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Este e-book foi produzido


como material de apoio para o
webinar “Como Construir uma
Carteira de Ações”, comandado
pelo estrategista-chefe da
Eleven Financial Research,
Adeodato Netto.
É importante que você tenha assistido o vídeo
completo antes de utilizar essas informações.

Durante o curso online, ele explicou os


fundamentos utilizados para escolher uma
ação da Bolsa e, para exemplificar, elaborou
uma carteira de ativos para investidores com
maior e menor apetite por risco.

Destacamos que este material tem


caráter educacional e não configura uma
recomendação de investimento.

Clique no botão abaixo e acesse o webinar


completo.

CLIQUE AQUI E VEJA O VÍDEO AGORA

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COMO MONTAR UMA
CARTEIRA DE AÇÕES
A construção de uma carteira de ações deve ser
cuidadosamente pensada, porque você não deve escolher
aquelas que estão em alta, mas sim aquelas que têm
potencial de valorização. Para evitar erros na hora de fazer
suas escolhas, compreenda o cenário macroeconômico
do país, que inclui indicadores como inflação e taxas de
juros. Assim, você conseguirá saber qual empresa tem
mais chances de crescer.

Afinal, empresas sofrem os impactos da economia real e


uma ação não é um código em um terminal, é um pedaço
de uma companhia.

Assim sendo, se as taxas de juros no país estão altas, uma


empresa que tem um alto nível de endividamento terá
maior dificuldade em gerar lucro. Se uma companhia é
exportadora, tem relação direta com moeda estrangeira,
então, quando o dólar está mais forte, a receita aumenta.

Com esse raciocínio, você pode montar uma carteira


de ações baseada na realidade e não em apostas.

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ESTE E-BOOK
TEM O OBJETIVO
DE ENSINAR:

1
Como montar uma carteira
de ações para o longo prazo

2
Qual o critério de escolha
das companhias

3 Quantas ações devem


conter no seu portfólio

4 Quando uma ação


está cara ou não

4
Investir em ações
é um excelente
caminho para a
consolidação do seu
patrimônio.

Mas você não deve buscar


ganhos desproporcionais, ou seja,
grandes montantes em uma única
aplicação, porque, no mercado de
renda variável, os papéis oscilam
e flutuam ao longo do tempo.
Portanto, a ação pode subir muito,
mas ela também cai.

Devido à flutuação, o mercado de


renda variável é mais arriscado
que o de renda fixa. Já a oscilação
não tem a ver com o risco. O que
a define são os fluxos de capital,
que são movidos pela atratividade
do país, a qual pode surgir por
questões geopolíticas ou políticas
monetárias, por exemplo.

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No entanto, você deve focar na
empresa. Não é porque as ações
caíram que ela perdeu valor. Aliás,
essa deve ser sua preocupação:
o valor da empresa. Se as ações
caírem e a companhia continuar
valorizada, elas subirão em algum
momento.

As ações sobem e caem de acordo


com fatores como o fluxo de
capital, mas o valor da empresa
está relacionado à gestão, ao
endividamento, aos lucros.

Como a intenção deste e-book é


ser um material de apoio para o
webinar que mostra como se monta
carteiras para o longo prazo, será
considerado o valor da empresa
para que, apesar da flutuação, você
possa ter lucros no futuro.

Confira!

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Montar uma carteira de ações para o
longo prazo implica em seguir os critérios
do value investing, adotados pelo
economista Benjamin Graham, pelo
investidor Howard Marks e por um dos
mais famosos investidores do mundo:
Warren Buffet.

O value investing prega que, para prever


a tendência de uma ação, é necessário
acompanhar os seus movimentos por
ciclos longos, como 10 anos. Mas, no
mercado brasileiro, a estabilidade da
moeda começou só em 1994. Somos
muito jovens e temos um mercado ainda
difícil para prever movimentos futuros.

Então adaptamos a teoria para a


realidade brasileira e vamos montar
carteiras que devem ser mantidas por,
pelo menos, 12 meses.

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QUAL É A NOSSA
REALIDADE?
Neste ano, o Brasil está se recuperando de uma crise
aguda:

• A inflação foi controlada

• Existe capacidade ociosa (capacidade de produzir


mais sem a necessidade de investimento)

• Há retração de crédito

• O consumo está baixo

• O endividamento das famílias diminuiu

• Há menor circulação de recursos

• O Produto Interno Bruto está se recuperando


marginalmente

• A taxa básica de juros está abaixo de 7%.

No ano que vem, as incertezas sobre o novo governo


já estarão dissipadas, haverá um espaço para uma
recuperação inercial da economia, o crédito estará mais
acessível, o desemprego cairá mais e o consumo tenderá
a crescer.

