 79 33,41 100 83,9 86,9 90,0 93,2 96,6 100,1
(Mil m³)
Cera Produzida
7 122 1,52 125 2,4 2,6 2,7 2,9 3,1 3,3
(Toneladas)
Investimento acumulado para o
sector das florestas (cumulativo, - - - - - - - - - 0,1
mil milhões de USD)

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3.6.9 Pesca e Aquicultura

181. Acção Estratégica: Aumentar a participação do sector das pescas na estrutura do PIB, atraindo
mais investimento para a aquicultura continental, marinha e artesanal, assim como garantir a
preservação das espécies marinhas e reforçar os mecanismos de fiscalização pesqueira.

182. Para o período 2023-2027, pretendemos garantir o aumento da actividade produtiva da pesca e
aquicultura, criando mecanismos atrativos de investimentos ao sector, com vista a consolidação
de uma maior participação do sector na estrutura do PIB, combatendo a sobre-pesca e o declínio
previsível da diversidade de espécies e assegurando a sustentabilidade bem como o
fornecimento destes produtos alimentares à consumo interno e a exportação. Para isso:

i. Asseguraremos o fomento da pesca artesanal;

ii. Reforçaremos a capacidade de recolha dos dados estatísticos;

iii. Exploraremos as nossas vantagens competitivas e atrairemos investimento para o


desenvolvimento da aquicultura, prevendo ultrapassar as 3.000 toneladas de
produção anual de aquicultura;

iv. Garantiremos a realização de estudos, para auferirmos a nossa capacidade de


exploração sustentável dos recursos aquáticos;

v. Reduziremos os níveis de captura de pescado, tendo em conta a pesca ilegal, de formas


a manter o nível do stock desejado e suficiente, para responder às necessidades de
uma população em crescimento;

vi. Atrairemos investimento para a aquicultura continental e marinha tendo em conta a


regulação, para o controlo e coordenação do desenvolvimento das infra- estruturas
industriais;

vii. Garantiremos a possibilidade de instalação de infraestruturas competitivas, uma área


de aproximadamente 50.000 quilómetros quadrados a distância da costa que não
ultrapassam os 45 quilómetros e com possibilidade de instalação de infraestruturas;

viii. Promoveremos maior dinamismo no investimento em produção de aquicultura,


nomeadamente com a divulgação das zonas de exploração e condições terrestres,
marinhas do país, fomentando o desenvolvimento das infraestruturas necessárias ao
sector;

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ix. Asseguraremos a regulação e o controlo da indústria, encorajando a certificação do
pescado por entidades independentes para facilitar uma maior procura e exportação
de pescado de produção;

x. Fiscalizaremos a pesca industrial e formalizaremos a pesca artesanal (não industrial,


em pequena escala), redireccionando sempre que adequado os trabalhadores da pesca
artesanal para a aquicultura;

xi. Desenvolveremos infraestruturas mediante a coordenação de acções com outros


sectores, e melhoraremos a gestão das infraestruturas públicas por meio de
concessões, atribuindo a operação de entrepostos frigoríficos e centros de apoio à
pesca artesanal a empresas privadas que tenham a capacidade de aumentar a
competitividade e a eficiência dessas infraestruturas; e

xii. Asseguraremos investimentos, não apenas no aumento da área de salinas, mas


também na sua eficiência, de formas a atingirmos a auto-suficiência da produção do
Sal (grosso, refinado, iodizado e não iodizado), de qualidade superior, para consumo
interno das famílias, para as indústrias alimentar, química, têxtil, petrolífera e para
exportação.

183. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a contribuição do sector das pescas sobre o PIB aumentará de 2,9%, em 2021
para 4,9%;

ii. Até 2027, a produção total de pescado aumentará de 439 800 toneladas, em 2021,
para 747.105 toneladas;

iii. Até 2027, o volume anual de capturas da pesca industrial e semi-industrial aumentará
de 305 mil toneladas, 2021, para 379,80 mil toneladas;

iv. Até 2027, o volume anual de capturas da pesca artesanal marítima aumentará de 208
mil toneladas, em 2021, para 337,32 mil toneladas;

v. Até 2027, o volume anual de capturas da pesca artesanal continental aumentará de 25


mil toneladas, em 2021, para 26,12 mil toneladas;

vi. Até 2027, a produção de sal aumentará de 144 mil toneladas, em 2021, para 422,16
mil toneladas;

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vii. Até 2027, a produção aquícola aumentará de 0,5 mil toneladas, em 2021, para 3,85 mil
toneladas;

viii. Até 2027, o investimento cumulativo no sector das pescas será de 0,4 mil milhões de
USD.

184. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 32. Metas de Médio Prazo no domínio das Pescas


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Contribuição do sector das
2,98 2,49 2,68 3,09 3,63 3,8 4,2 4,5 4,7 4,9
Pescas para o PIB (% do PIB)
Produção total de pescado
439 800 375 600 351 940 570 330 580 321 670 342 675 221 701 564 723 112 747 105
(milhares de toneladas)
Volume de captura da pesca
industrial e semi-industrial 299 260,4 230,2 305 342, 3 349,5 356,8 364,3 371,9 379,80
(milhares de toneladas)
Volume de capturas da
pesca artesanal marítima 207 98,5 112 208 248, 5 264,1 280,8 298,5 317,3 337,32
(milhares de toneladas)
Volume de Captura de pesca
artesanal continental 23 16,7 9,74 25 24, 4 24,8 25,1 25,4 25,7 26,1
(milhares de toneladas)
Produção de Sal (milhares de
106 109,4 164 144 228 ,1 258,0 291,8 330, 0 373,2 422,1
toneladas)
Produção Aquícola (milhares
1,2 1, 9 2,1 0,5 2,8 2,9 3,1 3,3 3,5 3,85
de toneladas)
Investimento cumulativo no
sector das Pescas (Mil - - - - - - - - - 0,4
milhões de USD)

3.6.10 Indústria

185. Acções Estratégicas: (i) Definir a indústria ligeira como sendo o tipo de indústria a ser
desenvolvida e/ou promovida no quinquénio 2022-2027; (ii) Criar condições infraestruturais para
melhor atração de investidores aos Polos de desenvolvimento Industrial e aos Polos de
Desenvolvimento Industrial Rural; (iii) Criar um órgão com carácter pedagógico e tecnológico
especializado para a promoção de formações específicas de apoio ao sector da indústria (público
e Privado); (iv) Munir os órgãos ligados ao sistema nacional da qualidade com infraestruturas,
equipamentos, e formações especializadas para melhor desenvolvimento das suas atribuições
estatutárias.

186. Para o período 2023-2027, pretendemos tornar Angola numa nação mais industrializada, aberta
ao mundo, que potencia os seus recursos ao máximo, de forma a promover a exportação de
produtos com o selo “made in Angola” promovendo assim, a autossuficiência alimentar e de
mais variados produtos de consumo à nível nacional, de modos a assegurar uma economia mais

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diversificada e sustentável, onde a contribuição do sector da indústria transformadora no PIB
terá um aumento significativo. Para isso:

i. Aceleraremos o crescimento do sector industrial no país e aumentar o respectivo


dinamismo recorrendo a soluções de curto e longo prazos que englobem medidas
estruturais, funcionais e operacionais, maximizando o potencial de crescimento do
sector e a promoção da competitividade à nível regional, continental e
intercontinental;

ii. Criaremos sistemas smart de gestão industrial ligada a coordenação e monotorização


das infraestruturas ligadas a qualidade;

iii. Implementaremos medidas de estímulo à indústria transformadora, considerando os


actuais obstáculos ao crescimento, designadamente, os elevados níveis de
informalidade e operações de pequena escala, as limitações ao mercado cambial e a
excessiva dependência do sector de importação de matérias-primas;

iv. Concentraremos esforço nas indústrias com margem de crescimento e potencial para
se tornarem grandes exportadoras e receptoras de pagamentos em moeda
estrangeira; e

v. Concentraremos esforços no desenvolvimento de indústrias com maior potencial de


crescimento de valor agregado, invertendo assim o perfil de transformação existente.

187. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. A contribuição do sector da indústria no PIB aumentará dos actuais 6,5 mil milhões de
dólares para mais de 12,3 mil milhões;

ii. Até 2027, o investimento na Indústria intensiva em recursos aumentará dos actuais 1
para 1,5 mil milhões;

iii. Até 2027, o investimento na Agro-indústria aumentará de 5,5, 2m 2021, para 9,7 mil
milhões;

iv. Até 2027, o investimento na Indústria ligeira aumentará para 1,1 mil milhões; e

v. Até 2027, o número de postos de trabalho na indústria aumentará para 0,4 milhões de
pessoas.

188. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

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Tabela 33. Metas de Médio Prazo no domínio da Indústria
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Contribuição do sector para o PIB 7,5 8,5 9,4 10,4 11,3
6,5 6,5 6,5 6,5 12,3
(mil milhões de USD)
Indústria intensiva em recursos
1 1 1 1 1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
(mil milhões de USD)
Agro-indústria (mil milhões de
5,5 5,5 5,5 5,5 6,2 6,9 7,6 8,3 9 9,7
USD)
Indústria ligeira (mil milhões de
0 0 0 0 0,25 0,5 0,7 1 1,05 1,1
USD)
Número de postos de trabalho
0,2 0,2 0,2 0,2 0,22 0,25 0,28 0,3 0,35 0,4
na indústria (milhões)

3.6.11 Comércio

189. Acções Estratégicas: Melhorar a eficiência na cadeia de importação e exportação, e fomentar a


formalização da actividade comercial para tornar Angola uma nação auto-suficiente, aberta ao
comércio e ancorada num sector comercial sólido e regularizado.

