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Na China, Tsou Yen (360 – 260 a.C.

) tinha uma concepção pluralista, tendo


como elementos básicos a água, a madeira, o fogo, o metal e a terra. Porém, não
eram meras substâncias, já que eram governados pelo dualismo básico dos
princípios cósmicos YIN e YANG.

Pluralismo é um conceito que defende a ideia de que a diversidade social e política é benéfica
para a sociedade e que os grupos sociais, sejam religiosos, profissionais ou de minorias étnicas,
devem desfrutar de autonomia. O pluralismo asseguraria assim que o poder
nas democracias liberais fosse exercido de forma distribuída devido à pressão de uma variedade
de grupos com diferentes interesses ideológicos e econômicos, evitando assim a dominação por
uma elite e a formação de oligarquias. Apesar do pluralismo ter se consolidado como uma visão
da ciência política no início do século 20 a partir de um grupo de pensadores na Inglaterra, as
raízes dessa ideia já apareciam nas preocupações com a questão da tolerância das diferenças
nos trabalhos filosóficos de John Locke, John Milton e Immanuel Kant, entre outros filósofos.
Ideias dos pensadores comunitaristas, como Charles Taylor e Michael Walzer, e o pensamento de
Jürgen Habermas, que rejeitam o individualismo defendido pelo liberalismo, têm sustentado os
principais conceitos do pluralismo contemporâneo. Do ponto de vista do poder político, os
pluralistas acreditam que alguns aspectos negativos da sociedade industrial moderna podem ser
superados com a descentralização administrativa e econômica.

Referência: http://pessoas.hsw.uol.com.br/pluralismo.htm

Os dualistas compreendem a existência como uma oposição entre formas distintas, ou seja,
entre o bem e o mal, o consciente e o inconsciente, luz e trevas, matéria e espírito, alma e corpo,
entre outras, as quais não podem ser reduzidas umas às outras. Esta corrente
de pensamento pressupõe a diferença fundamental entre corpo e mente, por mais que pareçam
não ser distintos um do outro à luz da percepção sensorial.

Referência: http://www.infoescola.com/filosofia/dualismo/

Dualismo é um conceito religioso e filosófico que admite a coexistência de dois princípios


necessários, de duas posições ou de duas realidades contrárias entre si, como o espírito e
matéria, o corpo e a alma, o bem e o mal, e que estejam um e outro em eterno conflito.

Referência: http://www.significados.com.br/dualismo/
Sobre a Natureza das Coisas, Lucrécio
Titus Lucretius Carus, ou Tito Lucrécio Caro, ou simplesmente Lucrécio (96-53 aC), foi um filósofo latino
(provavelmente romano) do século I a.C. que tentou desvendar e apresentar o que acreditava ser a chave para
conhecer o universo e alcançar a felicidade na vida. Fundamentado nas filosofias de Epicuro e Demócrito, ele
escreveu sua grande obra em seis volumes De Rerum Natura, traduzida para o português como “Sobre a
Natureza das Coisas”, ou apenas “Da Natureza“, pelo filósofo português Agostinho da Silva (1906-1994),
autor da tradução do livro e do trecho abaixo. O medo da morte, a ignorância de si mesmo, as reações perante
o desconhecido e as fugas humanas fazem parte desse trecho, que está no compêndio “Epicuro Lucrécio
Cícero Sêneca Marco Aurélio“, coleção “Os Pensadores” (1985).
Talvez não pareça claro neste trecho, mas Lucrécio tinha uma abordagem praticamente materialista do mundo
e da vida, negando a existência da alma essencial (como entidade que sobrevive à morte), concebendo o
universo como uma sopa de átomos produzidas ao acaso e que os fenômenos terrestres são eminentemente
causados pela natureza e somente por ela. Ainda assim, apesar do ateísmo e hedonismo, e de ser considerado
hoje um tanto superficial (apesar de ter investigado seriamente a abordagem atomista e ter combatido religiões
e superstições), Lucrécio buscava um viver mais nobre e de coração, e o trecho abaixo soa (pra mim pelo
menos) como uma pensamento filosófico prático, mais do que pessimista, sobre as inevitabilidades da vida (e o
que é inutilmente evitado).
Segue o trecho:

DA NATUREZA
Se os homens pudessem, assim como parecem sentir no fundo do espírito uma carga que os fatiga com seu
peso, conhecer quais são as causas que a geram e por que razão tão grande fardo de desgraça se lhes
mantém no peito, não levariam a vida que levam agora, na maior parte, sem saber o que querem e procurando
sempre mudar de lugar como se pudessem, assim, ver-se livres da carga. Muitas vezes, aquele que sai de
grandes paços, porque se aborreceu de estar em casa, a eles volta de súbito, por nada haver fora que sinta ser
melhor; corre precipitado para a sua casa de campo, incitando os garranos, como se fosse levar socorro a um
incêndio em casa; mas, logo que passa o limiar, boceja, ou, pesado, se deita a dormir e procura o
esquecimento; ou então, a toda pressa, dirige-se à cidade para a tornar a ver.

Deste modo, cada um foge a si próprio, mas como se vê não lhe é possível escapar-se, e fica preso à força e
odeia, porque, estando doente, não compreende a causa da enfermidade. Mas, se bem a vissem, todos,
abandonando as outras coisas, procurariam conhecer primeiro a natureza, porque a origem de tudo vem da
eternidade, não de uma só hora: e é na eternidade que os mortais terão de passar todo o tempo que lhes resta
após a morte.

E, então, por que tremer tanto em perigos e dúvidas? Que enorme e maléfico desejo de viver nos subjuga? Há
para os mortais um fim de vida certo e próximo; ninguém pode evitar aparecer diante da morte. Depois, sempre
estamos e insistimos no mesmo, e não é por vivermos que nos surge qualquer novo prazer. Só enquanto está
longe o que desejamos nos parece exceder o resto; depois, logo que o alcançamos, desejamos outra coisa; a
mesma sede de vida nos mantém sempre anelantes.

Também ficamos em dúvida quanto à sorte que nos trará o futuro, que nos dará o acaso ou quanto ao fim que
se aproxima. Não é por prolongarmos a vida que diminuímos num mínimo que seja o tempo da morte; não
podemos tirar nada que nos faça escapar do aniquilamento. Podes, portanto, durante o tempo da vida, enterrar
quantas gerações queiras; nem por isso a morte ficará menos eterna: não existe menos aquele que hoje vê o
termo da vida do que outro que já morreu há muitos meses, há muitos anos.
Sobre esse trecho, o livro traz a seguinte nota de rodapé:
No fim do Livro, Lucrécio quer afirmar com toda clareza que o medo da morte ou o desagrado que se possa ter
da vida não são mais do que o resultado da ignorância; o conhecimento da natureza das coisas, o poder de
contemplar tudo quanto existe com uma segura ciência, o dominar, por lhe ter penetrado no mais íntimo, a lei
do Universo, garantem a paz na existência, garantem uma vida animada pela ideia de beleza da hora presente
e não esmagada, torturada pelo terror da morte. É por este ponto que se tem feito uma aproximação entre a
filosofia de Epícuro e de Espinosa; mas escusado será dizer que o pensador de Amsterdam, apesar de
determinista, não caiu em nenhuma das ingenuidades filosóficas de Epícuro; e é bem provável que o sentido
último da sua atitude quanto à ciência, vida e morte, seja muito diferente do que davam à sua os adeptos do
epicurismo.

http://dharmalog.com/2013/10/28/entao-tremer-tanto-perigos-duvidas-poeta-filosofo-lucrecio-natureza-
coisas/

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