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COMO MONTAR A SUA
CARTEIRA DE AÇÕES
Depois de ter entendido o cenário macroeconômico, você
deve definir quantas ações colocará na sua carteira. O
indicado é que ela seja composta por 7, que é suficiente
para conseguir diversificação, possibilitando retorno. Se
você pulverizar muito seu portfólio, o ganho será menor
justamente porque as ações flutuam. Ou seja, enquanto
uma sobe, a outra pode cair, e seu rendimento convergirá
para a média do mercado.

Definida a quantidade de ações, você precisa decidir de


quais setores elas serão.

Preferencialmente, você deve comprar ações de setores


diferentes, porque isso diminui o risco da sua carteira. Voltando ao
exemplo macroeconômico do câmbio forte: caso o dólar esteja mais
alto, as companhias importadoras muitas vezes se prejudicam porque os produtos ficam mais caros. Um setor
em que várias empresas refletem esse caso é o de varejo, então, na média, ele se prejudica. Por isso, o ideal é que
você compre ações de setores diferentes. Dessa forma, um evento macro não afeta sua carteira como um todo.

Partindo desse princípio, você deve escolher 7 setores diferentes.

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OS INDICADOS
PARA A SUA
CARTEIRA SÃO:

1. Setor industrial 2. Setor de varejo e 3. Setor de


consumo construção civil
As indústrias brasileiras estão
com capacidade ociosa e, com As empresas de varejo e consumo Devido ao desemprego, muitos
a recuperação do emprego, tendem a crescer também porque projetos foram paralisados. Então
a tendência é que as pessoas a taxa de desemprego continuará as construtoras passaram a ter
voltem a consumir, aumentando a diminuir no ano que vem e as estoque e agora podem oferecer
a demanda e fazendo com que as pessoas voltarão a consumir. condições mais atrativas para
empresas aumentem a produção liquidá-lo. Por isso, a previsão é
sem a necessidade de realizar que o setor se recupere.
dívidas.

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4. Setor de commodities

O Brasil é referência internacional no setor e, quando as


commodities vão bem, a economia brasileira também vai.

5. Setor de logística e transportes

Quando todos os setores voltarem a crescer, os produtos


precisarão ser transportados. Consequentemente, o setor
de logística e transportes será beneficiado.

6. Setor de saúde

É um setor que todo mundo utiliza ou utilizará, por isso, é


recomendável que você o tenha na carteira para mitigar
risco.

7. Setor financeiro

É o setor em que o dinheiro circula, então ele capta os


movimentos da economia. Ele deve estar na sua carteira
porque a economia brasileira está se recuperando da crise.

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ESCOLHENDO A AÇÃO
Após definir os setores, você precisa escolher
as ações.

Para abranger os perfis de investidores que


têm mais ou menos apetite ao risco, serão
montadas duas carteiras: uma mais arrojada,
que tem maior potencial de valorização, e
outra menos, que possui maior possibilidade
para pagamento de dividendos.

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SETOR INDUSTRIAL
Existem dezenas de ações neste setor, por isso, serão usadas três a título de
exemplo. Uma fará parte da carteira do investidor que tem mais apetite ao
risco, outra fará parte da carteira para quem tem menos apetite ao risco e a
última será eliminada das duas carteiras.

Romi (ROMI3)
Exportadora que faz máquinas para indústria. As ações dela estão baratas,
portanto, podem dar um retorno maior.

Tupy (TUPY3)
Fabricante de componentes em ferro fundido. Historicamente a companhia
paga dividendos e é tradicional na B3, sendo mais estável.

Iochpe Maxion (MYPK3)


Produtora de rodas de aço. Os papéis dela têm mais risco e, portanto, maior
retorno.

Na carteira para o investidor que tem maior apetite ao risco, coloca-se a Romi
pelo maior retorno. Na carteira para o investidor mais conservador, coloca-se
a Tupy pelo seu histórico na Bolsa. Por não ter a possibilidade de gerar uma
rentabilidade na proporção da primeira e por não ser tão robusta quanto a
segunda, a Iochpe será a eliminada.

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SETOR DE VAREJO
E CONSUMO
Renner (LREN3)
A empresa tem alta previsibilidade mesmo em uma economia
jovem como a brasileira, porque já se saiu bem em crises.

Natura (NATU3)
Historicamente boa devido a sua governança, apoia
a sustentabilidade, uma característica cada vez mais
considerada pelos consumidores. Essa transformação pela
qual o mercado de cosméticos passa é um desafio para a
companhia, que pode acompanhar o movimento com The
Body Shop, adquirida no ano passado pela empresa brasileira.
O desafio é grande e, por enquanto, ela está longe do valor
considerado justo.