190. Para o período 2023-2027, pretendemos tornar Angola numa nação auto-suficiente, aberta ao
comércio e ancorada num sector comercial sólido e formalizado, melhorando a eficiência na
cadeia de importação e exportação, formalizando a actividade comercial para tornar Angola uma
nação auto-suficiente do ponto de vista jurídico-tributário. Para isso:

i. Aumentaremos o contributo do sector do comercio em valor absoluto par a economia,


empregando quase 1,7 milhões de pessoas em 2027. A nossa visão está ancorada numa
Angola menos dependente das importações e satisfazendo as crescentes necessidades
de consumo através da produção interna

ii. Com maior grau de eficiência nos nossos processos de licenciamento de importações
e exportações, tornaremos o sector comercial incomparavelmente mais dinâmico, no
qual se insere a adopção cada vez maior comércio electrónico;

iii. Levaremos a cabo uma mudança de paradigma, baseada na transição de Angola de


nação dependente de importações a país auto-suficiente, exportador de produtos
acabados e de matérias-primas, capaz de satisfazer uma grande parte das necessidades
de consumo nacional com a produção interna;

iv. Apoiaremos o crescimento e a eficiência dos nossos sectores produtivos recorrendo à


optimização de cadeias de valor nacionais, à criação de agregadores no comércio rural
e à expansão de plataformas logísticas e de distribuição;

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v. Integrar-nos-emos plenamente com os nossos vizinhos regionais, aproveitando a
crescente procura por bens e serviços produzidos em território nacional e
desempenhar um papel mais activo nos acordos comerciais, tais como a Comunidade
de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Zona de Comércio Livre Continental
Africana;

vi. Implementaremos reformas ao nível do processo do processo de licenciamento do


comércio externo para uma maior eficiência nas actividades de exportação e
importação;

vii. Continuaremos a formalizar ainda mais as actividades do sector para apoiar o


crescimento sustentável, criando concessões para mercados e infraestruturas
logísticas e de distribuição em todo o país e promovendo o crescimento de plataformas
facilitadoras, como o mobile money ou sistemas de transferência de valores
monetários;

viii. Reposicionaremos o papel do Estado no Sector do Comércio à formulação,


monitorização, supervisão, avaliação e implementação da política comercial, assim
como à regulação e inspecção da actividade mercantil, nomeadamente a alteração da
legislação visando a simplificação, desburocratização e descentralização do processo e
do sistema de licenciamento da actividade comercial;

ix. Criaremos uma autoridade inspectiva única destinada à garantia da segurança


alimentar e à observância das normas de comercialização de bens e serviços;

x. Implementaremos o instrumento da Reserva Estratégica Alimentar (REA) para à


regulação e estabilização dos preços, e

xi. Criaremos a Agência Reguladora de Preços da Cesta Básica.

191. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o sector do comércio irá aumentar ligeiramente a sua participação no PIB de
USD18,2 mil milhões, em 2021, para USD 21,0 mil milhões;

ii. Até 2027, a auto-suficiência da produção nacional em percentagem do consumo


interno aumentará dos actuais 53% para 80%;

iii. Até 2027, o número de trabalhadores no sector será de 1,7 milhões;

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iv. Até 2027, o peso do sector informal em percentagem do PIB irá diminuir de 73%, até
2021, para 40%;

v. Até 2027, o comércio electrónico ascenderá os 5%.

192. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 34. Metas de Médio Prazo no domínio do Comércio


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Contribuição do
sector comercial
18,2 18,2 18,2 18,2 18,5 19 19,5 20 20,5 21,0
para o PIB (mil
milhões de USD)
Auto-suficiência da
produção nacional
em percentagem do
consumo interno 53 53 53 53 59 63 68 72 76 80
(agricultura,
pecuária, pesca e
indústria) (%)
Número de
trabalhadores no - - - - - - - - - 1,7
comércio (milhões)
Sector informal em
percentagem do
73 73 73 73 67 61 56 51 45,5 40
total de empregos
(%)
Comércio electrónico
(% do total de 0 - - - - - - - - 5
vendas)

3.6.12 Turismo

193. Acção Estratégica: Tornar o país aberto ao turismo e à atracção de viajantes tanto internos,
quanto externo.

194. Para o período 2023-2027, pretendemos tornar angola em uma nação aberta ao turismo,
adoptando estratégias, com vista a atrair um número muito superior de viajantes tanto
internacionais como nacionais, levando em conta que o pais é rico em paisagens naturais e
possui estruturas arquitetónica atrativas. Para o efeito:

i. Direcionaremos atenções para o turismo nacional como motor fundamental do


crescimento, construindo em paralelo as infraestruturas necessárias à atracção de
turistas internacionais a médio prazo;

ii. Priorizaremos dois segmentos com maior potencial de crescimento: o turismo de


natureza e o turismo de aventura, posicionando o País nas categorias de estadias de
longa duração e de gastos médios a elevados, apostaremos nestes dois segmentos do
turismo, sendo que os mesmos, apresentam o maior potencial de crescimento, uma
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vez que estes se alinham com o que o País tem para oferecer e com as tendências
procuradas pelos turistas internacionais;

iii. Concentraremos recursos em zonas vocacionadas para turistas premium e criaremos


condições de excelência nessas zonas para proporcionar experiências que atraiam um
maior número de turistas, de forma a cumprir com as suas expectativas;

iv. Abordaremos os constrangimentos estruturais do sector do turismo angolano tendo


em vista o desenvolvimento de um enquadramento propício ao turismo, transversal a
todo o país.