B2W (BTOW3)
A empresa de comércio eletrônico pode explodir, mas
tem uma concorrência forte. Ela demandou bilhões de
investimento e ainda perde dinheiro.

Pelo risco operacional, a B2W será a eliminada. A carteira de


maior risco terá a Natura, porque ela ainda tem o desafio de
trabalhar com The Body Shop, e a de menor risco, a Renner,
porque a empresa já se provou no mercado brasileiro.

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SETOR DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
Aqui serão escolhidas três empresas que façam parte do
Minha Casa, Minha Vida, programa que deve continuar no
próximo governo.

MRV (MRVE3)
A construtora tem um histórico de dividendos, uma
estabilidade e um menor risco.

Direcional (DIRR3)
Tem potencial de crescimento porque o planejamento
estratégico tem foco no segmento de baixa renda com o
Minha Casa, Minha Vida e, com isso, vem apresentando
crescimento no valor geral de vendas e nas vendas sobre
oferta líquida de estoque.

Tenda (TEND3)
A companhia cresceu com muitos diferenciais competitivos,
mas os papéis se valorizaram muito na Bolsa.

A eliminada será a Tenda pela valorização recente dos papéis.


A que fará parte da carteira de maior risco será a Direcional,
pelo planejamento estratégico que está se mostrando
bem-sucedido. A MRV fará parte da carteira de menor risco,
pois já tem um histórico na Bolsa e paga dividendos.

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SETOR DE COMMODITIES
Vale (VALE3)
É uma referência na produção de minério de ferro. Há menos
de três anos, a companhia se transformou e a dívida líquida,
que antes era insustentável, foi menor do que o caixa gerado
no terceiro trimestre de 2018. Portanto, o risco é baixo.

Petrobras (PETR4)
Está correlacionada com o novo governo e não se sabe como
ele vai ser. Esse é o risco. Mas o petróleo continuará sendo um
produto consistente no mercado internacional e os leilões do
pré-sal deixam o cenário mais construtivo.

SLC (SLCE3)
Produtora agrícola, é uma empresa robusta que está
correlacionada aos preços das commodities.

A eliminada é a SLC, porque a ação está muito em alta e,


lembre-se, o seu objetivo é comprar ações baratas e vendê-las
caras. A Petrobras vai compor a carteira de maior risco, pois não
se sabe como o governo usará a companhia. E Vale fará parte
da carteira de menor risco.

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SETOR DE LOGÍSTICA
E TRANSPORTES
JSL (JSLG3)
Tem um endividamento alto e detém o controle de outras
duas empresas: a Movida, uma locadora de veículos
leves, e a Vamos, uma locadora de veículos pesados e
equipamentos.

Localiza (RENT3)
Está, como os investidores chamam, “precificada à
perfeição”, ou seja, o valor da ação já está condizente com
os ganhos futuros da companhia de acordo com um cenário
otimista. Além disso, ela sempre foi referência no mercado e
tem defesa de market share.

Santos Brasil (STBP3)


O maior terminal portuário da América Latina atua no
Porto de Santos, sendo correlacionado com importações e
exportações.

A Santos Brasil tem concessão pública, assim como


a Petrobras, e, para não ter duas empresas com essa
característica na carteira, o terminal portuário será
eliminado. A JSL fica na carteira de maior risco, por controlar
mais duas empresas, e a Localiza fica na de menor risco.

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SETOR DE SAÚDE
Fleury (FLRY3)
O laboratório de análises médicas está no meio de uma discussão
com planos de saúde, que não querem pagar a mesma quantidade
de exames de antes, e as ações desabaram.

OdontoPrev (ODPV3)
É líder em plano odontológico no Brasil e historicamente distribui
dividendos cerca de oito vezes por ano. Desde o IPO, ela só cresceu
e tem entregado lucros consistentes.

Qualicorp (QUAL3)
Recebeu um benefício exclusivo do governo para operar, mas
recentemente passou por uma discussão sobre governança, em
que foi questionado qual é o papel do controlador. Paralelamente,
a companhia gera caixa.

A eliminada será a Qualicorp devido ao risco do controlador. O


Fleury estará na carteira de maior risco, porque as suas ações
caíram, mas tendem a voltar. A OdontoPrev estará na carteira
de menor risco, porque a população economicamente ativa está
aumentando e, com isso, os negócios dela devem aumentar.

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SETOR FINANCEIRO
Itaú (ITUB4)
É o maior banco privado do país e continua
entregando resultados consistentes.

Banrisul (BRSR6)
É um banco estatal gaúcho e trabalha com a
possibilidade de gatilhos (eventos que podem gerar
valorização).