v. Identificaremos propostas de valor distintivas que alavanquem o capital natural de


Angola nos diferenciando das ofertas turísticas dos nossos pares;

vi. Investiremos no Marketing turístico tendo como principal motor de divulgação os


nossos aeroportos domésticos e internacionais, televisões, e a esfera de divulgação
digital fundamentalmente com vista a um maior alcance;

vii. Criaremos condições de excelência em três zonas turísticas prioritárias,


nomeadamente Cabo Ledo, Kaza e Deserto do Namibe. Nestas zonas modernizaremos
as infra-estruturas existentes e disponibilizaremos novos serviços para criar um
enquadramento mais propício ao turismo, para estimular a procura e garantir a
satisfação dos turistas;

viii. Melhoraremos o turismo Nacional e internacional, com o melhoramento das vias de


acesso, a construção de estabelecimentos de saúde, a qualidade das estradas entre os
aeroportos provinciais, o fornecimento de electricidade e acesso à internet,

ix. Criaremos a Polícia turística, de modo a aumentar a percepção de segurança e


protecção por parte dos turistas;

x. Desminaremos as zonas afecto aos Parques Nacionais de Luengue, Luiana e Mavinga,


no Delta do Cubango;

xi. Aumentaremos o reconhecimento internacional da marca «Angola Turismo;

xii. Asseguraremos o investimento directo estrangeiro em grande escala;

xiii. Desenvolveremos as infra-estruturas e serviços públicos;

xiv. Criaremos um fundo de desenvolvimento do turismo; e

xv. Aperfeiçoaremos o quadro legal e regulamentar do sector.


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195. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, a contribuição do sector do turismo para o PIB aumentará de USD 0,2 mil
milhões de 1,5 mil milhões;

ii. Até 2027, a contribuição do sector do turismo sobre o PIB aumentará de 1%, em 2021,
para 1,2%;

iii. Até 2027, o número de turistas que serão atraídos pelo passará dos actuais 1,6 milhões
por ano para 3 milhões

iv. Até 2027, o número de turistas nacionais por ano irá crescer de 0,6, em 2021, para 0,9
milhões;

v. Até 2027, o número de turistas internacionais por ano irá crescer de 1 milhões, em
2021. para 2,06 milhões.

196. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 35. Metas de Médio Prazo no domínio do Turismo


Exec
Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores ução
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Contribuição do sector do Turismo
1,4 1,3 0,7 0,2 0,4 0,6 0,8 0,9 1,0 1,5
para o PIB (mil de milhões de dólares)
Contribuição do sector do Turismo
0,9 O,7 0,2 0,9 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 1,2
para o PIB por ano (em % do PIB)
Total de turistas (Milhões) 0,9 1,6 0,7 1,6 1,68 1,81 2,03 2,33 2,64 3

Turistas nacionais 0,7 0,6 0,4 0,6 0,63 0,68 0,76 0,87 0,92 0,9

Turistas internacionais (por ano) 0,2 1,0 0,3 1,0 1,05 1,13 1,27 1,46 1,72 2,06

3.7 Eixo VII – Assegurar a Defesa da Soberania, da Integridade e da Segurança Nacional e


Promover a Imagem e o Papel de Angola no Contexto Regional e Internacional.

197. Domínios de Intervenção: Defesa Nacional e Veteranos da Pátria; Interior e Segurança Pública;
e Política Externa e Cooperação Internacional.

3.7.1 Defesa Nacional e Veteranos Da Pátria

198. Acção Estratégica: (i) Elevar as capacidades actuais das Forças Armadas de assegurarem a
integridade territorial, a liberdade e a segurança das populações contra qualquer agressão e
ameaça externa, e continuar a velar pela dignificação histórica e social dos antigos combatentes
e veteranos da pátria.