Bradesco (BBDC4)
Apresentou crescimento no lucro líquido anual e
tem uma carteira de crédito no varejo e atacado em
expansão. Por isso, o banco deve alcançar o topo do
guidance neste ano.

O Itaú é mais eficiente para os clientes que o Bradesco


e, já que a ação é um pedaço de uma empresa, você
deve considerar fatores como esse. Dessa forma, o Itaú
fica na carteira de menor risco e o Bradesco fica de
fora das duas. O Banrisul fica na carteira de maior risco
porque conta com a possibilidade de ser privatizado, o
que provavelmente o valorizaria.

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Você consegue comprar a carteira de maior Em qualquer um dos casos, espere os 12 meses para
risco com cerca de R$ 11 mil. Para adquirir a mais resgatar seus rendimentos. Mesmo que uma das ações
conservadora, você precisará de aproximadamente caia, não tire do seu portfólio. Tenha em mente que todo
R$ 20 mil. o seu portfólio deve render ganhos no prazo de um ano.

CARTEIRAS
Carteira com MENOR RISCO Carteira com MAIOR RISCO

Natura (NATU3)
Tupy (TUPY3) Renner (LREN3)
Romi (ROMI3)
Direcional (DIRR3)
MRV (MRVE3)
Itaú (ITUB4)

Banrisul (BRSR6)
Petrobras (PETR4)

Vale (VALE3)
Odontoprev (ODPV3) Fleury (FLRY3) JSL (JSLG3)

Localiza (RENT3)
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LEITURA DOS NÚMEROS
DAS EMPRESAS
Os indicadores citados — como lucro, valor geral de vendas,
dívida líquida e dividendos — podem ser observados nos
balanços patrimoniais ou nas demonstrações de resultados
das companhias. As empresas listadas na Bolsa de Valores
são obrigadas a torná-los públicos a cada trimestre.

Assim, você consegue acompanhar os resultados e saber


quais têm potencial de crescimento. Para saber se uma
ação está cara ou não, ou seja, saber se ela está descontada,
você também deve olhar os balanços divulgados e fazer as
seguintes contas:

Valor de mercado + valor da dívida = valor financeiro

Sendo que o valor de mercado é:

VALOR DE MERCADO = valor da ação x número de ações

Faça a divisão do valor financeiro pelo Ebitda (ganhos antes


dos juros, impostos, depreciação e amortização). Quanto
maior o resultado, mais a ação está cara.

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O mercado de renda variável
sofre flutuações e oscilações.

É a chamada volatilidade. Mantendo isso


em mente, invista em ações uma quantia de
dinheiro que você não precisará no período em
que a carteira for mantida, no caso, 12 meses.

Outra medida prudente é investir de 10% a 20%


do seu capital em renda variável. Quem tem
maior apetite por risco, pode colocar de 30% a
40%. Aloque outro percentual do seu patrimônio
também em renda fixa. Assim, você terá a
possibilidade de tirar seu dinheiro para uma
emergência.

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BOLSA EM TENDÊNCIA DE ALTA
Agora que você já sabe como iniciar a sua carteira E isso pode acontecer a qualquer momento.
de ações, você precisa entender que estamos em
um ciclo importante para a Bolsa de Valores. O papel da Eleven é ajudá-lo a encontrar as
melhores oportunidades neste cenário. Por meio
O mercado brasileiro tem resistido bem ao mau da maior cobertura da Bolsa brasileira, entregamos
humor internacional, e a confiança na concretização para nossos clientes uma inteligência de mercado
das reformas que o país precisa vem crescendo. única, que mostra quais são as oportunidades e
quais são as armadilhas na hora de investir.
Estruturalmente, como afirma nosso
estrategista-chefe, Adeodato Netto, a Bolsa e o
mercado atuam como uma mola comprimida.

A partir do ambiente econômico mais favorável que


pode se estabelecer com o novo governo, a Bolsa
deve entrar em uma tendência de alta.

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Com o apoio da Eleven, você pode saber exatamente quais ativos têm maior potencial de valorização
neste momento.

As análises do Renda Variável, por exemplo, dão a você um panorama completo sobre mais de 100
empresas da Bolsa, e te indicam quais são as oportunidades e as armadilhas.

No Carteira Eleven, você investe com carteiras exclusivas, que trazem uma seleção e ações e de títulos
de renda fixa, com o percentual de alocação de cada ativo já sugerido para você.

Não importa o seu perfil de investir, aqui você encontra


uma solução que vai te ajudar a construir
um patrimônio consistente, com
segurança, responsabilidade e
ótimos retornos.

Invista com o
apoio da Eleven.

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