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199. Para o período 2023-2027, continuaremos a garantir Forças Armadas capazes de assegurarem a
integridade territorial, a liberdade e a segurança das populações contra qualquer agressão e
ameaça externa, no quadro da ordem constitucional instituída e do direito internacional, bem
como continuar a velar pela dignificação histórica e social dos antigos combatentes e veteranos
da pátria. Para isso:

i. Vamos focar-nos em programas que visam o fortalecimento das Forças Armadas e


valorização dos seu efectivo, com base no desenvolvimento de uma indústria de defesa
que permita a autosuficiência em equipamento militar, na transformação das
instituições de ensino militar em centros de referência em África, na transformação
dos Hospitais Militares em referência de excelência na assistência médica e
medicamentosa, e na implementação de acções de reintegração dos efectivos
desmobilizados, Antigo Combatentes e Veteranos da Pátria;

ii. Operacionalizaremos as várias unidades dos complexos fabris do Exército, para fabrico
de fardamento e calçados, montagem de armas e munições, e reparação de veículos
militares, operacionalizando os laboratórios especializados de Produtos Químicos e
Farmacêuticos, de Metrologia e de Reparação de Munições;

iii. Promoveremos a melhoria da qualidade do ensino e formação, de formas a potenciar


a formação interna de quadros e reduzindo significativamente o envio de militares para
o exterior e salvaguardando as especialidades da função militar para o reforço das
competências estratégicas e operacionais das Forças Armadas;

iv. Para o Redimensionamento e Reestruturação das FAA, iremos determinar os recursos


humanos com formação militar e disponíveis, promovendo soluções inerentes às
questões sociais dos militares no activo, soluções inerentes à desmobilização, à
passagem à reserva e à reforma dos militares excedentários, assim como assegurar a
sua reintegração social;

v. Pretendemos construir um novo Hospital Militar de Luanda e mais 3 (três) Hospitais


regionais edificados e em pleno funcionamento com todas as valências médicas;

vi. Continuaremos a dignificar, social e profissionalmente, os Antigos Combatentes e


Veteranos da Pátria, promovendo a sua alfabetização, formação e qualificação
profissional e o acesso à actividades económicas, através do apoio à constituição e
legalização das cooperativas agrícolas e aquícolas;

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vii. Vamos colmatar os problemas habitacionais dos Antigos Combatentes e Veteranos da
Pátria e suas famílias, através do apoio à autoconstrução dirigida, bem como apoiar os
que se encontram em situações de maior vulnerabilidade, acolhendo-os em Centros
Regionais de Acolhimento e Orientação;

viii. Aprofundaremos a participação de Angola na Arquitectura Abrangente de Paz e


Segurança Africana (APSA) da União Africana, desenvolvendo um novo corpo de tropas
especiais, criando e modernizando forças de segurança de intervenção rápida, em
articulação com soluções semelhantes na União Africana e na SADC;

ix. Daremos prioridade à capacitação humana e ao equipamento das Forças Armadas e


de Segurança para prevenir – e intervir em – novas formas de guerra e de guerrilha,
nomeadamente cibernética, química e biológica, com recurso crescente a soluções
intensivas de Inteligência Artificial (IA), em cooperação com a União Africana e a SADC.

200. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, o tempo médio de permanência dos militares do Exército no Serviço Militar
Obrigatório reduzirá de 10, em 2021, para 2 anos;

ii. Até 2027, o tempo médio de permanência dos militares da Força Aérea e da Marinha
de Guerra no Serviço Militar Obrigatório reduzirá de 10, em 2021, para 3 anos;

iii. Até 2027, o tempo médio de permanência dos militares da Marinha de Guerra no
Serviço Militar Obrigatório reduzirá de 10 em 2021 anos para 3;

iv. Até 2027, o consumo de fardamentos e calçado das FAA satisfeito por produção
própria aumentará para 75%;

v. Até 2027, entrarão em funcionamento 2 (duas) novas Unidades de Complexo Fabril do


Exército, totalizando 6 unidades;

vi. Até 2027, entrará em funcionamento 1 (um) novo Complexo Polivalente de Reparação
de Material Aeronáutico operacionais, totalizando 2 complexos;

vii. Até 2027, entrará em funcionamento 1 (uma) nova Base Naval, totalizando 2 bases
navais;

viii. Até 2027, entrarão em funcionamento 2 (dois) novos Laboratórios das FAA, totalizando
3 laboratórios;

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ix. Até 2027, o grau de execução do Plano de Reequipamento, Manutenção e Potenciação
das Capacidades Combativas e Operacionais das FAA aumentará para 90%;

x. Até 2027, o número de novas Infraestruturas do Sector da Defesa Nacional e Veteranos


da Pátria aumentará para 20;

xi. Até 2027, a vigilância do espaço marítimo e da Plataforma Continental em tempo real
aumenta para 350 milhas;

xii. Até 2027, a Taxa de Analfabetos Assistidos aumenta de 80%, em 2021, para 100%;

xiii. Até 2027, o número de Cooperativas agrícolas e aquícolas de Ex-militares, Antigos


Combatentes e Veteranos da Pátria apoiadas aumenta para 115;

xiv. Até 2027, a percentagem de deficientes físicos de guerra inseridos em processos de


reabilitação físico-psíquica aumenta para 50%;

xv. Até 2027, os Centros Regionais de Acolhimento e Orientação de Antigos Combatentes


e Veteranos da Pátria, aumentão para 5; e

xvi. Até 2027, o grau de Sustentabilidade económica e financeira do Fundo de Reserva e


estabilização do Sistema de Segurança Social das FAA aumentará de 14,6%, em 2021,
para 24,6%.

201. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 36. Metas de Médio Prazo no domínio da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Tempo médio de
permanência dos militares
10 10 10 10 9 8 7 5 3 2
do Exército no Serviço
Militar Obrigatório (SMO)
Tempo médio de
permanência dos militares
da Força Aérea e da
10 10 10 10 9 8 7 5 4 3
Marinha de Guerra no
Serviço Militar Obrigatório
(SMO)
Tempo médio de
permanência dos militares
da Marinha de Guerra no 10 10 10 10 9 8 7 5 4 3
Serviço Militar Obrigatório
(SMO)
Consumo de fardamentos e
calçado das FAA satisfeito .- - - - 70 71 72 73 74 75
por produção própria (%)
Unidades de Complexo
Fabril do Exército em 0 - - - 4 - - - - 2
funcionamento
Complexos Polivalentes de
Reparação de Material 0 - - - 1 - - - - 1
Aeronáutico operacionais

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Base Navais em
0 - - - 1 - - - - 1
funcionamento
Laboratórios das FAA
0 - - - 1 - - - - 2
operacionais
Grau de execução do Plano -
de Reequipamento,
Manutenção e Potenciação
45 60 - 75 - - - - 90
das Capacidades
Combativas e Operacionais
das FAA (%)
Novas Infra-estruturas do
Sector da Defesa Nacional e 11 - - - 5 8 12 15 18 20
Veteranos da Pátria
Alargamento da vigilância
do espaço marítimo e da
Plataforma Continental em 225 - 250 300 310 320 330 340 350
tempo real (milhares de
milhas)
Taxa de analfabetos
80 80 80 80 84 87 90 93 96 100
assistidos (%)
Cooperativas agrícolas e
aquícolas de Ex-militares,
Antigos Combatentes e 30 30 30 30 45 59 73 87 101 115
Veteranos da Pátria
apoiadas
Deficientes físicos de guerra
inseridos em processos de
30 30 30 30 33 36 40 44 47 50
reabilitação físico-psíquica
(%)
Novos Centros Regionais de
Acolhimento e Orientação
de Antigos Combatentes e 0 - - - - - - - - 5
Veteranos da Pátria em
funcionamento;
Sustentabilidade
económica e financeira do
Fundo de Reserva e 14,64% 14,64% 14,64% 14,64% 14,65% 16,64% 18,64% 20,64% 22,64 24,64%
estabilização do Sistema de
Segurança Social das FAA

3.7.2 Interior e Segurança Pública

202. Acção Estratégica: Combater a criminalidade, a delinquência e a ameaça ao terrorismo,


promover a integridade das fronteiras nacionais, proteger as comunidades vulneráveis e
contribuir para a integridade global.

203. Para o período 2023-2027, garantiremos uma Angola segura para se viver, com instituições
capazes de garantirem a segurança e tranquilidade pública, nomeadamente: combater a
criminalidade, a delinquência, a ameaça do terrorismo e os crimes cibernéticos, a promoção da
integridade nas fronteiras nacionais, protegendo as comunidades vulneráveis; contribuindo para
a integridade global e restringindo o mercado ilícito. Para isso:

i. Criaremos condições para a elevação do sentimento de segurança das populações;

ii. Vamos aumentar a melhoria da assistência médica e medicamentosa com vista a


formação e reabilitação à população reclusa;
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iii. Garantiremos a conclusão, reabilitação e apetrechamento de infraestruturas de
estabelecimentos penitenciários;

iv. Iremos trabalhar no combate às ameaças de terrorismo, de crimes informáticos, de


pirataria e de crimes económicos;

v. Iremos adoptar estratégias centrais com vista à redução da ocorrência de


atropelamentos e de colisões entre automóveis e motociclos, e a diminuição da
mortalidade rodoviária;

vi. Iremos reforçar a presença das forças policiais nas fronteiras terrestre, marítima e
lacustre de Angola, em particular nas fronteiras norte e leste;

vii. Adotaremos medidas migratórias destinadas à Prevenção, Repressão e Punição ao


Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Criança e o Tráfico Ilícito de Migrantes bem
como proteger as vítimas desse fenómeno;

viii. Asseguraremos a migração e a mobilidade responsável de pessoas, optimizando os


benefícios gerais desta migração para além de mitigar os seus riscos;

ix. Adoptaremos documentos de viagem electrónicos e, ainda, construiremos infra-


estruturas críticas para o desenvolvimento da actividade migratória e de protecção das
fronteiras terrestre, marítima e fluvial do país.

x. Investiremos na redução de riscos de desastres e a construção da resiliência em


contextos de vulnerabilidade;

xi. Investiremos na construção e conclusão de infraestruturas críticas para a Protecção


Civil e Bombeiros.

204. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, as Unidades de Serviços de Polícia e Segurança Pública em operação, em


toda extensão do território nacional, aumentarão para 1.135;

ii. Até 2027, as Unidades de Serviço de Investigação Criminal operacionais em todo


território nacional, aumentarão para 265;

iii. Até 2027, as infraestruturas penitenciárias em correspondência com os Tribunais de


Comarca, aumentarão para 50;

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iv. Até 2027, as forças policiais, de investigação e penitenciárias com recursos coercivos e
de imobilização estarão asseguradas em 100%, em todo território nacional;

v. Até 2027, os meios aéreos de intervenção e apoio à investigação criminal para as forças
policiais aumentarão para 28;

vi. Até 2027, mais 87 400 efectivos nos diversos serviços do MININT serão admitidos;

vii. Até 2027, formar 212 200 efectivos em matérias transversais e de especialidade, nos
diversos serviços do MININT;

viii. Até 2027, a cobertura da fiscalização rodoviária em todo território nacional aumentará
para 70%;

ix. Até 2027, o número Workshops/feiras/encontros com a sociedade civil para divulgar
regras, conselhos úteis e estudos sobre segurança rodoviária a nível nacional, regional
e internacional aumentará para 3.015;

x. Até 2027, a inviolabilidade da fronteira física, marítima, fluvial e lacustre aumentará


para 80%;

xi. Até 2027, a cobertura dos serviços migratórios em toda extensão do território nacional
aumentará para 59%;

xii. Até 2027, 40% das Missões Diplomáticas e Consulares serão cobert com oficiais de
ligação de imigração;

xiii. Até 2027, pelo menos 8 Estabelecimentos Penitenciários terão a capacidade para
produzir e processar parte dos seus alimentos e outros bens, no modelo Parceria
Público Privada (PPP);

xiv. Até 2027, catalogar 55 áreas de risco, em todo território nacional, com sistema de
alerta prévio;

xv. Até 2027, construir 290 Infraestruturas, para reforçar o Serviço de Protecção Civil e
Bombeiros;

xvi. Até 2027, perspectivamos assegurar a disponibilidade de uniformes e meios de


aquartelamento, através da produção interna em 100%;

xvii. Até 2027, implementar 75% dos Comités Locais de Gestão de Riscos de Desastres por
Comunas e Distritos;

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xviii. Até 2027, adoptar a Inteligência Artificial e desmaterialização da actividade
administrativa em 50%;

xix. Até 2027, 100% das Instalações de protecção civil e bombeiros, policiais, criminais,
penitenciaria, e de migração serão modernizados e equipados com meios tecnológicos;

xx. Até 2017, serão construídos, reabilitados e/ou apetrechados 26 infraestruturas para
Serviços Executivos Directos e de Apoio Técnico Instrumental de grande porte
(Hospitais, oficinas, escritórios centrais, esquadras, comandos de bombeiros,
estabelecimentos prisionais e centro integrados de segurança pública);

xxi. Até 2027, a sinistralidade rodoviária reduzirá em cerca de 40%.

205. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 37. Metas de Médio Prazo no domínio do Interior e Segurança Pública


Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicador
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Unidades de Serviços de
Polícia de Segurança Pública
operacionais em toda 912 - - - - 375 681 874 1.044 1.135
extensão do território
nacional
Unidades de Serviço de
Investigação Criminal
28 - - - - 87 159 204 244 265
operacionais em todo
território nacional
Infraestruturas
penitenciarias em
40 - - - - 17 30 39 46 50
correspondência com os
Tribunais de Comarca
Forças policiais, de
investigação e penitenciárias
com recursos coercivos e de - - - - - 33 60 77 92 100
imobilização em todo
território nacional (%)
Efectivos admitidos, nos
2.215 3.402 0 1.499 0 8.740 30.590 26.220 13.110 87.400
diversos serviços do MININT
Efectivos formados em
matérias transversais e de
2.547 3.551 2.476 25.423 3.462 21.220 95.490 159.150 190.980 212.200
especialidade nos diversos
serviços do MININT
Cobertura da fiscalização
rodoviária em todo território 0,35 23 42 54 64 70
nacional (%)
Workshops/feiras/encontros
com a sociedade civil para
divulgar regras, conselhos
úteis e estudos sobre - - - - 995 1.809 2.322 2.774 3.015
segurança rodoviária a nível
nacional, regional e
internacional realizados
Garantir a inviolabilidade da
fronteira física, terrestre,
0,4 26 48 62 74 80
marítima, fluvial e lacustre
(%)
Cobertura dos serviços
migratórios em toda
0,3 19 35 45 54 59
extensão do território
nacional (%)

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Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicador
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Missões Diplomáticas e
Consulares cobertas com
- 13 24 31 37 40
oficiais de ligação de
imigração (%)
Número de PPP para 10, para
o Fomento da produção e
processamento de alimentos - 0 0 0 2 5 7 8 9 10
nos Estabelecimentos
Penitenciários
Áreas de risco do território
nacional catalogadas com o 7 - - - 18 33 42 51 55
Sistema de alerta prévio (%)
Infraestruturas para reforçar
o Serviço de Protecção Civil e 68 - - - - 96 174 223 267 290
Bombeiros
Comités Locais de Gestão de
Riscos de Desastres por
- - - - - 25 45 58 69 75
Comunas e Distritos criados
(%)
Grau de adopção e
adaptação de Inteligência
Artificial e desmaterialização - - - - - 17 30 39 46 50
da actividade administrativa
(%)
Instalações de protecção
civil e bombeiros, policiais,
criminais, penitenciaria,e de
- - - - - 33 60 77 92 100
migração modernização
tecnológica implementada
(%)
Construção, reabilitação e
apetrechamento de
infraestruturas para Serviços
Executivos Directos e de
Apoio Técnico Instrumental
de grande porte (Hospitais,
- - - - - 9 16 20 24 26
oficinas, escritórios centrais,
esquadras, comandos de
bombeiros,
estabelecimentos prisionais
e centro integrados de
segurança pública)
Redução da sinistralidade
rodoviária (%) - - - - - 13 24 31 37 40

3.7.3 Política Externa e Cooperação Internacional

206. Acção Estratégica: Reforçar e consolidar o papel de Angola no contexto internacional, tendo
subjacentes considerações de naturezas geopolítica (diplomacia política), bem como motivações
de natureza económica (diplomacia económica), visando a criação de condições propícias ao
fortalecimento da competitividade e do crescimento económico de Angola.

207. Para o período 2023-2027, pretendemos reforçar e consolidar o papel de Angola no contexto
internacional, tendo subjacentes considerações de natureza geopolítica relacionadas com o
reforço do posicionamento estratégico de Angola, à escala regional e internacional, bem como

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motivações de natureza económica, visando a criação de condições propícias ao fortalecimento
da competitividade e do crescimento económico de Angola e dos angolanos. Para isso:

i. Pretendemos definir e consolidar um conceito estratégico de relacionamento com


instituições financeiras internacionais (nomeadamente o Banco Africano de
Desenvolvimento, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, entre outras),
com vista o aumento e a diversificação das fontes de financiamento de projectos
estruturantes nacionais;

ii. Reforçaremos o posicionamento estratégico de Angola, à escala regional e


internacional, com motivações de natureza económica, visando a criação de condições
propícias ao fortalecimento da competitividade e do crescimento económico de
Angola;

iii. Aumentaremos as Comissões Bilaterais, bem como as candidaturas de quadros


angolanos à cargos em organizações internacionais de interesse estratégico;

iv. Garantiremos a nível da diplomacia económica, acesso aos recursos estratégicos do


país de modo a atrair mais investimento estruturante potenciador da modernização
do tecido económico, sobretudo no comércio e no turismo, enquanto veículos
importantes de projecção da imagem externa do País;

v. Promoveremos de forma activa e sistemática a participação de Angola em órgãos de


governo e na consulta e monitorização de diferentes instituições no plano global,
africano e regional;

vi. Intensificaremos a participação de Angola no Conselho de Paz e Segurança da União


Africana e nos respectivos órgãos subsidiários, incluindo o Sistema Continental de
Alerta Rápido, as Forças de Alerta Africanas, o Painel de Sábios e o Fundo para a Paz;

vii. Identificaremos aspectos de soft power que podemos desenvolver, consolidar e


promover nas áreas de política interna e externa.

208. Para a materialização desses compromissos, pretendemos alcançar as seguintes metas:

i. Até 2027, as candidaturas de quadros angolanos a cargos em organizações


internacionais de interesse estratégico, aumentará de 4, em 2021, para 20;

ii. Até 2027, o número de quadros angolanos a frequentarem estágios em organizações


internacionais de interesse estratégico aumentará de 5, em 2021, para 42;

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iii. Até 2027, as Comissões Bilaterais Activas serão de 80%;

iv. Até 2027, o número de mercados-alvo cobertos pela “Diplomacia Económica


aumentará para 10;

v. Até 2027, o número de mercados “abertos” para exportação aumentará par 15;

vi. Até 2027, serão organizados pelo menos 9 eventos Internacionais no domínio da
Cooperação e Negócios.

209. A tabela a seguir descreve o nível de concretização anual das metas acima apresentadas.

Tabela 38. Metas de Médio Prazo no domínio da Política Externa e Cooperação Internacional
Execução Execução Execução Execução Meta Meta Meta Meta Meta Meta
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Candidaturas de quadros
angolanos a cargos em
4 4 4 4 5 5 5 5 5 20
organizações internacionais de
interesse estratégico
Quadros angolanos a frequentar
estágios em organizações
5 5 5 5 7 7 7 7 7 7
internacionais de interesse
estratégico

Comissões Bilaterais Activas (%) 60 60 60 60 70 72 74 76 78 80

Mercados-alvo cobertos pela


- - - - 1 2 2 2 2 1
“Diplomacia Económica”
Mercados “abertos” de
- - - - - 2 4 6 10 15
Exportação
Eventos Internacionais
Organizados por Angola no
- - - - 1 2 2 2 1 1
domínio da Cooperação e
Negócios

Luanda, 12 de Abril de 2022.

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